truque de mestre

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CAMINHOS DA FLORESTA POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado no musical da Broadway,“Caminhos da floresta” conta a história de um padeiro e sua mulher que querem ter um filho. Um belo dia, eles recebem a visita de uma bruxa  que os a avisa que lançou um feitiço sobre a casa em que moram, como castigo por algo feito pelo pai do padeiro, décadas atrás.

Ao mesmo tempo, a bruxa avisa que o feitiço pode ser desfeito caso eles lhe tragam quatro objetos, (todos referentes aos personagens das histórias dos contos de fadas): um capuz vermelho como sangue, cabelo amarelo como espiga de milho, um sapato dourado como ouro e um vaca branco como o leite.

Aproveitando-se de um elenco estelar, a comédia musical é um desserviço aos próprios clássicos da Disney, ao mesclarem diferentes contos retirando suas principais mensagens e sutilezas, um exemplo é como o ideal do príncipe encantado é desmitificado.
Com uma estética que lembra um pouco os filmes de Tim Burton, “Caminhos da Floresta” tem uma narrativa exaustiva, confusa e excessiva que não leva a lugar algum.
Com músicas bem orquestradas, um roteiro cheio de sub-tramas (que não são desenvolvidas satisfatoriamente), além de impedir que o espectador se envolva emocionalmente, “Caminhos da Floresta” é uma vertigem preguiçosa engolida pelo ego pretensioso de Rob Marshall. 
Se não fosse a indicação ao Oscar de Meryl Streep, fatalmente o filme passaria desapercebido em todos os sentidos, (alias, o filme promove o reencontro de Meryl Streep e Christine Baransky após atuarem juntas em “Mama Mia!”,  Meryl também volta a contracenar com Emily Blunt, companheiras de elenco também em "O Diabo Veste Prada").

Aos fãs de Johnny Depp, já aviso, ele quase não aparece em cena, é praticamente uma participação especial com pouquíssima relevância.


A ENTREVISTA POR ALÊ SHCOLNIK


Na comédia de ação “A Entrevista”, Dave Skylark e seu produtor Aaron Rapoport conduzem o popular programa de TV sobre celebridades "Skylark Tonight". Quando descobrem que o ditador norte-coreano Kim Jong-Un é fã do show, eles marcam uma entrevista com ele na tentativa de conseguirem sua aprovação como jornalistas sérios. Mas quando Dave e Aaron se preparam para viajar à Pyongyang, seus planos mudam no momento em que a CIA os recruta, mesmo sendo os homens mais desqualificados possíveis, para assassinar Kim Jong-Un.

Com referências de “Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, participações especiais e uma trilha sonora bombante, o filme é uma crítica social ao regime totalitário na Coreia do Norte.

Filme mediano, “A Entrevista” merece uma estrela  pela coragem e toda a crítica e confusão que causou na Coréia do Norte. É a glorificação da tosquice em meio a guerra.  

Mesmo com um James Franco caricato e Seth Rogen se repetindo em suas atuações, “A Entrevista” diverte e entretêm o publico. Diverta-se com a guerra!



A TEORIA DE TUDO POR ALÊ SHCOLNIK

A Imensidão da vida através do tempo no olhar de Stephen Hawking faz de “Teoria de tudo” uma bela homenagem ao homem que se tornou. Sua genialidade espetacular conquistou o mundo!

Baseado na biografia de Stephen Hawking (“Travelling to Infinity: My Life with Stephen”, escrito pela sua mulher, Jane Hawking.), o filme mostra como o jovem físico fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.

O filme conta a triste trajetória (romanceada) deste brilhante cientista seguindo a linha convencional das biografias. Um roteiro simples, direção competente de James Marsh, uma trilha sonora que pontua bem o filme,  e a brilhante atuação de Eddie Redmayne (enquanto falta uma certa carga dramática na atuação de Felicity Jones)!

Mesmo que o  romance seja contado quase como um conto de fadas, “A Teoria de tudo” é um filme delicado e bonito, capaz de levar o espectador as lágrimas.

A sequencia final merece destaque pela metáfora sobre o tempo, foi uma chave de ouro para finalizar um filme que cativa profundamente o espectador.

O filme ganhou 2 prêmios no Globo de Ouro (melhor ator de drama, para a atuação de Eddie Redmayne, e melhor trilha sonora) e  foi indicado ao Oscar nas categorias: melhor filme, ator, atriz, roteiro adaptado e trilha sonora original.


