truque de mestre

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A HISTÓRIA DA ETERNIDADE POR ANDREA CURSINO


Em um pequeno vilarejo no sertão, três histórias de amor e desejo mudam a paisagem afetiva de seus moradores. Personagens de um mundo romanesco, no qual suas concepções de vida estão limitadas de um lado pelos instintos humanos, do outro por um destino cego e fatalista.

O filme pernambucano de Camilo Cavalcante mostra o serão nordestino através da história de três mulheres de gerações diferentes e a dura realidade de um lugarejo pequeno onde não tem desenvolvimento, nem sócio, nem econômico e nem cultural. 

A história começa com Querência personagem de Marcélia Cartaxo que perde o filho ainda criança e logo em seguida o marido. O sanfoneiro cego movido pelo amor que sente por ela vai abrindo um novo horizonte para essa mulher que perdeu o gosto  pela vida. 

Em paralelo, D. das Dores é uma mãe dedicada e avó zelosa de Geraldo que aos poucos vai descobrindo quem é o neto de verdade. 

E por fim a jovem Alfonsina que sonha em conhecer o mar. Com 17 anos, é ela quem cuida da casa, do pai, dos quatro irmãos e do tio. A trama está montada e desses três pilares que desenvolve essa história numa narrativa mais poética e simbólica.

O elenco é bom! O grande destaque é Irandhir Santos que protagoniza a melhor cena do filme em sua performance de Ney Matogrosso na época de “Secos e Molhados”. Irandhir faz o tio de Alfonsina e é ela a única pessoa da família em cuidar e falar com ele.

A técnica do filme é boa e eficiente. A fotografia, a montagem e direção de arte caminham juntas e a trilha sonora é ótima.

O roteiro é feito para deixar que o público crie possibilidades em sua cabeça.  “A História da Eternidade” é um filme interessante vale a pena conferir.





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"SUPERPAI" POR ALÊ SHCOLNIK

Nos tempos de escola Diogo era o cara, mesmo quando metia a turma numa encrenca. Vinte anos se passaram e Diogo, agora é casado e tem um filho pequeno, além de não ser mais o mesmo. As noites de farra e bebedeira parecem tão distantes quanto sua última ida à academia. A festa dos 20 anos de formatura da escola é sua grande chance de dar a volta por cima e resgatar a antiga moral. Mas a noite promete ser muito mais desafiadora e cheia de surpresas do que Diogo e seus amigos podiam esperar.

A proposta do filme é boa, mas mal executada, infelizmente.A começar pela escolha do elenco, Mônica Iozzi é a única que se salva nesse quesito.


Entre algumas poucas boas piadas, o roteiro é fraco e a direção é frouxa, uma pena. Ainda assim “SUPERPAI” atende ao público popular, que está sempre em busca de comédias brasileiras.


SEM DIREITO A RESGATE POR ALÊ SHCOLNIK

Margaret Dawson é uma amorosa e ingênua, dona de casa cujo marido, Frank Dawson desvia milhões de dólares por ano e mantém o dinheiro em contas off-shore, sem seu conhecimento. Dois criminosos de carreira, Louis Gara e Ordell Robbie descobrem a farsa e decidem sequestrar a mulher do milionário corrupto para receber um alto valor em resgate. Eles só não esperavam que Frank não quisesse ver mais sua esposa, pois sua mente já estava ocupada com outra mulher, sua amante Melanie.

Baseado no livro “The switch” de Elmore Leonard, o filme apenas se sustenta pela curiosidade de ser um prelúdio de “Jackie Brown”, embora John Hawkes e Mos Def jamais consigam atingir o patamar de Robert De Niro e Samuel L. Jackson.

Mesmo lembrando o filme "Por favor, matem a minha mulher”, estrelado Bette Midler e Danny De Vito, “de 1986, "Sem direito ao resgate" é uma comédia de humor negro criminal, com um péssimo roteiro e uma direção pra lá de ruim,  O filme parece ter a mesma ideia, mas uma má execução. A ideia é boa, porém o roteiro desanda rapidamente após o primeiro ato. Mesmo sendo estrelado por atores conhecidos, o filme não surpreende.



