truque de mestre

X MEN

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quarta-feira, 25 de maio de 2016

A GAROTA DO LIVRO POR ALÊ SHCOLNIK


Alice Harvey tem 29 anos e trabalha como uma assistente de uma editora de livros. Por conta de um trauma do passado, ela é  obrigada e enfrentar dolorosos acontecimentos ao ser convidada para trabalhar no lançamento de um livro de Milan Daneker, um antigo cliente de seu pai, um grande agente literário de Nova York. Agora, Alice precisará ter forças para enfrentar antigos demônios.

Apesar da narrativa de grande potencial, o roteiro encontra problemas. A história  contada com uma montagem entra passado e presente não traz surpresas nos futuros acontecimentos. Por causa da obviedade da construção, a demora em revelar a verdade soa menos como pudor do que como prazer sádico em degustar as dores da protagonista.

Um dos pontos altos do filme é o fato de fugir de saídas fáceis, privilegiando o silêncio, os olhares furtivos e o desconforto nos rostos dos personagens.

As atuação de Emily VanCamp é limitada e deixa a desejar na evolução das angústias e desejos da personagem. Michelle Williams vestiria melhor a personagem com sua versatilidade. Cabe a Michael Nyqvist a grande complexidade do filme, em um papel longe de um vilão comum. A ligação entre a aprendiz de escritora com o escritor veterano é tensa e forte, o que prende o espectador ao filme.

“A Garota do Livro” possui ambições louváveis, porém não alça voo. O maior problema é a direção, falta ritmo e bons enquadramentos ao longa.


PEPPA PIG E AS BOTAS DE OURO POR ALÊ SHCOLNIK


A série britânica de desenhos animados para crianças em idade pré-escolar chega aos cinemas com 
uma sequência de nove episódios da animação na mesma linha apresentada na televisão com os personagens já conhecidos do público infantil.

Uma das principais atrações do canal Discovery Kids “Peppa Pig" A série difunde valores como a generosidade, a amizade e a sinceridade, valendo-se de inocência e de senso de humor.

Com uma programação feita especialmente para a tela grande, papais, mamães e as crianças poderão conferir com exclusividade episódios inéditos de 5 minutos de duração e o especial “Peppa: As Botas de Ouro” com 15 minutos. 

Desenho animado educativo com uma linguagem simples e de fácil entendimento, que as crianças se divertem com os animais devidamente chamados pelas suas nomenclaturas, assim já associando nome a figura.  

Os novos episódios poderão ser conferidos nos cinemas nos dias 26, 27, 28 e 29 de maio e nos dias 4 e 5 de junho. Não esqueça de conferir a programação dos cinemas. Confira o trailer dublado:


ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO POR ALÊ SHCOLNIK


Alice Kingsleigh passou os últimos três anos seguindo os passos de seu pai navegando os oceanos. No seu retorno a Londres, ela se depara com um espelho mágico e retorna ao fantástico mundo subterrâneo, onde reencontrará seus amigos: o Coelho Branco, a lagarta Absolem, OGato Risonho e o Chapeleiro Maluco.

Porém, por um trauma do passado, o Chapeleiro perdeu sua “insanidade”, então Mirana, a Rainha Branca, envia Alice em uma jornada em busca da Cronosfera, um globo metálico que fica dentro da câmara do Grande Relógio que controla todo o tempo. Retornando ao passado, ela reencontra amigos - e inimigos - em momentos diferentes de suas vidas, e embarca em uma perigosa corrida para salvar o Chapeleiro antes que o tempo se acabe.

Como todo filme da Disney, as mensagens bonitas fazem parte do roteiro que é simples e amarradinho.

O filme é cheio de referências à outras obras cinematográficas: “Hugo Cabret” nas sequências dentro do relógio,  “Meu Malvado Favorito”, na construção do vilão Tempo e nos pequenos minions de lata que são capazes de se auto-transformar em uma espécie de “Transformers”.

Johnny Depp está de volta com o caricato chapeleiro, Anne Hathaway não empolga com uma atuação apática,  quem rouba a cena é a dupla de vilões Sacha Baron Cohen e Helena Bonham  Carter! Além de ótimas atuações, a química e sintonia dos atores acrescenta e muito aos personagens.

