'CHEGA DE SAUDADE'

Da mesma diretora do ‘Bicho de 7 cabeças’ (2001), é o segundo filme de Laís Bodansky, com roteiro de Luiz Bolgnesi. Produzido pela Gullani Filmes e Buriti Filmes, conta com parcerias e co-produções de grandes empresas internacionais.

Rodado todo fora de estúdio, num salão de dança em São Paulo, em clima de muita musica e dança, conta histórias de solidão, novos e velhos amores, ciúmes, desejo e traição, que se iniciam em plena luz do dia.

Aberto ao improviso dos atores conta com um elenco de grandes nomes da TV e do cinema e com a participação especial da cantora Elza Soares. Embalado por uma trilha sonora escolhida a dedo, conta com a Fotografia e câmera de Walter Carvalho. Com a linguagem criativa, Walter faz o espectador se sentir parte do filme, como se estivesse dançando com a câmera.

Premiado no 40° Festival de Brasília como melhor filme no Júri Popular, e por melhor direção e melhor Roteiro. ‘Chega de Saudade’ contagia o espectador de forma que nem sentimos o tempo passar, são 92 minutos de filme que passam num piscar de olhos. Um filme de muitas cores, contrastes e belas seqüências de dança, sutil e intenso ao mesmo tempo. Um filme linear, poético e contagiante.

'BATMAN - CAVALEIRO DAS TREVAS'

Como todo Blockbuster é um filme cheio de efeitos especiais, com um elenco de primeira linha e um roteiro condizente com a realidade em que vivemos. 'Batman - Cavaleiro das Trevas' seria um herói no corpo de um vilão ou um vilão no corpo de um herói?

Para começar não se trata de um filme do Batman mas sim do Coringa, encarnado incrivelmente por Heath Ledger numa surpreendente atuação digna de homenagem e prêmio. Coringa mostra todas as facetas de um ser humano alucinado pela realização de um desejo: o rosto de Batman.

Sinceramente, não vejo o Coringa como o vilão do filme. Vejo um ser humano capaz de todos os esforços para realizar o seu desejo, tá certo que o personagem não é um exemplo de pessoa, de fato é um insano que tem loucamente um desejo, mas que tem o controle da situação, esse é o Coringa.Neste ponto cabe colocar como cada ser humano é capaz de realizar o que realmente deseja e acredita.

Coringa consegue transformar as pessoas, é como se fosse aquele clique que te mostra o outro lado da história, seja ela qual for e de quem for. Coringa ajudou a criar o personagem “2 caras” , vivido por Aaron Eckhart, em busca do seu desejo. Harvey Dent é um homem bom que tinha esperança de uma Gotham melhor. Mas numa virada brilhante, Coringa o transforma em “2 caras”, o bem e o mal em uma pessoa só, poderia ser ele um novo Coringa? Definitivamente não, a diferença entre eles está no controle da situação, “2 caras” não tem, pelo contrário, ele faz parte do jogo.

Batman - O cavaleiro das Trevas revela a existência de um ser humano livre mas ao mesmo tempo preso dentro de si mesmo, e deixa a mensagem de que cabe a nós decidirmos o que realmente buscamos, acreditarmos e queremos.

Deixo claro, que não é um texto de auto-ajuda, mas sim para olharmos a nossa volta e lutarmos por um desejo comum a todos, de um mundo melhor, como falei no inicio 'Batman - Cavaleiro das Trevas' é condizente com a realidade em que vivemos, portanto devemos agir em busca da nossa existência.

“Ao entardecer”

Dirigido por Lajos Koltai, baseado em livro de Susan Minot ‘Ao entardecer’ é um filme de puro humanismo que conta com um bom elenco e um delicado ponto de partida.

É um drama que explora o passado romântico e o presente emocional de Ann Grant à beira de sua morte. Por meio de suas lembranças, Ann transporta as filhas para década de 50, contando um segredo de sua vida jamais revelado quando jovem.

Com uma passagem pequena no filme, a personagem de Meryl Streep entra em cena ao visitar Ann, sua amiga doente. Apesar da pequena passagem é ela quem esclarece o final desse mistério, e mostra que a amizade entre as duas amigas nunca deixou de existir apenas ficou adormecida, e que jamais morrerá. Antes de ir embora, ela consola uma das filhas de Ann, e consegue transformá-la com todo seu conhecimento e experiência de vida. É um encontro de almas e culturas diferentes capaz de ensinar e emocionar o telespectador.

