truque de mestre

X MEN

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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ÍDOLO POR ALÊ SHCOLNIK


Documentário sobre o jogador de futebol Nilton Santos, um ídolo para qualquer botafoguense. Fiel ao seu time e com o apelido de "Enciclopédia",  por conta do tamanho conhecimento futebolístico que possuía. Considerado por muitos, o melhor lateral esquerdo de todos os tempos. Até hoje, Nilton é lembrado dentro e fora dos gramados. 

carreira vitoriosa no Botafogo, único clube que defendeu, e na seleção brasileira, o projeto social junto às crianças carentes em Palmas, Tocantis, e a luta contra a doença são histórias contadas em detalhes durante os 90 minutos do filme. Ídolo é uma grande homenagem ao ex-jogador que faleceu no dia 27 de novembro de 2013, aos 88 anos. 

O documentário aborda a questão da velhice e a verdadeira definição de ídolo e atleta. Ao contrário do que vemos hoje em dia sobre a vida de jogadores de futebol. Diria que é uma ótima crítica sobre comportamento e exemplos para/com a sociedade. Além de contar a trajetória profissional e pessoal do jogador de futebol.

"Ídolo" é um documentário simples, linear, com ótimos depoimentos, fotos e imagens de arquivo. A trilha sonora acompanha muito bem a montagem e dando uma ceta leveza ao filme.



AUSÊNCIA POR ANDREA CURSINO


Serginho é um adolescente que está na fase "entre menino e homem" depois que seu pai abandonou a família. Ele agora é o homem da casa, tomando conta da mãe e do irmão mais novo, enquanto trabalha na feira e mantém sua amizade com Mudinho e Silvinha. Ele tem uma relação confusa, entre o sexo e o afeto, com o professor Ney, que tem idade para ser seu pai. 

"Ausência" é um filme que tem um problema com o ritmo e acaba perdendo a força. O roteiro não ajuda a melhorar o ritmo determinado pelo diretor Chico Teixeira. 

O ponto positivo está na escolha do elenco. Ninguém se destacou e todos fazem um bom trabalho. A história no fim acaba sendo um dramalhão cansativo. 

O maior problema do filme está na falta de objetivo do diretor em contar uma história. Em alguns momentos o filme se arrasta e em outros parece que vai engatar a história e perde logo o foco. A direção de arte é o ponto forte em mostrar o universo de feirantes.

A VISITA POR ZECA SEABRA




Dois irmãos vão passar férias na fazenda de seus avós, os quais nunca viram devido à briga de sua mãe com eles. Assim que descobrem que o casal de idosos está envolvido em algo assustador, eles percebem que as chances de voltar para a casa e à vida normal estão cada vez menores. Qual será o terrível segredo guardado pelos avós de Tyler e Rebecca?

Depois de amargar alguns fracassos de crítica e bilheteria, o diretor M. Night Shyamalan volta à ativa com o thriller “A Visita” desta vez explorando o subgênero “pseudo documentário”, onde os personagens narram e gravam os acontecimentos em câmeras portáteis.

Após receber um convite para visitar os avós, que nunca conheceram, em uma fazendo isolada nos confins da Pensilvânia, os adolescentes Rebecca (Olivia De Jonge) e Tyler (Ed Oxenbould) gravam um documentário caseiro para resgatar a história de sua mãe (Kathryn Hahn) que foi abandonada pelo marido e expulsa da casa dos avós, quinze anos atrás. Eles aceitam o convite e são recebidos por dois simpáticos velhinhos (Deanna Dunagan e Peter McRobbie) que não demoram apresentar hábitos no mínimo inusitados e estranhos. Aos poucos os dois jovens percebem que o cenário não é tão acolhedor como aparentava e juntos chegarão a uma conclusão aterrorizante.

O filme é oficialmente a produção de menor custo de Shyamalan desde sua estréia e talvez por isso contenha elementos que funcionem como deveriam. Apesar de não acrescentar nada de novo ao gênero found footage, o filme faz uma divertida (e livre) adaptação do conto de fada dos irmãos Grimm, João e Maria, especialmente quando a vovó pede para Becca limpar o forno. 

