truque de mestre

X MEN

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"Out In The Dark", aqui no Brasil intitulado como "Além Da Fronteira" é um filme israelense com temática gay. Ousado para os parâmetros religiosos e culturais, o longa nos mostra uma realidade dura e cruel diante da guerra.
O diretor traça um panorama histórico social/cultural e com viés politico e de direitos humanos, ao mesmo tempo que conduz o romance entre dos dois.
O filme é denso e funciona muito bem, principalmente na forma natural que narra os fatos. A angustia e apreensão pelos protagonistas é latente e palpável.  É uma realidade assustadora!
As atuações são lindas. O olhar e o gestual entre eles é tocante e bonito demais!
Sem delongas o longa consegue se sustentar, criar alerta e mostrar um mundo cruel ( de ambos os lados) sem soar piegas ou repetitivo.
É um ótimo drama, um bom romance, que faz a gente se questionar sobre essa realidade política e preconceituosa em diversos países, independente de fronteiras existentes.
O filme nos permite a experiência de definir o final, é justamente ai, que o filme agrada ainda mais, assim podemos realizar a ideia de um final feliz ou não, cabe apenas à você decidir o final dessa guerra.


CRÔ POE ALÊ SHCOLNIK

Oriundo da novela “Fina Estampa” de 2011, "Crô" chega ao cinemas com roteiro do próprio autor da novela, Aguinaldo Silva.

Depois de ter ganhado uma valiosa herança de sua patroa, sua deusa mor Teresa Cristina, Crô encontra-se entendiado. Cansado de ser milionário e não ter o que fazer, Crô resolve voltar ao batente no que faz melhor, ser mordomo, mas precisa escolher uma nova musa à quem se dedicar.

Nessa tentativa de levar o personagem para o cinema, em um roteiro de novela em versão cinematográfica, se assim posso dizer, Marcelo Serrado volta a interpretar o personagem que o consagrou na época. Mas parece que desta vez errou de mão, literalmente. Exagerado, estereotipado demais, sem classe, o personagem beira ao ridículo. Já Alexandre Nero é o grande contraponto de Crô, fundamental para que boa parte do filme funcione. Alias, o filme não existiria sem a presença dele. Carolina Ferraz também merece destaque, mas a grande revelação do filme é a menina Ursula Canaviri.

Como eu disse anteriormente, o roteiro é de novela, com direito as reviravoltas clássicas e com final feliz, mas tudo é patético e falso demais.

O filme tem participações das cantoras Ivete Sangalo e Gabi Amarantos e a apresentadora Ana Maria Braga, parece que tá fazendo ator no mercado!

O filme, que está longe de ser uma das melhoras comédias nacionais como “Minha mãe é uma peça”, tem o nome de Bruno Barreto na direção. Não entendo como um diretor com uma carreira respeitável (“Flores Raras”,  “O que é isso companheiro?” e “Bossa Nova”) se permite fazer um filme dessa estirpe! 

COMEÇAM AS FILMAGENS DE "A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE" - Longa de Calvito Leal conta com Dani Calabresa

Começam as filmagens do longa A Esperança é a Última que Morre, de Calvito Leal, produzido pela MPC & Associados. O roteiro é de Eduardo Albuquerque, Patricia Andrade e José Carvalho.

O filme conta a história de Hortência (Dani Calabresa), uma repórter que sonha em ser âncora do telejornal de sua cidade. Mas Vanessa (Katiuscia Canoro), também jornalista, será um obstáculo para a concorrente. Decidida a conquistar a nova vaga no telejornal, Hortência decide criar um serial killer e começa a forjar assassinatos que lhe garantam exclusividade na cobertura. Para isso, conta com a ajuda insólita de uma dupla de rabequeiros que trabalham no necrotério da cidade.

Danton Mello, Augusto Madeira e Rodrigo Sant’anna completam o elenco principal que tem participação especial de Márvio Lúcio (Carioca) em seu primeiro trabalho no cinema. A direção é Calvito Leal, um dos diretores do sucesso de público e crítica "Simonal - Ninguém sabe o Duro que Dei", documentário mais visto de 2009, vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais.