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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

VENCEDORES DO OSCAR 2015

Neste domingo, 22 de fevereiro, aconteceu  a 87° edição do Oscar, maior prêmio cinematográfico da indústria. Fomos agraciados com a melhor abertura da cerimônia dos últimos anos com as performances de Neil Patrick Harris, Anna Kendrick e Jack Black. Confira os ganhadores do Oscar de 2015.

“Birdman” levou por Melhor filme  e Melhor diretor :  Alejandro Gonzáles Iñárritu.

Eddie Redmayne levou na categoria  Melhor ator pelo seu brilhante trabalho em  "A teoria de tudo" e na categoria Melhor atriz, Julianne Moore, também brilhantemente premiada por "Para sempre Alice".

Na categoria Melhor ator coadjuvante foi para J.K. Simons (Whiplash)  e na categoria Melhor atriz coadjuvante  para Patricia Arquette ("Boyhood"), ambos fundamentais em seus projetos!

Na categoria Melhor roteiro original,   Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo levaram por "Birdman" e na categoria Melhor roteiro adaptado foi para Graham Moore ("O jogo da imitação") .

Jennifer Hudson cantou na homenagem póstuma, sempre emocionante! Julie Andrews teve uma belíssima e emocionante homenagem também!

Melhor canção foi para "Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn para o filme "Selma", já a Melhor trilha sonora foi para Alexandre Desplat ("O grande hotel Budapeste") .

Whiplash levou a estatueta  nas categorias  Melhor edição  e Melhor mixagem de som  , Sniper Americano levou por Melhor edição de som , já a estatueta de Melhor  Efeitos Visuais foi  “Interestelar" quem levou.

“O Grande Hotel Budapeste “levou o Oscar nas categorias Figurino e Melhor maquiagem e cabelo e melhor design de produção. "Birdman" foi o vencedor na categoria Melhor fotografia.
 
O Oscar de Melhor filme em língua estrangeira foi para "Ida" e Melhor documentário foi para "CitizenFour".

Na categoria Melhor documentário em curta-metragem  foi para "Crisis Hotline: Veterans Press 1"  e Melhor curta-metragem em 'live-action' foi paraThe phone call”. “Feast” levou na categoria Melhor animação em curta-metragem  e na categoria Melhor animação foi  para "Operação Big Hero".

domingo, 22 de fevereiro de 2015

FRAMBOESA DE OURO 2015

Todo ano na véspera do Oscar acontece a premiação dos piores do ano, conhecida tradicionalmente como  o Framboesa de Ouro.  Confira abaixo a lista completa dos ganhadores:

Pior Filme
Kirk Cameron’s Saving Christmas

Pior Remake, Adaptação ou Sequência
Annie

Pior Roteiro
Kirk Cameron’s Saving Christmas

Pior Diretor
Michael Bay (Transformers: A Era da Extinção)

Pior Atriz
Cameron Diaz (Mulheres ao Ataque e Sex Tape: Perdido na Nuvem)

Pior Ator
Kirk Cameron (Kirk Cameron’s Saving Christmas)

Pior Ator Coadjuvante
Kelsey Grammer (Os Mercenários 3 e Transformers: A Era da Extinção)

Pior Atriz Coadjuvante
Megan Fox (As Tartarugas Ninja)

Pior Combo
Kirk Cameron e seu ego (Kirk Cameron’s Saving Christmas)

Prêmio Redenção
Ben Affleck - Vencedor do Framboesa por Contato de Risco / Queridinho do Oscar com Argo e Garota Exemplar

sábado, 21 de fevereiro de 2015

UM SANTO VIZINHO POR ALÊ SHCOLNIK


Maggie acaba de se divorciar. Ela e o filho de 12 anos são os novos vizinhos de Vincent De Van Nuys, um senhor individado, viciado em apostas e que não se dá bem com seres humanos., mas diante da novo emprego que exige plantões de madrigada, inclusive, Maggie se vê obrigada a pedir ajuda à ele para cuidar de seu filho. Assim a inusitada amizade entre Oliver e Vicent se inicia.

