16 anos após sua
terrível morte em 1997, Lady Diana Frances Spencer, mais conhecida como Lady
Di, é homenageada nos cinemas pelo diretor Oliver Hirschbiegel em um filme
pessimamente bem-intencionado e sentimental sobre os seus últimos
anos.
O erro começa na
escolha do material que seria adaptado: o livro “Diana
— O último amor de uma princesa”, baseado
em boatos e suposições típicas da imprensa, escrito por Kate Snell.
Focado no
relacionamento de Diana com o paquistanês Hasnat Khan, o filme reduz o relacionamento com Dodi Fayed à um fantoche
que ela utilizava convenientemente para deixar Khan enciumado. Parece que não houve esforço algum
em contextualizar politica e historicamente, o resultado pode ser
descrito, como uma biografia cordial da princesa nos últimos 2 anos de vida.
Alias, o filme está longe de ser
uma biografia sobre a princesa, pouco se fala sobre sua relação com os filhos. O
longa mostra uma mulher solitária, vulnerável, muitas vezes carente e insegura
com a relação à própria felicidade.
Quem sustenta o
longa é o bom trabalho de Naomi Watts (mesmo com a falta de postura), criando uma identificação e simpatia com a
reles mortal. Por mais superficial que seja o material que foi dado para
a atriz interpretar, Watts levou as telas um personagem cheio carisma.
O grande público,
principalmente os fãs da princesa, poderão achar o filme satisfatório, mas o exagero na aura de integridade que ronda
sua imagem, afoga o filme. Em “A rainha”, sua imagem e memória foi revisitada com mais veracidade nas imagens documentais e na inquietação de Sua
Majestade Helen Mirren.
A sensação que fica é que Diana renunciou o amor por conta de traumas
de infância (o divórcio dos pais).
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