truque de mestre

X MEN

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

MAIS FORTE DO QUE O MUNDO - A HISTÓRIA DE JOSÉ ALDO POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado na história de vida do lutador José Aldo,  “Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” nos apresenta a vida do atleta, que nasceu em uma família pobre na periferia de Manaus e se tornou o maior lutador brasileiro de MMA, invicto por 10 anos.

Drama com boas tiradas cômicas, “Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” nos presenteia com as belíssimas atuações de José Loreto e  Jackson Antunes.

O roteiro assinado pelo diretor em parceria com  Marcelo Rubens Paiva foge do melodrama, é justamente nesse ponto a trilha sonora  merece destaque, pontuando bem a trama sem carregar na carga dramática. Alias, a trama se divide entre a periferia de Manaus e Rio de Janeiro, onde tudo se torna um pouco mais leve, ganhando, inclusive, um tom mais engraçado nos diálogos.

Bem filmado e bem montado, o filme utiliza bem os recursos de câmera lenta, seguindo a estética do diretor, Afonso Poyart (Dois Coelhos, Presságios de um crime).

Destaque para as cenas de luta são riquíssimas em detalhes, a linguagem da câmera favorece os golpes, é bonito de ser ver.

“Mais forte que o mundo – a história de José Aldo” é um filme sobre vencedores e traumas da vida. Impossível não se emocionar!



BIG JATO POR ALÊ SHCOLNIK





A nova parceria de Mahteus Nachtergaele com o diretor Claudio Assis, nos leva ao  Vale do Cariri, no início da década de 1970, onde um caminhão, apelidado carinhosamente de Big Jato, é destinado a esvaziar as fossas das casas sem encanamento do Crato.

O caminhão faz parte da vida de um adolescente que com seu pai, percorre as ruas da cidade lidando com o dejeto alheio, enquanto acompanha um mundo em transformação. Assim como sua própria infância, algo ali parece estar chegando ao fim, e as mudanças não passam despercebidas aos dois.

O quarto longa-metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis é uma adaptação do livro  “Big Jato”,  romance autobiográfico do jornalista cearense Xico Sá.

A partir de suas memórias, o filme leva as telas o retrato afetivo de um jovem  e os primeiros encontros com o amor e o rock e as mudanças nas relações familiares.

“Big Jato” retrata um delicado mosaico das descobertas do garoto que enfrenta todas as dificuldades da entrada na vida adulta.

Drama com pitadas tragicômicas apresenta um roteiro com diálogos poéticos, assim  “Big Jato” percorre o tempo e o espaço, na vida de um menino em constante transformação com um toque de humor  nos pequenos momentos do dia a dia.

A Fotografia árida compõe o tom poético do filme que ainda faz referência a outra obra do diretor, “A Febre do Rato”.

Confira o trailer:  https://vimeo.com/167326679

TRUQUE DE MESTRE 2 POR ALÊ SHCOLNIK


Uma das sequências mais esperadas do ano chega aos cinemas com direito a muita mágica!

Desta vez,  a direção fica por conta de Jon M. Chu que dá mais dinâmica a história dos Cavaleiros.

O filme acontece cerca de um ano após os acontecimentos do longa anterior,  os Cavaleiros estão vivendo escondidos, aguardando novas instruções do “Olho”; Thaddeus (Freeman) está preso e Dylan Rhodes (Ruffalo) continua no FBI, alimentando pistas falsas sobre o paradeiro dos mágicos.  Uma nova missão aparece com o intuito de desmascarar um jovem magnata interpretado por Daniel RadCliffe.

Com um quê de “12 homens e um segredo” no roteiro, o filme segue a linha do primeiro com um toque nonsense, bons alívios cômicos, ótimas sequências de ação e Efeitos Visuais. Junto à tudo isso, ainda ocorre os  clichês desnecessários, mas, que sem dúvida alguma, o público irá gostar.

Com ótimas atuações, o filme conta com a presença da comediante Lisa Kaplan que traz um bom toque cômico a história.  Destaque especial para atuação de Woody Harrelson!

“Truque de Mestre 2 – O segundo ato” nos leva a uma viagem sensacional de truques de mágicas com ótimas reviravoltas. Um filme divertido e despretensioso!

O longa conta com locações nos EUA,  Inglaterra e na China. 

Não esqueça a  pipoca!