Há alguns momentos genuinamente tensos contrastando com a atmosfera bucólica do local e apesar de ainda ser cedo para festejar como o grande retorno do diretor, certamente é o melhor filme de Shyamalan em uma década.

VICTOR FRANKESTEIN POR ANDREA CURSINO



O radical cientista Victor Frankenstein e seu igualmente brilhante pupilo Igor Strausman compartilham uma visão nobre sobre ajudar a humanidade por meio de uma pesquisa inovadora. Mas as experiências de Victor vão longe demais, e sua obsessão pelo controle da vida e pela imortalidade mostra consequências assustadoras. Apenas Igor pode trazer seu amigo de volta da beira da loucura e salvá-lo de sua criação monstruosa. 

O diretor Paul McGuigan levou para a tela a adaptação do livro de Mary Shelley, "Frankenstein: ou o moderno Prometheu" escrito por Max Landis.

O filme é tecnicamente bem feito e interessante. A fotografia escura brinca com sombras e luzes. Bons efeitos visuais e sonoros. A movimentação de câmera de McGuigan nos leva a uma jornada teológica de questionamentos sobre a vida e morte, culpa e arrependimento, compaixão e frieza, amizade e redenção. 

O ponto forte está na atuação da dupla James McAvoy e Daniel Radcliff. Os dois atores estão ótimos. Enquanto McAvoy imprime uma intensidade a Victor Frankenstein como se fosse uma sinfonia com altos e baixos, Radcliff mergulhou de cabeça na composição de Igor. Impressionante trabalho de expressão corporal para fazer um personagem que tem uma evolução física e um desenho de personalidade que serve de termômetro para o desenvolvimento do conceito da história. 

O que pode parecer apenas mais um filme de monstro, já que, os monstros estão na moda, Victor Frankenstein é algo além de efeitos modernos do universo gótico de Mary Shelley, e sim, um questionamento sobre vida e morte e comportamento humano. Um filme tecnicamente bem feito, um belo trabalho de atuação e um bom entretenimento com conteúdo para pensar quando sair da sala. 

CHICO - ARTISTA BRASILEIRO POR ALÊ SHCOLNIK



Dirigido  por Miguel Faria Jr., que também fez um filme sobre o compositor Vinícius de Moraes, o documentário mescla depoimentos com imagens de arquivo, fotos, encenações com personagens das canções mais famosas do artista e (obviamente) músicas interpretadas em vozes de diferentes cantores, como Maria Bethania, Adriana Calcanhoto e Mart'nália.

“Chico – Artista Brasileiro” é um filme que fala muito mais do lado pessoal e criativo do cantor, compositor e escritor. Obviamente que a questão política entra no meio deste enredo  (destaque para a passeata dos Cem Mil e a peça Roda Viva). Poderia dizer que a história da música brasileira se mistura com a da politica do nosso país. Fala também do casamento com Marieta Severo, da relação com os netos, dá sua relação com a solidão, tudo com muita delicadeza. Chega a ser poético como as suas músicas!

Filho de um historiador e sociólogo, o documentário aborda bem a questão da relação familiar com seu pai.

Cheio de imagens de arquivo, fotos e vídeos, “Chico – Artista Brasileiro”  não só agrada aos fãs, mas também a quem pouco conhece sua obra. É um  documentário muito bem feito, desde o roteiro à direção! A produção e a montagem nos apresenta Chico Buarque sem nuances.

O fio condutor só poderia ser o próprio Chico Buarque, assim, praticamente narrando os momentos de sua vida.

“Chico – Artista Brasileiro”   é um documentário simples e bonito sobre um dos ídolos da musica popular como Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre tantos outros.

Bom filme!


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

CHATÔ, O REI DO BRASIL POR ALÊ SHCOLNIK


Inspirado no Best-seller de Fernando Moraes conta a história da vida vertiginosa de um dos brasileiros mais poderosos e controvertidos deste século. “Chatô, O rei do Brasil” é  a cima de tudo, uma história muito real do momento político que estamos vivendo em todo o mundo.

