truque de mestre

X MEN

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Com apenas 19 anos, Andrew estuda música em um conservatório em Manhattan. Determinado a não seguir os passos de seu pai, um escritor fracassado, ele pratica diariamente, o instrumento que o conquistou logo na infância.

A pressão do sucesso apenas aumenta, quando ele é escolhido para participar da banda conduzida pelo infame Terence Fletcher, o insano instrutor  que fará de tudo para explorar todo o potencial do aluno. Sob a direção implacável de Fletcher, Andrew começa a perseguir a perfeição a qualquer custo, até suas mãos literalmente sangrarem.

As atuações primorosas de Miles Teller e J.K. Simmons, são dignas de Oscar! Enquanto J.K. interpreta um instrutor musical, carrasco e impiedoso, capaz de arriscar a humanidade de seus alunos, Miles Teller se veste pelo personagem central da trama, um jovem em busca do sucesso e da perfeição na música.

O Menino prodígio do Jazz e o tirano maestro brilham e brigam em cena, literalmente! São atuações viscerais, capazes de te levar a loucura!

Excepcionalmente, bem dirigido e bem montado, “Whiplash” carrega uma trilha sonora de primeira linha. O filme é insanamente perturbador do ponto de vista da perfeição, “Whiplash” te carrega para o submundo do estresse emocional.

O vencedor do Sundance Film Festival 2014 não é só um filme para fãs de Jazz, mas também para quem busca a perfeição à qualquer preço. 

Em cartaz na Mostra Panorama do Cinema Mundial.

Baseado no best-seller de Gillian Flynn, que assina também o roteiro, o longa marca a primeira parceria entre o diretor David Fincher (“Clube da luta”) e o astro Ben Affleck (“Argo”).

“Garota Exemplar” nos apresenta o casamento de Nick e Amy. Um casal no mínimo apaixonado no começo da relação. Anos mais tarde, no dia em que completam cinco anos de casado, Nick Dunne é surpreendido pelo desaparecimento de sua esposa, sob circunstâncias misteriosas.

Logo a polícia e a mídia começam a desconfiar do casamento perfeito demais e passam a apontar Nick como o principal suspeito. Suas mentiras e seu comportamento estranho só pioram a sua situação. Mas o que terá realmente acontecido com Amy?

Com uma sinopse assim, podemos lembrar do recente “Entre segredos e mentiras” (2010) estrelado por Ryan Gosling e Kirsten Dunst.  De fato, podemos ver algumas poucas similaridades na história, enquanto “Entre segredos e mentiras” é baseado em uma história real, “Garota Exemplar”  é uma história ficcional muito bem adaptada, por sinal.

O filme nos presenteia com a atuação digna de Oscar de Rosamund Pike, em uma personagem completamente desequilibrada e dissimulada.

A direção e o enredo do filme nos envolve de maneira diferente por conta da peculiaridade de David Fincher. O diretor consegue levar as telas, Ben Affleck em boa atuação. 

"Garota Exemplar” é mais triunfo na carreira do diretor. Não deixem de ver!´

O filme está em cartaz na Mostra Panorama do Cinema Mundial.
Entre o nascer e o pôr do sol, nas vielas das favelas, a criação de UPPs alimenta a tragédia democrática da violência. Uma vez encoberta pela política governamental que deveria nos proteger.

Menosprezado pelo poder público, as comunidades tem esperança de dias melhores. São afetados psicologicamente pela opressão policial, onde a liberdade de ir e vir do cidadão são afetadas pela tentativa de pacificação.

O caso Amarildo foi a catarse e o estopim em busca da afirmação da liberdade. A comunidade militarizada gera medo e dor, descontrolando a perspectiva do confronto e do extermínio.

Existe diferença entre Estado e Governo quando se trata da segurança pública? A quem cabe decidir o que será de nós? Somos reféns de um Estado omisso, não por falta de escolha nossa, mas sim, por falta de ação politica.

Casos como o de Amarildo não devem acontecer novamente. Fraudes processuais são inadmissíveis.

Baseado no modelo (revoltante) da Ditadura que não foi desarticulado, a polícia pratica o modelo de terror e da guerra.  Seria as Upps, o Dops? A violência  policial desproporcional geraram manifestações de impacto no ano de 2013, que jamais devem esquecidas na história desse país.

Estamos diante da cólera de tropas policiais que reacendem a questão da violência existente diariamente em nossas vidas.