É interessante ver em cena, como a relação entre ambos se estabelece. Mesmo sendo completamente diferentes por inúmeros motivos, Vicent e Oliver se tornam mais do que amigos, são cúmplices um do outro.

Theodore Melfi inicia sua carreira com uma direção competente e um roteiro cativante. Em “Meu santo vizinho” encontramos  personagens carismáticos, com vidas complicadas e problemas reais.

Com direito à um show a parte na atuação de Bill Murray, Naomi Watts com seu charmoso sotaque russo e Melissa McCarthy sempre adorável, mesmo sem fazer comédia.

“Um santo vizinho” consegue arrancar risadas genuínas através dos fracassos dos personagens. É um drama com um toque de comédia capaz de nos emocionar!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SNIPER AMERICANO POR JULIANA MENESES



O texano caubói Chris Kyle, sem muita perspectiva de sucesso na carreira resolve alistar-se após os atentados de 11 de setembro. Tendo aprendido a atirar com seu pai que desde criança o levava para caçar, é escolhido para ser atirador de elite em plena guerra do Iraque. O longa é baseado no livro “American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Militar History” e conta a história real do maior atirador de elite dos Estados Unidos que entre os anos de 1999 e 2009 efetuou cerca de 160 baixas, recebendo o apelido de "A lenda".

Dividido entre sua família e seu enorme patriotismo, Chris não consegue se desvencilhar de sua missão no Comando Naval de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos (SEAL) e apesar das diversas ameaças de abandono e suplicas de sua mulher Kyle (Sienna Miller) ele passa dez anos entre seu país e o Iraque.

Mesmo esse não sendo o filme mais aclamado do diretor Clint Eastwood, Sniper Americano consegue deixar o espectador inquieto o filme inteiro. A tensão criada em diversas cenas, faz quem assiste se colocar no lugar do protagonista, na angustia se deve ou não puxar o gatilho.

A guerra é retratada em campos de batalha nos quais os soldados tentam proteger-se mutuamente e são extremamente leais entre si e para com seu país, mostrando um patriotismo que os cega e faz com que eles ponham suas vidas totalmente em risco, além de retratar um ódio, desprezo e desconfiança por todos os iraquianos.

A narrativa é bastante didática e retrata a biografia de Chris Kyle de forma pontual. Bradley Cooper da conta do recado indo bem das cenas de violência até as de drama, mostrando um soldado viciado na guerra, que mata para proteger seus companheiros e seu único sentimento de culpa é não poder salvar a todos. O filme mostra todo trauma provocado pela guerra assim como o transtorno ao não se sentir inserido na realidade "normal".


Concorrendo em seis categorias do Oscar, dentre elas melhor filme, melhor ator e melhor edição, sendo forte concorrente nessa última categoria por ter uma excelente montagem, alternando as cenas da vida em família e da guerra.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

CINQUENTA TONS DE CINZA POR ALÊ SHCOLNIK


Quando a estudante de literatura Anastasia Steele entrevista o jovem bilionário Christian Grey, como um favor a sua colega de quarto Kate Kavanagh, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que o deseja e que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza, à timidez e ao espírito independente de Ana, Christian admite que também a deseja, mas em seus próprios termos, mas ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor.

Diante dessa sinopse e do que o mundo inteiro espera(va) de um dos filmes mais esperados do ano baseado no livro de E. L. James, "Cinquenta tons de cinza" está longe de ser o que deveria ser. 

