truque de mestre

X MEN

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sábado, 29 de novembro de 2014

O CASAMENTO DE GORETE POR ANDREA CURSINO


Gorete, popular apresentadora de rádio, recebe a inesperada herança de seu pai, há anos ausente em sua vida. Mas ela só poderá tomar posse do dinheiro sob uma condição: casar-se. O que poderia ser o sonho de qualquer mulher é, entretanto, o pesadelo da caricata Gorete, que permanece apaixonada por seu grande e perdido amor de infância.

Essa comédia de Paulo Vespúcio Garcia tem a intenção de fazer graça com o universo  LGBT , mas infelizmente  faz uma caricatura e ao invés de brincar o preconceito só acentua ainda mais. Uma pena que as piadas não funcionam e os exageros só atrapalham o andamento do que poderia ser um bom filme.
Rodrigo Santanna interpreta Gorete, uma radialista que tem como companheiras outros dois gays, Domitila interpretado por Tadeu Melo e Marinalva por Ateíde Arcoverde. Para receber a herança do pai ele tem que arranjar um marido para cumprir uma exigência de seu pai homofóbico vivido por Ricardo Blat. Na busca desse marido, o filme começa um desfile de sucessivas piadas de mau gosto. Uma pena que Letícia Spiller não foi bem aproveitada no filme. O elenco na verdade não foi bem aproveitado. Outros equívocos também foram cometidos na área técnica do filme. A direção de arte que rotula o mau gosto em cada adereço como uma Ode ao exagero de peças e cores gritantes.

Vamos torcer para que Paulo Vespúcio Garcia possa realizar outro trabalho melhor.

SÉTIMO POR LOUISE DUARTE

A co-produção Argentina / Espanha, dirigido por Patxi Amezcua e roteirizado por Alejo Flash, estrelado por Ricardo Darin conta a história de Sebastian, personagem de Darin que é um advogado apaixonado pelos seus filhos. Prestes a assinar os papéis do divórcio de sua ex-mulher, ele todos os dias faz uma brincadeira com seus dois filhos de apostar corrida do sétimo andar onde moram até o térreo. Enquanto ele vai de elevador, as crianças vão pela escada. Ele obviamente chega primeiro e começa a ficar preocupado quando as crianças não aparecem ficando cada vez mais aflito quando as horas vão se passando e nada dos pequenos aparecerem.

Se passando quase que inteiramente no prédio que serve de cenário para a trama do filme, o personagem de Darin percorre os diversos andares do prédio para investigar o estranho desaparecimento dos filhos e qual foi a verdadeira causa do sumiço deles interrogando os diversos moradores do local para ver se algum deles sabe do paradeiro das crianças ou se algum deles parece suspeito o suficiente para estar envolvido no sumiço ou possivelmente sequestro.

Apesar de se tornar cansativo em alguns momentos, o roteiro do filme é bom e consegue prender o telespectador que fica curioso para descobrir qual o verdadeiro motivo do sumiço do desaparecimento das crianças mesmo que com isso alguns clichês sejam jogadas na trama, nada que comprometa o produto final.
Sétimo estreou essa semana e está sendo distribuído pela Fox Filmes do Brasil.

Por Louise Duarte

OS AMIGOS POR ANDREA CURSINO


O filme de Lina Chamie fala sobre amizade ao longo do tempo. Marco Ricca interpreta Téo que se questiona após Juliano, seu melhor amigo de infância falecer.  Ele se culpa por não ter procurado e durante os dias que seguem o público acompanha todos os relacionamentos de Téo com as pessoas que o cercam. 

O Elenco é bom e tem Marco Ricca e Dira Paes como uma dupla de amigos afinada. As crianças do filme também estão bem.

A Fotografia é mais escura e sem novidade. A Direção de arte é bem feita e assim como a trilha sonora.

O roteiro é simples apesar de alguns discussões filosóficas. E brinca como real e o imaginário de Téo.