BIRDMAN POR ALÊ SHCOLNIK


No passado, Riggan fez muito sucesso interpretando um super-herói que se tornou um ícone cultural, após se negar a filmar a quarta continuação da franquia, sua vida se degringolou, devido a problemas com a carreira que sucumbiu.  Egocêntrico e com problemas familiares, Riggan decide recuperar a fama perdida, se dedicando a tirar do papel uma peça da Broadway.

O filme retrata a vida de um ator em sua luta diária para se manter nessa indústria tão massacrante do entretenimentoOs resquícios do personagem “Birdman”, (típico super-herói) leva o os personagem de Keaton a uma crise existencial, além da ignorância e de atitudes impetuosas sobrepondo a racionalidade do ser humano. 

Enquanto Michael Keaton e Edward Norton brilham em cena, o resto do elenco serve de escada para suas grandes atuações.

A trilha sonora conduz e pontua o filme junto com a direção de Alejandro González Iñárritu, que se presta a fazer uma crítica à própria crítica (e aos críticos) e a fama.

Com um roteiro inteligente, uma história densa, (não espere um filme convencional) “Birdman” é um filme completamente cru. 

Filmado como se fosse um enorme plano sequência, "Birdman" é capaz de entreter o espectador e te fazer pensar também.

A vida é um grande ato, onde cabe à você se deixar sucumbir ou não. Bom filme!



sábado, 24 de janeiro de 2015

GRANDES OLHOS POR ALÊ SHCOLNIK

Baseado em fatos reais “Grandes Olhos” apresenta a história da pintora Margaret Keane (uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores). Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras.

A sobriedade e a realidade da história leva o diretor a justamente seguir o caminho oposto na estética de seus filmes, enquanto a maioria de suas obras abordam assuntos como amor (“Edward – mãos de tesoura”, “A noiva cadáver”, “Sombras da noite”) Idolatria (“Vincent”, “Ed Wood” , “Frankenwennie”) infância (As grandes aventuras de  Pee-Wee) e relações familiares (“Os fantasmas se divertem”, “Edward – mãos de tesoura”, “Peixe grande e suas histórias”), “Grandes Olhos” também segue a estética de Tim Burton, só que em tons suaves.

A diferença crucial entre e o filme e suas (outras) obras é que todas elas vivem na base da fantasia (segmento fantástico que vive no olhar do diretor), enquanto em “Grandes Olhos” é completamente baseado em uma história real.

A gênese de “Grandes Olhos” constrói uma história real em 105 minutos, com naturalidade e simplicidade. 

Desde a bela fotografia, que retrata bem a atmosfera dos anos 60, Tim Burton contrapõe muito bem o tom sombrio da história com cores suaves, mas não foge a sua estética, junto com uma certa superficialidade, como é retratada a relação do casal (provavelmente um toque do diretor para suavizar a violência praticada por Walter Keane).

Presa na mentira que ela mesma ajudou a criar, os olhos dos quadros de Keane  são a janela da alma de Margaret, demonstrando tamanha insegurança e o medo que tomam conta de si.

Amy Adams está muito bem no papel, enquanto Christoph Waltz está muito caricato (apenas mais um toque de Tim Burton), a estética inicial do filme nos remete à “Edward –mãos de tesoura” (a rua onde Margaret mora com a filha).

Dirigido e produzido por Tim Burton, o filme agrada todas as idades! 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

BUSCA IMPLACÁVEL POR ALÊ SHCOLNIK

O ex-agente do governo norte-americano Bryan Mills está de volta!

O terceiro longa da franquia Busca Implacável envolve uma  trama policial internacional. Desta vez, Mills não precisará lutar contra o tempo para salvar alguém sequestrado, e sim tentar provar sua inocência para o governo sob a acusação de um assassinato.

Acusado de ter cometido o crime, ele entra na mira do FBI e da CIA. Desolado e caçado, ele tenta encontrar os verdadeiros culpados e proteger a única coisa que lhe resta: a filha Kim.

Com uma sinopse dessa teria tudo para ser um bom filme, mas infelizmente, “Busca Implacável” peca pelo roteiro (super) previsível. A única coisa que se salva são as cenas de lutas, como sempre muito bem coreografadas ( e suas mentiradas também).

Liam Neeson continua o mesmo, Maggie Grace vêm crescendo como atriz enquanto Famke Janssen só vem piorando, mas o destaque fica com Sam Spruell.

Chato e cansativo (são quase duas horas de filme) o longa deixa a desejar e muito.  Ainda assim,  a franquia deixa a entender que pode continuar... “I will look for you, i will find you, and i will kill you”.