Dono de um império de quase cem jornais, revistas, estações de rádio e televisão (Os Diários Associadose fundador do MASP, Chateaubriand atuou na política, nos negócios e nas artes como se fosse um cidadão acima do bem e do mal. Mais temido do que amado, sua complexa e muitas vezes divertida trajetória está associada de modo indissolúvel à vida cultural e política do país entre as décadas de 1910 e 1960.

A abordagem e a narrativa do filme transmite a história deste homem de forma genial. O roteiro é leve e sem papas na língua. Os  diálogos são descontraídos e divertidos.

De uma qualidade técnica primorosa, o filme nos entrega belíssimos trabalhos em Direção, Montagem, Fotografia, Direção de Arte e locações. É excepcional!

O filme conta com um grande elenco com ótimas atuações! Destaque para  Marcos Rica, Andrea Beltrão, Paulo Betti e Guilherme Fontes (diretor e produtor do filme).

Chatô era uma amante do poder ao mesmo tempo que um símbolo de relevância mundial na história politica e cultural do país.

"Chatô, O Rei do Brasil" tem  romance, comédia e drama na medida certa, contando a história do Brasil.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

JOGOS VORAZES POR ANDREA CURSINO


Com Panem vivendo uma guerra em grande escala, a jovem arqueira Katniss confronta o presidente Snow (Donald Sutherland) em uma batalha final. Para isso, ela contará com o apoio dos seus amigos mais próximos, como Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin) e Peeta (Josh Hutcherson). Só que a Capital é o jogo masi perigoso que eles já enfrentaram. 

Um dos filmes mais esperados do ano encerra uma saga de sucesso com qualidade técnica primorosa, um ótimo elenco, um show de entretenimento e um algo a mais, uma mensagem para pensar sobre como a política funciona desde que ela surgiu como organização de sociedade.

O filme pode não ter o mesmo ritmo de ação de seus antecessores, mas tem boas cenas de ação.

Para quem achou que o primeiro filme seria apenas uma carnificina sem sentido e não se interessou em assistir, perderam o que é uma saga política interessante e vale a pena conferir os quatro filmes dessa jornada criada na literatura de da escritora americana Suzanne Collins.

Para aqueles que assistiram os três filmes anteriores: Jogos Vorazes, Jogos Vorazes: Em Chamas e Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1 existe uma curiosidade de como A Esperança – Parte 2 vai concluir a história.

A disputa e manipulação política entre Presidente Snow e Alma Coin brilhantemente interpretados por Donald Sutherland e Julianne Moore e a gangorra onde se pode ver a situação (Snow) em um embate com a oposição (Coin) na tentativa de manipular a protagonista Katniss vivida por Jennifer Lawrence. Até onde a oposição é oposição? Se olhar a história com um pouco mais de atenção, vai reconhecer diversas histórias políticas que a humanidade já viveu e ainda vive, infelizmente. Em meio a trama política, marketing e manipulação, o triângulo amoroso entre Peeta, Katniss e Gale oferece um ar mais mais humano a história sem desvirtuar o propósito principal.

O elenco tem nomes importantes para o cinema com talentos indiscutíveis como Julianne Moore, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Elizabeth Banks, Stanley Tucci e Philiph Seymour Hoffman em seu último filme antes de seu falecimento em fevereiro de 2014. 

O elenco jovem também é talentoso começando pela protagonista Jennifer Lawrence que tem um Oscar e algumas indicações não só para o Oscar, mas também para diversas premiações de cinema ao redor do mundo. Josh Hutcherson e Liam Hemsworth vivem Peeta e Gale que fazem a história de Katniss girar. 

A motivação é a irmãzinha caçula de Katniss, Prim interpretada por Willow Shields que estreou no cinema com esse personagem no primeiro filme da saga. Os britânicos Sam Clafin e Natalie Dormer também cumpriram bem seus papéis e tornaram seus personagens carismáticos.