É pela dignidade humana que documentários como este, tem de ser feitos, sempre. Para lembrar dessa questão social gerida pela policia, diariamente. Não podemos admitir uma política de segurança falha, onde o  fortalecimento e a articulação de uma rede de poder podem nos coagir.

A coragem da família e de amigos de Amarildo, assassinado por policiais militares dentro da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha em julho de 2013, se transformou em símbolo de resistência e luta da sociedade civil contra a violência do Estado. O caso foi o estopim não apenas para a mobilização de outras comunidades, mas principalmente para expor as fragilidades de um projeto de segurança pública militarizado.

O documentário está em cartaz na mostra Première Brasil: Competição de Documentários - longas.

domingo, 28 de setembro de 2014

A VIDA PRIVADA DOS HIPOPÓTAMOS POR ALÊ SHCOLNIK


Um técnico de informática americano vai para Colômbia com um intuito de conhecer os hipopótamos que Pablo Escobar deixou de legado (o famoso traficante  levou para a Colômbia três hipopótamos, entre outros animais selvagens, para montar um zoológico particular. Quando Escobar morre, a fazenda de hipopótamos fica abandonada e os animais se espalham pela região, causando um desequilíbrio ambiental). Lá, ele conhece uma bela mulher, por quem se apaixona profundamente. Os dois começam um relacionamento diferente de tudo que já viveram, mas ele lida com uma pessoa repleta de contradições.

O filme é um  relato de Kirk, que conta e reconta obsessivamente sobre a sua paixão por uma misteriosa mulher nipo-colombiana, história que pode ou não ter a ver com a sua prisão em 2009 no Brasil por tráfico internacional de drogas.

Sua história que poderia ser facilmente a trama de um filme de ficção,  é contada de forma não linear, capaz de deixar o espectador angustiado e curioso ao mesmo tempo.

“A vida privada dos hipopótamos” é um relato interessante de um homem completamente vulnerável e obcecado por “V”, a mulher que mudou sua vida, completamente.

O filme está na mostra Première Brasil: Competição de Documentários - longas.


COMING HOME POR ALÊ SHCOLNIK

Dirigido por Zhang Yimou ("Flores do Oriente", "A árvore do amor", "O clã das adagas voadoras") “Coming home” se destaca pela temática diferente da maioria de seus filmes.

Com um roteiro simples, Zhang Yimou conquista o espectador através da  história de Lu Yanshi e Feng Wanyu. Um casal que  é obrigado a se separar quando Lu é preso e enviado para um campo de trabalho como prisioneiro político. Libertado durante os últimos dias da Revolução Cultural, Lu finalmente volta para casa, mas não sabe da nova realidade que o espera.

Agora,  Lu se tornou um estranho no coração de sua mulher.Determinado a ressuscitar o seu passado a dois e despertar a memória de sua amada, ele fará de tudo para estar perto dela.

Delicado, triste, emocionante, “Coming home” te transporta  para uma realidade próxima a qualquer um.

Com belas atuações, o filme lembra um pouco “Amor”, ambos histórias comoventes, capazes de nos fazer  chorar. 

O filme se encontra na Mostra Panorama do Cinema Mundial do Festival do Rio.

sábado, 27 de setembro de 2014



Documentário investigativo que mostra a violência e a corrupção da polícia do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos, apresentando os fatos mais emblemáticos deste período do ponto de vista dos familiares, testemunhas, sobreviventes e demais envolvidos diretamente nos casos, como advogados, promotores e juízes.

O filme parte da Chacina de Vigário Geral de 1993, culminando com execuções cometidas em nome da lei em 2012 e 2013. Os fatos são apresentados através de entrevistas, imagens de arquivo e cenas ficcionais que reconstroem a memória dos sobreviventes das chacinas.

O documentário relembra os “Cavalos Corredores”, uma quadrilha de PMs que integram um grupo de extermínio que invade a favela de Vigário Geral com armamento pesado e massacram 21 inocentes.

“À queima roupa” fala também da influência da ditadura na polícia atual, o abuso do poder e as torturas que fazem parte de atuações clandestinas dos próprios.

A dor das famílias, a multidão ensandecida, as barbaridades, nada disso foi esquecido. Tudo em cena é relevante.

A ausência do Estado gera um lacuna enorme no combate da corrupção, seja ela aberta ou velada. O processo penal também não ajuda pelo fato de ser dependente de prova testemunhal. 

A direção, roteiro e edição competentes fazem de “À queima roupa” um documentário obrigatório de ser ver!

