truque de mestre

X MEN

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

MAIS FORTE DO QUE O MUNDO - A HISTÓRIA DE JOSÉ ALDO POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado na história de vida do lutador José Aldo,  “Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” nos apresenta a vida do atleta, que nasceu em uma família pobre na periferia de Manaus e se tornou o maior lutador brasileiro de MMA, invicto por 10 anos.

Drama com boas tiradas cômicas, “Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” nos presenteia com as belíssimas atuações de José Loreto e  Jackson Antunes.

O roteiro assinado pelo diretor em parceria com  Marcelo Rubens Paiva foge do melodrama, é justamente nesse ponto a trilha sonora  merece destaque, pontuando bem a trama sem carregar na carga dramática. Alias, a trama se divide entre a periferia de Manaus e Rio de Janeiro, onde tudo se torna um pouco mais leve, ganhando, inclusive, um tom mais engraçado nos diálogos.

Bem filmado e bem montado, o filme utiliza bem os recursos de câmera lenta, seguindo a estética do diretor, Afonso Poyart (Dois Coelhos, Presságios de um crime).

Destaque para as cenas de luta são riquíssimas em detalhes, a linguagem da câmera favorece os golpes, é bonito de ser ver.

“Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” é um filme sobre vencedores e traumas da vida. Impossível não se emocionar!



BIG JATO POR ALÊ SHCOLNIK





A nova parceria de Mahteus Nachtergaele com o diretor Claudio Assis, nos leva ao  Vale do Cariri, no início da década de 1970, onde um caminhão, apelidado carinhosamente de Big Jato, é destinado a esvaziar as fossas das casas sem encanamento do Crato.

O caminhão faz parte da vida de um adolescente que com seu pai, percorre as ruas da cidade lidando com o dejeto alheio, enquanto acompanha um mundo em transformação. Assim como sua própria infância, algo ali parece estar chegando ao fim, e as mudanças não passam despercebidas aos dois.

O quarto longa-metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis é uma adaptação do livro  “Big Jato”,  romance autobiográfico do jornalista cearense Xico Sá.

A partir de suas memórias, o filme leva as telas o retrato afetivo de um jovem  e os primeiros encontros com o amor e o rock e as mudanças nas relações familiares.

“Big Jato” retrata um delicado mosaico das descobertas do garoto que enfrenta todas as dificuldades da entrada na vida adulta.

Drama com pitadas tragicômicas apresenta um roteiro com diálogos poéticos, assim  “Big Jato” percorre o tempo e o espaço, na vida de um menino em constante transformação com um toque de humor  nos pequenos momentos do dia a dia.

A Fotografia árida compõe o tom poético do filme que ainda faz referência a outra obra do diretor, “A Febre do Rato”.

Confira o trailer:  https://vimeo.com/167326679

TRUQUE DE MESTRE 2 POR ALÊ SHCOLNIK


Uma das sequências mais esperadas do ano chega aos cinemas com direito a muita mágica!

Desta vez,  a direção fica por conta de Jon M. Chu que dá mais dinâmica a história dos Cavaleiros.

O filme acontece cerca de um ano após os acontecimentos do longa anterior,  os Cavaleiros estão vivendo escondidos, aguardando novas instruções do “Olho”; Thaddeus (Freeman) está preso e Dylan Rhodes (Ruffalo) continua no FBI, alimentando pistas falsas sobre o paradeiro dos mágicos.  Uma nova missão aparece com o intuito de desmascarar um jovem magnata interpretado por Daniel RadCliffe.

Com um quê de “12 homens e um segredo” no roteiro, o filme segue a linha do primeiro com um toque nonsense, bons alívios cômicos, ótimas sequências de ação e Efeitos Visuais. Junto à tudo isso, ainda ocorre os  clichês desnecessários, mas, que sem dúvida alguma, o público irá gostar.

Com ótimas atuações, o filme conta com a presença da comediante Lisa Kaplan que traz um bom toque cômico a história.  Destaque especial para atuação de Woody Harrelson!

“Truque de Mestre 2 – O segundo ato” nos leva a uma viagem sensacional de truques de mágicas com ótimas reviravoltas. Um filme divertido e despretensioso!

O longa conta com locações nos EUA,  Inglaterra e na China. 

Não esqueça a  pipoca!