Os Efeitos Visuais e a computação gráfica (também chamada de CGI) são ótimos, bem feitos e  complementam o trabalho da Direção de Fotografia e de Arte de forma primorosa.

A Direção de Arte e a Fotografia trabalham bem os contrastes em cena através da cartela de cores. Mesmo muito colorido, o filme consegue usar de poucos momentos sombrios nos momentos necessários.  

A criançada vai se divertir nesse filme bem colorido fugindo da estética de Tim Burton, (alias, o diretor atuou apenas como produtor do longa). A direção ficou por conta de James Bobin de Os Muppets 1 e 2.


PONTO ZERO POR ALÊ SHCOLNIK



 Primeiro longa-metragem de José Pedro Goulart, co-diretor de um dos mais festejados curtas do cinema nacional, “O Dia em que Dorival encarou a Guarda”, que completa 30 anos em 2016, chega aos cinemas brasileiros com uma produção que retrata conflitos da adolescência.

Ao tentar escapar de uma claustrofóbica cena familiar, Ênio, um menino de 14 anos, desafia uma noite tempestuosa que o levará a um choque brutal com o destino.

O filme constrói um retrato visceral sobre os conflitos que rondam a adolescência em meio a uma cena familiar claustrofóbica, que deixa no ar a grande questão do ser humano: “qual o peso que cada um pode suportar?”.

Drama denso cuja intenção é a de submergir o espectador dentro de sua atmosfera angustiada e depressiva. Bem intencionado, mas estranho e até mesmo um tanto quanto incoerente, traz uma história relativamente simples, de um adolescente que não encontrou seu lugar senão na contramão da vida.

A trilha sonora composta por Leo Henkin contêm quatro músicas especialmente para o filme  “Terra”, “Elipse”, “Atmosfera” e “Sonho”. A trilha foi executada por uma orquestra especialmente criada para o filme, com regência de Fernando Cordella.

Uma história vazia com  fotografia lúgubre e  trilha sonora intensa, fazem de “Ponto Zero” um filme angustiante.

O menino Sandro Aliprandini teve sua estreia diante das câmeras às cegas, um jogo arriscado, pactuado com o diretor.  

Antes de “Ponto Zero”,além de “Dorival...”, Goulart dirigiu curtas premiadíssimos no Brasil e no exterior, como “O Pulso”, e ainda o episódio “Sonho”, em “Felicidade é...”, longa-metragem dividido em quatro episódios dirigidos por diferentes cineastas (além de Goulart, Jorge Furtado, Cecílio Neto e José Roberto Torero), vencedor de Melhor Filme no Festival de Brasília.


JOGO DE DINHEIRO POR ALÊ SHCOLNIK



Lee Gates é uma personalidade da TV, que se tornou conhecido como o guru de Wall Street ao utilizar informações privilegiadas da Bolsa de Valores. Porém, quando Kely, um telespectador, perde todas as economias da família graças a uma dica do apresentador, ele decide fazê-lo refém no ar, criando uma situação tensa e elevando os níveis de audiência. 

Graças a uma elegante volta à direção de Jodie Foster, e ancorado nas estrelas hollywoodianas George Clooney e Julia Roberts o filme oferece um bom resultado com um roteiro irregular que contêm com bons alívios cômicos.

A direção precisa de Jodie Foster não deixa o ritmo do filme se perder em momento algum. Mesmo que opte por algumas resoluções um tanto quanto óbvias. São 98 minutos em que não desgrudamos os olhos da tela. 

O problema do longa é a trilha sonora que não condiz com  um bom thriller, como uma boa saga da conspiração. 

Não esqueça a pipoca!


ROTEIRO DE CASAMENTO POR ALÊ SHCOLNIK


Florencia é uma atriz e se apaixona por seu par em cena, um famoso ator de cinema. Após o casamento dos dois, Florencia percebe que ela se apaixonou na verdade pelo personagem que ele representava no set e que seu marido é, na realidade, um idiota.