A caracterização foi possível com o maravilhoso trabalho de maquiagem da equipe da maquiadora Ve Neill, uma das mais premiadas maquiadoras do cinema. Ela proporcionou caracterizações únicas e marcantes Como as feitas em Elizabeth Banks, Stanley Tucci e Natalie Dormer. 

Como nessa fase da história, o glamour e o luxo da capital ficaram em segundo plano, a maquiagem dessa fase é impecável  trabalhando tons mais discretos em todos os personagens. A maquiagem de Cressida, personagem de Natalie Dormer,  também ficou mais suave.

O trabalho feito para a personagem Tigris de Eugene Bondurant ficou tão bonito e elegante que merece atenção. O trabalho de maquiagem 

Os efeitos são bons e a fotografia intercala entre o escuro e o claro, sendo que, as cenas claras ficam em tons pastéis mostrando a situação atual de toda Panem.  A boa montagem nos proporciona embarcar na trama e a montagem foi à solução mais eficaz para a ausência de Hoffman. Apesar de não ter o mesmo ritmo dos filmes anteriores, ainda sim é um bom filme que vale o desfecho. Um dos pontos importantes é respeitar os livros de Suzanne Collins. É claro que as linguagens são diferentes, mas é importante que a linguagem que está usando a história existente em outra linguagem, respeite a essência e os personagens que conquistou o público que está ansioso para ir ao cinema conferir a história que conquistou seu interesse. E isso, Francis Lawrence conseguiu.


AS MEMÓRIAS DE MARNIE POR LOUISE DUARTE


Anna é uma menina tímida e doce de 12 anos que só consegue se expressar através dos seus desenhos. Ela mora com a tia que é sua tutora legal já que seus pais morreram em um acidente de carro quando ela era pequena. Por conta de seus ataques de asma, Anna é enviada para passar um tempo com os tios que moram no campo para poder respirar ar puro. Durante seus passeios pela cidade, ela conhece uma menina loira de cabelos longos chamada Marnie com quem faz uma amizade instantaneamente. As duas tornam-se melhores amigas e passam a dividir segredos e passatempos. Mas Anna vai descobrindo aos poucos, que Marnie não é bem quem ela aparenta ser e ela começa a investigar o mistério que cerca a nova amiga.
Produzindo pelos Studio Ghibli (o mesmo Studio que produziu outras animações japonesas como do diretor Miazaki) que teve uma mostra própria esse ano durante o Festival do RioAs Memórias de Marnie (When Marnie Was There, 2014) dirigido por Hiromasa Yonebayashi (Os Pequeninos)  e roteirizado por Keiko Niwa, Masashi Ando e Hiromasa Yonebayashi é baseado no livro de Joan G. Robinson e é uma tocante fábula contemporânea sobre a amizade.
O filme leva o espectador a buscar respostas junto com Anna sobre a verdadeira identidade de Marnie, com um final surpreendente ao mesmo tempo que emocionante. Prepare os lencinhos porque você com certeza vai precisar deles!
O filme tem uma linda fotografia, e a jornada de Anna e Marnie com certeza irá comover até os mais durões com a sensibilidade e a beleza singela da história.
As Memórias de Marnie está entre as animações desse ano que estão pré selecionadas para o Oscar de 2016 de melhor animação. O filme está sendo distribuído pela California Filmes e estreia no dia 19 de novembro nas salas de cinema.

MALALA POR ALÊ SHCOLNIK


Foi em outubro de 2012 que Malala foi vítima de um atentado terrorista dentro de um ônibus escolar junto com duas amigas. As três meninas foram feridas neste incidente.

Depois de passar uma semana em coma e vários meses internada, ela  pode ir para casa, mas não no Paquistão. Seu exílio foi forçado, o que a levou a ir morar em Birmingham, na Inglaterra. A possibilidade de voltar a morar no Paquistão não existe, muito menos, se quer,  pisar lá, senão, será executada.