O filme funciona bem como entretenimento, apesar de não ser uma grande produção.

Por: Andrea Cursino

IRMÃ DULCE POR ANDREA CURSINO


O diretor Vicente Amorim fez com certeza um dos melhores filmes já produzidos no cinema nacional e claro, um dos melhores filmes do ano. Um roteiro inteligente mostrou quem era o anjo da Bahia, a freirinha amada por todos e com a vida dedicada em ajudar os pobres, doentes e  desfavorecidos relegados a margem da sociedade.

Para interpretar essa mulher tão forte e tão doce, a escolha não poderia ser melhor, as atrizes Bianca Comparato e Regina Braga deram um show, sendo que o destaque é Bianca Comparato que fez a melhor interpretação da sua carreira em que até a voz ficou igual a de Irmã Dulce. Ela trouxe o espírito de quem era essa pequena mulher guerreira que sua arma era o amor e a dedicação que transmitia para as pessoas.

O elenco estava coeso e todas as interpretações harmônicas. Ponto para o diretor que soube tirar do seu elenco aquilo que ele precisou para realizar esse belíssimo trabalho.

Mas não só de elenco “Irmã Dulce”  tem força. O filme tem uma qualidade técnica impecável. A começar pela bela fotografia de Gustavo Habda. A cuidadosa direção de arte  de Daniel Flaksman mostra com riqueza de detalhes a Bahia que tem início nos anos 40 e vai até os últimos dias de vida de Irmã Dulce em 13 de março de 1992. Uma das melhores maquiagens já realizada no Brasil é de Auri Mota que fez um trabalho minucioso com o envelhecimento das atrizes, principalmente nas mãos. Quem reparar na mão das duas atrizes, vai ver até as manchas de envelhecimento, veias, pele que envelhece ao longo da trama e não tem como não dizer que a mão não é de verdade. A Trilha Sonora tem um casamento perfeito com as cenas, assim como os efeitos sonoros. A Montagem fecha com chave de ouro as transições de cenas e passagens de tempo nos proporcionando um dos mais belos trabalhos do cinema Brasileiro.

O filme é lindo visualmente, emocionante, poético e funciona como energético para alma. É lindo ver um ser humano tão iluminado colocando em prática aquilo que acredita. Uma lutadora por uma causa humanitária. Uma mulher determinada que tem um carisma admirável. Artisticamente Irmã Dulce é uma obra de arte e funciona não só como um bom entretenimento, mas também como registro de uma história real. Uma homenagem digna ao anjo da Bahia, Irmã Dulce.


Por: Andrea Cursino

sábado, 22 de novembro de 2014

JOGOS VORAZES POR ANDREA CURSINO

Crítica: O terceiro filme da saga de Katniss Everdeen é o mais interessante dos três e vai além de apenas ser um filme de entretenimento. Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1 também levanta questões políticas de poder e quem controla esse poder.


Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 é tecnicamente impecável com um cuidado com os detalhes tanto visuais e quanto sonoros.

No visual a bela fotografia de Jo Willems oferece uma tonalidade mais escura do que as anteriores mostra o tom da situação crítica em que passam. Já nas cenas mais claras ele ganha tons mais frios e pasteis. As cores mais vivas ficam nos tons alaranjados do fogo que representa a heroína.

A Direção de arte fez um belíssimo trabalho com os cenários, adereços. A caracterização dos personagens com figurino e maquiagem valorizou muito o trabalho. Em especial a maquiagem em Peeta e Effie.

No áudio, a trilha Sonora de James Newton Howard é forte e marcante e foi valorizada por uma edição sonora muito bem realizada. Os efeitos sonoros são empolgantes. Nesse ponto, prefira as salas de cinema que tem um som mais potente para aproveitar melhor essa sensação de estar em um simulador.