O longa, previsto para estrear no segundo semestre de 2014, tem coprodução da Telecine, codistribuição da Riofilme e distribuição da Downtown Filmes. Ele será filmado no Rio de Janeiro em cinco semanas. O Fundão, a Vila Militar, a Ponte São José do Barreiro e os bairros da Tijuca, Cosme Velho, Barra da Tijuca e Curicica são algumas das locações utilizadas para criar a cidade fictícia de Nova Brasília.

Elenco

Dani Calabresa
Danton Mello
Katiuscia Canoro
Rodrigo Sant’anna
Augusto Madeira
Adriana Garambone
Thelmo Fernandes
Márvio Lúcio (Carioca)
Mary Scheyla

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

AZUL É A COR MAIS QUENTE POR ALÊ SHCOLNIK

“As suas caras tinham largado a misteriosa fraqueza dos rostos humanos”, foi  o filósofo Sartre quem disse isso. Conhecido como representante do Existencialismo, acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade, sem dúvida alguma  não existe forma melhor de iniciar essa critica, o citando.

Sua filosofia dizia que a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define.

A afirmação de liberdade e valores é impressa na tela em um filme poético, explícito, delicado e ousado, onde a descoberta da própria sexualidade se torna o seu maior dilema.

Adèle é uma jovem de 17 anos ainda no colégio quando se depara com a paixão e o amor ao conhecer Emma.

A linguagem corporal das atrizes é delirante! O gestual entre elas ao mesmo tempo que choca o espectador, ofusca o resto do filme. Sim, existe um contexto, uma razão para tudo aquilo acontecer.

Adèle se tortura diante da curiosidade sexual. Ela tem um lado misterioso que ainda não descobriu. Seu personagem se constrói e desconstrói com facilidade.

O diretor  foi corajoso em levar essa história para o cinema. É tudo muito cru, uma realidade existente em qualquer esquina.

O filme de subjetivo, não tem nada, pelo contrário, chega a ser explicito até demais. Ele estigmatiza o preconceito, o tabu ainda existente no mundo atual. Por mais que o casamento homo afetivo seja aceito em muitos lugares, a sociedade ainda demonstra um olhar agressivo, portanto, é necessário chocar nas telas, para o outro entender que o amor não tem raça, religião ou sexo. É tudo ou nada.

“Azul é a cor mais quente” é sem dúvida alguma um filme forte com atuações marcantes!

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o filme estreia na próxima sexta-feira, 06 de Dezembro.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013




O filme Muita Calma Nessa Hora 2, dirigido por Felipe Joffily e produzido por Augusto Casé e Bruno Mazzeo,  ganhou cartaz e trailer oficiais. 

Link do trailer: http://youtu.be/UN3zWgm0dNs

O longa traz no elenco nomes que também estrelaram o primeiro longa como Lúcio Mauro Filho, Marcelo Adnet, Heloísa Périssé, Marcelo Tas, e Bruno Mazzeo, que agora interpreta um cantor sertanejo. E conta com participações especiais de Alexandre Nero, Helio de La Pena, Alexandra Richter, Marco Luque, Marco Bravo, Emilio Orciollo Netto, Paulo Silvino, Rafael Infante e Luis Lobianco (do Porta dos Fundos), Daniel Filho, Otavio Mesquita, entre outros. O filme teve sequências rodadas em Búzios, assim como o primeiro longa da franquia, mas a trama agora tem o Rio de Janeiro como cenário principal.

sábado, 23 de novembro de 2013

Especial Johnny Depp


A versatilidade de Johnny Depp comprova o grande ator que se tornou ao longos dos anos. O ator teve suas fases, alguns personagens marcantes, outros nem tanto. Com a especialidade de chamar atenção em cada trabalho que faz por conta de suas escolhas, Depp um eterno roqueiro que resolveu atuar, conseguiu se destacar na indústria cinematográfica com um dos melhores da sua geração. Divertam-se com o especial abaixo:

É impossível falar do ator sem citar os inúmeros trabalhos com Tim Burton. A parceria com o diretor lhe rendeu ótimos personagens, o primeiro sem dúvida o melhor de todos, “Edward– mãos de tesoura”, um trabalho primoroso de ambos!