O documentário expõe um olhar sobre os eventos que aconteceram com a jovem paquistanesa atacada pelo Talibã por falar sobre a educação das mulheres e suas consequências, incluindo seu discurso na ONU.  Além disso, também mostra as consequências do acidente, a relação familiar, a rotina escolar e fala das diferenças culturais existentes na sociedade.

Malala é uma típica adolescente que nasceu e foi criada dentro das crenças do Islã que não alterou de forma alguma sua convicção em lutar por direitos iguais, além ter acesso à educação.

A inspiração de Malala é, claramente, seu pai, Ziauddin. “He named me Malala” também destaca esse homem que cultivou em Malala o amor pela educação e a coragem para falar das injustiças de seu país.

A história da menina comum que se tornou um símbolo de relevância mundial e recebeu o prêmio Nobel da paz em 2014, com apenas dezessete anos,  é retratada de maneira leve e poética, desde ao roteiro à montagem. Sem dúvida alguma, um documentário capaz de emocionar o espectador! 

Todos deviam ser obrigados a ver e ouvir os relatos de Malala e do pai dela. 


MISTRESS AMERICA POR ALÊ SHCOLNIK



Depois do enorme sucesso de “FRANCES HA” , Noah Baumbach e Greta Gerwing repetem a parceria em  “Mistress America”  com um filme sobre identidade.

Tracy, uma solitária caloura de faculdade em Nova York, que é resgatada de sua solidão por sua futura meio-irmã, uma mulher movida pelas aventuras da cidade. Brooke é engraçada e às vezes meio louca e a pessoa certa para apresentar a cidade ( e a vida)  à Tracy.

O filme é uma comédia sobre buscas por sonhos e acertos de contas. Tracy está começando a aprender como é a vida de gente grande, enquanto, Brooke está tentando colocar sua vida nos trilhos.

Com Roteiro de Noah Baumbach e Greta Gerwig, o filme é cómico ao extremo e sem papas na lingua. O filme fala da vida enclausurada que vivemos dentro das redes sociais e também sobre criatividade e originalidade. Diria que é um filme que não trabalha com clímax e nem com desfechos óbvios. É um filme simples e divertido com diálogos histéricos e nervosos, e a cima de tudo, muito real no aspecto do crescimento humano.  “Mistress America” fala de laços de amizades, respeito e valores. 

O longa foi filmado em Nova York e Connecticut  com praticamente a mesma equipe de produção de “Frances Há”, mas com uma proposta totalmente diferente.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

COMO SOBREVIVER A UM ATAQUE ZUMBI POR ANDREA CURSINO


Três escoteiros sofrem um inesperado ataque de zumbis e vão ter de ajudar toda uma cidade.

A Paramount apostou na brincadeira de Christopher Landon em fazer humor com a febre do momento, o zumbi e foi muito feliz.

O filme proporciona risos e gargalhadas em vários momentos, tendo seu ponto alto a cena da comunicação entre os vivos e um zumbi cantando uma canção de Britney Spears, não se preocupem não é spoiler, já publiquei o vídeo de divulgação dessa cena escolhida pela Paramount para divulgar o filme ao redor do mundo.

A competência é a palavra chave desse filme. O filme é divertido, mas tem mensagens sobre o comportamento humano sem lições de moral. Fazer comédia é algo muito difícil e acertar no tom de algo tão inusitado é para dar mérito a equipe bem dirigida em suas funções. Usar o bom humor equilibrado ao humor negro foi algo  ousado que funcionou. Essa comédia tem toques de alguns sub gêneros da comédia e a graça está em conseguir equilibrar os diferentes elementos sem perder a proposta principal que é brincar de zumbi.

O elenco está  ótimo desde os protagonistas Tye Sheridan, Logan Miller, Joey Morgan como os coadjuvantes. Todos tiveram oportunidade de brilhar. Vivos e Zumbis se divertiram e mostraram seu trabalho. Os personagens foram construídos com base no roteiro tradicional de filmes com essa temática.

A técnica do filme merece aplausos como a trilha sonora, a montagem e os efeitos visuais que fez questão de brincar com o irreal e não com efeitos reais. A maquiagem está ótima e trás a sensação de estar brincando com os amigos.