O filme que utiliza da metalinguagem, de referências a atores e diretores de Hollywood é uma comédia romântica argentina  sob a direção de Juan Taratutto de “Um namorado para minha esposa”.
 . 
A boa química entre os protagonistas traz um ótimo resultado em um filme divertido e despretensioso.

A mistura de ficção com realidade traz um quê  de "A Rosa Púrpura do Cairo" de Woody Allen ao utilizar do humor inteligente no roteiro algumas vezes, mas, como o filme não se propõe a passear pelo gênero com originalidade e criatividade, infelizmente,  ele acaba se contentando com os velhos clichês.

Bom filme e não esqueça a pipoca!


UMA NOITE EM SAMPA POR ALÊ SHCOLNIK


Após assistirem a uma peça no teatro Ruth Escobar, um grupo de viajantes espera o ônibus que vai levá-los de volta às suas casas. Eles já não moram em São Paulo: mudaram-se em busca de melhor qualidade de vida e maior segurança. Mas na saída do teatro, o ônibus está trancado e o motorista não está por perto. Amedrontados, eles começam a perceber os moradores de rua e a escuridão ao redor.

A tragicômica situação coloca todos em paranoia em relação a violência urbana. 

A proposta é boa, porém não engata e não convence, além disso o filme conta com atuações caricatas e diálogos preconceituosos.

O riso nervoso domina o espectador no desenrolar dessa trama que conta com a presença inusitada de manequins, seria a possibilidade de se verem perdidos e dependentes dos seus próprios medos?

Tudo acontece em uma única locação. O resultado é uma história no mínimo misteriosa.


OS OUTROS POR ALÊ SHCOLNIK



O documentário conta a história de três covers: o de Roberto Carlos, Carlos Evanney, Pepê Moraes, cover de Cazuza, e Edson Júnior, cover de Ivete Sangalo.

Para retratar e entender como funciona tanto o psicológico quanto a prática de ser uma outra pessoa, a diretora e roteirista Sandra Werneck (“Pequeno Dicionário Amoroso” , “Cazuza o tempo na Pára”, “Sonhos roubados”) acompanhou o dia-a-dia de cada um deles.

O filme aborda o mundo dos covers com curiosidades e bastidores destes  três personagens: Evanei ( que é muito mais que um cover de Roberto Carlos), Pepe Moraes (cover do Cazuza que chegou a conhecer o cantor) e Scarleth Sangalo (transfomista desde 1999, começou a fazer shows LGBT em 2006, quando começaram a associa-la com a cantora Ivete Sangalo por conta de suas pernas, assim, se tornando cover da artista).  

Com uma temática interessante, o documentário busca a simplicidade dos personagens abordando através de  ritmos diferentes: Rock N Roll , Romance e Axé.  

Confira o trailer do filmewww.vimeo.com/166366609

quarta-feira, 18 de maio de 2016

X-MEN: APOCALIPSE POR ALÊ SHCOLNIK




Seguindo o aclamado blockbuster mundial “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”, o diretor Bryan Singer retorna aos cinemas com "X-Men: Apocalipse”. 

Desde o início da civilização, Apocalipse, o primeiro e mais poderoso mutante do universo X-Men da Marvel, acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos, incluindo um Magneto desanimado (Michael Fassbender), para purificar a humanidade e criar uma nova ordem mundial, sobre a qual ele reinará. Como o destino da Terra está na balança, Raven (Jennifer Lawrence), com a ajuda do Professor Xavier (James McAvoy) deve levar uma equipe de jovens X-Men para parar o seu maior inimigo e salvar a humanidade da destruição completa.

Toda a história que havia sido contada até “X-Men: O Confronto Final” é esquecida nesse novo filme que não consegue reintroduzir os personagens de uma maneira tão eficiente quanto na trilogia inicial.

Enquanto “X-men: Dias de um Futuro Esquecido” dá conta de mostrar qualidade no roteiro, “X- Men: Apocalipse” ser perde e confunde o espectador com um roteiro cheio de referências aos filmes anteriores esquecendo a ordem cronológica dos acontecimentos e deixando muitas questões abertas.