O roteiro é um dos pontos fortes do filme. Já que o terceiro filme foca mais na história, e valoriza os personagens, outro ponto positivo é que o filme tem mais ritmo que o livro. O Diretor Francis Lawrence imprimiu um bom ritmo para uma trama que teria a tendência de cair, já que, no livro, tudo demora mais para acontecer.

O elenco está muito bem e  ganha o reforço  Julianne Moore como a Presidente Alma Coin. Desta vez, Jennifer Lawrence pode dar mais dramaticidade para Katniss e está muito bem. O mesmo acontece com Josh Hutcherson. Esse é o filme de despedida de Philliph Seymour Hoffman que faleceu no início do ano.

A saga tem tudo para fechar com chave de ouro, já que a primeira parte, mostra a que veio. 

Por: Andrea Cursino

CASTANHA POR ANDREA CURSINO

O drama de Davi Pietro é confuso, arrastado e sem ritmo. O que poderia ser um filme interessante, se perde na falta de definição do diretor roteirista.

Algumas boas tomadas se perdem pela fraca montagem. Infelizmente nem a trilha sonora consegue dar algum ritmo. essa mistura de documentário e ficção sobre a vida cotidiana do ator transformista João castanha não atinge um objetivo e parece tentar usar as duas vertentes e não usar nenhuma. A banalidade cotidiana fica sem propósito e o que poderia ser uma boa ideia que renderia um bom filme, fica na vontade de apenas ser. 

Agora é torcer para Davi Pietro ter mais sucesso em seu próximo trabalho. 

Por: Andrea Cursino

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

VENTOS DE AGOSTO POR CARMEM LUCIA SANT'ANNA CORTEZ




Nordeste, interior de Alagoas. Uma menina e um rapaz. Uma povoado sem luz, sem perspectivas, sem historias específicas e /ou especiais pra contar,,, a vida passa ao sabor dos ventos...dos ventos que trazem alguns turistas, muito provavelmente de quando em vez - e com eles a cultura de alguma coisa que não cabe ou não caberia neste lugar: tatuagem, musica punk, coca-cola – um pesquisador que quer escutar esses ventos, e que não cabe ou não caberia também neste contexto.

A menina e o lugar também não cabem um no outro – ou não caberiam. O menino e a menina que vivem um relacionamento por forças circunstanciais, pescam, colhem …  e namoram.

A vida vai passando, se desenrolando nesse interior do interior do Brasil, de aparentes não realces, tons esmaecidos, morte e vida não são tão antagonistas assim como a gente conhece ou está acostumado a sentir, tanto faz se chove, se faz sol, se é dia ou noite. É talvez como Deus quiser.

Há um aparente desanimo, mas a câmera denuncia uma certa tensão. Uma tensão que não se revela totalmente e se dispersa, quando a morte se materializa através de um cranio ou corpo decomposto achado ao acaso, despertando assim outras sensações como a curiosidade ou sentimentos mais nobres como a comiseração.

O contraste existente no filme, reforça a ideia de um Nordeste que esquece de si e foi esquecido, onde o Estado, por exemplo, embora acessível a um toque da telefonia celular (pasmem, há sinal ainda que remoto de telefonia móvel), preguiçosamente se abstêm de seus deveres. Esse contraste também serve para delinear o turbilhão de sentimentos amainados, guardados no recôndito dos seus personagens principais.

Não há luz, mas há coca cola. A polícia não chega lá, mas o punk chegou!



Esse filme não caberia na quarta curva depois do rio, quebrando à esquerda, onde essa comunidade está sendo localmente narrada, porque ele é grande: grande em cada enquadramento, em cada narrativa visual, na sua grandiosidade de contar uma história aparentemente sem historias.

BOA SORTE POR ALÊ SHCOLNIK

Baseado no conto “Frontal com Fanta” de Jorge Furtado, “Boa Sorte”  é a história do encontro de João e Judite. Ele, um adolescente de 17 anos, que se sente invisível. Ela, uma mulher de 30 anos que já experimentou de tudo. Judite não tem muito tempo de vida e os dois sabem disso. Em uma clínica de reabilitação, eles vivem um amor intenso e transformador.