Como Sobreviver A Um Ataque Zumbi é divertido e vale a pena ir ao cinema conferir. No fim do filme, não saia da sala antes dos créditos finais, tem uma cena extra logo após aos créditos.
 



AS MIL E UMA NOITES POR ALÊ SHCOLNIK


Num País Europeu em crise, Portugal, um realizador propõe-se a construir ficções a partir da miserável realidade onde esta inserido. Mas incapaz de descobrir um sentido para o seu trabalho, foge covardemente, dando o seu lugar à bela Xerazade. Ela precisará de ânimo e coragem para não aborrecer o Rei com as tristes histórias desse país! Com o passar das noites, a inquietude dá lugar à desolação e a desolação ao encantamento. Por isso Xerazade organiza as histórias que conta ao Rei em três volumes. Começa assim: “Oh venturoso Rei, fui sabedora de que num triste país entre os países…”

“As mil e uma noites” é um ousado projeto de Miguel Gomes, que mostra desde o início as barreiras cinema-realidade.

O experimentalismo do diretor desenvolve discussões sobre a situação sócio-econômica portuguesa, embora pudesse ser aplicada à Itália, Grécia, Brasil e todos os países que adotam a austeridade fiscal como solução para superação de crise. Ele faz isto a partir de contos e metáforas, que intercalam passado e presente.

A narrativa é bem peculiar, a trilha sonora e fotografia merecem destaque nesta obra um tanto pertubadora.

Bom filme!

ALIANÇA DO CRIME POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado no livro “Black Mass” de Dick Lehr e Gerard O’Neill, conta como  Whitey Bulger foi um dos criminosos mais famosos da história do Sul de Boston.

Uma história cheia de corrupção e violência no meio de um fogo cruzado entre dois amigos de infância. Whitey Bulger, um mafioso e John Connolly, um agente do FBI, que ofereceu proteção da Agência em troca de ajuda do amigo gangster para eliminar a máfia italiana.
  
Dirigido por Scott Cooper (“Tudo por Justiça” e “Coração louco”) “Black Mass” não é um filme biográfico sobre o criminoso, ele é baseado nas denúncias feitas por ele ao FBI.

Em alguns momentos “Aliança do Crime” lembra um pouco “Inimigos Públicos” (filme em que Johnny Depp interpreta outro famoso gangster americano, John Dilinger), por conta da história ser também baseada em fatos reais. A diferença se encontra na forma que a narrativa é conduzida e dirigida.

O problema de “Black Mass” se encontra na narrativa fraca e no ritmo lento, tornando o longa cansativo. Além disso, alguns dos personagens são mal apresentados, apenas surgem para morrer, fora isso o filme conta com grandes atores e ótimas atuações! Tenho que destacar a caracterização excepcional de Johnny Depp! Impecável!

A Direção de Arte, o Figurino e a Fotografia traduzem bem a época.

Bom filme! 


OS MAIAS POR JULIANA MENESES


Carlos da Maia regressa a Lisboa no Outono de 1875, para grande alegria do avô. A vida ociosa do médico aristocrata, invariavelmente acompanhado pelo seu par amigo, o génio da escrita e de obras"inacabadas", o manipulador João da Ega leva-o a ter amigos, amantes e ao dolce fareniente. Até que se apaixona de verdade por uma mulher bela e cheia de mistérios. A vertigem: paixão louca para lá dos negrumes do passado, um novo e mais negro precipício, o incesto. Mesmo sabendo que Maria Eduarda é a irmã, a paixão de Carlos não morre e vai ao limite.

O filme de produção Luzo-Brasileira se passa no final do século XIX e conta a história de Carlos da Maia (Carlos Coimbra), herdeiro de uma tradicional família portuguesa, criado pelo avô paterno, cujo pai suicidou-se após a mulher tê-lo abandonado e levado a filha mais velha do casal. Formado em medicina pela Universidade de Coimbra, Carlos dá consultas nas redondezas e passa grande parte do tempo com seus amigos, principalmente João da Ega (Pedro Inês), mas ao apaixonar-se por Maria Eduarda (Maria Flor), mãe da pequena a qual ele foi prestar atendimento médico, e mulher de um brasileiro que vive viajando, ele entrega-se ao amor e é correspondido.