FOXCATCHER POR ALÊ SHCOLNIK




Baseado em fatos verídicos, o filme narra a história sombria, fascinante e trágica entre um multimilionário excêntrico e dois campeões de luta greco-romana.

O campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz é convidado pelo milionário John DuPont para se mudar para a sua mansão e assim ajudar a formar uma equipe de ponta para se preparar para os Jogos Olímpicos de 1988 em Seul. Lisonjeado com a atenção e fascinado pelo mundo majestoso de DuPont, Mark aceita a proposta na esperança de conseguir sair da sombra do irmão que idolatra, mas cada vez mais, se torna dependente da aprovação de seu novo mentor.

Tal relação deixa claro como ambos os personagens se complementam pela falta de alto-estima. Mark e DuPont, criaram uma relação dependente demais um do outro, mas a necessidade (eu diria, uma doença não diagnosticada) de DuPont se sobrepõe a Mark, e assim transforma a convivência entre eles numa relação auto-destrutiva.

Assim a personalidade volúvel de DuPont começa a transparecer mais, atraindo Mark a um estilo de vida nada saudável, ameaçando minar o seu treinamento. Logo o comportamento errático de DuPont e seus jogos psicológicos cruéis começam a deteriorar a já abalada auto-estima do atleta.

Movido por necessidades escusas, DuPont (pelo ponto de vista da câmera, tudo leva a crer que  ele era um homossexual enrustido) apoia a equipe não só pelo ouro olímpico, mas também pela a oportunidade de provar a sua mãe (que o rejeitou a vida inteira), que merece seu respeito.

Alias, a cena da libertação dos cavalos revela como a relação familiar era algo pertubar
dor entre eles. Os cavalos representam a sua liberdade, após a morte de sua mãe.  Mãe e filho nunca se deram, apenas conviviam quando necessário.

Mais uma vez, vemos um personagem que viveu na sombra de outro, assim como Mark e Dave, Du Pont vivia na sombra da mãe.

Egocêntrico ao extremo, DuPont inventa dentro de si um personagem inspirador, que não agrada aos envolvidos. John nunca foi exemplo para ninguém, (apesar de ser um grande desejo dele), o documentário feito sobre ele, prova isso.

No meio disso, DuPont cria uma nova fixação: Dave Schutz (irmão mais velho de Mark), um homem de família que exala a confiança necessária para liderar a equipe. São coisas que nem o seu dinheiro pode comprar, assim a progressão da sua paranoia cresce cada vez mais, o que gerará consequências trágicas e sem precedentes.

“Foxcatcher – Uma História que Chocou o Mundo”  é um filme que vai além do esporte! É uma história de lealdade equivocada e da corrupção e falência emocional.

Assim como em seuss filmes anteriores, Bennett Miller (diretor indicado ao Oscar por “Capote” e “O Homem que Mudou o Jogo”) explora grandes temas da sociedade através de seus retratos de personagens complexos de pessoas reais.

Mesmo com um ritmo lento (são quase três horas de filme), o elenco principal te prende a tela! Todos estão muito bem em cena! Steve Carell, Mark Ruffalo, Vanessa Redgrave, inclusive Channing Tatum. A caracterização dos personagens não deixa a desejar, está impecável.

O filme foi indicado ao Oscar nas categorias: Melhor roteiro original, ator, ator coadjuvante, Melhor maquiagem e cabelo.


domingo, 18 de janeiro de 2015

LIVRE POR ALÊ SHCOLNIK


A pior dor do mundo é obrigar a cabeça a esquecer aquilo que o coração lembra a todo instante.

Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de auto-destruição, Cheryl Strayed  decide ir de encontro à natureza selvagem para repensar a sua trajetória. Diante de seus traumas, Cheryl se tornou uma especie de andarilha durante três meses em uma grande aventura interna e externa, em uma trilha de 1.770 quilômetros pela Pacific Crest Trail, (trilha que atravessa vários estados norte-americanos).

Baseado em uma história real, “Livre” mostra como Strayed inevitavelmente encontra a natureza durante sua caminhada, algo que não lhe é familiar. pelo contrário. Ela se apavora com qualquer barulho no escuro, se enoja quando acorda cercada de sapos, e fica feliz quando encontra algum humano fazendo o mesmo caminho que o seu.

São quase duas horas de duração (apesar de ter cenas repetitivas),  com uma estupenda fotografia junto a boa direção e uma das melhores atuações de Reese Whiterspoon (a melhor dela depois de “Johnny & June”), que conquistam o espectador.