INVOCAÇÃO DO MAL 2 POR JUNNO SENNA


Não é novidade que o cinema de terror tem decaído nos últimos anos, tanto em qualidade, quanto produção. Poucos filmes do gênero parecem chegar as salas de cinema, e quando o fazem, é para decepcionar o público. Seja por que o trailer é mais interessante que o filme, ou simplesmente por não ser bom.

"Invocação do Mal 2" sai da regra e se torna um exemplo de que a soma de Hollywood e terror ainda podem criar algo muito bom. "The Conjuring 2", no original, é bom pelos mesmos motivos do sucesso do primeiro filme e por não ter seguido a linha de "Annabelle".

A direção de James Wan trás alguns planos sequências, uma direção dinâmica que mesmo depois de uma hora e quarenta e cinco de filme, não cansa o espectador.

Muito da história se sustenta pela atuação de Madison Wolfe, que depois de várias papéis pequenos em grandes produções (Joy e Trumbo), ganhou espaço para mostrar que tem talento.

Não apenas Madison, mas também Vera Farmiga e Patrick Wilson, que retornam aos papéis antigos e mostram que um filme de terror não precisa ser feito apenas de sustos, mas também lágrimas e bastante carga dramática. Por esse motivo e outros, ele se torna tão diferente dos anteriores.

 "Invocação do Mal 2" é apenas mais um pequeno passo para uma franquia repleta das  inacreditáveis e assustadoras histórias dos Warren. Conseguindo se consagrar sem dificuldade como um dos melhores filmes de terror do ano, o longa promete dar alguns sustos durante a narrativa, mas também deixar quem estiver assistindo com o coração na mão, ansioso pelo final.


CASAMENTO DE VERDADE


Uma família tradicional, os Farrell, se vê diante de grandes mudanças quando Jenny provoca uma mudança radical em sua família unida e bem convencional, quando anuncia que irá casar. Mas a escolha do parceiro acaba despedaçando a família.




quarta-feira, 1 de junho de 2016

CAMPO GRANDE POR ALÊ SHCOLNIK


Certa manhã, duas crianças são deixadas em frente à portaria de um prédio em Ipanema, sem nenhuma explicação a não ser um pedaço de papel com o nome e endereço de Regina, a dona da casa. Em nenhum momento as crianças duvidam que sua mãe voltará para buscá-las. Mas será que ela vai mesmo? A chegada dessas crianças no mundo de Regina – e suas tentativas de lidar com ela – transformará profundamente as vidas de cada uma delas.​

O novo filme de Sandra Kogut, “Campo Grande”, explora as disparidades entre classes sociais no Brasil por um caminho bastante sutil, destoando da chave argumentativa de grandes filmes recentes, como “O som ao redor”, “Casa Grande” e o mais recente “Que horas ela volta?”. 
A criação de laços afetivos não é responsável por apagar as distâncias, e, nesse sentido, é justamente um dos méritos do filme: as personagens, mesmo com vivências tão distintas, são igualadas no plano da humanidade, mas permanecem extremamente desiguais no plano do acesso aos bens materiais e aos privilégios do Estado e do consumo.
Em "Campo Grande" não há um vilões declarados, mas sim a construção de uma cidade estruturalmente marcada pela desigualdade e transformação


ROCK EM CABUL POR ALÊ SHCOLNIK



Um empresário do rock decadente leva sua última cliente numa turnê da USO (United Services Organization, do exército dos EUA) no Afeganistão. Após se ver abandonado em Cabul, sem um centavo e sem seu passaporte, ele descobre uma jovem de uma pequena aldeia com uma voz extraordinária e decide representá-la na versão afegã do American Idol, o superpopular programa Afghan Star.

Com um roteiro sem sentido, personagens mal construídos e jogados na história, “Rock em Cabul” conta com uma trama morna e personagens pouco carismáticos que aparecem e desaparecem da trama sem a menor cerimônia.

grandes estrelas no elenco (Zooey Deschanel, Bruce Willis e Kate Hudson), porém muito mal aproveitadas. Cabe apenas a Bill Murray brilhar em cena.

A direção de Barry Levindson (“Vida Bandida”, “Sleepers – A vingança Adormecida”, “Assédio Sexual”, “Rain Man”, entre outros) se perde assim como o roteiro. Falta uma boa trama, transparência na história e uma oba dose de química e sintonia entre os atores.

Destaque para a Fotografia e a trilha sonora.


WARCRAFT - CRÍTICA EM BREVE


Adaptação do MMORPG de sucesso da Blizzard, World of Warcraft. A trama gira em torno da batalha infindável entre humanos e Orcs no mundo de Azeroth.