Carolina Jabor, diretora do longa, contou que o foco do filme é uma história de amor. “Boa Sorte” fala do comportamento contemporâneo com relação as drogas lícitas, sem hipocrisia alguma, mas o que move o filme é o amor, a clínica é apenas o pano de fundo dessa história.

O vício, de fato,  é uma desgraça, mas o filme não se trata dessa realidade, ele trata da  relação de amor entre os personagens principais.

A diretora contou que a escolha de Deborah Secco para o personagem foi mais do que certa, alias, foi ela que correu atrás disso, assim que soube que o conto seria filmado, enfatizou a atriz.
Carolina ainda continua, “Havia um desejo enorme de Deborah fazer o filme ... A obstinação de Deborah é impressionante”.

Alias, Deborah contou que emagreceu  11 Kg, chegando a pesar 44 Kg. E ainda reinternou que a dor da perda da personagem (após o fim do filme) a levou à ser internada.

Os ensaios geraram uma entrega muito maior da atriz, que inclusive se dispõe a tudo e mais um pouco. Deborah está completamente nua em cena! Seja em alma ou em corpo. Uma nudez sútil, sem desejos, poética e  sem obrigação nenhuma de sensualizar ao contrário de “Bruna Surfistinha”, um personagem completamente agressivo.

Judite é um personagem cheio de vida, alegre, vibrante, foi realizado um trabalho de Chackras inclusive, ajudando na construção do personagem que é adepto do Yoga.  Deborah ainda acrescenta que a construção do personagem é toda feita através do olhar, o que ela soube muito bem incorpora-lo.

O roteirista Pedro Furtado conta que o fato de ser ator ajuda muito na hora de escrever um roteiro. Foram dois anos de muita pesquisa para realizar o filme. A diretor ainda conta,  “Descobri que 1/3 dos adolescentes se contaminam” .

O longa ainda relata a realidade corrupta do Brasil “É um país doente de corpo e mente, você encontra uma farmácia a cada esquina”.

“Boa Sorte” é um filme cru, opaco, que se despe da cor completamente, nos levando por um caminho completamente conceitual.

Mesmo que previsível,  é contado de uma forma muito sensível, muito delicada e envolvente que agrada o espectador.

Premiado no Festival de Paulínia com os prêmios de melhor filme (júri popular) e melhor direção de arte deste ano, o longa tem uma estética minimalista, com influências do cinema francês.

“Boa Sorte” nos leva a um caminho  onde  o mais importante é você ter o controle de você mesmo, se você conseguir.


O corpo não aguenta a batida, mas quando a morte me encontrar, ela vai me encontrar viva.

domingo, 16 de novembro de 2014

A PROMESSA POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado no livro “Journey into the past” de Stefan Zweig (publicado após a sua morte), o filme conta a história de amor entre uma mulher casada e o assistente de seu marido, na Alemanha de  1912.

Separados pela distância e o tempo,  ambos são obrigados a se comunicarem por carta até a Segunda Guerra Mundial estourar, assim interrompendo qualquer contato. A promessa feita anteriormente a viagem dele agora será posta a prova, será que esse amor sobreviverá?

Investigando os estranhos caminhos do amor, tempo, guerra e traição, “Uma Promessa” traz Rebecca Hall, Allan Rickman e Richard Madden nos papeis principais com boas atuações e ótima química.

Com uma trilha sonora completamente instrumental, que seduz o espectador junto com a Fotografia, Direção de Arte e o figurino impecável, “A Promessa” é um delicioso drama romântico.

“Porque se refugiar no passado, se podemos celebrar o presente”.

Bom filme!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

DEBI & LOIDE 2 POR ANDREA CURSINO


Vinte anos depois Jim Carrey e Jeff Daniels se reencontram para repetir os personagens que fizeram sucesso, alguns anos atrás.

