Primeiro longa-metragem de
José Pedro Goulart, co-diretor de um dos mais festejados curtas do cinema
nacional, “O Dia em que Dorival encarou a Guarda”, que completa 30 anos em
2016, chega aos cinemas brasileiros com uma produção que retrata conflitos da
adolescência.
Ao tentar escapar de uma claustrofóbica cena
familiar, Ênio, um menino de 14 anos, desafia uma noite tempestuosa que o
levará a um choque brutal com o destino.
O filme constrói um retrato
visceral sobre os conflitos que rondam a adolescência em meio a uma cena familiar claustrofóbica, que deixa no ar a grande questão do ser humano: “qual
o peso que cada um pode suportar?”.
Drama denso cuja intenção é a
de submergir o espectador dentro de sua atmosfera angustiada e depressiva. Bem
intencionado, mas estranho e até mesmo um tanto quanto incoerente, traz uma
história relativamente simples, de um adolescente que não encontrou seu lugar
senão na contramão da vida.
A trilha sonora composta por Leo Henkin contêm
quatro músicas especialmente para o filme “Terra”, “Elipse”, “Atmosfera” e “Sonho”. A
trilha foi executada por uma orquestra especialmente criada para o filme, com
regência de Fernando Cordella.
Uma história vazia com fotografia lúgubre e trilha sonora intensa, fazem de “Ponto Zero”
um filme angustiante.
O menino Sandro
Aliprandini teve sua estreia diante das câmeras às cegas, um jogo
arriscado, pactuado com o diretor.
Antes de “Ponto
Zero”,além de “Dorival...”, Goulart dirigiu curtas premiadíssimos no
Brasil e no exterior, como “O Pulso”, e ainda o episódio “Sonho”, em
“Felicidade é...”, longa-metragem dividido em quatro episódios dirigidos por
diferentes cineastas (além de Goulart, Jorge Furtado, Cecílio Neto e José
Roberto Torero), vencedor de Melhor Filme no Festival de Brasília.
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