Seu último trabalho com o diretor foi em “Sombras da Noite”, onde Depp interpretou um personagem muito caricato como o Pirata Jack Sparrow (personagem que encarnou para agradar seus filhos inicialmente. A paixão pelo personagem bateu e o ator não conseguiu largar a franquia de jeito nenhum), porém bem diferentes. Já em “Alice no País das Maravilhas” (também do diretor), o ator mais uma vez, encheu de trejeitos o personagem que fez grande sucesso com a criançada também.

Em  “Sweeney Todd”,  musical baseado em uma peça da Broadway, Depp interpreta um homem com sede de vingança, em um trabalho magistral! No remake musical de “A Fantástica fábrica de Chocolate” Depp mais uma vez rouba a cena! Já que estamos falando de musicais, “Cry Baby”  foi o primeiro deles que o ator fez em início de carreira. 

A má fase do ator pode ser vista em “Cavaleiro Solitário” (filme lançado pela Disney esperando o mesmo sucesso de “Piratas do Caribe”, mas foi um fracasso de bilheteria mundial). O ator fez pequenas participações consideradas pífias em “Cada um tem a gêmea que merece” estrelado por Adam Sandler e “Anjos da Lei”, filme que relembra o inicio da sua carreira, na série de mesmo nome que o lançou para o estrelato. 

As  produções  O turista” e “Diário de um jornalista bêbado” também fazem parte desse  momento da carreira do ator, alias aproveitando a deixa de ter interpretado um jornalista mais um vez , vale relembrar a primeira vez que foi em “Medo e Delírio”, um filme de Terry William, com quem viria voltar a trabalhar em O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus”, filme estrelado inicialmente por Heath Ledger. Com a morte do ator, Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell assumiram seu papel fazendo um belíssimo trabalho.

No mundo da Animação, o ator dublou “Rango” que chegou a ser indicada ao Oscar e “A noiva cadáver” de Tim Burton, olha ele de novo ai!

Dos trabalhos primorosos, “Inimigos Públicos”, onde revive John Dilinger, um mafioso muito famoso dos anos 30. “O Libertino”, filme de época do século XVII, “Em Busca da Terra do Nunca”, onde fez uma bela parceria com Kate Winslet.

Em  “Chocolate” (com Juliette Binoche) e  “Porque choram os homens” o ator interpreta um cigano em ambos, papel que caiu como uma luva no ator!

Em “A Janela Secreta”, Depp interpreta um escritor em crise, que leva o ator à um trabalho honroso, já o belíssimoDon Juan De Marco”  em uma atuação estupenda, onde teve a honra de contracenar com Marlon  Brando (e ser elogiado por ele, inclusive), “Donnie Brasco” , trabalho  incrível na qual contracena com o Al Pacino, Ed Wood, uma obra sobre o diretor dirigida por Tim Burton ,  “Gilbert Grape - Aprendiz de Um Sonhador” e “Benny & Joon - Corações em Conflito” onde interpreta personagens muitos parecidos e em  “Antes do anoitecer” um  filme sobre a vida de Reynaldo Arenas, desde sua infância pobre até seu exílio em Nova York.

Em “Do Inferno”, “Profissão de Risco”, “A lenda do Cavaleiro sem Cabeça”,  Depp resolveu brincar de detetive em épocas diferentes, já em “Era Uma Vez no México”, o ator virou de lado e em “Tempo Esgotado” foi a vítima.

Para quem não sabe, o ator estreou nos cinemas em “A hora do Pesadelo”, e ainda fez uma participação no sexto filme da franquia.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O que leva um homem a largar a própria vida? Sofrimento, falta de direção, solidão?

Baseado no livro de Pascal Mercier, “Trem noturno para Lisboa” conta a saga de Raimund Gregorius, um professor de línguas clássicas que abandona a sua vida em Berna e toma um trem para Lisboa. Em sua bagagem está apenas um exemplar de reflexões filosóficas escrito pelo médico português Amadeu de Prado. Fascinado pelo livro, Gregorius decide investigar o autor.

Durante sua viagem, Raimund encontra pessoas que ficaram marcadas pelo médico, um homem excepcional, um poeta e combatente da ditadura.