O documentário está na mostra Première Brasil: Competição de Documentários - longas.

“Sou tudo ou nada”. Uma miscelânea de imagens da cantora adentram a tela tentando entreter o espectador, mas sem sucesso. “ My name is now, Elza Soares” nos leva à casa de Elza, em Copacabana. Cara a cara, diante do espelho, nos desafia, numa saga que ultrapassa o tempo, explosões, pedreiras, lama, preconceitos, perseguições, perdas. Mas ela é dura na queda, num rito, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, como uma fênix transcende em música e canta gloriosa.

Se você espera ver um documentário desta mulher, carente de amor, como ela própria diz , esqueça. “ My name is now, Elza Soares” não te transporta para a vida dela, é um mosaico muito mal feito, com alguns poucos monólogos da cantora, compositora e atriz.

Sem Direção, roteiro e uma edição decente, “ My name is now, Elza Soares” desperdiça a imagem de Elza que é jogada aleatoriamente num mar sem fim.

A índia nativa, negra, mulher e pobre, como  a própria se auto-descreve em algum momento do filme, não é possível  conhecer.

O aplauso alimenta a alma, mas, infelizmente, “My name is now, Elza Soares” não correspondem  à bons momentos se quer.

O documentário está na mostra Première Brasil: Competição de Documentários - longas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Diretor de ‘Trash’, Stephen Daldry revela que filmar no Brasil foi uma das grandes experiências de sua vida


DALDRY DESTACOU A QUALIDADE DA EQUIPE E ELENCO BRASILEIROS EM PÍLULA SOBRE O FILME, QUE ESTREIA NO DIA 9 DE OUTUBRO

Stephen Daldry, diretor de “Trash – A Esperança Vem do Lixo”, exaltou a qualidade técnica da equipe e elenco brasileiros. Para Daldry, o longa, que estreia em 9 de outubro, contou com pessoas que realmente se identificaram com o projeto e que foram aventureiras, criativas, pacientes e profissionais. O diretor ressaltou também a engenhosidade do cenário do lixão, onde se passa parte da trama. Para compor esse pano de fundo e garantir veracidade, ele revelou que catadores reais trabalharam tanto como figurantes quanto como consultores.

“O tempo que passamos aqui no Brasil foi incrível e foi uma lição pra mim. É realmente um filme brasileiro e não estou falando das pessoas que o fizeram, mas é uma história feita por, para e constituída dos sonhos e aspirações dos três jovens sobre quem a história é”, declarou o diretor.

Na pílula, o diretor comenta que, para a escolha do Rio como locação, contaram “a grande tradição de artistas extraordinários e atores profissionais e técnicos trabalhando no Brasil e o histórico de trabalhar com atores não profissionais”. Com a decisão de escalar três meninos não atores para os papéis dos garotos do lixão, foi necessário lançar mão dessa expertise, e o Rio se tornou o lugar ideal, segundo ele. Daldry explica que a necessidade de mostrar a cidade sob um ponto de vista pouco comum fez com que se afastassem dos pontos turísticos e focassem mais nas periferias e comunidades.

Intérprete de Olívia, a professora de inglês que ajuda os meninos Raphael (Rickson Tevez), Gardo (Eduardo Luis) e Rato (Gabriel Weinstein) na missão de desvendar o mistério da carteira encontrada no lixão, Rooney Mara admite que ter pessoas falando línguas diferentes no set foi enriquecedor: “Com certeza houve desafios, mas todos são talentosos e ótimos, a equipe é incrível”.

O longa, que tem distribuição da Universal Pictures, conta com nomes de destaque como os brasileiros Selton Mello (Frederico), Wagner Moura (José Angelo), Nelson Xavier (Clemente), Stepan Nercessian (Antonio Santos ), André Ramiro (Marco) e José Dumont (Carlos), além dos estrangeiros Rooney Mara (Olívia) e Martin Sheen (Julliard). “Trash” (#trashofilme), que é uma adaptação do best-seller de mesmo nome de autoria de Andy Mulligan, tem coprodução da O2 Filmes com as britânicas Working Title e Peapie Films.

O roteiro assinado por Richard Curtis (“Um lugar chamado Nothing Hill”, “Quatro Casamentos e um Funeral”, “Simplesmente Amor” e “Questão de Tempo”) narra a história dos meninos Raphael, Gardo e Rato que vivem perigosas aventuras depois que encontram uma misteriosa carteira no lixão onde vivem. Decididos a buscar uma solução para esse segredo, as crianças vão enfrentar inimigos poderosos.