A dupla Harry e Loide está de volta com um roteiro fraco e sem estrutura na história. A fotografia se repete, seguindo o mesmo padrão do primeiro filme. 

Algumas referências do filme anterior estavam presentes na nessa continuação. Uma pena que as piadas ficaram grosseiras demais e perderam a mão. Esse longa não chega perto da qualidade cômica do primeiro. Nem tão pouco a trilha sonora que não tão boa quanto a do primeiro filme.

Só vai valer para os fãs mais ardorosos da dupla. Um aviso: tem cena extra após os créditos. 


Por: Andrea Cursino

SAINT LAURENT POR ALÊ SHCOLNIK


A mais nova biografia do estilista Yves Saint Laurent conta o auge da carreira do de 1967 a 1976.

Dirigido por Bertrand Bonello, o filme peca na narrativa por conta do roteiro que  não ajuda, mas seu maior problema é a falta de ritmo na direção do filme, ainda assim é possível destacar a boa fotografia, a direção de arte e elenco.

Vale ressaltar que  tanto Gaspard Ulliel, quanto Helmut Berger estão bem como Yves Saint Laurent (Gaspard faz o estilista na juventude, enquanto Helmut Berger o faz na fase final). Quem também merece destaque é Jérémie Renier que fez Pierre Bergé.

"Saint Laurent" é o terceiro filme sobre a vida do estilista. Enquanto O Louco Amor de Yves Saint Laurent  é um documentário sobre o artista, os outros dois filmes são ficcionais.Yves Saint Laurent  dirigido por Jalil Lespert e  Saint Laurent por Bertrand Bonello.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

MIL VEZES BOA NOITE POR ALÊ SHCOLNIK

O instinto fotográfico leva o fotógrafo de guerra ao contante medo da morte.

Em “Mil vezes Boa Noite” somos expostos a um olhar real, cruel e agressivo do fotojornalismo de guerra, onde a importância do trabalho do fotógrafo  é retratado com louvor.

Em “Mil vezes boa noite” Juliette Binoche interpreta Rebecca,  uma das cinco melhores fotógrafas de guerra do mundo. Uma mulher despida de luxo, maquiagens e supérfluos, que possui a fotografia enraizada em sua vida, em uma atuação poeticamente bela.

Diante dos acontecimentos emocionais dentro de sua família, Rebecca tenta se abster do trabalho para agradar o marido, mas o seu instinto é mais forte, o que coloca a vida deles numa constante tempestade emocional.

A dificuldade de entender a profissão da mulher, impede que o relacionamento familiar cresça por completo, a comunicação entre eles é falha, mostrando que existe uma grande problema interno.

A projeção da imagem fotográfica muitas vezes falam mais do que mil palavras, mas nessa família, infelizmente, isso não é possível.  

Com um argumento interessante e um roteiro falho, o filme se salva pelas boas atuações e  pela fotografia impecável, assim “Mil vezes boa noite” consegue prende o espectador .

TRINTA POR ALÊ SHCOLNIK

Um  retrato do "fazer Carnaval" e ninguém melhor do que Joãozinho Trinta para representar isso.

O filme tem bons momentos, e alguns problemas com o ritmo (se tratando de Carnaval isso não poderia acontecer), a direção, a montagem e a trilha sonora comprometem o longa.

Com a proposta de mostrar a trajetória de Joãozinho Trinta, o filme foca apenas na  produção do seu primeiro desfile, o passado do alegorista é pouco abordado, priorizando o grande momento de sua carreira.

O filme acerta na direção de arte e com um bom e talentoso elenco, com exceção de Paolla Oliveira, apagada, mas quem  carrega, realmente, o filme nas costas é Matheus Nachtergale. Ele está brilhante!

“Trinta” é um filme superficial  sobre o  gênio que mudou para sempre a Cultura popular brasileira,

João Clemente Jorge Trinta, conhecido como Joãozinho Trinta, nasceu em São Luís, em 23 de novembro de 1933 e faleceu no dia 17 de Dezembro de 2011.