Todos os personagens tem bons momentos, mas quem realmente rouba cena (novamente) e merece destaque é Evan Peters como Mércurio.  O personagem é cativante, engraçado e conta com o carisma e talento do ator.

A direção de Brian Singer deixa muito à desejar, os Efeitos Visuais tem altos e baixos, já a Fotografia consegue se fixar bem em cena, fazendo um bom trabalho. 

Bom filme e não esqueça o seu combo!


A VINGANÇA ESTÁ NA MODA POR GUSTAVO BARRETO


Baseado no livro "The Dressmaker" de Rosalie Ham,  “A Vingança está na moda” parte da  premissa do retorno da estilista Myrtle Dunnage (interpretada por Winslet) a sua cidade natal, na década de 50. Lá ela terá que enfrentar o ódio dos habitantes locais que a acusam de ser uma assassina, ao passo em que ela tem que lidar com a sua mãe que vive isolada do resto do mundo.

O grande mérito do filme é o ótimo elenco em cena. Todos estão muito bem, destaque para Hugo Weaving no papel do policial Farrat. O ator consegue ser engraçado sem ser comum e Judy Davis que interpreta a mãe de Myrtle em atuação tocante e por vezes tão engraçada quanto Weaving.

A fotografia é outro fator que merece destaque. A paleta de cores passeia pelos tons alaranjado (priorizando a vastidão do deserto australiano) e acinzentado diferenciando o passado do presente.

É  interessante perceber também os contrastes de cores do figurino na riqueza e exuberância da Direção de Arte. 

 “A Vingança está na moda” se mostra uma agradável surpresa.  Um filme divertido e emocionante que merece ser visto.

ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC POR GUSTAVO BARRETO


A artista de performance Marina Abramovic viaja por lugares místicos do Brasil, pesquisando comunidades espirituais, pessoas e lugares de poder. O filme faz um registro etnográfico enquanto observa os processos de apropriação artística e humana de Marina. Ela entra em contato com os rituais do Vale do Amanhecer, o xamanismo na Chapada Diamantina, o candomblé na Bahia, as curas do médium João de Deus e os cristais de Minas Gerais.

Marina é conhecida no meio artístico como alguém que sabe trabalhar com a arte corporal, através de movimentos ou pelo silêncio. No documentário produzido e co–escrito por ela, a artista se lança em uma jornada através do Brasil para conhecer e aprender com as mais diversas formas de rituais espirituais.

Logo de cara o documentário já revela uma fotografia de tirar o fôlego, ao mostrar uma entrada de caverna que mais parece um buraco negro, e continua durante toda a obra. Destaque para as cenas especialmente focadas em campo aberto, aonde o corpo de Marina se mostra minúsculo frente a paisagem total, tais cenas lembram muito seus trabalhos em exposições aonde o corpo é contemplado frente um ambiente muito maior.

Outro ponto forte também é a maneira com que ela aborda as diferentes crenças espalhadas pelo Brasil, sendo através de entrevistas com os praticantes ou até mesmo passando pelos processos ritualísticos. Por fim, o documentário de Marina Abramovic é artisticamente um deleite para os olhos e culturalmente, ainda mais para o brasileiro, uma forma de conhecer melhor as culturas sagradas espalhadas pelo país, ao fim da produção a sensação é de que o sagrado está mais perto do que se imagina.  


PAIS E FILHAS POR ALÊ SHCOLNIK


Drama psicológico que mistura passado e presente conta a história de vida de Katie e sua relação familiar com o pai e os tios maternos. A narrativa alterna-se entre o passado, nos anos 80, quando o viúvo Jake Davis, um escritor e vencedor do Pulitzer, luta contra uma doença mental enquanto tenta criar sua filha pequena e o momento presente de Katie em Manhattan, aos vinte e poucos anos, quando ela enfrenta os demônios que resultaram de sua conturbada infância.

“Pais e filhos” nos apresenta uma trama que consegue criar um certo suspense, proporcionando pequenas doses de insight, além de mostrar  uma relação comovente entre pai e filha.