A diretora Sam Taylor-Johson romanceou demais a história que já é fraca, mesmo sabendo da  competência de seu trabalho ("O Garoto de Liverpool"). Em “Cinquenta tons de cinza” a diretora foi relapsa por conta do roteiro ruim e dos diálogos desprezíveis. A montagem do filme reedita o livro, o tornando um romance.

Em alguns momentos o filme tenta nos remeter ao filme “9 semanas e ½ de amor”, mas fica muito longe de ser uma obra erótica, por conta da clichezada eterna.

A falta de cenas mais ousadas faz com que as falas de Christian Grey, que passa o filme inteiro dizendo que não é chegado em romance nem em relacionamentos, soem mais como ameaças do que frutos da sua verdadeira natureza. 

Enquanto Dakota Johnson é carismática e cativante, Jamie Dornan dorme no ponto feio. O ator não consegue transmitir alguma emoção se quer, desprezível. Alias, a química entre os protagonistas é de zero para baixo.

Mas o filme não é de todo ruim, a  fotografia e trilha sonora são boas. Enfim, de qualquer jeito, é filminho meia boca, para agradar o publico do livro, sem mais!


O IMPERADOR POR ALÊ SHCOLNIK

Após se tornar alvo de seu irmão mais velho,  o mais novo herdeiro do trono foge junto com sua irmã do meio em busca de ajuda pela sua sobrevivência, assim poderá assumir sua função após a morte de seu pai. Nesse viagem,  um guerreiro misterioso se une à eles e terá que superar seus próprios demônios.

Ambientado no século XII, o épico de ação traz Cage no papel de Gallain, um ex-cruzado, atual fora-da-lei que é convidado para lutar em uma nova missão.


Dirigido por Nick Powell, (que faz sua estreia na função depois de trabalhar como diretor de dublês em “Resident Evil 5: Retribuição”, “O Último Samurai” e “A Identidade Bourne”), o filme é clichê do início ao fim, com personagens mal construídos, um enredo ruim e atuações fraquíssimas. O que se salva, são as belas paisagens e as coreografias das lutas.

ANNIE POR ALÊ SHCOLNIK

Baseado na peça de teatro musical "Annie", (que ganhou de sete prêmios Tony) tem sua terceira adaptação para o cinema (a primeira foi em 1982, dirigida por John Hudson e a segunda em 1999, dirigida por Rob Marshall).

O clássico da Broadway que tem encantado o público durante gerações volta as telas do cinema  numa nova e contemporânea visão contando  a história da pequena Annie, uma menina órfã de dez anos de idade, feliz  e corajosa o bastante para trilhar o seu próprio caminho nas ruas de Nova York.

Deixada por seus pais ainda bebê com a promessa de que voltariam para buscá-la um dia, ela vive uma vida dura com sua malvada tutora, a senhorita Hannigan, mas tudo está prestes a mudar quando o magnata  e candidato a prefeito de Nova York, Will Stacks a salva de ser atropelada.

A atuação de Quvenzhané Wallis é fofa e cativante. A pequena que já foi indicada ao Oscar por “Indomável Sonhadora” conquista o público infantil.

Dirigido por Will Gluck (“Amizade Colorida” e “A mentira”), "Annie" tem tudo para ser um filme é adorável,  mas o que o estraga é a dublagem porca, incluindo os números musicais, (que foram completamente desnecessárias).

“Annie” é um filme fofo, colorido, o que agrada o público infantil, sem dúvida alguma, mesmo sendo cheio de repletos clichês.