NÓS SOMOS AS MELHORES POR ALÊ SHCOLNIK

Baseado na HQ autobiográfica de sua esposa Coco, o diretor Lukas Moodysson nos presenteou com uma excepcional história de três meninas que entram na adolescência em 1982, na Suécia.

O filme conta a história de três adolescentes Bobo, Klara e Hedvig, entre 12 e 13 anos de idade com todos os dilemas dessa fase.

“Nós Somos as Melhores!” transpira vivacidade e ternura do início ao fim e ainda traz um trio de jovens atrizes simplesmente carismático. Alias, o belo trabalho das atrizes mirins é muito realista  fazendo dos seus personagens, seres marginalizados,

É um filme daqueles que faz a gente rir e sorrir do inicio ao fim, que sabe abordar a temática e não perde a essência infantil por ser protagonizado por crianças e trás ainda questões como dúvidas em relação a amizades, amores, aparências, que são questionamentos normais para idade.


“Nós somos as melhores” é um filme com temática adolescente que consegue abordar a cultura bem melhor do que muitos outros longas por aí. 

O filme fez parte da programação de Festival do Rio de 2013.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

UMA VIAGEM EXTRAORDINÁRIA POR LATHIFE CORDEIRO


O universo lúdico é a especialidade do diretor Jean-Pierre Jeunet, que tem como sua principal obra o já clássico "O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain".

Em "Uma Viagem Extraordinária", o francês não perde a sua essência, tendo como protagonista alguém tão sensível como uma moça apaixonada: uma criança de mente livre.

T.S. Spivet, vive num rancho isolado de Montana. Garoto superdotado e apaixonado por ciência, ele inventou a máquina de movimento perpétuo, o que o fez receber um prêmio muito prestigioso. Sem dizer nada à família, ele parte, sozinho, para buscar sua recompensa e atravessa os EUA num trem de mercadorias. Mas ninguém imagina que o feliz premiado só tem dez anos e carrega um segredo tão pesado…

Neste longa de fotografia impecável – abusando das cores campestres, como o amarelo e o verde – Jeunet aborda problemas possíveis em quaisquer país: a dificuldade de se vencer na vida em uma área tão restrita como a ciência, quando se mora no interior {tanto pela distância da cidade grande, quanto pela mentalidade dos moradores da região, especialmente a família}.

A mente do menino é fértil, e a equipe de arte usa suas ideias para produzir desenhos que, visualizados em 3D, chegam até o espectador. É quase possível tocar o que se passa na mente de T.S Spivet – é impossível não se apaixonar por ele.

Um filme para toda a família, com a rara combinação de direção, roteiro, técnica, e atuações memoráveis.

NOVEMBER MAN POR ALÊ SHCOLNIK

Pierce Brosnan esta de volta as telas como um ex- agente da CIA (que lembra e muito  o  agente 007, aquele que trabalha para a MI-6).

Desde que Pierce Brosnan largou a vida do agente britânico,  ele nunca mas tinha voltado a fazer um filme tão parecido, mesmo que “November Man” não tente unir um personagem ao outro.

O título nacional do filme entrega a relação dos personagens, "Um Espião Nunca Morre”, além disso, a atriz Olga Kurylenko  já tinha aparecido na franquia “007” em 2008, quando fez "Quantum of Solace" ao lado de Daniel Craig.

Agora em “November Man” o ex- agente da CIA, Peter Deveraux tenta desmascarar uma conspiração entre Russia e Estados Unidos em busca de uma refugiada. 

Objetivo e previsível, o filme agrada o espectador com as cenas de ação, muito bem coreografadas. Por um momento você pode até achar  que está vendo “Ponto de vista” ( filme de 2008 com Dennis Quaid e Forest Withaker), mas não, a referência de do agente mais famoso do mundo, James Bond, é muito maior.

Boa sessão!