INVOCAÇÃO DO MAL 2 POR JUNNO SENNA


Não é novidade que o cinema de terror tem decaído nos últimos anos, tanto em qualidade, quanto produção. Poucos filmes do gênero parecem chegar as salas de cinema, e quando o fazem, é para decepcionar o público. Seja por que o trailer é mais interessante que o filme, ou simplesmente por não ser bom.

"Invocação do Mal 2" sai da regra e se torna um exemplo de que a soma de Hollywood e terror ainda podem criar algo muito bom. "The Conjuring 2", no original, é bom pelos mesmos motivos do sucesso do primeiro filme e por não ter seguido a linha de "Annabelle".

A direção de James Wan trás alguns planos sequências, uma direção dinâmica que mesmo depois de uma hora e quarenta e cinco de filme, não cansa o espectador.

Muito da história se sustenta pela atuação de Madison Wolfe, que depois de várias papéis pequenos em grandes produções (Joy e Trumbo), ganhou espaço para mostrar que tem talento.

Não apenas Madison, mas também Vera Farmiga e Patrick Wilson, que retornam aos papéis antigos e mostram que um filme de terror não precisa ser feito apenas de sustos, mas também lágrimas e bastante carga dramática. Por esse motivo e outros, ele se torna tão diferente dos anteriores.

 "Invocação do Mal 2" é apenas mais um pequeno passo para uma franquia repleta das  inacreditáveis e assustadoras histórias dos Warren. Conseguindo se consagrar sem dificuldade como um dos melhores filmes de terror do ano, o longa promete dar alguns sustos durante a narrativa, mas também deixar quem estiver assistindo com o coração na mão, ansioso pelo final.


CASAMENTO DE VERDADE


Uma família tradicional, os Farrell, se vê diante de grandes mudanças quando Jenny provoca uma mudança radical em sua família unida e bem convencional, quando anuncia que irá casar. Mas a escolha do parceiro acaba despedaçando a família.




quarta-feira, 1 de junho de 2016

CAMPO GRANDE POR ALÊ SHCOLNIK


Certa manhã, duas crianças são deixadas em frente à portaria de um prédio em Ipanema, sem nenhuma explicação a não ser um pedaço de papel com o nome e endereço de Regina, a dona da casa. Em nenhum momento as crianças duvidam que sua mãe voltará para buscá-las. Mas será que ela vai mesmo? A chegada dessas crianças no mundo de Regina – e suas tentativas de lidar com ela – transformará profundamente as vidas de cada uma delas.​

O novo filme de Sandra Kogut, “Campo Grande”, explora as disparidades entre classes sociais no Brasil por um caminho bastante sutil, destoando da chave argumentativa de grandes filmes recentes, como “O som ao redor”, “Casa Grande” e o mais recente “Que horas ela volta?”. 
A criação de laços afetivos não é responsável por apagar as distâncias, e, nesse sentido, é justamente um dos méritos do filme: as personagens, mesmo com vivências tão distintas, são igualadas no plano da humanidade, mas permanecem extremamente desiguais no plano do acesso aos bens materiais e aos privilégios do Estado e do consumo.
Em "Campo Grande" não há um vilões declarados, mas sim a construção de uma cidade estruturalmente marcada pela desigualdade e transformação


ROCK EM CABUL POR ALÊ SHCOLNIK



Um empresário do rock decadente leva sua última cliente numa turnê da USO (United Services Organization, do exército dos EUA) no Afeganistão. Após se ver abandonado em Cabul, sem um centavo e sem seu passaporte, ele descobre uma jovem de uma pequena aldeia com uma voz extraordinária e decide representá-la na versão afegã do American Idol, o superpopular programa Afghan Star.

Com um roteiro sem sentido, personagens mal construídos e jogados na história, “Rock em Cabul” conta com uma trama morna e personagens pouco carismáticos que aparecem e desaparecem da trama sem a menor cerimônia.

grandes estrelas no elenco (Zooey Deschanel, Bruce Willis e Kate Hudson), porém muito mal aproveitadas. Cabe apenas a Bill Murray brilhar em cena.

A direção de Barry Levindson (“Vida Bandida”, “Sleepers – A vingança Adormecida”, “Assédio Sexual”, “Rain Man”, entre outros) se perde assim como o roteiro. Falta uma boa trama, transparência na história e uma oba dose de química e sintonia entre os atores.

Destaque para a Fotografia e a trilha sonora.