O motivo de seguir em frente vai além da curiosidade de descobrir se Amadeus encontrou um significado para as indagações da alma inquieta. Raimund foi tocado de tal forma pelas indações do autor, que o fez buscar o significado de seus próprios questionamentos?

Em meio a essa aventura, o professor confronta a sua solidão, viajando ao  encontro de si mesmo sem saber. Unidos de corpo e alma, os olhos  deste homem revelam quase tudo que a plenitude e a eternidade que nunca teve.

O roteiro interessante e envolvente, nas mãos do diretor Bille August e da atuação de Jeremy Irons nos envolve nessa busca de auto-conhecimento.

Os fatores históricos e sociais são de suma importância para que a trama se desenvolva dinamicamente. As histórias paralelas são um artifício muito bem usado para que possamos concretizar a figura de Amadeu e assim adentrarmos a trama, e isso o filme faz isso com muita qualidade.

Fenômeno editorial na Europa que vendeu dois milhões e meio de exemplares desde que foi publicado em 2004, “Trem noturno para Lisboa” é uma trama sólida e serena com ótimas atuações e uma bela fotografia.


Vale a pena conferir!
Um filho nasce para atender as expectativas dos pais? Como a relação familiar é capaz de influenciar na sua vida?

Dor, perda, culpa, lembranças  são meros coadjuvantes para transformar palavras em boas canções?

Em “Vazio Coração”, Othon Bastos é Mário Menezes, um velho rabugento, pai do cantor popular Hugo Kari, interpretado lindamente por Murilo Rosa.

Com ideias divergentes sobre os fatos da vida, a relação entre eles foi estremecida. As marcas de um passado ainda muito presente não permite que a relação evolua e amadureça. Enquanto Hugo Kari busca redenção e libertação, algo que só seu pai pode permitir, Mário corroê e revive a dor da perda constantemente.

Os laços familiares com os avós permitem que Hugo sofra menos. De uma riqueza para os olhos do espectador, Lima Duarte e Bete Mendes iluminam a cena com suas atuações.

“Vazio Coração” é um filme lindo, emocionante, com atores brilhantes e de extrema sensibilidade. Filme brasileiro de qualidade! Não percam!

domingo, 17 de novembro de 2013

BLUE JAMINE POR ALÊ SHCOLNIK

A versatilidade de Woody Allen para transitar entre gêneros cinematográficos é inquestionável. O cineasta está de volta em uma obra inconfundível e completamente neurótica. Começando pela deliciosa e familiar trilha sonora já nos créditos iniciais até a debochada abordagem das neuroses tão familiares do seu universo.

O cineasta nos presenteia com Jasmine, por sua complexidade apaixonante! Cheio de momentos sublimes, o filme tem um toque de drama e comédia romântica ao mesmo tempo.

A história íntima e pessoal de Jasmine no auge da sua fragilidade e desespero é brilhantemente magistral na atuação de Cate Blanchet. Uma interpretação comovente e fascinante!

Com brilhantismo e excelência, Cate Blanchett e Woody Allen conseguem imputar a sua personagem um ser humano arrogante, esnobe, prepotente, desagradável ao mesmo tempo que fraco, desamparado e completamente frágil. As vezes um lobo em pele de cordeiro.

Em meio a um personagem tão instável, aparece Ginger, irmã de Jasmine, o contraponto perfeito para desencadear e equilibrar a sua história.

A  instabilidade e confusão do diretor transparece o tempo todo no roteiro e na direção, sua marca registrada. Com equilíbrio entre caricatura, humor e drama, Woody Allen fez um filme sobre  reconstrução e superação dentro dos seus moldes, (obviamente).

Entre a assimilação e aceitação das mudanças, a construção e desconstrução da personagem, a trama se desenrola como uma facilidade que você nem sente o tempo passar.

Um filme leve, encantador e de enorme beleza emocional onde podemos reconhecer várias " Jasmines" por aí, mas não tão charmosas como Cate Blanchett.

sábado, 16 de novembro de 2013

Especial: Filmes Franceses


O filme francês tem seu lugar de destaque no mundo do cinema e isso não vem de agora. Pelo contrário, a força dessa indústria cinematográfica começou nos anos 20 com o realismo poético, passando pelos clássicos da nouvelle vague até os dias de hoje. Abaixo segue um pequeno especial onde relembro  filmes, alguns recentes outros nem tanto, que me marcaram:

1.       Nem parece minha irmã!

Comédia francesa que retrata as personalidades bastante diferentes de duas irmãs.