No desenrolar da trama Carlos descobre que na verdade Eduarda não era casada, mas sim mãe solteira a quem seu suposto marido Castro Gomes (André Gonçalves) a pagava para ter sua companhia. Mesmo ao saber dessa revelação que para época era um escândalo, Carlos continua com Maria Eduarda com quem deseja casar-se.

Pouco tempo depois, João da Ega descobre que na verdade Maria Eduarda é a irmã que sua mãe levou ao fugir. Carlos totalmente apaixonado mantém o romance com a própria irmã, que só termina quando seu avô Afonso da Maia (João Perry) morre.

Com cenário similar ao de teatro e fotografia muito bonita, o aspecto visual do filme é criativo e original. A atuação do protagonistas é excelente, assim como dos coadjuvantes, destacando-se Pedro Inês que com um tom na medida certa do sarcasmo e ironia cativa quem assiste. O longa não trás muita ação, e o silêncio foi usado como elemento para criar a devida aflição sentida pelos personagens no espectador. Cortando a história que é bem extensa e deixando as partes principais, João separou as cenas cruciais do enredo, revelando uma história que pode ser passada hoje tão bem quanto na época em que o livro foi escrito.

O modelo do filme feito é construído baseado na imagem da ópera, mesmo não sendo cantada, a utilização dos artifícios é semelhante, o cenário feito a partir de pinturas feitas em transparências tecnológicas.

Os Maias, de João Botelho, é a primeira adaptação ao cinema da obra do escritor Eça de Queiroz, tendo como narrador Paulo Vilac



RUTH & ALEX POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado no romance “Heroic Measures” de Jill Ciment, o novo filme do diretor Richard Loncraine (“Wimbledon: O Jogo do Amor Tudo por Você”) conta a história de Ruth e Alex, um casal que depois de anos morando num apartamento no Brooklyn, decide vende-lo por contas das cinco nivéis de escadas. A mudança inspira reflexões sobre o relacionamento, além deles não imaginarem a quantidade de problemas que vão encontrar nas negociações. 

5 Flights Uptem uma leve lembrança com o clássico argentino Elsa e Fred. A trama de ambos é simples e interessante, capaz de envolver o espectador, lindamente!  A essência  do filme levam a empatia do público falando sobre os encontros e desencontros de maneira madura. 

Diane Keaton e Morgan Freeman interpretam o casal protagonista com tanta delicadeza e emoção, tornando o filme ainda mais cativante de se ver!

Não posso deixar de comentar que o filme nos leva a uma viagem por algumas vistas de Nova York que são um deleite a parte!




5 Flights Up” é um drama leve e gostoso de ver, acompanhado ou não. Bom filme!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DEPOIS DE TUDO POR ALÊ SHCOLNIK



Adaptação da peça de Marcelo Rubens Paiva, conta a história dos amigos Ney e Marcos que dividem um apartamento, a paixão pela música e pela mesma garota. Porém o tempo os separa. Vinte anos mais tarde, um inesperado reencontro acontece, reacendendo as emoções e lembranças da época.  Seria a chance de resgatar os laços de amizade que o tempo havia ajudado a romper.

A história parece um pouco confusa no inicio, mas logo o espectador percebe que não é um filme linear. O roteiro capta bem a essência das dificuldades dos jovens: irresponsabilidade, amizade, sexo e drogas.

O trio protagonista, tanto jovem quanto adulto, está muito bem em cena! O filme conta com um elenco de peso e é cheio de boas atuações.

Destaque também para Trilha Sonora, o Figurino e a Direção de Arte. Tudo ligado as décadas de 80 e 90.

Diria que “Depois de tudo” é um filme poético sobre as dificuldades da vida.