Com Roteiro de Susan Minot e Michael Cunningham, produzido por Jeff Sharp e a Fotografia incrível de Gyula Pados, “Ao entardecer” é um drama que faz chorar e nos encoraja a pensar na própria vida, em nas escolhas, decisões, no que foi priorizado e, principalmente, abdicado.

O filme conta com grandes nomes no elenco como Glenn Close, Meryl Streep Toni Collete e Claire Danes. Keira Knightley foi convidada para interpretar Ann Grant, mas não pôde devido a compromissos já firmados com 2 outros filmes: Piratas do Caribe - No Fim do Mundo e Desejo e Reparação. No filme Mamie Gummer interpreta a versão mais nova de sua mãe, Meryl Streep na vida real.

Bellini e a Esfinge

Ganhador do Festival BR 2001 como melhor filme, é um longa policial de baixo orçamento com roteiro de Alexandre Plosk, baseado no romance homônimo de Tony Belloto, também produtor o filme.

Dirigido por Roberto Santucci Filho é um filme intrigante sobre um caso de adultério que se transforma em uma trama com inúmeras surpresas e perseguições. Um suspense policial com um desfecho surpreendente.

Jogos de câmera e luz são impecáveis nos momentos mais tensos do filme. Com Direção de Arte de Paulo Flaksman e Figurino de Carla Plombon que se encaixam perfeitamente.

A química entre Malu Mader e Fabio Assunção é incrível.

O INVASOR

Adaptação do livro homônimo de Marçal Aquino, ‘O invasor’ é um filme de Beto Brant que surpreende por ser um filme moralmente violento e questionador que mostra a falta de ética do ser humano em busca de Poder e Dinheiro.

Rodado quase todo em planos-sequências, com uma trilha sonora nervosa e intrigante que traduz o filme traz um elenco cheio de globais.

‘O invasor’ é  filme de estréia de Mariana Ximenes nos cinemas, a atriz surpreende no papel de uma adolescente transloucada, e do Titã Paulo Miklos, alias, sua atuação é capaz de nos surpreender a cada take.  O filme também conta com a participação do rapper Sabotage, que foi assassinado em 2003.

Considerado o melhor filme latino americano do Sundance Filme em 2002. ‘O Invasor ‘ ganhou 6 prêmios no Festival de Brasília de 2001 nas seguintes categorias: Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora, Prêmio da Crítica, Prêmio de Aquisição do MinC, Prêmio São Saurê (Melhor Momento do Festival) e Prêmio Especial do Júri para Ator Revelação (Paulo Miklos) e no Festival de Recife de 2002 nas categorias: melhor filme, melhor diretor, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor ator (Marco Ricca) e melhor atriz coadjuvante (Mariana Ximenes).

A PELE

Baseada na biografia da fotógrafa Diane Arbus, escrita por Patricia Bosworth, conta como essa mulher além do seu tempo, se descobriu uma artista da fotografia numa época onde o preconceito era muito presente. Interpretada por Nicole Kidman, ganhadora do Oscar por 'As horas', o filme onta de forma suave, amizade dela com o novo vizinho que acabou se tornando um amor proibido e estimulando Diane a trilhar seu novo caminho nas artes fotográficas.

Diane Arbus fotografou essencialmente pessoas à margem da sociedade e pessoas comuns em poses e expressões enigmáticas, tinha como objetivo separar o essencial do acessório. Ganhou duas bolsas Guggenheim (1962 e 1966) que permitiram desenvolver melhor um trabalho de autor, mostrado pela primeira vez num museu em 1967 (colectiva New Documents Museum of Modern Art). Em Julho de 1971, suicidou-se. Arbus tornou-se a primeira fotógrafa americana a ser escolhida para a Bienal de Veneza.


Ambientado na década de 50, conta com uma trilha sonora instrumental envolvente. Um filme cheio de detalhes e closes, com jogos de luz intensos e delicados ao mesmo tempo, capazes de transmitir e falar com o telespectador. Brilhante atuação de Nicole Kidman no papel da protagonista. Robert Downey Jr. está irreconhecível no papel do vizinho com uma doença rara e incurável. Dirigido por Steven Shainberg que faz um retrato pouco convencional de uma artista nada convencional.

A MUMIA – TUMBA DO IMPERADOR DRAGÃO

Terceiro filme que completa a trilogia Blockbuster ‘A MÚMIA’, dirigido por Rob Cohen, é um típico filme hollywoodiano cheio de efeitos tridimensionais e especiais que se contrapõem ao cenário da China antiga, com a moderna Xangai e as famosas lendas mundiais entre elas o Caminho para Xangri Lá e yeti, mais conhecido como o Abominável homem das neves.