Baseado nos quadrinhos de Frank Miller, o longa Sin City : A Dama Fatal (Sin City - A Dame to Kill For, 2014) é uma continuação do primeiro Sin City que introduziu os personagens de Miller nas telonas do cinema em 2005. Nessa continuação veremos como alguns deles que voltam para esse filme lidaram com as suas consequências do primeiro longa.

O filme que tem elementos dos quadrinhos Apenas Outra Noite de Sábado (Just Another Saturday Night) além de The Long Bad Night conta através de sua fotografia voltando a usar a técnica de cor seletiva de Robert Rodriguez (que também dirigiu e produziu o filme).

Boa parte do elenco original de Sin City - A Cidade do Pecado está de volta como Bruce Willis (que faz pequenas aparições como o fantasma de John Hartigan), Jessica Alba fazendo o mais do mesmo com a sua dançarina-assassina Nancy e Mickey Rourque que mais uma vez faz do seu Marv roubar a cena.

Em Sin City - A Dama Fatal, o longa é bastante focado no personagem Johnny interpretado por Joseph Gordon Levitt que graças a sua sorte consegue ganhar um jogo de cartas com um senador poderoso da cidade de Sin City. Mas para o seu azar, o mesmo senador quer acabar com a sua vida por causa disso. Outro personagem importante para o longa é o detetive Dwight McCarthy interpretado por Josh Brolin que acaba se envolvendo com a bela e perigosa femme fatale Ava interpretada por Eva Green que o coloca em um jogo duplo envolvendo em suas artimanhas ao seduzi-lo com suas histórias e joguinhos sexuais. O longa é sem dúvida nenhuma um filme noir para adultos pois além de ter mais violência que um clássico filme noir, contém mais cenas de sexo mostradas na cidade apodrecida como diria Nancy. A adaptação dos quadrinhos ficou bem fiel também já que você se sente como se estivesse lendo os quadrinhos tamanha é a veracidade com a obra original seja da fotografia em tons de cor seletiva ou pelas histórias e personagens. O fato é que a dupla Rodriguez e Miller funciona.

Outro mérito do filme vai para Eva Green, a femme fatale do longa. Ela está ótima com seu papel dúbio interpretando Ava. A princípio ficamos na dúvida se ela é mesmo uma vítima ou se é mesmo tão falsa quanto aparenta ser. As cores impregnadas na fotografia em preto e branco durante as cenas da personagem no filme, ajudam na composição do mesmo seja com a boca bastante vermelha e os olhos verde ilustrando sua verdadeira face para o público.

Já Nancy que está cada dia mais louca e bêbada, se junta a Marv (a nova dupla dinâmica e louca da cidade?) com o intuito de se vingar da morte de John. E com isso eles planejam  invadir a casa do poderoso marido de Ava para finalizar o que precisam para um acerto de contas final, especialmente Nancy que está levando Marv mais para suporte contra a segurança do local.

Por: Louise Duarte

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Quantas vezes você já se apaixonou por um amigo(a)? Amizade entre homens e mulheres é possível? E se ele ou ela for o grande amor da sua vida? Nossa, quantos dilemas, né! É justamente sobre isso do que se trata “What if”,  novo filme de Daniel Radcliffe e Zoe Kazan.

O filme não quebra esse tão frequente tabu visto no cinema que homens e mulheres não podem só ser amigos sem que no final eles fiquem juntos. Sim, o “What if” é cheio dos velhos clichês tipico de comédia romântica.

Wallace é um ex-estudante de medicina, que conhece Chantry numa festa na casa de seu melhor amigo.  A empatia entre os dois é forte e grande, a partir dali, nasce uma amizade bonita e a cima de tudo divertida.

Entre diálogos inteligentes, um roteiro leve e a trilha sonora indie, a química do casal é inegável, alias de todo o elenco.

“What if” é mais do que um filme sobre amizade, é um filme sobre escolhas, que faz a gente sair sorrindo do cinema, não importa a companhia.

Bom filme!
Robert McCall, é um homem honesto, trabalhador de uma loja de materiais de construção, que vive em Boston tranquilamente. Teri é uma jovem prostituta que trabalha na vizinhança, que  após se agredida violentamente liberta um homem adormecido dentro dele, assim McCall se torna um justiceiro pelas ruas da cidade onde, obviamente, os russos são os inimigos.