A direção de Gabrielle Muccino (“A Procura da Felicidade”,“Sete Vidas”) aprimora o contexto psicológico em questão dentro desta trama envolvente. O trauma da  perda, da falta de amor nos apresenta um personagem muito bem construído e com a boas atuações.

O contexto demonstra que é impossível julgar certos atos sem conhecer a história da vida de uma pessoa, mas que a cima de tudo isso, que muitas vezes, a vida é cruel e injusta.

Cabe as pequenas Kylie Rogers, Quvenzhané Wallis, Amanda Seyfriend e Russell Crowe a responsabilidade de envolver o espectador ao enredo, o resto do elenco são meros coadjuvantes na história de vida de Katie. Alias, as crianças têm grande talento. 

"Pais e filhas" é um filme que rememora traumas, explanando perfeitamente que não há tratamento sem empatia, identificação e principalmente, troca.


AMORES URBANOS POR ALÊ SHCOLNIK


“Amores Urbanos” conta a história de três amigos que vivem no mesmo prédio na capital paulista. Júlia, Diego e Micaela são unha e carne e sem papas na língua. Juntos  superam desventuras amorosas e profissionais com humor e personalidade.

O filme utiliza de uma temática atual e interessante, como o próprio titulo diz, é sobre amores urbanos, sobre a vida na grande cidade e suas dificuldades, seja profissional ou amorosa.

Amores Urbanos é é uma comédia dramática com  crônicas do cotidiano cheio de  conflitos internos e externos. A proposta do longa é bem traduzida nos bons diálogos cheio de reviravoltas. 

Dirigido por Vera Egito (roteirista de Serra Pelada) e produzido por Heitor Dhalia (diretor em Serra Pelada, À deriva, O cheiro do Ralo), o filme utiliza de pequenos conflitos cotidianos expondo bem as questões de seus personagens.

Destaque para o figurino contemporâneo e  para a atuação de Thiago Petit!


CERTO AGORA, ERRADO ANTES


Ham Chunsu é um diretor de cinema que chega à cidade de Suwon para apresentar um de seus filmes e participar de debate. Como chegou com um dia de antecedência e tem tempo livre, ele decide conhecer a cidade. Num restaurante, ele conhece a artista plástica Yoon Heejung, com quem passa o resto do dia passeando pela cidade e acaba por se tornar cada vez mais íntimo.

“Certo Agora, Errado Antes” é o vigésimo filme da carreira de Hong Sang-Soo, um dos maiores expoentes do cinema coreano. O longa recebeu os prêmios de melhor ator e melhor diretor no Festival Internacional de Locarno.




O diretor
Hong Sang-soo é diretor e roteirista e hoje um dos principais nomes do cinema sul-coreano contemporâneo. Teve sua formação nos Estados Unidos e iniciou sua carreira no cinema em meados da década de 1990, com o longa “O Dia em que o Porco Caiu no Poço”. Desde então, produziu outros 19 filmes (entre curtas e longas-metragens) e recebeu diversos prêmios em festivais internacionais, como Um Certain Regard em Cannes, por “Hahaha” (2010) e o prêmio de melhor diretor em Locarno, por “Our Sushi” (2013).

VIZINHOS 2 POR ALÊ SHCOLNIK


Prestes a ganhar um segundo filho, Mac e Kelly estão dispostos a dar mais um passo rumo à vida adulta: morar em um subúrbio. Mas justo na hora em que decidem vender a casa, percebem que as vizinhas ao lado são de uma fraternidade muito mais sem limites que a anterior: as garotas de Kappa Nu, que estão cansadas das restrições da faculdade e decidiram criar uma república onde podem fazer tudo o que querem. A única saída será chamar Teddy, seu antigo vizinho, para ajudá-los a combater as estudantes.

O filme repete a estrutura do primeiro. Desta vez,  Mac (Seth Rogen) e Kelly Radner (Rose Byrne) compram uma casa maior no subúrbio e decidem vender a construção que foi atormentada pelo vizinho Teddy (zack Efron) e amigos no primeiro filme. 