Maria Bello encarna bem o papel de Evelyn, mas mesmo assim, o talento e o charme de Rachel Weiss fazem falta no papel da heroína do filme.

Uma crítica contra a ditadura que mostra a luta pela direito de liberdade daqueles que foram escravizados pelo Imperador Dragão, interpretado por Jet Li. Mas o astro internacional não estava disponível, Cohen então sugeriu a criação de um guerreiro de terracota que andasse e falasse como o ator por questões de incompatibilidade de agendas com o ator.

O jogo de câmera na luta final entre o Imperador e Rick é sensacional. Fotografia incrível do deserto de Tian Mo e dos picos do Himalaia. John Hannah se supera no papel do estabanado Jonathan.

FELIZ NATAL

Uma co-produção de A Mondo Cane Filmes e TeleImage. Com roteiro de Selton Mello e Marcelo Vindicatto, produzido por Vania Catani, com Fotografia de Lula Carvalho e Direção de Arte de Renata Pinheiro.

1º longa-metragem dirigido por Selton Mello, filmado em junho e julho de 2007, nas cidades do Rio de Janeiro e de Ipatinga. Com Leonardo Medeiros (‘Não por acaso’ - 2007), Darlene Glória (Anjos do Sol - 2006), Graziella Moretto (O Signo da Cidade – 2007 e Cidade de Deus – 2002) Paulo Guarnieri (Eu sei o que vocês fizeram na primavera passada – 2005) , Daniel Torres (Meu Nome Não É Johnny – 2007) Nathalia Dill (Malhação). Com participações especiais de Lúcio Mauro (Cleópatra – 2006 e Redentor – 2004) e Emiliano Queiroz (Mulheres do Brasil - 2006 e Casa de Areia – 2005).

‘Feliz Natal’ mostra o drama do reencontro de uma família complicada e cheia de problemas. O filme conta a história de um homem, vivido por Leonardo Medeiros, que decide volta à capital com a proximidade do Natal. Ao chegar se depara com uma situação familiar decadente. O irmão com casamento em crise, seu pai vivendo com outra mulher e sua mãe vivendo à base de coquetéis alcoólicos. Sua presença apenas acentua os problemas familiares quando na verdade ele está, apenas, em busca de sua identidade. Um filme triste e comovente que mostra um lado obscuro da vida.

Uma montagem impecável, Com uma trilha sonora enlouquecedora de Plínio Profeta. Com passagens de tempo muito bem feitas, e jogo de luz e câmera que traduzem o filme. Um filme arrebatador e indescritível com atuação brilhante de Darlene Gloria.

Foi premiado no Festival de Paulínia com 3 prêmios nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Darlene Glória e Graziella Moretto) e Menção Especial (Fabrício Reis), no Festival do Paraná onde ganhou 5 prêmios, nas categorias de Melhor Filme - Júri Popular, Prêmio Especial do Júri, Melhor Atriz Coadjuvante (Darlene Glória), Melhor Som e Melhor Trilha Sonora. E no FestCine Goiânia ganhou 9 prêmios nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Darlene Glória), Melhor Fotografia, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som e Melhor Edição.

A MULHER DO MEU MELHOR AMIGO

Um filme de Claudio Torres, com produção de Pedro Buarque de Hollanda e Breno Silveira. É uma adaptação da peça Largando o escritório de Domingos de Oliveira, um desejo antigo do produtor Pedro Buarque de Hollanda de levar às telas. A mulher do meu amigo é o segundo longa-metragem dirigido por Claudio Torres, o primeiro foi Redentor, selecionado no Festival de Berlim de 2005.

O filme conta a história do bem-sucedido homem de negócios em crise existencial, casado com a filha do patrão e sucessor de uma grande empresa. Durante um final de semana numa casa de campo, com sua esposa e um casal de amigos, Thales resolve parar de trabalhar. A resolução, aparentemente pessoal e intransferível, acaba afetando a vida de todos que o cercam e desencadeando uma série de confusões, dentre elas, sexuais. Um filme divertidíssimo com a participação especial de Antonio Fagundes como um empresário poderoso.

O filme foi parcialmente financiado em recursos obtidos através da lei de incentivo à Cultura dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e pela Lei do Audiovisual (art. 1° e 3°).