Por que ver? É um filme sensível, contrastante, divertido, bonito e real. Um filme que mostra a beleza do cotidiano de uma forma mais humana.

2.       As Invasões Bárbaras

À beira da morte e com dificuldades em aceitar seu passado, Rémy busca encontrar a paz. Para tanto recebe a ajuda de Sébastien, seu filho ausente, sua ex-mulher e velhos amigos.

Por que ver?  Sequência de "O Declínio do Império Americano" de 1986, é uma história crua, triste, com ênfase nos diálogos. Deixa um vazio diante das circunstâncias.

3.       O verão de Skylab

Durante o aniversário de uma bisavó, toda a família se reúne na Bretanha. A festa marca o encontro entre as pessoas mais diferentes, que não se encontravam há anos, incluindo o tio traumatizado pelas experiências na guerra, a garota pré-adolescente que espera encontrar o primeiro amor, a tia que não suporta mais o imenso apetite sexual do marido, o tio de esquerda e um outro, de direita, o adolescente que deseja ser considerado adulto e mesmo um avô com tendências suicidas. Enquanto isso, a televisão anuncia a passagem do Skylab nos céus, um enorme satélite que pode se chocar com a Terra.

Por que ver?  Uma comédia familiar deliciosa de ver! Faz relembrar momentos únicos de nossas vidas!

É o quinto filme dirigido pela atriz Julie Delpy, alias a cineasta decidiu aumentar a participação da sua personagem para homenagear a própria mãe. 

4.       Camille Claudel

Inverno, 1915. Contra a sua vontade, a escultora Camille Claudel (Juliette Binoche) é internada pelos familiares em um asilo psiquiátrico mantido por religiosas, e permanece durante anos na instituição, sem poder sair. Ela afirma várias vezes que está perfeitamente sã, mas desenvolve uma mania de perseguição, acreditando que seu ex-amante Auguste Rodin conspira contra ela, e que todos no asilo tentam envenená-la. Camille passa os dias cercada por internos com deficiências mentais e surtos psicóticos graves, não tendo ninguém com quem conversar. Sua única esperança é uma carta enviada clandestinamente ao irmão Paul (Jean-Luc Vincent), implorando por sua liberação. Quando Paul confirma que vai visitá-la, Camille aguarda com impaciência a oportunidade de mostrar ao irmão que pode viver em sociedade.

Por que ver?

Um trabalho espetacular de Juliette Binoche!

O filme foi lançado no 70° aniversário da morte de Camille Claudel.

Rodado em em um verdadeiro hospital psiquiátrico, buscando dar um toque realista para sua história, contou com a participação de verdadeiros doentes mentais.

5.       Uma Dama em Paris

A estoniana Anne é contratada para cuidar de uma senhora de idade, a também estoniana Frida, que mora há muitos anos em Paris. Apesar de todo o esforço em trocar o seu país natal pela França, Anne é mal acolhida por Frida, que não quer ser ajudada. A única preocupação desta mulher é conquistar novamente Stéphane, seu antigo amante. Juntas, elas descobrem a amizade e o prazer de se sentirem novamente sedutoras.

Por que ver? O filme é inspirado em uma experiência pessoal do diretor Ilmar Raag.

O filme está longe de ter os clichês turísticos, a visão estrangeira da cidade não representava a "Paris de verdade", segundo diretor.

6.       A vida de outra mulher

Marie tem 40 anos de idade, mas quando ela acorda, um dia, ela acredita ter apenas 25 anos. 15 anos de sua vida se apagaram de sua memória. Ela acorda no início de uma longa história de amor, que na verdade acaba de terminar. Entre os transtornos desta nova realidade, ela terá apenas quatro dias para reconquistar o homem de sua vida.

Porque ver? Primeiro por que tem Juliotte Binoche no elenco (em uma atuação comovente, como sempre!),  segundo por que mostra um olhar interessante do personagem criado especificamente para atriz.

