truque de mestre

X MEN

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dá pra imaginar como se sentem os executivos dos grandes estúdios hollywoodianos quando, depois de torrarem bilhões de dólares anuais com repetitivas variações da mesma fórmula, vêem surgir um filme como a produção sul-africana Distrito 9.
Com um roteiro inteligente e original, verba suficiente para convincentes efeitos especiais e um diretor talentoso com liberdade para fazer o filme da maneira que acha melhor, o resultado não poderia ser outro: Distrito 9 é sensacional, um sopro de criatividade e renovação no combalido filão de filmes de ação.

Quando pensamos que os americanos gastaram 200 milhões de dólares para insistir em mais um Exterminador do Futuro e morreram num prejuízo grande, constatamos como uma boa idéia não tem preço. Bastaram o equivalente a US$ 30 milhões para que Distrito 9 pudesse ser realizado e arrecadasse quatro vezes mais apenas nos Estados Unidos.

Peter Jackson, diretor de O Senhor dos Anéis, acreditou no trabalho do sul-africano Neill Blomkamp e resolveu produzir o filme.

A apresentação daquele panorama é feita no formato de um docudrama, relatando, através de depoimentos para um suposto documentário, a situação dos principais envolvidos no trágico episódio da tentativa de remoção. Uma vez que o espectador já está situado, a ação passa a transcorrer cronologicamente, num ritmo tão intenso e envolvente que não é difícil perceber que estamos diante de um novo talento da direção.

O impacto não seria o mesmo se Blomkamp (que também é co-autor do roteiro) não mostrasse que, além da destreza técnica, também tem algo a dizer. E não se trata de um discurso velho e confortável contra o apartheid. A crítica social levantada pelo filme é atualíssima, corajosa e bastante verossímil.

A concepção dos alienígenas é outro destaque do filme (são chamados pejorativamente de “camarões” pelos opressores) e não parece querer despertar no espectador sentimentos quaisquer, seja de asco, raiva ou compaixão. Eles se comunicam numa língua própria e a identificação emocional se dá apenas pela caracterização psicológica e mais próxima do que conhecemos como humanizada do alien Christopher Johnson e seu filho.

Alguns personagens esbarram na caricatura e certos detalhes são inverossímeis, mas nada que atrapalhe o conjunto final de um dos poucos filmes recentes que nos fazem sair do cinema com a sensação de termos visto surgir um novo talento. Neill Blomkamp: vale a pena guardar esse nome antes que ele seja abduzido como um alienígena pelos magnatas de Hollywood.
Do mesmo diretor de Indepence day e O dia depois de amanhã, 2012, segue a mesma linha do gênero, só que dessa vez dá o gostinho de missão cumprida: o mundo realmente destruído.

O eterno cinema catástofre dessa vez da sensação de estarmos dentro de um video game em seus momentos mais tensos. John Cusack é o protagonista taxado de maluco que virá o herói da história e pega a mocinha de volta.

Mais uma vez os USA saem na frente quando se trata de fazer filmes explosivos e pirotécnicos. Já que os USA gosta tanto de se gabar diante do mundo competindo descaradamente em tecnologias e afins, agora pode se gabar de ser o primeiro a ser destruído, álias a cena mais divertida do filme: ver o país ruir completamente. Páreo duro com a cena de quando a China é consagrada como os verdadeiros heróis do filme. Danny Glover cumpre bem o papel do presidente americano diante de tanto patriotismo, apesar de falta expressão.

É claro que não podemos esquecer que tudo se trata de dinheiro quando se fala em USA, até os momentos finais com direito a discurso de que todos somos iguais. um pouco patético, mas emocionante, até porque sabemos que nunca vai ser assim, mas cabe a nós nutrir esperanças de um mundo melhor (quem sabe um dia, talvez).


Enfim vale a pena ver pelos efeitos especiais. É divertido e vale a pipoca!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Primeiro filme hollywoodiano do diretor Ang Lee depois de Brokeback Mountain, baseado no livro Taking Woodstock: A True Story of a Riot, A Concert, and A Life, conta como Elliot foi o responsável por levar o festival para a pequena cidade de White Lake, no interior do Estado de Nova York.

Interpretado por Demetri Martin, Elliot presidia a câmara de comércio da cidadezinha, com um festival de música local anual debaixo de sua responsabilidade, quando a vizinha Catskills expulsou Woodstock de lá - afinal, nomes como Joan Baez, Janis Joplin e Jimi Hendrix atrairiam uma população de hippies que os locais temiam. Com algum empurrão, Elliot decidiu então trazer o festival (que leva o nome de outra cidade, Woodstock) para White Lake.

A graça do filme está nessa transformação da paisagem de White Lake. Com um casting desconhecido, os atores parecem ter nascido para aqueles personagens. Não falta humor, nem música no o festival de rock mais famoso de todos os tempos.