WARCRAFT - CRÍTICA EM BREVE


Adaptação do MMORPG de sucesso da Blizzard, World of Warcraft. A trama gira em torno da batalha infindável entre humanos e Orcs no mundo de Azeroth.

O reino pacífico de Azeroth está à beira de uma guerra enquanto sua civilização enfrenta uma raça temível de invasores: guerreiros Orcs fugindo de sua casa moribunda para colonizar um novo lugar. Enquanto um portal se abre para conectar os dois mundos, um exército enfrenta destruição e o outro enfrenta a extinção. De lados opostos, dois heróis são colocados em um caminho de colisão que irá decidir o destino de suas famílias, seu povo e seu lar.

Uma saga espetacular de poder e sacrifício começa, onde a guerra tem muitas faces, e todos lutam por algo. 

Warcraft é uma aventura épica sobre conflitos em um mundo à beira da colisão.


UMA LOUCURA DE MULHER POR ALÊ SHCOLNIK



A ex-bailarina Lúcia (Mariana Ximenes, que também é produtora associada do longa) é casada à 15 anos com o deputado Rogério que está em busca de crescimento na carreira política. Porém, um episódio envolvendo o influente senador Waldomiro (Luiz Carlos Miele), coloca Lúcia diante da chance de um novo começo na cidade do Rio de Janeiro, lugar para o qual havia prometido que jamais voltaria.

Dirigido por Marcus Ligocki Jr., que também assina o roteiro ao lado de Kirsten Carthew e Angélica Lopes, “Uma Loucura de Mulher” é a típica comédia nacional que agradará o grande público seguindo o padrão de uma novela em tela grande.

O filme conta com um roteiro fraco e previsível, personagens caricatos e uma trilha sonora que  parece estar numa cena de “Os Trapalhões” .

Com uma sucessão de erros no roteiro e na continuidade, “Uma Loucura de Mulher” é o tipo de filme que utiliza do humor escrachado e pastelão em busca de sucesso nas bilheterias.

O filme teve cenas rodadas em Brasília e no Rio de Janeiro. 

Não esqueça a sua pipoca!


TUDO SOBRE VINCENT POR ALÊ SHCOLNIK


Vincent tem um poder extraordinário: a sua força fica dez vezes maior quando ele está em contato com a água. Por isso ele vive em uma área rica em lagos e rios, e é reservado para poder preservar seu segredo. Um dia ele é surpreendido por Lucie e se apaixona.

Dirigido por Thomas Salvador, que também dá vida ao protagonista, o filme está longe de ser um blockbuster, apesar da sensação de se ver um aquaman cult.

O roteiro escrito por Thomas Salvador, Thomas Cheysson e Thomas Bidegain não  estabelece o gênero que pertence. O filme passeia pelo drama, pela comédia e pela aventura.

“Tudo Sobre Vincent” é o tipo de filme que não  agrada o grande público. O silencio dá ao espectador a sensação de estagnação durante toda a projeção.


O OUTRO LADO DO PARAÍSO POR JUNNO SENA



Mais uma vida de um escritor chega às telas. Muito similar a “De Amor e Trevas” com Natalie Portman, em “O Outro Lado do Paraíso”, vemos a história da infância do escritor Luiz Fernando Emediato e o relacionamento com seu pai, Antônio (Eduardo Moscovis). Sobre pais, filhos e Brasília, voltamos para os anos 40 e vemos a família de Fernando seguindo o sonho da prosperidade na capital do Brasil, mas tudo é interrompido pelo golpe militar e é quando o pesadelo começa.

Mesmo como Moscovis em um dos papéis principais, quem realmente brilha na tela é o personagem Nando interpretado por Davi Galdeano.

O ator mirim mostra o talento diversas vezes durante o longa se destacando ao lado de Moscovis, que faz o seu pai no filme. Além deles, temos o retorno de Camila Márdila, que ficou conhecida por interpretar Jéssica em “Que Horas Ela Volta”. Já conhecendo a atriz e a sua atuação, parece que foi pouco aproveitada diante das câmeras.

O que realmente se destaca é a direção de André Ristum, que aproveita o cenário árido do interior de Minas Gerais, além das estradas desertas.

Em diversos momentos, o visual do filme se torna muito mais interessante que a história em si.Destaque para a direção de arte e o figurino.