7.       2 dias em Paris

Marion e Jack formam um estressado casal, que vive em Nova York. Eles tentam recuperar o relacionamento viajando para Paris, a cidade-natal de Marion. Porém Jack enfrenta problemas, já que os pais dela nada falam de inglês e Marion volta e meia reencontra antigos namorados.

Porque ver? A química entre os protagonistas conquista o público!

8.       Paris - Manhattan

Alice (Alice Taglioni) é uma mulher bonita e apaixonada pelo seu trabalho como farmacêutica, seu único problema é que continua solteira. Ela se refugia do mundo com a paixão por Woody Allen, chegando ao ponto de recomendar seus filmes às pessoas que procuram a farmácia em busca de algum medicamento e até mesmo conversar com o diretor, em seus pensamentos. A família de Alice insiste em lhe arranjar pretendentes, mas ela constantemente ignora os apelos da família para que se case. No entanto, o encontro com Victor (Patrick Bruel) pode mudar a sua vida.

Por que ver? Comédia romântica francesa com um quê de Woody Allen no roteiro.

9.       Qual é o nome do bebê?

Com mais de quarenta anos de idade, Vincent  vai ser pai pela primeira vez. Radiante, ele é convidado pela irmã e o cunhado para jantar, em companhia de sua esposa e de um amigo de infância. Enquanto a esposa não chega, os amigos começam a fazer perguntas sobre a paternidade, até chegar à inevitável questão sobre o nome do bebê. Quando Vincent finalmente anuncia o nome escolhido, o caos se instala na família.

Por que ver? O filme é uma comédia hilária francesa!

O filme é uma adaptação da peça de teatro de própria autoria dos diretores. Os atores também são os mesmos da peça de teatro, com a exceção de Charles Berling, o único novato nesta história.

10.   A delicadeza do Amor

Nathalie é jovem, bonita, tem um casamento perfeito e leva uma vida tranquila, com tudo no lugar. Contudo, quando seu marido vem a falecer após uma acidente, seu mundo vira de cabeça para baixo. Para superar os momentos tristes, ela decide focar no trabalho e deixa de lado seus sentimentos. Até o dia em que ela, sem mais nem menos, tasca um beijo em Markus , seu colega de trabalho e os dois acabam embarcando numa jornada emocional não programada, revelando uma série de questões até então despercebida por ambos, o que os leva a fugir para redescobrir o prazer de viver e entender melhor esse amor récem-descoberto.

Por que ver? É delicioso ver o desenrolar dessa comédia romântica um tanto promissora! O filme é delicadeza pura, do começo ao fim!

Audrey Tautou é um charme à parte! Alias, a beleza delicada da atriz tem tudo haver com a história. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

“Não se trata de confiar, mas sim de sobreviver”, esse foi o dilema do primeiro filme da franquia “Jogos Vorazes”, mas nessa sequência a situação mudou e muito.

Após sobreviver à última edição dos jogos e de quebra salvar o amigo Peeta, Katniss se torna um símbolo da revolução dos distritos contra a Capital. Sem querer problemas, o presidente Snow decide usar o falso romance entre Peeta e Katniss para distrair a população e, ao mesmo tempo, abalar a imagem da jovem. Sem conseguir controla-la, por tamanho atrevimento dela, Snow decide realizar uma nova edição dos jogos com vários antigos ganhadores.

Um clima político e de revolução iminente foi instaurado, assim emitindo mais força para as ações e reações dos personagens centrais. A situação mudou, e com uma certa teatralidade, o filme conquista pelo excessos de cores tanto nos figurinos, na maquiagem e na Capital, como na falta dela também nos ambientes cinzentos dos distritos. Alias, o diretor de fotografia Jo Willems fez um bom trabalho transbordando dicas do desenrolar da trama, já o diretor Francis Lawrence criou um o clima de tensão  mesmo fora da arena e deixa sempre um mistério no ar diante do que vai ocorrer.

Bem superior ao original, com algumas cenas grandiosas, o filme deixa a sensação de "quero mais", algo muito importante em capítulos do meio em grandes franquias. 