O filme conta com um elenco de globais, Marcos Palmeira (ganhador de 2 KIKITOS de ouro no Festival de Gramado por Barrela - Escola de Crimes – 1990 e por Dedé Mamata - 1988 e ganhador do Troféu Candango de melhor ator, no Festival de Brasília, por Anahy de las Misiones - 1997) , Mariana Ximenes (Ganhadora do premio de Melhor Atriz Coadjuvante no Grande Prêmio Cinema Brasil pelo filme O Invasor em 2003 e ganhadora do Passista Trophy como Melhor Atriz Coadjuvante pelo mesmo filme em 2002), Otavio Muller e Maria Luiza Mendonça (indicada ao Grande Prêmio Cinema Brasil por Carandiru -2003 e Coração Iluminado - 1996 e ganhadora do troféu Calunga no CINE PE - Festival do Audiovisual pelo filme Nossa vida não cabe num Opala.

Cacá Diegues grava depoimento para o MIS

Na ultima semana de Novembro Cacá Diegues participou do projeto 'Depoimentos para Posteridade', do Museu da Imagem e do Som, na Praça XV. A mesa de entrevistas foi composta pelo jornalista Arthur Xexéo, os também cineastas Gustavo Dahl e Walter Salles e a atriz Zezé Motta, que ajudaram a relembrar os momentos mais marcantes da vida e carreira do cineasta.

Carlos Diegues nasceu em Maceió, Alagoas, em 19 de Maio de 1940, mas logo se mudou para o Rio de Janeiro. Foi na sua adolescência que sua paixão pelo cinema começou, escrevendo críticas do filmes após vê-los. Foi nos encontros semanais na Cinemateca do MAM no ABI onde conheceu pessoas com a mesma ideologia e que descobriu que podia ser cineasta.

Na década de 50, Cacá Diegues se tornou um dos líderes e fundadores do Cinema Novo, assim como Glauber Rocha. Foi o Cinema Novo o responsável por trazer novamente à tela atores como Antonio Pitanga, Paulo Gracindo, Mario Lago entre outros. No Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional dos Estudantes (UNE), dirigiu seu primeiro filme profissional em 35 milímetros, "Escola de samba alegria de viver". Foi durante o Cinema Novo que criou uma distribuidora.

“RIO 40 GRAUS” foi o filme mais marcante de sua vida. Com 15 anos de idade, Cacá Diegues foi às ruas do Rio em seu primeiro momento cívico defender a liberação do filme que foi censurado em 1955.

Em 1956 conheceu a historia de Orfeu da Conceição no Theatro Municipal com o pai, filme que levou 40 anos para rodar. Teve o pai como grande influenciador em sua vida, principalmente na formação literária, por sempre incentivá-lo a ler.

Até os anos 60, trabalhou em jornal onde entrevistou grandes nomes como Darcy Ribeiro, Gilberto Freire entre outros. Entre 1957 e 1958 publicou poesias no Jornal do Brasil influenciado por Mauro Fastino. Em 1958 prestou vestibular para direito, por exigência do pai onde conheceu Paulo Roberto,conhecido com Artur da Távola.

Távola acabou se tornando uma figura importante em sua vida profissional por convidá-lo a fazer parte do jornal da PUC e por conta das eleições para o diretório, que impulsionou sua carreira. Foi na PUC que ajudou a fundar um cineclube, onde começou suas atividades na área ao lado de Arnaldo Jabor, Paulo Perdigão, entre outros. O cineclube foi inaugurado com um filme de Stalin Kubrick que gerou certa polemica com o reitor pelos debates após a sessão.

Com participação na resistência intelectual e política à ditadura militar, Cacá Diegues deixou o Brasil em 1969 para exibição do filme “Os herdeiros” no Festival de Veneza, morando na Itália e depois na França onde produzia magazans pata TV francesa, na companhia de Nara Leão, então sua esposa, com quem teve dois filhos, Isabel e Francisco.

De volta ao Brasil, realizou mais dois filmes na fase negra da ditadura, "Quando o carnaval chegar" (1972) e "Joanna Francesa" (1973) que o ajudou no momento conturbado que estava vivendo. Chico Buarque assina a trilha sonora do filme. Em 1976, dirige "Xica da Silva", considerado um de seus filmes mais populares. No período de redemocratização do país, faz "Chuvas de Verão" (1978) e "Bye Bye Brasil" é fruto de um roteiro forte anunciando um novo Brasil, foi seu primeiro filme a concorrer no Festival de Cannes.

Desde 1981 é casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães. Entre seus 18 filmes, vale destacar ainda "Dias Melhores Virão" (1989), "Tieta do Agreste" (1996), "Orfeu" (1999) e "Deus é Brasileiro" (2002), estes três últimos adaptados de grandes obras da literatura e do teatro nacionais. Seu mais recente lançamento foi "O maior amor do mundo" (2006).

Seus filmes sempre homenageiam a cultura brasileira inspirados pelas histórias contadas pelo avô que morava em Maceió. Cacá encerrou o depoimento com a seguinte frase: “ Sou um cineasta do presente, não tenho nostalgia com o passado e nem quero passar mensagens para o futuro”.