Misteriosa, irrevogável, assim é a vida que nos promove questionamentos como solidão, orgulho, arrependimentos, pecados e até conquistas.

Não existe triunfo sem perda, não há vitoria sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício. “Livre” é uma emocionante viagem interna entre os lugares mais escusos dentro de nós.

Afinal,  a gente nunca está preparado para a vida, não é.

INVENCÍVEL POR ALÊ SHCOLNIK


A dor é algo que nos adverte da existência em nós de algumas desordens. Nenhuma dor é forte o bastante, que você não possa suportar. Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.

Baseado na vida de  Louis Zamperini,  “Invencível” narra a história desse atleta olímpico que depois de passar semanas no mar após um acidente de avião, sofre durante dois anos em Campos de concentração. Capturado por japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, Louis sofreu o pão que o diabo amassou, mas nunca se deu por vencido. Enfrentou a própria dor para se fortalecer e se tornar um marco na história americana.

A produção é muito bem feita. Angelina Jolie cumpre a função de informar o espectador sobre esse grande exemplo de vida, Louis Zamperini. Mesmo repleto de clichês e a montagem previsível do seu crescimento (da infância para a adolescência), o filme conta com boas atuações, com a bonita fotografia de Roger Deakins (“Os suspeitos, “Bravura Indômita”) e a sequência de abertura bem empolgante (o conflito entre aviões americanos e japoneses),

Mesmo sofrendo de estresse pós traumático, Louis demonstrou uma força interna impressionante. Do garoto transgressor ao belo exemplo de vida, Zamperini te ensina o verdadeiro valor da vida. Louis tem a inquietude que marca as grandes pessoas.

Um instante de dor, vale uma vida de glória e serve para conservação da vida.

 “Invencível” é o segundo longa que a atriz dirige, o primeiro foi em 2011, quando lançou “Na Terra de Amor e Ódio”.



sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CASSIA POR ALÊ SHCOLNIK

Ninguém nasce Cassia Eller impunemente!

O documentário sobre a vida e obra de Cássia Eller, figura icônica da música brasileira extravasa a beleza da sua voz, sua identificação e a admiração do publico.

Cassia foi uma pessoa que se expunha através da voz. Ela era uma bomba no palco, mesmo com toda a insegurança existente dentro dela, tinha uma estrutura emocional selvagem, irônica e de coragem artística enorme. É a tradução de música boa com carga dramática!

A homossexualidade da Cássia é retratada de forma natural. O filme não introduz especificamente esse tema como algo polêmico. Ver isso ser tratado de forma natural (por mais que seja um detalhe mínimo dentro do documentário) deixa o espectador confortável. 

A gravidez a deixou mais doce. Intensidade e equilíbrio se complementaram junto a sua essência depois desse belo momento em sua vida, que tanto desejou.

Da cadência do samba ao veneno do Punk, Cassia quebrou tabus musicais! 

A beleza desse documentário é mérito dos realizadores e da própria Cássia, é perceptível que o documentário foi feito com  muita dedicação e carinho. Com uma linha de roteiro bem definida (nos dando a oportunidade de conhece-la de uma maneira que jamais seríamos capazes de conhecer) e uma montagem competente, Paulo Henrique Fontenelle (mesmo diretor de “Loki” e Dossiê Jango) trata com tanto amor e respeito sua personagem. 


ANTES DE DORMIR POR ALÊ SHCOLNIK

Todas as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme, por conta de um acidente. Seu marido, Ben, é  praticamente um estranho para ela. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que fez com que Christine tivesse amnésia. Encorajada por um médico, ela começa a filmar um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias.

Baseado no best-seller mundial de  S. J. Watson, “Antes de dormir” é protagonizado pelos  vencedores do Oscar Colin Firth (“O DISCURSO DO REI”) e Nicole Kidman (“AS HORAS”). Alias, a quimica entre os dois em cena é ótima, o que revela também boas atuações. Firth pela primeira vez encabeça um personagem diferente do de costume, assim prendendo o espectador na cadeira nesse suspense de tirar o fôlego.

O que é incrível nesta história é que você nunca tem certeza se está vendo um filme sobre uma mulher que, como resultado de uma lesão cerebral, interpreta erroneamente o mundo ao seu redor ou um suspense no qual uma personagem com amnésia está sendo abusada por homens em torno de si.

É uma vida construída sobre conjunturas não suas, mas de outro. A eterna dúvida sobre o que lhe foi dito e repetido todo dia. Cada vez mais, Christine é tomada pelo medo do desconhecido a cada retomada do dia anterior.