“Os dois dias mais importantes da sua vida são: O dia em que você nasceu, e o dia em que você descobre o porquê” , a famosa frase de Mark Twain abre o filme com o propósito de levar o espectador direto ao ponto. Sem rodeios, “O Protetor” apresenta logo seu enredo e seus personagens. As cenas de ação são violentas, mas necessárias, além de serem muito bem coreografadas.

Enquanto Denzel arrasa em cena, a jovem Chloë Grace Moretz mostra uma nova faceta, agradando também.

O filme  traz o Denzel de “Chamas da vingança”  e “Dia de Treinamento” (filme também dirigido por  Antoine Fuqua) de volta as telas agradando o espectador. Seja pelas atuações ou pelo roteiro e a direção que tem referências de “O Justiceiro” e “Um dia de fúria”, o filme que é violento por natureza agrada quem curte o gênero. 

Se você curte, sangue, porrada e tiro, não pode perder!

David Cronenberg está de volta para perturbar nossas mentes, novamente!

Em “Mapas para as estrelas”, relações doentias e personagens perturbados protagonizam o filme, trazendo à tona um desejo de liberdade repreendido.

Nada é simples, a típica família hollywoodiana não existe, são relações familiares conturbadas. Sanford é um psicólogo que fez fortuna com livros de autoajuda. Christina, sua mulher, passa a maior parte dos seus dias cuidando da carreira do filho Benjie, um astro mirim de 13 anos que acaba de voltar da reabilitação e completando a família, Agatha, a filha “perdida” está de volta.

Em seu novo filme, Cronenberg (Cosmópolis) trata de cabeças decadentes, o sucesso é relativo, o desejo é um sentimento repreendido em todos os personagens, seja pela liberdade, pelo sucesso, por drogas, por amor, ou simplesmente de ser aceito, novamente.

“Mapas para as estrelas” não é um filme fácil de se ver (alias, nenhum filme do diretor).  Roteiro impecável, direção competente e algumas atuações boas, mas quem chama atenção é Julianne Moore por sua atuação soberba, que foi  premiada no Festival de Cannes deste ano na categoria melhor atriz.

É um brilhante pesadelo que vale a pena conferir!

terça-feira, 23 de setembro de 2014


Um fotógrafo é aquele que desenha com a luz, que desenha através de luzes e sombras a sua forma de ver o mundo de acordo com a sua história, assim Sebastião Salgado ergueu seu sucesso através de fotografias que retratam uma realidade cruel no mundo.

Antes de se tornar fotógrafo Sebastião Salgado estudou e se formou em Economia, o que lhe ajudou muito a desenvolver sua visão fotográfica.

Ele conheceu sua futura mulher Lélia ainda jovem (ela tinha 17 anos) e estudava Música na época. Com ela foi morar na França onde ela estudava Arquitetura e ele já tinha uma carreira em Economia. 

Foi por lá que Sebastião Salgado começou a se dedicar a fotografia depois Lélia lhe deu sua primeira câmera, ele sabia o que regia o mundo e reage diante da câmera, a aventura do seu olhar externo!

Lélia e Sebastião viveram na França durante 10 anos e meio, os dois filhos nasceram por lá. Juliano o mais velho se acostumou as longas ausências do pai. Ele o imaginava como super-herói quando pequeno, agora trinta anos depois resolveu conhecer melhor o homem que chama de pai, filmando suas aventuras.

Em “Sal da Terra” somos expostos a esse olhar real, cruel e agressivo. Dói a alma ver o sofrimento em cada fração de segundo exposto nas obras de Sebastião Salgado. Seu olhar é incisivo e mostra como somos escravos do desejo de enriquecer.

Para ele, as pessoas são o sal da terra. Fez viagens espetaculares, arriscou a própria vida por momentos incríveis. Sempre teve um prazer imenso em viver nessas comunidades por onde passava.

A força de um retrato é que em uma fração de segundo, você entende aquela pessoa. São momentos intensos!

Sebastião Salgado passou oito anos desenvolvendo o projeto“Américas”, trabalhou junto aos Médicos sem Fronteiras no projeto africano” Sahel, , l’homme en détresse” (Sahel: o homem em agonia), depois veio o projeto “Trabalhadores”que realizou durante seis anos pelo o mundo todo. Já no projeto “Êxodos”, o fotógrafo volta à Africa mostrando o deslocamento da população, os refugiados, os genocídios.