“O Outro Lado do Paraíso” é mais um dos filmes da leva nacional que agrada. Mesmo desandando no final e correndo para terminar o que começou, se trata de um documento histórico, cheio de curiosidades e também uso de imagens documentais “Brasília: Contradições de Uma Cidade Nova”, de 1967. No fim, está longe de ser dispensável, mas também não é algo que irá se destacar. 


quarta-feira, 25 de maio de 2016

A GAROTA DO LIVRO POR ALÊ SHCOLNIK


Alice Harvey tem 29 anos e trabalha como uma assistente de uma editora de livros. Por conta de um trauma do passado, ela é  obrigada e enfrentar dolorosos acontecimentos ao ser convidada para trabalhar no lançamento de um livro de Milan Daneker, um antigo cliente de seu pai, um grande agente literário de Nova York. Agora, Alice precisará ter forças para enfrentar antigos demônios.

Apesar da narrativa de grande potencial, o roteiro encontra problemas. A história  contada com uma montagem entra passado e presente não traz surpresas nos futuros acontecimentos. Por causa da obviedade da construção, a demora em revelar a verdade soa menos como pudor do que como prazer sádico em degustar as dores da protagonista.

Um dos pontos altos do filme é o fato de fugir de saídas fáceis, privilegiando o silêncio, os olhares furtivos e o desconforto nos rostos dos personagens.

As atuação de Emily VanCamp é limitada e deixa a desejar na evolução das angústias e desejos da personagem. Michelle Williams vestiria melhor a personagem com sua versatilidade. Cabe a Michael Nyqvist a grande complexidade do filme, em um papel longe de um vilão comum. A ligação entre a aprendiz de escritora com o escritor veterano é tensa e forte, o que prende o espectador ao filme.

“A Garota do Livro” possui ambições louváveis, porém não alça voo. O maior problema é a direção, falta ritmo e bons enquadramentos ao longa.


PEPPA PIG E AS BOTAS DE OURO POR ALÊ SHCOLNIK


A série britânica de desenhos animados para crianças em idade pré-escolar chega aos cinemas com 
uma sequência de nove episódios da animação na mesma linha apresentada na televisão com os personagens já conhecidos do público infantil.

Uma das principais atrações do canal Discovery Kids “Peppa Pig" A série difunde valores como a generosidade, a amizade e a sinceridade, valendo-se de inocência e de senso de humor.

Com uma programação feita especialmente para a tela grande, papais, mamães e as crianças poderão conferir com exclusividade episódios inéditos de 5 minutos de duração e o especial “Peppa: As Botas de Ouro” com 15 minutos. 

Desenho animado educativo com uma linguagem simples e de fácil entendimento, que as crianças se divertem com os animais devidamente chamados pelas suas nomenclaturas, assim já associando nome a figura.  

Os novos episódios poderão ser conferidos nos cinemas nos dias 26, 27, 28 e 29 de maio e nos dias 4 e 5 de junho. Não esqueça de conferir a programação dos cinemas. Confira o trailer dublado:


ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO POR ALÊ SHCOLNIK


Alice Kingsleigh passou os últimos três anos seguindo os passos de seu pai navegando os oceanos. No seu retorno a Londres, ela se depara com um espelho mágico e retorna ao fantástico mundo subterrâneo, onde reencontrará seus amigos: o Coelho Branco, a lagarta Absolem, OGato Risonho e o Chapeleiro Maluco.

Porém, por um trauma do passado, o Chapeleiro perdeu sua “insanidade”, então Mirana, a Rainha Branca, envia Alice em uma jornada em busca da Cronosfera, um globo metálico que fica dentro da câmara do Grande Relógio que controla todo o tempo. Retornando ao passado, ela reencontra amigos - e inimigos - em momentos diferentes de suas vidas, e embarca em uma perigosa corrida para salvar o Chapeleiro antes que o tempo se acabe.

Como todo filme da Disney, as mensagens bonitas fazem parte do roteiro que é simples e amarradinho.

O filme é cheio de referências à outras obras cinematográficas: “Hugo Cabret” nas sequências dentro do relógio,  “Meu Malvado Favorito”, na construção do vilão Tempo e nos pequenos minions de lata que são capazes de se auto-transformar em uma espécie de “Transformers”.

Johnny Depp está de volta com o caricato chapeleiro, Anne Hathaway não empolga com uma atuação apática,  quem rouba a cena é a dupla de vilões Sacha Baron Cohen e Helena Bonham  Carter! Além de ótimas atuações, a química e sintonia dos atores acrescenta e muito aos personagens.