Não esqueça a pipoca!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

VENCEDORES BAFTA 2015

Aconteceu , ontem em Londres (9 de fevereiro) o BAFTA Film Awards 2015, considerado o Oscar britânico das premiações. Numa noite de poucas surpresas na lista de ganhadores, poucos filmes britânicos ganharam e as apostas do Oscar ficaram mais fortes. Confira abaixo a lista completa dos ganhadores:.
Melhor filme:
"Boyhood: Da Infância à Juventude", de Richard Linklater.
Melhor diretor:
Richard Linklater ("Boyhood: Da Infância à Juventude").
Melhor ator:.
Eddie Redmayne ("A Teoria de Tudo").
Melhor atriz:
Julianne Moore ("Para Sempre Alice").
Melhor ator coadjuvante:
J.K. Simmons ("Whiplash: Em Busca da Perfeição").
Melhor atriz coadjuvante:
Patricia Arquette ("Boyhood: Da Infância à Juventude").
Melhor filme em língua estrangeira:
"Ida" (Polônia).
Melhor filme britânico:
"A Teoria de Tudo".
Melhor roteiro orginal:
"O Grande Hotel Budapeste".
Melhor roteiro adaptado:
"A Teoria de Tudo".
Melhor fotografia:
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)".
Melhor documentário:
"Citizenfour".
Melhor filme de animação:
"Uma Aventura Lego".
Melhor curta-metragem:
"Boogaloo and Graham".
Melhor curta de animação:
"The Bigger Picture".
Melhor diretor, roteirista ou produtor britânico revelação:
Stephen Beresford e David Livingstone ("Pride").
Melhor ator revelação:
Jack O'Connell.
Melhor trilha sonora:
Alexandre Desplat ("The Grand Budapeste Hotel").
Melhor som:.
"Whiplash: Em Busca da Perfeição".
Melhores efeitos especiais:
"Interestelar".
Melhor edição:
"Whiplash: Em Busca da Perfeição".
Melhor produção:
"The Grand Budapeste Hotel".
Melhor figurino:
"The Grand Budapeste Hotel".
Melhor maquiagem:
"The Grand Budapeste Hotel".
Bafta honorário:
Mike Lee.
Bafta à maior contribuição ao cinema britânico:
"BBC" Films. EFE

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

DOIS DIAS UMA NOITE POR ALÊ SHCOLNIK


Um filme sobre escolhas morais , simples e singelo, que conta com a ótima atuação de Marion Cotillard vivendo um personagem tão real, em busca de sua dignidade. A atriz  está excelente, intensa e graciosa.

Honesto, direto e silencioso, “Dois dias, uma noite” coloca seus personagens em um dilema ético-moral o tempo todo (e você se coloca na posição de todos eles ao mesmo tempo). É impossível não se colocar no lugar daquelas pessoas, abrir mão de um bom bônus financeiro ou ajudar uma colega de trabalho que tenta retomar a vida e o emprego? Qualquer um pode passar por um dilema destes.

O tom crítico do roteiro faz de “Dois dias, uma noite” um filme nenhum pouco simples, mesmo que tenha uma história que parece ser simples, complicado né. Assim é a depressão, parece uma doença simples para alguns, mas não é, pelo contrário, é muito complicado, a pessoa apenas sobrevive, não come, não toma banho, não troca de roupa, um instrumento abordado com uma certa sutileza no enredo.

A direção de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne é interessante e complexa, deixando a narrativa do filme entre altos e baixos, o que pode acarretar com a saída do espectador da sala, ainda assim por abordar um tema interessante, “Dois dias, uma noite” parece viver um ciclo vicioso como a própria doença.


O JOGO DA IMITAÇÃO POR ALÊ SHCOLNIK

  


Baseado no livro “Alan Turing: The Enigma“, de Andrew Hodges, “O Jogo da Imitação” conta a trajetória do matemático e cripto-analista inglês Alan Turing.
Tendo que decifrar, o mais rápido possível, os códigos da máquina alemã Enigma durante a Segunda Guerra Mundial, “O jogo da imitação” leva as telas a história de Alan Turing, o homem considerado o pai da computação moderna.
Num tempo em que ser homossexual era considerado um crime, Turing foi obrigado a se isolar como um mecanismo de defesa para sobreviver em meio à hostilidade.
Com uma narrativa não-linear, “O jogo da imitação” é um bom drama biográfico, capaz de envolver o espectador do começo ao fim. Cheio de momentos tensos, o filme possui alguns diálogos cómicos a fim de descontrair a projeção.
O roteiro de Moore e a direção de Tyldum fazem do filme um bom registro da sua trajetória. As boas atuações junto com a primorosas fotografia e direção de arte transformam  “O jogo da imitação” em um filme além das questões da guerra, é um filme sem dúvida alguma, sobre uma época onde as questões sexuais não eram aceitas.
O filme recebeu 8 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado, além de indicações ao Globo de Ouro, BAFTA, SAG Awards.