Seu último projeto “Gênesis” foge das questões sociais e da crueldade, nele são retratados: a natureza, os animais, lugares e povos. É mais do que belo, é emocionante adentrar esse mundo! É uma carta de amor ao planeta depois de tudo que viu, diz ele.

Todos os projetos, sem exceção tem a presença constante da mulher na projeção deles. Lélia, é parte constante deles, por excelência.

Sebastião Salgado presenciou fatos importantes, mundialmente. As questões sociais tais como o trabalho, a migração, a infância e a guerra. Ao longo dos anos, nos acostumamos com suas imagens fortes, que sempre nos prenderam o olhar, convencendo-nos a encarar cenas cheias de sofrimento que, muitas vezes, gostaríamos de esquecer.

Dirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado e Win Wenders, “ O sal da terra” nos transporta para o olhar de um homem sobre o mundo.  Sem Efeitos Especiais, Sebastião Salgado é um ser iluminado por nos trazer para perto, momentos que só vemos jornalisticamente.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Nikki fica devastada ao perder o marido. Os amigos e a filha encorajam-na a retomar a paixão pela pintura e pelos museus, mas Nikki ainda não consegue voltar a sua vida normal. Um dia, ela encontra um homem incrivelmente parecido com o seu falecido marido e se apaixona por ele, sem revelar o seu trauma ao novo namorado.
“Uma chance para amar” aborda um tema interessante, cativando a atenção do começo ao fim.  O filme consegue te sensibilizar e te tocar de uma forma marcante, mesmo sendo  um filme mediano. A maneira  que aborda o assunto com uma certa superficialidade, deixa a desejar, poderia e deveria ser mais profundo.
“Uma chance para amar” precisa de momentos mais introspectivos e diálogos mais profundos, assim  adentrando em demasia no universo de Nikki. O filme cai no limbo como apenas outro drama qualquer, não fazendo isso.
Annete Benning e Ed Harris estão bem em cena, apenas. O filme é um dos últimos trabalhos de Robin Wiliams , alias seu personagem, foge do gênero que ator mais atuava, a comédia, cabisbaixo, introspectivo, algo que o ator não fazia à tempos.
Bom filme!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014


Dan e Gretta são meros desconhecidos que se conhecem em um bar, após a performance dela nos palcos. Keira Knightley e Mark Rufallo estrelam essa história com um ritmo leve e cativante que irá alegrar o espectador.

Mesmo cheio de clichês, o filme conquista pela delicadeza. O roteiro é despretensioso e a direção também, aliás, o diretor manteve o ar superficial nas relações existentes, seja entre pai e filha,  entre ex-marido e ex- mulher e entre ex-namorados.

A participação de Adam Levine apenas é um quê a mais nessa obra musical que conquista nossos ouvidos.

O filme conquista por ser carismático. Com uma trilha sonora gostosa, bons diálogos e boas atuações, “Mesmo se nada der certo” conquista o público com mais uma história de recomeço e superação.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014


O enredo não é exatamente original. Estressado, querendo recarregar as energias, um casal, Lauro (Bruno Gagliasso) e Renata (Regiane Alves), pega o carro, sobe a serra e escolhe como refúgio, longe da civilização, uma cabana onde pretende descansar. Mas, o que parecia ser um pedaço do céu na terra, rapidamente, se revela o contrário. Perto dali, assassinatos foram cometidos recentemente e os culpados não foram presos. De cara, é possível ver semelhanças entre Isolados, novo filme de Tomas Portella, e ‘Estranhos’, longa-metragem americano de 2007. E se procurarmos um pouquinho só, acharemos pontos em comum com outras obras do gênero. No entanto, os problemas deste híbrido de thriller com terror psicológico não residem na falta de originalidade. São outros, bem mais complicados.   

No cinema ou na televisão, nem tudo precisa ser meticulosamente explicado. Com as pistas certas, o espectador pode juntar as peças e formar a história em sua cabeça. Para isto, basta que o roteiro seja escrito de maneira que conduza o público pelo caminho desejado pelo roteirista. Algo que não ocorre neste caso. Tudo é muito solto, largado e há ainda três flashbacks desnecessários. Ao mostrar detalhes da vida dos protagonistas, é de se esperar que, de alguma forma, aquelas informações contribuam para o entendimento da trama. Isto também não acontece. A melhor coisa do texto escrito por Mariana Vielmond é uma virada que ocorre próxima do fim.          