Diante de um lugar das cores e de fogos de artifício (a Capital), o filme que é voltado para o público jovem, tem o mérito de não tratá-lo como idiota.  Não é apenas uma mera aventura adolescente com um triângulo amoroso e situações de perigo, é uma critica social. Ao contrário da franquia “Crepúsculo”, o longa oferece uma crítica social bem interessante, promovendo uma boa reflexão sobre a sociedade em que vivemos hoje em dia.

Mesmo que você não tenha lido uma linha sequer do livro vale a pena conferir, quem sabe, talvez fique até com vontade de procurar a obra literária, afinal estamos diante de uma história complexa e criativa.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2013

A maior premiação do cinema nacional, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro aconteceu hoje, dia 13 de Novembro, na Cidade das Artes. Escolhidos pelos membros da Academia Brasileira de Cinema e também pelo público, os vencedores receberam o Troféu Grande Otelo.

A cerimônia de premiação teve mais uma vez a direção artística de Ivan Sugahara com cenografia de Nello Marrense e iluminação de Paulo César Medeiros.

Cerca de 1.200 convidados, entre eles atores, atrizes, produtores, cineastas, diretores, exibidores e distribuidores do mercado cinematográfico passaram pelo tapete vermelho do evento para a mais badalada premiação do setor. 
Mestres do riso que fazem parte da história de sucesso das comédias no cinema nacional desde Oscarito, Grande Otelo, Mazzaroppi, Dercy Gonçalves, Os Trapalhões até os grandes sucessos lançados nos últimos anos foram lembrados pela Academia. Por sinal, 2012, foi um ano especial para o gênero: os três filmes nacionais de maior bilheteria eram comédias e somaram mais de 8 milhões de espectadores.

Com um show a parte dos atores homenageando a comédia brasileira, com direito a Dercy Gonçalves, Oscarito e Grande Otelo no palco. Foi irreverência pura!

A premiação teve momentos emocionantes desde as homenagens póstumas, o discurso de agradecimento da mulher do ator Claudio Cavalcante (falecido a pouco mais de 1 mês) e a grande homenageada da noite: Ruth de Souza, pioneira no cinema, teatro e televisão.

 Vamos aos premiados:

O filme “2 coelhos” levou os prêmios de Melhor montagem de Ficção, Trilha Sonora Original e Melhor Efeito Visual.
“Raul – O inicio, o fim e meio” ganhou nas categorias: Melhor montagem documentário, Melhor longa documentário por voto popular, Melhor longa-metragem documentário. Walter Carvalho em um dos discursos de agradecimento disse: “O cinema é a música da luz”.

“Gonzaga – de pai para filho” levou os prêmios de melhor diretor, melhor filme, melhor Ator (Julio Andrade) e na categoria melhor Som.

O filme “Heleno”, estrelado pelo ator Rodrigo Santoro levou nas categorias Direção de Fotografia, Figurino, Maquiagem e Direção de Arte. Alias, foram 3 filmes premiados na categoria Direção de Arte, “Xingu” e “Coração Sujos”.
A atriz Dira Paes foi premiada na categoria Melhor Atriz por seu trabalho em “À beira do caminho”.
O filme “Intocáveis”, que emocionou mundo a fora, foi premiado na categoria voto popular longa metragem estrangeiro e Melhor longa metragem estrangeiro.

O filme “Febre do Rato” de Claudio Assis foi premiado nas categorias: Roteiro Original, Melhor longa metragem ficção no voto popular, Melhor Atriz Coadjuvante para Ângela Leal, alias mãe e filha dividiram o premio em filmes diferentes, Leandra Leal levou por sua atuação em “Boca”.

Na categoria roteiro adaptado o prêmio do para “Corações Sujos”. O ator Claudio Cavalcante ganhou na cetegoria Melhor Ator Coadjuvante.

O Curta metragem Animação foi para “Cabeça de Papelão” e o melhor longa de animação foi “Brichos 2 – A floresta é nossa”. Na categoria melhor curta documentário foi para “Elogio de Graça”, o melhor curta de ficção foi para “Laura”. O melhor longa infantil foi para “Peixonauta – Agente secreto da O.S.T.R.A”.