O longa dirigido e adaptado por Rowan Joffé, é instigante do começo ao fim. “Antes de dormir” é um suspense empolgante, (coisa que a muito tempo não se vê), capaz de seduzir o espectador.

O filme conta com a produção executiva de Ridley Scott.


LEVIATÃ POR ALÊ SHCOLNIK


Produção russa premiada com o Melhor Roteiro no Festival de Cannes de 2014 e indicado ao Oscar na categoria melhor filme estrangeiro, “Leviatã” conta a história de um pai de família que luta contra os desmandos de um prefeito corrupto, que tenta desalojá-lo.

 “Leviatã” é um filme sobre a decadência do homem e da sociedade. A trama discute política, corrupção, amizade, adultério, abandono e religião.

É uma tragédia social. Não existem inocentes, são todos corruptíveis.  “Leviatã é uma obra complexa e inteligente, que te dá a sensação de impotência frente à burocracia, nos tirando do comodismo e nos levando a uma reflexão densa.

Bonito e triste, o filme disserta sobre como a vida pode ser imensa e forte, um verdadeiro oceano sobre nós. É a realidade exposta de forma impactante, profunda, realista e que incomoda(e muito).

Com diálogos excelentes, atuações impecáveis e uma fotografia soberba fazem de “Leviatã” uma obra-prima.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

INDICADOS AO OSCAR 2015


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou na manhã desta quinta-feira (15 de Janeiro) os indicados ao Oscar 2015.  Os diretores J.J. Abrams e Alfonso Cuaron, o ator Chris Pine e a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs leram os indicados nas 24 categorias. O evento aconteceu em Bervely Hills, nos Estados Unidos.  A cerimônia de entrega das estatuetas acontece em 22 de fevereiro. 

"Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)" e "O grande hotel Budapeste" são os principais concorrentes, como nove indicações cada, incluindo melhor filme. Na sequência, vem "O jogo da imitação", com oito. "Boyhood: Da infância à juventude" disputa seis estatuetas.

Entre indicações a melhor atriz e atriz coadjuvante, esta é a 19ª vez que Meryl Streep concorre ao Oscar. Agora, ela disputa como coadjuvante por "Caminhos da floresta".

Veja, abaixo, a lista completa de indicados ao Oscar 2015:

Melhor filme
"Sniper americano"
"Birdman"
"Boyhood: Da infância à juventude"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Selma"
"A teoria de tudo"
"Whiplash"

Melhor diretor
Alejandro Gonzáles Iñárritu ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
Bennett Miller ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo")
Wes Anderson ("O grande hotel Budapeste")
Morten Tyldum ("O jogo da imitação")

Melhor ator
Steve Carell ("Foxcatcher")
Bradley Cooper ("Sniper americano")
Benedict Cumbertatch ("O jogo da imitação")
Michael Keaton ("Birdman")
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood")
Edward Norton ("Birdman")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher")
JK Simons ("Whiplash")

Melhor atriz
Marion Cotillard ("Dois dias, uma noite")
Felicity Jones ("A teoria de tudo")
Julianne Moore ("Para sempre Alice")
Rosamund Pike ("Garota exemplar")
Reese Whiterspoon ("Livre")

Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette ("Boyhood")
Laura Dern ("Livre")
Keira Knightley ("O jogo da imitação")
Emma Stone ("Birdman")
Meryl Streep ("Caminhos da floresta")

Melhor filme em língua estrangeira
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
"Timbuktu" (Mauritânia)
"Relatos selvagens" (Argentina)

Melhor documentário
"O sal da terra"
"CitizenFour"
"Finding Vivian Maier"
"Last days"
"Virunga"

Melhor documentário em curta-metragem 
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"
"Joanna"
"Our curse"
“The reaper (La Parka)"
"White earth"

Melhor animação
"Operação Big Hero"
"Como treinar o seu dragão 2"
"Os Boxtrolls"
"Song of the sea"
"The Tale of the Princess Kaguya"

Melhor animação em curta-metragem
"The bigger picture"
"The dam keeper"
"Feast"
"Me and my moulton"
"A single life"

Melhor curta-metragem em 'live-action'
"Aya"
"Boogaloo and Graham"
"Butter lamp (La lampe au beurre de Yak)"
"Parvaneh"
"The phone call"