Inspirada em quadros de Rembrandt, pintor holandês que viveu no século XVII e era chamado de “mestre das luzes e das sombras”, a fotografia também é um problema ao abusar das sombras e utilizar pouquíssima luz para aumentar o clima de tensão. Na teoria, a ideia foi excelente. Entretanto, na prática, não foi tão boa. As tomadas acabaram escuras demais, prejudicando, assim, uma das melhores coisas do filme: a direção de arte. A casa escolhida como locação principal, pela equipe dirigida por Claudio Amaral Peixoto, é perfeita, um verdadeiro achado, mas sua importância cênica é reduzida drasticamente graças à escuridão reinante.

Em relação às atuações, os elogios vão todos para o protagonista. Após despontar como mais um rosto bonito, Bruno Gagliasso atingiu a maioridade artística. E ela não foi conquistada da noite para o dia ou interpretando apenas mocinhos. Como o louco coronel Timóteo, na novela ‘Cordel Encantado’, deu provas claras de seu talento. Em sua primeira película, a comédia romântica ‘Mato Sem Cachorro’, se revelou encantador na pele de um galã atrapalhado, no melhor estilo Hugh Grant, em ‘Um Lugar Chamado Notting Hill’. Neste novo trabalho, a composição para viver Lauro, um personagem soturno, com mais segredos do que aparenta, teve que ser precisa sob o risco de descambar para a caricatura. Já a sua companheira, Regiane Alves, não goza do mesmo talento. Contudo, ela tem uma atuação correta como a frágil Renata e não chega a comprometer seu colega de cena.        

Ao se equilibrar cuidadosamente entre acertos e equívocos, o maior mérito de Isolados é apostar no cinema de gênero e mostrar que ele poder ser feito no Brasil. Há iniciativa e vontade de fazer algo diferente. A prova está aí, em cartaz, a partir desta quinta, dia 18 de setembro, em aproximadamente 200 salas de todo o país. Corrigindo e aperfeiçoando alguns pontos necessários, o público tupiniquim, tão acostumado às comédias-televisivas, pode, sim, comprar este barulho e apoiar tal iniciativa. 

Desliguem os celulares e bom filme. 

BEM NA FITA: Direção de arte e a atuação de Bruno Gagliasso. 

QUEIMOU O FILME: A fotografia e o roteiro – com a exceção da virada que ocorre próxima do fim do longa-metragem. 

Por: Bruno Giacobbo

Crítica também publicada no blah cultural
Seth Macfarlane está de volta com o seu típico humor negro, capaz de destruir toda a cultura, tão estática sobre o humor politicamente correto.

“Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola” se passa em 1882, na pequena cidade de Old Stump, onde Albert foge covardemente de um duelo.

Durante a projeção somos prestigiados com ótimas sátiras e diálogos. As atuações são medianas e divertidas, cumprem bem o seu papel.

Os convidados ao longo do filme, dão um gostinho a mais: Charlize Theron, Liam Neeson, Amanda Seyfried, Neil Patrick Harris, Christopher Lloyd, Jamie Foxx, Ewan McGregor e  Ryan Reynolds. Tente acha-los!

A fotografia do deserto é bonita e dá um ar de Western moderno junto com as referências cinematográficas, desde “De volta para futuro” à “Django Livre”.

Dirigido, produzido, roteirizado e protagonizado por Seth MacFarlane, “Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola” é gargalhada garantida para quem curtir humor negro. O filme é divertido e agrada ao público que curte o gênero.

Atenção: não é um filme para crianças!


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Confira os filmes indicados que concorrem à uma vaga na corrida do Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

No próximo dia 18 de Setembro, (quinta-feira) cineastas e cinéfilos, enfim conheceram o filme que representará o Brasil  na disputa por uma vaga no Oscar 2015, na categoria Melhor Filme Estrangeiro. 
Entre as curiosidades, a existência de duas animações, revelando uma nova, quem sabe, faceta do cinema nacional, bastante marcado pelas comédia de baixo orçamento e altos resultados nas bilheterias. 
Os últimos títulos que representaram o país na luta por essa vaga foram: O Som ao Redor (2014), O Palhaço (2013), Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é o Outro (2012), Lula, O Filho do Brasil (2011) e Salve Geral (2010). 