O diretor consegue com a inestimável ajuda do diretor de fotografia Eric Gautier, enquadrar as mudanças de forma documental sem perder o foco de Elliot, como quando o personagem vai atravessar uma multidão na rua em plano – seqüência ou quando vai ficar fora de quadro, dividindo a tela, como fez em Hulk.

A reação de Elliot é uma obsessão do filme. A sensação é de como se o arco se encerrasse no momento em que o festival se torna realidade, enquanto no fundo ainda há pontas soltas na historia de Elliot. De qualquer forma, a eleição de um protagonista privilegiado faz muito bem ao filme. Por meio de Elliot, podemos nos identificar através da sua relação com a família, principalmente a típica Idish mom, interpretada brilhantemente por Imelda Staunton.

Na verdade, enquanto Ang Lee reproduz, de forma incrível, o clima de Woodstock, Elliot e suas amarguras vão compondo sua trama, que parece estar à beira do final sempre que ele se resolve de alguma forma. Podemos ver o Festival como pano de fundo enquanto mãe e filho se relacionam. O filho que faz tudo para agradá-la e nutre esperanças e sonhos de uma boa relação familiar, mas que vem abaixo, nos momentos finais do filme, quando realiza dentro de si as mudanças que o festival pôde fazer nele. A relação pai e filho melhora, o que é suficiente para Elliot cair no mundo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Retrospectiva do Tim Burton no MoMa

Se eu já estava com vontade de voltar para Nova York imagina depois dessa notícia: agora em novembro começa uma mega retrospectiva do Tim Burton no MoMa!

Como todos sabem, não é só de filmes que vive o homem. A animação foi super importante no decorrer de toda a carreira do gênio, criador de longas animados clássicos e eternos e isso é incontestável.

A partir do dia 22 de Novembro até 26 de abril de 2010, a exposição reúne desenhos, bonecos, pinturas, storyboards, curtas-metragens, vídeos experimentais, maquetes, elementos cenográficos e figurinos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

THIS IS IT é um documentário sobre o que seria a volta de Michael Jackson aos palcos desde sua última turnê, History World Tour realizada entre os anos de 1996 e 1997.

A produção mostra cenas dos ensaios que o cantor realizava para a temporada This Is It, uma série de 50 shows marcados para acontecer na O2 Arena, em Londres. As apresentações começariam no dia 13 de Julho de 2009.

Seriam 50 apresentações com mais de 1 milhão de pessoas. Mais de 760.000 ingressos foram vendidos em 18 horas durante a pré-venda, 20.000 ingressos por hora e aproximadamente 334 por minuto. Segundo o site oficial para compra de ingressos, pessoas de mais de 200 países se inscreveram pra fila de espera para ter um lugar, tornando tal quantia um novo recorde. No dia para vendas mundiais, mais de um milhão de ingressos foram vendidos em menos de 5 horas.

“Quando começamos a juntar as imagens para o filme, nos demos conta de que tínhamos filmado algo extraordinário, único e muito especial", afirmou Kenny Ortega, oficializado como diretor do filme, no comunicado.

Delirante, explosivo contagiante, Michael não parecia nenhum pouco debilitado durantes os ensaios, além de ser um ser sobrenatural e inovador em todos os sentidos!

MJ é o cara. Cativante por si só, é um astro da pesada, perfeccionista, incrível, de uma energia eletrizante e contagiante!

Michael é muito mais do que o Rei do POP, é o rei do mundo, capaz de elevar platéias em qualquer lugar do planeta! Suas performances enlouquecem o público com sua incrível presença de palco, sincronia e seu ritmo musical eletrizante. É um anjo que caiu na terra pra revolucionar com seu estilo peculiar de dançar e cantar!

Michael Jackson ficará em nossos corações, é tipo de pessoa que nunca morrerá, marcou época, nos revolucionou em todos os sentidos, virou um marco na História Mundial e diante de tudo o que estava em sua frente!

domingo, 15 de novembro de 2009

Estrelado por Gerard Butler e Jamie Foxx conta a história de Clyde, um dedicado pai de família que testemunha sua esposa e filha serem assassinadas e busca fazer justiça com as próprias mãos.

Quando descobre que um dos culpados do crime ganha liberdade graças a um acordo feito com o ambicioso promotor, Clyde inicia uma sanguinária e impetuosa busca por justiça diante do sistema judicial americano.

Agora o vingador se torna um Charles Bronson atual, mas com métodos dignos da era "Jogos Mortais". Não satisfeito como o promotor agiu diante do seu caso, Clyde começa sua vingança com requintes de crueldade. Esquartejamentos, explosões e até uma violentíssima mutilação!