INTERSTELLAR POR ALÊ SHCOLNIK



“Agora, nós só estamos aqui  para a memória de nossos filhos” é com essa fala do filme que abro a crítica dessa obra-prima dirigida por Christopher Nolan, afinal estamos aqui para criar lembranças para o nosso futuro, seja ele qual for.

Para começar “Interstellar” deveria se chamar “Gravidade”, enquanto “Gravidade” deveria se chamar “Interstellar”, cientificamente (ai, você deve se perguntar, como ela sabe disso? e eu te respondo: vi o filme com um engenheiro do meu lado que me explicou essa parte técnica) e cinematograficamente falando. 

Em Gravidade, o filme não se aprofunda na questão, apenas mostra a Galáxia por inteiro, já em "Insterestellar" o elemento gravidade é essencial  para o desenvolvimento da obra, e você, espectador, só entenderá isso vendo o filme, afinal não darei spoilers aqui.

Através da trilha sonora angustiante, instigante e tenebrosa, Nolan nos transporta completamente à origem novamente. Sim, eu me refiro a recente obra dele “A Origem”, lembram?

Por um momento você chega até a pensar em um looping atemporal (o que inclusive existe em ambas obras), mas não, Nolan refaz “A Origem” numa obra original, por incrível que pareça. A estética dimensional se repete, a base do roteiro também, além do elemento surpresa, um momento essencial em ambas as obras. Se você reparar ambos os filmes tem elementos chaves e que se igualam como o relógio e o peão, ambos simbolizados pelo amor. Sim, o amor!

Em meio à tantas referências cinematográficas (Um Odisseia no espaço, Gravidade, A Origem) que utilizam da ciência para fazer cinema, é o amor que prevalece no final das contas.

O instinto de sobrevivência, a essência da vida é surpreendentemente destacada no filme. “Eu preciso existir”, aqui nessa frase do filme dita por Cooper, personagem de McConaughey,  vemos a importância de  ser a prova da sua própria prova.

"Interstelar" é espetacular! O filme, sem dúvida, terá algumas indicações ao Oscar de 2015. 

Boa sessão!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Made in China


“Made in China” conta a história de Francis, uma vendedora da Casa São Jorge, a loja de brinquedos de Seu Nazir, que fica na Saara. Quando os chineses começam a roubar a clientela alheia, a vendedora decide investigar como os recém-chegados conseguem vender suas mercadorias a preços tão baixos.

Reduto do comércio mais popular da cidade do Rio de Janeiro, o Saara é o pano de fundo do longa “Made in China”. Para contar essa história, a produção construiu uma  versão cenográfica do local, de 1200 m², em um estúdio em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

O diretor Estevão Ciavatta conta que foi necessária a construção desse grande cenário devido à dificuldade de rodar em um ambiente tão movimentado por cinco semanas, mas mesmo assim o filme também teve algumas cenas rodadas na verdadeira Saara do Rio de Janeiro.

Segundo o diretor de Arte,  Tiago Marques, foram reproduzidas 21 lojas em apenas um mês. “A arte foi feita de maneira tão perfeita que, às vezes, a gente se sentia mais na Saara do que na própria Saara”, relembra Juliana Alves, que vive a esotérica Andressa. E realmente, a direção de arte faz juz a verdadeira Saara, é uma bela homenagem aos comerciantes locais. Independente de bandeiras, o Saara abriga gente de todo o mundo que vivem em plena paz.

O filme é carregado pelo talento da protagonista Regina Casé, que rouba a cena no filme! Alias, Regina volta a atuar em comédias, coisa que não fazia à tempos e mostra que o talento de comediante esta no sangue.

Com roteiro assinado por Estevão Ciavatta, Mauro Wilson, Patrícia Andrade, Rosane Lima e Claudio Lisboa, “Made in China” agrada o espectador com essa comédia brasileiro com pezinho no romance.

Engraçado e divertido, pode se dizer que  é gargalhada garantida! Não esqueça a pipoca!