Os Efeitos Visuais e a computação gráfica (também chamada de CGI) são ótimos, bem feitos e  complementam o trabalho da Direção de Fotografia e de Arte de forma primorosa.

A Direção de Arte e a Fotografia trabalham bem os contrastes em cena através da cartela de cores. Mesmo muito colorido, o filme consegue usar de poucos momentos sombrios nos momentos necessários.  

A criançada vai se divertir nesse filme bem colorido fugindo da estética de Tim Burton, (alias, o diretor atuou apenas como produtor do longa). A direção ficou por conta de James Bobin de Os Muppets 1 e 2.


PONTO ZERO POR ALÊ SHCOLNIK



 Primeiro longa-metragem de José Pedro Goulart, co-diretor de um dos mais festejados curtas do cinema nacional, “O Dia em que Dorival encarou a Guarda”, que completa 30 anos em 2016, chega aos cinemas brasileiros com uma produção que retrata conflitos da adolescência.

Ao tentar escapar de uma claustrofóbica cena familiar, Ênio, um menino de 14 anos, desafia uma noite tempestuosa que o levará a um choque brutal com o destino.

O filme constrói um retrato visceral sobre os conflitos que rondam a adolescência em meio a uma cena familiar claustrofóbica, que deixa no ar a grande questão do ser humano: “qual o peso que cada um pode suportar?”.

Drama denso cuja intenção é a de submergir o espectador dentro de sua atmosfera angustiada e depressiva. Bem intencionado, mas estranho e até mesmo um tanto quanto incoerente, traz uma história relativamente simples, de um adolescente que não encontrou seu lugar senão na contramão da vida.

A trilha sonora composta por Leo Henkin contêm quatro músicas especialmente para o filme  “Terra”, “Elipse”, “Atmosfera” e “Sonho”. A trilha foi executada por uma orquestra especialmente criada para o filme, com regência de Fernando Cordella.

Uma história vazia com  fotografia lúgubre e  trilha sonora intensa, fazem de “Ponto Zero” um filme angustiante.

O menino Sandro Aliprandini teve sua estreia diante das câmeras às cegas, um jogo arriscado, pactuado com o diretor.  

Antes de “Ponto Zero”,além de “Dorival...”, Goulart dirigiu curtas premiadíssimos no Brasil e no exterior, como “O Pulso”, e ainda o episódio “Sonho”, em “Felicidade é...”, longa-metragem dividido em quatro episódios dirigidos por diferentes cineastas (além de Goulart, Jorge Furtado, Cecílio Neto e José Roberto Torero), vencedor de Melhor Filme no Festival de Brasília.


JOGO DE DINHEIRO POR ALÊ SHCOLNIK



Lee Gates é uma personalidade da TV, que se tornou conhecido como o guru de Wall Street ao utilizar informações privilegiadas da Bolsa de Valores. Porém, quando Kely, um telespectador, perde todas as economias da família graças a uma dica do apresentador, ele decide fazê-lo refém no ar, criando uma situação tensa e elevando os níveis de audiência. 

Graças a uma elegante volta à direção de Jodie Foster, e ancorado nas estrelas hollywoodianas George Clooney e Julia Roberts o filme oferece um bom resultado com um roteiro irregular que contêm com bons alívios cômicos.

A direção precisa de Jodie Foster não deixa o ritmo do filme se perder em momento algum. Mesmo que opte por algumas resoluções um tanto quanto óbvias. São 98 minutos em que não desgrudamos os olhos da tela. 

O problema do longa é a trilha sonora que não condiz com  um bom thriller, como uma boa saga da conspiração. 

Não esqueça a pipoca!


ROTEIRO DE CASAMENTO POR ALÊ SHCOLNIK


Florencia é uma atriz e se apaixona por seu par em cena, um famoso ator de cinema. Após o casamento dos dois, Florencia percebe que ela se apaixonou na verdade pelo personagem que ele representava no set e que seu marido é, na realidade, um idiota.

O filme que utiliza da metalinguagem, de referências a atores e diretores de Hollywood é uma comédia romântica argentina  sob a direção de Juan Taratutto de “Um namorado para minha esposa”.
 . 
A boa química entre os protagonistas traz um ótimo resultado em um filme divertido e despretensioso.

