A versatilidade de Woody Allen para
transitar entre gêneros cinematográficos é inquestionável. O cineasta está de volta em uma obra inconfundível
e completamente neurótica. Começando pela deliciosa e familiar trilha sonora já
nos créditos iniciais até a debochada abordagem das neuroses tão familiares do
seu universo.
O cineasta nos presenteia com Jasmine, por sua
complexidade apaixonante! Cheio de momentos sublimes, o filme tem um toque de
drama e comédia romântica ao mesmo tempo.
A história íntima e pessoal de Jasmine no auge da
sua fragilidade e desespero é brilhantemente magistral na atuação de
Cate Blanchet. Uma interpretação comovente e fascinante!
Com brilhantismo e excelência, Cate Blanchett e
Woody Allen conseguem imputar a sua personagem um ser humano arrogante, esnobe,
prepotente, desagradável ao mesmo tempo que fraco, desamparado e completamente
frágil. As vezes um lobo em pele de cordeiro.
Em meio a um personagem tão instável, aparece
Ginger, irmã de Jasmine, o contraponto perfeito para desencadear e equilibrar a
sua história.
A instabilidade
e confusão do diretor transparece o tempo todo no roteiro e na direção, sua
marca registrada. Com equilíbrio entre caricatura, humor e drama, Woody
Allen fez um filme sobre reconstrução e
superação dentro dos seus moldes, (obviamente).
Entre a assimilação e aceitação das mudanças,
a construção e desconstrução da personagem, a trama se desenrola como uma
facilidade que você nem sente o tempo passar.
Um filme leve, encantador e de enorme beleza emocional onde podemos reconhecer várias " Jasmines" por aí, mas não tão charmosas como Cate Blanchett.
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