O reino pacífico de Azeroth está à beira de uma guerra enquanto sua civilização enfrenta uma raça temível de invasores: guerreiros Orcs fugindo de sua casa moribunda para colonizar um novo lugar. Enquanto um portal se abre para conectar os dois mundos, um exército enfrenta destruição e o outro enfrenta a extinção. De lados opostos, dois heróis são colocados em um caminho de colisão que irá decidir o destino de suas famílias, seu povo e seu lar.

Uma saga espetacular de poder e sacrifício começa, onde a guerra tem muitas faces, e todos lutam por algo. 

Warcraft é uma aventura épica sobre conflitos em um mundo à beira da colisão.


UMA LOUCURA DE MULHER POR ALÊ SHCOLNIK



A ex-bailarina Lúcia (Mariana Ximenes, que também é produtora associada do longa) é casada à 15 anos com o deputado Rogério que está em busca de crescimento na carreira política. Porém, um episódio envolvendo o influente senador Waldomiro (Luiz Carlos Miele), coloca Lúcia diante da chance de um novo começo na cidade do Rio de Janeiro, lugar para o qual havia prometido que jamais voltaria.

Dirigido por Marcus Ligocki Jr., que também assina o roteiro ao lado de Kirsten Carthew e Angélica Lopes, “Uma Loucura de Mulher” é a típica comédia nacional que agradará o grande público seguindo o padrão de uma novela em tela grande.

O filme conta com um roteiro fraco e previsível, personagens caricatos e uma trilha sonora que  parece estar numa cena de “Os Trapalhões” .

Com uma sucessão de erros no roteiro e na continuidade, “Uma Loucura de Mulher” é o tipo de filme que utiliza do humor escrachado e pastelão em busca de sucesso nas bilheterias.

O filme teve cenas rodadas em Brasília e no Rio de Janeiro. 

Não esqueça a sua pipoca!


TUDO SOBRE VINCENT POR ALÊ SHCOLNIK


Vincent tem um poder extraordinário: a sua força fica dez vezes maior quando ele está em contato com a água. Por isso ele vive em uma área rica em lagos e rios, e é reservado para poder preservar seu segredo. Um dia ele é surpreendido por Lucie e se apaixona.

Dirigido por Thomas Salvador, que também dá vida ao protagonista, o filme está longe de ser um blockbuster, apesar da sensação de se ver um aquaman cult.

O roteiro escrito por Thomas Salvador, Thomas Cheysson e Thomas Bidegain não  estabelece o gênero que pertence. O filme passeia pelo drama, pela comédia e pela aventura.

“Tudo Sobre Vincent” é o tipo de filme que não  agrada o grande público. O silencio dá ao espectador a sensação de estagnação durante toda a projeção.


O OUTRO LADO DO PARAÍSO POR JUNNO SENA



Mais uma vida de um escritor chega às telas. Muito similar a “De Amor e Trevas” com Natalie Portman, em “O Outro Lado do Paraíso”, vemos a história da infância do escritor Luiz Fernando Emediato e o relacionamento com seu pai, Antônio (Eduardo Moscovis). Sobre pais, filhos e Brasília, voltamos para os anos 40 e vemos a família de Fernando seguindo o sonho da prosperidade na capital do Brasil, mas tudo é interrompido pelo golpe militar e é quando o pesadelo começa.

Mesmo como Moscovis em um dos papéis principais, quem realmente brilha na tela é o personagem Nando interpretado por Davi Galdeano.

O ator mirim mostra o talento diversas vezes durante o longa se destacando ao lado de Moscovis, que faz o seu pai no filme. Além deles, temos o retorno de Camila Márdila, que ficou conhecida por interpretar Jéssica em “Que Horas Ela Volta”. Já conhecendo a atriz e a sua atuação, parece que foi pouco aproveitada diante das câmeras.

O que realmente se destaca é a direção de André Ristum, que aproveita o cenário árido do interior de Minas Gerais, além das estradas desertas.

Em diversos momentos, o visual do filme se torna muito mais interessante que a história em si.Destaque para a direção de arte e o figurino.

“O Outro Lado do Paraíso” é mais um dos filmes da leva nacional que agrada. Mesmo desandando no final e correndo para terminar o que começou, se trata de um documento histórico, cheio de curiosidades e também uso de imagens documentais “Brasília: Contradições de Uma Cidade Nova”, de 1967. No fim, está longe de ser dispensável, mas também não é algo que irá se destacar.