A mistura de ficção com realidade traz um quê  de "A Rosa Púrpura do Cairo" de Woody Allen ao utilizar do humor inteligente no roteiro algumas vezes, mas, como o filme não se propõe a passear pelo gênero com originalidade e criatividade, infelizmente,  ele acaba se contentando com os velhos clichês.

Bom filme e não esqueça a pipoca!


UMA NOITE EM SAMPA POR ALÊ SHCOLNIK


Após assistirem a uma peça no teatro Ruth Escobar, um grupo de viajantes espera o ônibus que vai levá-los de volta às suas casas. Eles já não moram em São Paulo: mudaram-se em busca de melhor qualidade de vida e maior segurança. Mas na saída do teatro, o ônibus está trancado e o motorista não está por perto. Amedrontados, eles começam a perceber os moradores de rua e a escuridão ao redor.

A tragicômica situação coloca todos em paranoia em relação a violência urbana. 

A proposta é boa, porém não engata e não convence, além disso o filme conta com atuações caricatas e diálogos preconceituosos.

O riso nervoso domina o espectador no desenrolar dessa trama que conta com a presença inusitada de manequins, seria a possibilidade de se verem perdidos e dependentes dos seus próprios medos?

Tudo acontece em uma única locação. O resultado é uma história no mínimo misteriosa.


OS OUTROS POR ALÊ SHCOLNIK



O documentário conta a história de três covers: o de Roberto Carlos, Carlos Evanney, Pepê Moraes, cover de Cazuza, e Edson Júnior, cover de Ivete Sangalo.

Para retratar e entender como funciona tanto o psicológico quanto a prática de ser uma outra pessoa, a diretora e roteirista Sandra Werneck (“Pequeno Dicionário Amoroso” , “Cazuza o tempo na Pára”, “Sonhos roubados”) acompanhou o dia-a-dia de cada um deles.

O filme aborda o mundo dos covers com curiosidades e bastidores destes  três personagens: Evanei ( que é muito mais que um cover de Roberto Carlos), Pepe Moraes (cover do Cazuza que chegou a conhecer o cantor) e Scarleth Sangalo (transfomista desde 1999, começou a fazer shows LGBT em 2006, quando começaram a associa-la com a cantora Ivete Sangalo por conta de suas pernas, assim, se tornando cover da artista).  

Com uma temática interessante, o documentário busca a simplicidade dos personagens abordando através de  ritmos diferentes: Rock N Roll , Romance e Axé.  

Confira o trailer do filmewww.vimeo.com/166366609

quarta-feira, 18 de maio de 2016

X-MEN: APOCALIPSE POR ALÊ SHCOLNIK




Seguindo o aclamado blockbuster mundial “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”, o diretor Bryan Singer retorna aos cinemas com "X-Men: Apocalipse”. 

Desde o início da civilização, Apocalipse, o primeiro e mais poderoso mutante do universo X-Men da Marvel, acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos, incluindo um Magneto desanimado (Michael Fassbender), para purificar a humanidade e criar uma nova ordem mundial, sobre a qual ele reinará. Como o destino da Terra está na balança, Raven (Jennifer Lawrence), com a ajuda do Professor Xavier (James McAvoy) deve levar uma equipe de jovens X-Men para parar o seu maior inimigo e salvar a humanidade da destruição completa.

Toda a história que havia sido contada até “X-Men: O Confronto Final” é esquecida nesse novo filme que não consegue reintroduzir os personagens de uma maneira tão eficiente quanto na trilogia inicial.

Enquanto “X-men: Dias de um Futuro Esquecido” dá conta de mostrar qualidade no roteiro, “X- Men: Apocalipse” ser perde e confunde o espectador com um roteiro cheio de referências aos filmes anteriores esquecendo a ordem cronológica dos acontecimentos e deixando muitas questões abertas.

Todos os personagens tem bons momentos, mas quem realmente rouba cena (novamente) e merece destaque é Evan Peters como Mércurio.  O personagem é cativante, engraçado e conta com o carisma e talento do ator.

A direção de Brian Singer deixa muito à desejar, os Efeitos Visuais tem altos e baixos, já a Fotografia consegue se fixar bem em cena, fazendo um bom trabalho. 

Bom filme e não esqueça o seu combo!