Esta sequência bastante comum tem um material cômico decente em alguns momentos além de contar com alguma dose de humor físico e escatológico.

O filme é um retrato escrachado da atual juventude norte-americana e dos desafios da paternidade jovem. Há ótimas piadas sobre a recusa em se sair da adolescência, o conflito geracional, a “culpa” inerente à educação de uma criança, tudo isso com muito humor nonsense.


Produzida por Seth Rogen, Evan Goldberg e James Weaver, a comédia conta com roteiro de Rogen em parceria com Goldberg e Nicholas Stoller. Com estreia marcada para maio nos cinemas brasileiros, a produção tem ainda Dave Franco, Ike Barinholtz, Carla Gallo, Christopher Mintz-Plasse, Kiersey Clemons, Beanie Feldstein, Selena Gomez e Lisa Kudrow no elenco.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

MULHERES NO PODER POR ALÊ SHCOLNIK


Maria Pilar é uma jovem e carismática senadora, reverenciada em sua terra natal. Em meio à vida palaciana de Brasília, ela articula seus esquemas com charme e bom humor. Características muito diferentes das que compõem a personalidade da ministra Ivone Feitosa. Mais experiente e habituada com os traquejos da política, Ivone delega muitas responsabilidades à sua assessora. É a partir da tramoia elaborada por Ivone e Pilar para burlar a licitação do projeto “Brasil Brasileira” que os meandros da corrupção começam a ser revelados de maneira divertida. 

Apostando no riso como uma forma de manifestar indignação, a comédia  conta  os bastidores da corrupção em Brasília de forma engraçada e caricata.  

Ao mesmo tempo que crítica a politica, o nepotismo e a corrupção, “Mulheres no Poder” é um comédia com um quê de pastelão com direito a muitas risadas.

Com uma trilha sonora tragicômica, temos a sensação de estar vendo um programa dos “Trapalhões” em determinados momentos.

Escrito e dirigido por Gustavo Acioli, o filme conta com  diálogos divertidos, personagens e atuações caricatas.


ANGRY BIRDS O FILME POR ALÊ SHCOLNIK


Adaptação do jogo "Angry Birds", uma das maiores franquias mundiais de entretenimento, inspirado  por esboços de pássaros desenhados sem asas, o filme nos leva a uma ilha populada inteiramente por pássaros felizes e que não podem voar. Neste paraíso, Red, um pássaro com problemas de temperamento, o veloz Chuck, e o volátil Bomba sempre foram excluídos e que nunca tiveram seus valores reconhecidos. Quando misteriosos porquinhos verdes invadem a ilha onde moram, estes improváveis heróis serão os responsáveis por descobrir qual o plano da gangue suína.

Filme bem colorido, com ótimos efeitos visuais feito para as crianças de todas as idades conta com um roteiro previsível e fraco. Com isso, o que encontramos na tela é uma enxurrada de situações já vistas em produções infantis. O roteiro conta com referências diretas a outros filmes, como "Os Vingadores - The Avengers" e "O Iluminado" , algo criado intencionalmente para divertir o público adulto.

Um dos  pontos altos do filme é a ótima trilha sonora que também agrada papais e mamães. Nas mãos do brasileiro Heitor Pereira, somos agraciados com sucessos como "Behind blue eyes",  "Never Gonna Give You Up" (Rick Astley), "Rock You Like a Hurricane" (Scorpions), "I Will Survive" ,  entre outros.
“Angry Birds” agrada pelos divertidos diálogos nas vozes dos dubladores e comediantes Fabio Porchat, Marcelo Adnet e Dani Calabresa. O trio que está muito a vontade nos personagens arranca boas gargalhadas.

Não esqueça a pipoca!


MEMÓRIAS SECRETAS POR ALÊ SHCOLNIK




Um dos capítulos mais escuros da história, no século XX, colide com a contemporânea missão de vingança de Zev (Christopher Plummer), um judeu sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, que descobre o paradeiro do guarda nazista responsável pelo assassinato de sua família há 70 anos. Apesar de todas as dificuldades da idade, Zev decide fazer justiça com as próprias mãos.

um senhor que deseja punir um antigo guarda nazista pelo assassinato da sua família 70 anos atrás.