Confira os indicados para o Oscar 2015, (lembrando que Faroeste Caboclo, de René Sampaio, e A Coleção Invisível, de Bernard Attal, ficaram de fora por terem estreado no cinema fora do prazo estipulado pela Academia Brasileira de Cinema):


A Grande Vitória - Stefano Capuzzi
A Oeste do Fim do Mundo - Paulo Nascimento
Amazônia - Thierry Ragobert
Dominguinhos - Eduardo Nazarian
Entre Nós - Paulo Morelli
Exercício do Caos - Frederico Machado
Getúlio - João Jardim
Hoje eu quero voltar sozinho - Daniel Ribeiro
Jogo de Xadrez - Luís Antônio Pereira
Minhocas - Paolo Conti e Arthur Nunes
Não pare na pista: a melhor história de Paulo Coelho - Daniel Augusto
O Homem das Multidões - Marcelo Gomes e Cao Guimarães
O Lobo Atrás da Porta - Fernando Coimbra
O menino e o mundo - Alê Abreu
O menino no espelho - Guilherme Fiúza Zenha
Praia do Futuro - Karim Aïnouz
Serra Pelada - Heitor Dhalia
Tatuagem - Hilton Lacerda


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

MAZE RUNNER - CORRER OU MORRER POR ALÊ SHCOLNIK


Em “Maze Runner – Correr ou morrer” um grupo de meninos sem recordações sobrevivem em um submundo que co-existe em um futuro apocalíptico.

Baseado no livro “Maze Runner – Correr ou morrer” , o filme traz as telas essa trama um tanto enigmática.  Assim, conhecemos Thomas, um menino que mudará os rumos dessa história.

Ao chegar nesse sub-mundo através de um elevador, Thomas é mais um dos meninos perdidos que ali se encontram e são obrigados a sobreviver entre si em um espaço aberto cercado por muros gigantescos.

Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar o que colocará Thomas numa posição mais importante do que se imagina.

O filme tem seu ritmo instigante, o que mantem o espectador preso à ele, mesmo com os erros de produção e tradução.  

“Maze Runner – Correr ou morrer”  é uma mistura de “Lost” com “Jogos Vorazes” onde os garotos perdidos de “Peter Pan” se encontram mais maduros e em busca de respostas aos seus maiores anseios ali vividos.

Em meio as observações cinematográficas, é impossível não deixar de comentar sobre semelhança física do protogonista Dylan O`Brien com  Logan Lerman (que estrela a franquia Percy Jackson).

“Maze Runner – Correr ou morrer”  é um misto de aventura e suspense que agradará os leitores da saga. Bom filme!



"Os Cavaleiros do Zodíaco" marcaram época. O desenho, o animê, as HQs, os filmes, os bonecos (action figure para os colecionadores). E mereciam uma celebração por seus 20 anos de criação (e 40 anos dos estúdios de seu criador). Seya, Shiriu, Ioga, Shun e Iki, nomes que dominaram o imaginário infantil de infinitas batalhas e superações....ditames seculares para a própria vida do expectador (o crítico que vos escreve se acha o próprio Cavaleiro de Dragão, rsrs).

E com "Cavaleiros do Zodíaco - A Saga do Santuário" aportando nos cinemas em 2014, anos após a febre passar, os produtores decidiram revisitar a saga mais famosa da série, a dos cavaleiros de ouro representando os 12 signos do Zodíaco, e condensar mais de 100 capítulos em menos de 1h30 de filme. Para valer o intento, modernizaram o look de todos eles, além de usar da mais avançada técnica de animação em CGI usada em Final Fantasy Advent Children (mesmo estúdio). E só por isto já valeria uma revisita pelos fãs/colecionadores hardcore do ponto de vista nerd.

Já do ponto de vista cinematográfico, independente do fã mais xiita, até porque o público alvo cresceu junto com o desenho pela década de 90, infelizmente o foco desta produção foi capturar um novo contingente de espectadores, especialmente crianças. Ou seja, há todo um realce para o humor e na diminuição da violência, outrora uma das principais características do desenho. Um pouco do humor quase resvala no pastiche (uma faca de dois gumes, pois o quanto pode surpreender os fãs em termos de rir constrangido junto com as transformações, também pode gerar revolta na deturpação do original – vide uma das casas de ouro que foi completamente ridicularizada – pessoas deste signo terão vergonha ao final de ter nascido sob esta constelação, rsrsrsrs). No demais, há sim pontos curiosos tipo cata-piolho de homenagem à série, mas como cinema mesmo, a história ficou reducionista e rasa (inclusive seus protagonistas, resumidos em geral por apenas uma característica mais marcante). 

Por: Filippo Pitanga