Melhor roteiro original
Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo ("Birdman"
Richard Linklater ("Boyhood")
E. Max Frye e Dan Futterman ("Foxcatcher")
Wes Anderson e Hugo Guinness ("O grande hotel Budapeste")
Dan Gilroy ("O abutre")

Melhor roteiro adaptado
Jason Hall ("Sniper americano")
Graham Moore ("O jogo da imitação")
Paul Thomas Anderson ("Vício inerente")
Anthony McCarten ("A teoria de tudo")
Damien Chazelle ("Whiplash")

Melhor fotografia
Emmanuel Lubezki ("Birdman")
Robert Yeoman ("O grande hotel Budapeste")
Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski ("Ida")
Dick Pope ("Sr. Turner")
Roger Deakins ("Invencível")

Melhor edição
Joel Cox e Gary D. Roach ("Sniper americano")
Sandra Adair ("Boyhood")
Barney Pilling ("O grande hotel Budapeste")
William Goldenberg ("O jogo da imitação")
Tom Cross ("Whiplash")

Melhor design de produção
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Interestelar"
"Caminhos da floresta"
"Sr. Turner"

Melhores efeitos visuais
Dan DeLeeuw, Russell Earl, Bryan Grill e Dan Sudick ("Capitão América 2: O soldado invernal")
Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett e Erik Winquist ("Planeta dos macacos: O confronto")
Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Paul Corbould ("Guardiões da Galáxia")
Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher ("Interestelar")
Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie e Cameron Waldbauer ("X-Men: Dias de um futuro esquecido")

Melhor figurino
Milena Canonero ("O grande hotel Budapeste")
Mark Bridges ("Vício inerente")
Colleen Atwood ("Caminhos da floresta")
Anna B. Sheppard e Jane Clive ("Malévola")
Jacqueline Durran ("Sr. Turner")

Melhor maquiagem e cabelo
Bill Corso e Dennis Liddiard ("Foxcatcher")
Frances Hannon e Mark Coulier ("O grande hotel Budapeste")
Elizabeth Yianni-Georgiou e David White ("Guardiões da Galáxia")

Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat ("O grande hotel Budapeste")
Alexandre Desplat ("O jogo da imitação")
Hans Zimmer ("Interestelar")
Gary Yershon ("Sr. Turner")
Jóhann Jóhannsson ("A teoria de tudo")

Melhor canção
"Everything is awesome", de Shawn Patterson ("Uma aventura Lego")
"Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn ("Selma")
"Grateful", de Diane Warren ("Além das luzes")
"I'm not gonna miss you", de Glen Campbell e Julian Raymond ("Glen Campbell…I'll be me")
"Lost Stars", de Gregg Alexander e Danielle Brisebois ("Mesmo se nada der certo")

Melhor edição de som
Alan Robert Murray e Bub Asman ("Sniper americano")
Martín Hernández e Aaron Glascock ("Birdman")
Brent Burge e Jason Canovas ("O hobbit: A batalha dos cinco exércitos")
Richard King ("Interestelar")
Becky Sullivan e Andrew DeCristofaro ("Invencível")


Melhor mixagem de som
John Reitz, Gregg Rudloff e Walt Martin ("Sniper americano")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e Thomas Varga ("Birdman")
Gary A. Rizzo, Gregg Landaker e Mark Weingarten ("Interestelar")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e David Lee ("Invencível")
Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley ("Whiplash")

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O SEGREDO DAS ÁGUAS POR ALÊ SHCOLNIK

Na ilha de Amami, os habitantes vivem em harmonia com a natureza e creem que um deus habita em cada árvore, cada pedra e cada planta. Numa noite de verão, Kaito descobre o corpo de um homem no mar, e sua amiga Kyoko vai ajudá-lo a desvendar este mistério. Juntos, se tornam amigos inseparáveis e irão aprender a ser adultos.

“O  Segredo das Águas”  é um filme de grande expressividade sobre os anseios mais íntimos de seus personagens. Ele começa com uma brisa, tem um certo espirito de liberdade, além de abordar a descoberta da morte e do amor pela visão de seus protagonistas com muita poesia.

"o mar está vivo", a sua relação com os personagens transparece a sensação de inquietude dos jovens.

Delicado, frágil, bonito, “O  Segredo das Águas”  se apropria de um cenário cercado de ambientes naturais como uma possibilidade de refúgio e da liberdade. 

Com uma fotografia bonita, boas sequências de câmera e personagens interessantes, o filme tem a habilidade de seduzir o espectador, ainda assim, o excesso de sensibilidade nem sempre funciona e Naomi Kawase derrapa ao determinar um ritmo moroso à narrativa.