Na categoria melhor trilha sonora foi para A música segundo Tom Jobim.

sábado, 9 de novembro de 2013

“Olha para mim, olha para mim, eu sou o capitão, agora” é assim que o filme começa a marcar a trajetória de Capitão Phillips, interpretado por Tom Hanks, em um personagem durão e seguro de si, capaz de tudo para defender sua tripulação.

Fazia tempo que uma história baseada em fatos reais não demonstrava uma abordagem tão particular e simplista, o filme não só agrega um leve discurso político, mas também usa do seu estilo câmera na mão para demonstrar objetividade na hora de despir valores. O patriotismo americano, da mesma forma que fez com o filme “Guerra ao Terror”, não deixará escapar o Oscar do “Captain Phillips”.

Audacioso, tenso, emocionante, “Captain Phillips” , sem dúvida alguma será indicado ao Oscar em algumas categorias entre elas a direção de Paul Greengrass, tensa e firme, o diretor acertou em cheio! Um trabalho brilhante!

Com um roteiro simples, diálogos fortes e boas atuações, (destaque para o sequestrador Barkhad Abdi), o filme é intenso, angustiante e principalmente traumatizante, na maior parte do tempo.  

Cinema de primeira! Não deixem de ver!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013


O curta “Os Irmãos Mai”, dirigido e roteirizado pela professora de roteiro da Academia Internacional de Cinema (AIC), Thais Fujinaga, saiu vitorioso da 6ª Mostra Marília de Cinema, no dia 20 de Outubro.

O filme que faturou dois prêmios, Melhor Direção e Melhor Fotografia, já passou pelo Festival de Gramado e pelo Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

“Os Irmãos Mai” conta a história de dois irmãos de origem chinesa que saem pelo centro da cidade em busca de um presente para a avó. Quanto mais procuram cumprir este objetivo, mais distantes eles ficam do plano originalmente traçado. 

“O que me interessa mostrar é a relação desses adolescentes com a cidade, por um lado, e, por outro, o modo como essa cidade, seus movimentos próprios, sua agressividade, influenciam na relação fraterna”, conta Thais. 

O filme também conta com a participação de outro professor da AIC, Dicezar Leandro, que assina a Direção de Arte do filme.

Ao todo, a Mostra recebeu a inscrição de 275 curtas de 16 estados diferentes e destes, 12 trabalhos foram selecionados para as competitivas. Todos os premiados receberam o Troféu Seu Dito, uma homenagem ao cineclubista Benedito André, que por muitos anos administrou o Clube de Cinema de Marília. Entre longas e curtas, a Mostra exibiu 28 filmes, ao longo de 4 dias e atingiu um público de mais de 1,5 mil espectadores.

domingo, 3 de novembro de 2013


O mais novo filme do diretor Ridley Scott, “O Conselheiro do Crime” em cartaz nos cinemas, com um grande elenco não atendeu às expectativas. Com um elenco tão gabaritado em desempenhos tão medianos, o filme  não decola por conta de um roteiro irregular e diálogos longos demais.

Penélope Cruz, mesmo atuando em inglês, faz um bom trabalho junto com Bardem e Brad Pitt. Já Fassbender alterna bons momentos com outros não tão inspirados e Cameron Diaz, infelizmente, não agrada (mais uma vez) com um personagem cheio de trejeitos exagerados, alias, a atriz só entrou no longa depois que Angelina Jolie abandonou o projeto. Não há dúvidas, que Jolie faria um trabalho formidável.

Seguindo a onda de atores cotados para o filme, Bradley Cooper e Jeremy Renner foram considerados para o personagem chamado Reiner. Já a atriz Natalie Portman foi considerada para viver Laura.

Voltando ao aspecto técnico, o filme é cheio de diálogos longos (alguns fora do contexto, inclusive) as tentativas de apresentar os personagens são falhas, mesmo com personalidades bem marcantes e a ausência de momentos de tensão cortam o ritmo do filme, se arrastando.

Sem um clímax marcante, “O Conselheiro do Crime” tem como ponto alto a violência a La Tarantino.

Em meio a essas questões é importante dizer que o filme não é focado no advogado (e não conselheiro como diz o título) é um grande erro. Seu personagem apenas liga as histórias paralelas que o roteiro montou, junto com as consequências brutais do seu envolvimento no crime organizado.