O drama focado em uma espécie de road movie é pontuado por leves toques de suspense na trilha sonora com referências de Hitchcock junto com o diferencial de aludir o passado cruel da Segunda Guerra Mundial através de sons evocativos do cotidiano (chuveiros, trens, megafones, explosões).

Com referências de “Amnésia” na atuação de Plummer, por conta da demência do personagem, a sua missão se torna uma interessante viagem de redenção e vingança. Alias, o ator habita por completo a pele deste sobrevivente de Auschwitz em ótima atuação!

A direção de Atom Egoyan (“À procura”, “Sem evidências”) traz uma trama original, sem a necessidade de flashbacks , a narrativa linear se desenrola facilmente.


inteligente e, acima de tudo cruel, “Memórias Secretas” caminha da simplicidade à eficácia. O filme conta com um  roteiro bem amarrado e genial, com diálogos inteligentes que conseguem prender a atenção do espectador, além de surpreender com  um final brusco e singular.  


NÓS, ELES E EU POR ALÊ SHCOLNIK



Coprodução Israel-Palestina-Argentina, o documentário “NÓS, ELES E EU  reconta  os passos do diretor do filme que em 2000, viveu por alguns meses em Israel e na Palestina na companhia de uma câmera. Quinze anos depois, ele reconstrói sua viagem neste documentário.

Originário de uma família judaica,  o diretor não leva  a um documentário imparcial onde a coragem de se permitir entrar em território “inimigo” retrata muitos pontos de vista. Não existe discurso correto, mas sim muitas opiniões divergentes.

Sim, a falta de neutralidade, da mesma forma que há honestidade na trajetória. É o retrato de uma guerra que parece não ter fim. 

Nas palavras do diretor: “Quando fui para Israel em 2000, nunca imaginei o que iria acontecer. Venho de uma família com uma longa tradição de ideais judaicos e progressistas. Cheguei em Tel Aviv, de férias, em busca de aventuras e cheio de curiosidade.  Com a minha câmera como única companhia, durante meses frequentei as casas de famílias de palestinos e israelenses. De Jerusalém para Gaza e Cisjordânia. Filmei e me descobri em uma viagem diferente da que eu havia imaginado. Quando voltei para a argentina, não pude encarar o que havia filmado. 15 anos mais tarde, NÓS, ELES E EU é a reconstrução dessa viagem”.

O filme foi um dos filmes mais votados pelo público da 39ª Mostra Internacional de São Paulo.


O CONTO DOS CONTOS


Baseado no livro "Lo cunto de li cunti overo lo trattenemiento de peccerille", de Giambattista Basile, "O Conto dos Contos" apresenta três fábulas presentes no livro Pentamerone, que dão origem a um mosaico da época barroca do século XVII na Itália. Três reinos vizinhos governados em castelos maravilhosos pelos seus reis e rainhas, príncipes e princesas. Um rei adultero e libertino, outro rei fascinado por um animal peculiarmente estranho e uma rainha obcecada pelo desejo de ter filhos. Magos, ogros, acrobatas e cortesões são os heróis desta interpretação livre dos famosos contos de Giambattista Basile.

O filme foi selecionado para a competição oficial do Festival de Cannes e exibido no Festival do Rio de 2015


quarta-feira, 4 de maio de 2016

O COMEÇO DA VIDA



Uma análise aprofundada e um retrato apaixonado sobre os primeiros mil dias de um recém-nascido, o verdadeiro começo da vida de um ser humano, tempo considerado crucial pós-nascimento para o desenvolvimento saudável da criança, tanto na infância quanto na vida adulta, onde os pais precisam ter o maior cuidado, amor e carinho possível.

O Começo da Vida é um filme que percorre os quatro cantos do mundo para mostrar a importância dos primeiros anos de vida na formação de cada pessoa.

O documentário trata com destreza e delicadeza a realidade da maternidade, da paternidade e as dificuldades de se educar um filho. 

A direção de Estela Renner  transborda grande sentimentalismo na tela.