A VINGANÇA ESTÁ NA MODA POR GUSTAVO BARRETO


Baseado no livro "The Dressmaker" de Rosalie Ham,  “A Vingança está na moda” parte da  premissa do retorno da estilista Myrtle Dunnage (interpretada por Winslet) a sua cidade natal, na década de 50. Lá ela terá que enfrentar o ódio dos habitantes locais que a acusam de ser uma assassina, ao passo em que ela tem que lidar com a sua mãe que vive isolada do resto do mundo.

O grande mérito do filme é o ótimo elenco em cena. Todos estão muito bem, destaque para Hugo Weaving no papel do policial Farrat. O ator consegue ser engraçado sem ser comum e Judy Davis que interpreta a mãe de Myrtle em atuação tocante e por vezes tão engraçada quanto Weaving.

A fotografia é outro fator que merece destaque. A paleta de cores passeia pelos tons alaranjado (priorizando a vastidão do deserto australiano) e acinzentado diferenciando o passado do presente.

É  interessante perceber também os contrastes de cores do figurino na riqueza e exuberância da Direção de Arte. 

 “A Vingança está na moda” se mostra uma agradável surpresa.  Um filme divertido e emocionante que merece ser visto.

ESPAÇO ALÉM - MARINA ABRAMOVIC POR GUSTAVO BARRETO


A artista de performance Marina Abramovic viaja por lugares místicos do Brasil, pesquisando comunidades espirituais, pessoas e lugares de poder. O filme faz um registro etnográfico enquanto observa os processos de apropriação artística e humana de Marina. Ela entra em contato com os rituais do Vale do Amanhecer, o xamanismo na Chapada Diamantina, o candomblé na Bahia, as curas do médium João de Deus e os cristais de Minas Gerais.

Marina é conhecida no meio artístico como alguém que sabe trabalhar com a arte corporal, através de movimentos ou pelo silêncio. No documentário produzido e co–escrito por ela, a artista se lança em uma jornada através do Brasil para conhecer e aprender com as mais diversas formas de rituais espirituais.

Logo de cara o documentário já revela uma fotografia de tirar o fôlego, ao mostrar uma entrada de caverna que mais parece um buraco negro, e continua durante toda a obra. Destaque para as cenas especialmente focadas em campo aberto, aonde o corpo de Marina se mostra minúsculo frente a paisagem total, tais cenas lembram muito seus trabalhos em exposições aonde o corpo é contemplado frente um ambiente muito maior.

Outro ponto forte também é a maneira com que ela aborda as diferentes crenças espalhadas pelo Brasil, sendo através de entrevistas com os praticantes ou até mesmo passando pelos processos ritualísticos. Por fim, o documentário de Marina Abramovic é artisticamente um deleite para os olhos e culturalmente, ainda mais para o brasileiro, uma forma de conhecer melhor as culturas sagradas espalhadas pelo país, ao fim da produção a sensação é de que o sagrado está mais perto do que se imagina.  


PAIS E FILHAS POR ALÊ SHCOLNIK


Drama psicológico que mistura passado e presente conta a história de vida de Katie e sua relação familiar com o pai e os tios maternos. A narrativa alterna-se entre o passado, nos anos 80, quando o viúvo Jake Davis, um escritor e vencedor do Pulitzer, luta contra uma doença mental enquanto tenta criar sua filha pequena e o momento presente de Katie em Manhattan, aos vinte e poucos anos, quando ela enfrenta os demônios que resultaram de sua conturbada infância.

“Pais e filhos” nos apresenta uma trama que consegue criar um certo suspense, proporcionando pequenas doses de insight, além de mostrar  uma relação comovente entre pai e filha.

A direção de Gabrielle Muccino (“A Procura da Felicidade”,“Sete Vidas”) aprimora o contexto psicológico em questão dentro desta trama envolvente. O trauma da  perda, da falta de amor nos apresenta um personagem muito bem construído e com a boas atuações.

O contexto demonstra que é impossível julgar certos atos sem conhecer a história da vida de uma pessoa, mas que a cima de tudo isso, que muitas vezes, a vida é cruel e injusta.

Cabe as pequenas Kylie Rogers, Quvenzhané Wallis, Amanda Seyfriend e Russell Crowe a responsabilidade de envolver o espectador ao enredo, o resto do elenco são meros coadjuvantes na história de vida de Katie. Alias, as crianças têm grande talento. 

"Pais e filhas" é um filme que rememora traumas, explanando perfeitamente que não há tratamento sem empatia, identificação e principalmente, troca.