007 CONTRA SPECTRE POR ANDREA CURSINO


Uma mensagem enigmática do passado envia James Bond em uma missão perigosa à Cidade do México e, finalmente, a Roma, onde ele conhece Lucia Sciarra (Monica Bellucci), a bela e proibida viúva de um criminoso infame. Bond se infiltra em uma reunião secreta e descobre a existência de uma organização sinistra conhecida como SPECTRE. Enquanto isso, em Londres, Max Denbigh (Andrew Scott), o novo diretor do Centro de Segurança Nacional, questiona as ações de Bond e põe em cheque a relevância do MI6, chefiado por M (Ralph Fiennes). Secretamente, Bond recruta Moneypenny (Naomie Harris) e Q (Ben Whishaw) para que o ajudem a encontrar Madeleine Swann (Léa Seydoux), a filha de seu velho arqui-inimigo, o sr. White (Jesper Christensen), que talvez tenha a chave para revelar o mistério de SPECTRE. Como filha de um assassino, ela compreende Bond de uma forma que não é possível para as outras pessoas. À medida que Bond se aventura rumo ao coração da SPECTRE, ele desvenda uma conexão arrepiante entre ele próprio e o inimigo que ele procura, interpretado por Christoph Waltz.

"007 Contra Spectre" é com certeza um dos melhores filmes da franquia e com um roteiro muito coeso onde todos os filmes da era Daniel Craig fazem sentido. O diretor Sam Mendes nos proporcionou ótimas tomadas, cenas bonitas e eletrizantes. A primeira cena é uma das melhores e uma ótima tomada longa e sem cortes.

O elenco é outro ponto alto do filme. Daniel Craig faz um James Bond mais seco do que seus antecessores, com semblante mais severo de quem tem auto controle, ele é bom, mas ainda falta o toque de humor característico do personagem. O preparo físico de Craig para as muitas cenas de ação é sem dúvida é um dos pontos fortes do ator, cenas longas e eletrizantes com perseguições, correria, explosões, tudo isso com cara de quem sabe exatamente o que está fazendo.

Além de Daniel Craig, os vilões ficam a cargo de Christopher Waltz e Dave Bautista. Enquanto Waltz faz o cruel, sárcático e psicótico Franz Oberhouser, o Spectre, a mente criativa da organização, Bautista interpreta o vilão brutal que persegue James Bond. Dave Bautista que interpretou Drax, um dos cinco Guardiões da Galaxia, agora da vida ao  cruel e violento Sr. Hinx que fez ótimas cenas de perseguição com James Bond.

Enquanto, James Bond fica as voltas com os vilões da Spectre, a equipe da MI6 se vê as voltas com problemas sérios com o novo Diretor Denbigh que quer fazer mudanças significativas na agência. Ralph Fiennes como M, Ben Whishaw com Q, Naomie Harris como Moneypenny e Rory Kinnear como Bill Turner ajudam a dar ritmo a história com o curto tempo para salvar a divisão que trabalham ao mesmo tempo que dão cobertura ao 007.

As Bond Girls da vez fica por conta da italiana Monica Belucci e a francesa Léa Seydoux.

As locações são muito bonitas e desta vez, podemos ir com James Bond para a Cidade do México (México), Roma (Itália), as cidades Tânger e Arfoud no Marrocos e na Áustria as cidades se Sölden, Obertilliach e Altausse. 

Os filmes de James Bond tem uma estrutura narrativa que tem sido respeitada e a cada filme. A qualidade técnica evolui aproveitando a evolução tecnológica, em vários setores deixando o resultado final deslumbrante visualmente.

Outro ponto forte dos filmes de 007 é a trilha sonora. Desta Vez a trilha ficou por conta de Thomas Newman que escolheu a  canção de Sam Smith  "Writing's On The Wall" que completou com uma das melhores aberturas de toda a franquia. Pela primeira vez vemos James Bond com mais precisão e nitidez em uma abertura plástica e elegante. A canção pode entrar para a galeria de uma das melhores.