Alice Harvey tem 29 anos e trabalha como
uma assistente de uma editora de livros. Por conta de um trauma do passado, ela
é obrigada e enfrentar dolorosos
acontecimentos ao ser convidada para trabalhar no lançamento de um livro de
Milan Daneker, um antigo cliente de seu pai, um grande agente literário de Nova
York. Agora, Alice precisará ter forças para enfrentar antigos demônios.
Apesar da narrativa de grande potencial, o roteiro encontra
problemas. A história contada com uma
montagem entra passado e presente não traz surpresas nos futuros
acontecimentos. Por causa da obviedade da construção, a demora em revelar a
verdade soa menos como pudor do que como prazer sádico em degustar as dores da
protagonista.
Um dos pontos altos do filme é o fato de fugir de saídas fáceis, privilegiando o silêncio, os olhares furtivos e o desconforto nos rostos dos
personagens.
As atuação de Emily VanCamp é limitada e deixa a desejar na
evolução das angústias e desejos da personagem. Michelle Williams vestiria
melhor a personagem com sua versatilidade. Cabe a Michael Nyqvist a grande
complexidade do filme, em um papel longe de um vilão comum. A ligação entre a
aprendiz de escritora com o escritor veterano é tensa e forte, o que prende o espectador ao filme.
“A Garota do Livro” possui ambições louváveis,
porém não alça voo. O maior problema é a direção, falta ritmo e bons
enquadramentos ao longa.
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