O filme começa bem, com sua violência realista e discussões sobre o sistema judicial americano e a arrogância dos promotores-superestrelas. Os primeiros ataques são inteligentes e astutos e bem interessante pela maneira como são construídos, tanto pela inteligência e habilidades do executor como pela produção também. Tem clímax, é bem explosivo e pirotécnico!

Até Clyde virar um supergênio do crime com direito a tecnologia de ponta e acrobacias à parte deixando toda sutileza inicial se perder pelos ares.

Dirigido por Frank Darabont ('O Nevoeiro') , com roteiro de Kurt Wimmer ('Thomas Crown: A Arte do Crime').

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Já ficaram sabendo? O novo projeto de Sofia Coppola se chamará “Somewhere”, um filme que conta a história de uma celebridade de Hollywood: Johnny Marco interpretado por Stephen Dorff.
O filme passa o tempo todo no hotel Chateau Marmont (lugar predileto das celebridades em Hollywood) bebendo, trepando, rodeado de modelos, torrando dinheiro e vivendo la vida loca. Mas chega um dia que o mundo artificial da fama o faz esquecer quem ele realmente é. Aí que entra a irmã dele de 11 anos, Cleo (Elle Fanning), que o faz ter contato com a realidade e acaba sendo a conexão do ator com a vida que ele tinha perdido.

Cleo vai embora e o sentimento de perda de Johnny é gigante. Mas ele consegue se lembrar da esperança que a irmã trouxe e é isto que o faz percorrer o resto do caminho sozinho.

Quem conhece os filmes da Sofia Coppola já consegue imaginar como esta história será contada de forma sensível e inteligente!
É esperar para ver! Eu já to na fila!
Tina Fey e Steve Carell estrelam a comédia "Date Night", o filme já vale o ingresso pela dupla de comediantes.

No longa, o casal sai para um jantar romântico e acabam se ferrando ao mentir para o garçom que são um casal que estão na lista só para conseguirem uma mesa.
Além de Steve e Tina, o elenco conta com James Franco, Mila Kunis e o Mark Wahlberg. O filme estreia em abril de 2010 nos Estados Unidos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

500 Dias com Ela (500 Days of Summer) é em essência um "boy meets girl", a clássica comédia romântica onde o ponto de partida dessa história que inevitavelmente passam pelo estágio do desentendimento do casal e derivam para os protagonistas ficarão juntos ou seguirem suas vidas em caminhos distintos.

No entanto, consegue fazer parte de um grupo seleto de filmes que conseguem subverter as regras do gênero, dando ao público uma experiência nova - ainda que parcialmente conhecida.
Conta a velha história clichê de uma forma nenhum um pouco convencional, 500 Dias Com Ela tem uma visão absolutamente honesta, ainda que um tanto tragicômica, do amor, segundo a visão de Tom. A começar com uma pequena sátira as suas relações humanas: "O filme a seguir é uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Especialmente você Jenny Beckman. Vaca". Um tanto sensível, não.

Na história, que abrange os quinhentos dias do título, Joseph Gordon-Levitt (conhecido popularmente como Tommy Solomon no sitcom 3rd Rock from the Sun.) vive Tom, um redator de cartões que se apaixona pela assistente do chefe, Summer, daí o nome original intraduzível do filme.

A comédia romântica contemporânea retrata de um ponto de vista distinto do usual, como o ser humano é diferente, mostrados pela perspectiva de Tom.

Em seu longa de estréia, Marc Webb mostra os momentos bons, ruins e comuns junto à inspirada trilha sonora que traduz o íntimo de Tom. Um filme divertido, criativo e inteligente!

domingo, 1 de novembro de 2009

Romance de Eça de Queirós, publicado em 1878 conta a história de Luísa no final do século XIX.

Dirigido por Daniel Filho, com Débora Falabella, Reynaldo Gianecchini, Glória Pires, Fábio Assunção, Simone Spoladore, Guilherme Fontes, Laura Cardoso e Gracindo Junior no elenco.

O filme passa em São Paulo no ano de 1958. Luisa é uma jovem romântica e sonhadora, casada com Jorge, engenheiro envolvido na construção da nova capital nacional, Brasília. Tudo começa quando Luísa reencontra seu primo Basílio em um evento social na noite paulistana.

Logo que seu marido viaja à trabalho, Luísa se sente entediada e sozinha em casa com as empregadas, fazendo com que se envolva com seu primo que começa a visitá-la quase que diariamente. Mas o verdadeiro problema aparece quando a amarga empregada Juliana, após uma vida de serviço duro, começa a chantagear a patroa após achar as cartas de amor do casal de amantes, vendo a possibilidade de garantir de uma aposentadoria generosa.

O tempo da narrativa é cronológico e a narrativa linear como no livro.

Um filme muito envolvente e sensual com atuações surpreendentes!

Diretor de Fotografia e Direção de Arte, impecável!