O DESTINO DE JÚPITER POR BRUNO DE SOUZA

Depois do grande sucesso de Matrix e suas duas sequências questionáveis, os irmãos Wachovsky vem colecionando fracassos. Seguiram em suas carreiras o subestimado "Speed Racer"  que possui um visual deslumbrante, e o sumo da pretensão  na bomba catastrófica "A Viagem".

Chegamos agora ao último lançamento dos irmãos: "Destino de Júpiter", largando um pouco as tramas rocambolescas da dupla, mas não deixando de abordar  superficialmente temáticas espiritas que já existiam em  "A Viagem", mas naquele caso em exagero e sem sentido, além de se assemelhar bastante com ficções cientificas dos anos 80 como " A Duna" ,  "Blade Runner "e  "O Vingador do futuro"

"Destino de Júpiter" tinha elementos para ser um simples entretenimento de ação/ficção com homenagem referências aos anos 80, mas os irmãos Wachovsky  parecem nitidamente não saber o que fazer e transformam o filme em um desastre . A referência  as obras dos anos 80 mais que pesam no visual do filme tanto no design de produção quanto na caracterização e figurinos, mas se ora a direção de arte é no mínimo interessante, a caracterização e maquiagem são péssimas , pesadas e falsas, principalmente as dos vilões, que frequentemente dependendo da cena aparecem até com erros de continuidade de maquiagem, mas o problema principal é o roteiro.  A trama em si já não empolga e nem mesmo se define como uma aventura ou um romance mal estruturado na tentativa de atrair o público jovem e feminino amante de obras como "Crepúsculo" e "Divergente" Não bastando tais problemas, além de uma construção previsível que mais se assemelham a fases de um vídeo game e a partir de metade da projeção soam repetitivas,  o roteiro carece de melhores resoluções e viradas mais desenvolvidas, tudo acontece muito rápido e sem sentido.

É absurdo o número de buracos e situações inconclusivas. Personagens somem, cenas gratuitas, explicações desnecessárias. Esses são apenas alguns dos graves erros da narrativa que nem mesmo a boa montagem consegue achar um ritmo.

Falando em montagem, o que por vezes parece é que muita coisa foi cortada na ilha de edição. Provavelmente até na montagem os diretores estavam perdidos sem saber o que fazer, talvez isso explique o enorme adiamento de estreia. O estúdio deve ter ficado insatisfeito com o resultado e pediu para remontarem.

As poucas coisas que salvam são os bons efeitos visuais que proporcionam  interessantes e acrobáticas  sequências de ação, a boa trilha musical que tenta emular a de Star Wars, e a presença de Channing Tatum, ator que anda se aprimorando e crescendo em Hollywood, mas seu personagem não tem muito desenvolvimento no roteiro para que possa trabalhar, mas tenta fazer uma figura a lá Harrison Ford que funciona. Já Mila Kunis até tenta, mas não é verossímil,  já que a atriz não se encaixa no papel de mocinha indefesa e soa forçada. Se Mila não chega a comprometer em sua atuação, não se pode dizer o mesmo do trio de vilões que parecem ter saído de uma peça infantil da pior qualidade, principalmente o interpretado pelo recém indicado ao Oscar, Eddie Remayne, que se joga no overacting fazendo caretas e forçando a voz.

"O Destino de Júpiter" já entra facilmente para listas de piores do ano e com fortes cotações para o prêmio de framboesa do ano. Não foi dessa vez que os irmãos Wachovsky mostraram sua redenção.