FILMOGRAFIA E CURIOSIDADES:
2006 - O maior amor do mundo O filme foi criado com base em um personagem de Deus é brasileiro.
2003 - Deus é brasileiro Uma adaptação de um conto de João Ubaldo Ribeiro.
2000 - Carnaval dos 500 anos (curta-metragem)
1999 - Reveillon 2000 (curta-metragem)

1999 - Orfeu Entre 1981 e 1982, Cacá resolver rodar o filme e convida Vinicius de Moraes para fazer parte do filme, que não começou a ser gravado devido ao seu falecimento. O filme é uma homenagem a Vinicius de Mores e levou 40 anos para ser rodado.

1997 - For all - o trampolim da vitória (como ator)

1996 - Tieta do agreste Foi convidado por Jorge Amado e Sônia Braga para adaptar Tieta para o cinema junto à trilha sonora de Caetano. Durante as filmagens teve problemas financeiros.

1994 - Veja esta canção
1989 - Dias melhores virão retrata uma crise de indetidade protagonizada por Marilia Pêra. O filme foi para o Festival de Berlim.

1987 - Um trem para as estrelas é protagonizado por Guilherme fontes e conta com Gilberto Gil na direção musical.

1986 - Batalha do transporte (curta-metragem)
1985 - Batalha da alimentação (curta-metragem)
1984 - Quilombo Foi feito em Xerem e levou 6 meses para ser rodado devido a chuva. José Wilker foi substituido por Daniel Filho por conta dos atrasos das filmagens.

1979 - Bye bye Brasil
1978 - Chuvas de Verão

1976 - Xica da Silva Considerado seu maior sucesso, foi rodado em Diamantina durante Natal e Reveillon de 1974 e Carnaval de 1975 e protagonizado por Fabio Jr e Betty Faria. É considerado pelo próprio como suas férias pessoais e sua volta por cima. A história do filme surge no carnaval de 1963. Convidou Chico Buarque para fazer a trilha sonora do filme.

1975 - Aníbal Machado (curta-metragem)
1974 - Cinema Íris (curta-metragem)
1973 - Joanna francesa
1972 - Quando o carnaval chegar
1971 - Receita de futebol (curta-metragem)
1969 - Os herdeiros
1967 - Oito universitários (curta-metragem)

1966 - A grande cidade que considera como transcição do Cinema Novo para o Contemporâneo por conta do periodo politico do país.

1965 - A oitava Bienal (curta-metragem)
1964 - Ganga Zumba
1962 - Cinco vezes favela (Episódio: Escola de Samba Alegria de Viver)
1961 - Domingo (curta-metragem)
1960 - Brasília (curta-metragem)
1959 - Fuga (curta-metragem)


Sobre o projeto 'Depoimentos para Posteridade'

Em 1966, o MIS inaugurou o projeto “Depoimentos para Posteridade”, um programa de historia oral criado para preservar a memória da cultura nacional na música, literatura, cinema e artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de 900 depoimentos com quatro mil horas de material gravado em áudio e vídeo de figuras notáveis.

Todos os testemunhos ficam à disposição do público nas salas de consulta do MIS. O depoimento de Cacá Diegues fará parte do acervo a partir de segunda-feira, 01 de Dezembro.

ROMANCE

Um filme de Guel Arraes, produzido por Paula Lavigne com Wagner Moura (‘Tropa de Elite’) e Letícia Sabatella (‘Não por acaso’).

O filme é inspirado na lenda celta ‘Tristão e Isolda’, que deu origem a famosa obra de Shakespeare, ‘Romeu e Julieta’ e conta a história de amor de Pedro e Ana, na direção e roteiro de Guel Arraes.

A trilha sonora de Caetano Veloso traduz o filme, assim como a maquiagem e o figurino. Luz e fotografia se encaixam, em plena sintonia. Wagner Moura se destaca pela sua versatilidade. Andrea Beltrão e José Wilker temperam o filme com seus personagens cômicos. O filme conta com a participação especial de Marcos Nanini.

É um filme poético, delicioso, contagiante e envolvente.

VICKY CRISTINA BARCELONA

Woody Allen está de volta com uma comédia apimentada como há muito tempo não se vê. Contado de forma narrativa na maior parte do tempo, apesar de seus exageros, o filme é uma homenagem a Almodóvar em sua composição.

A história central do filme se passa em Barcelona, e conta as aventuras sexuais de duas amigas: Vicky, vivida pela atriz Rebecca Hall, e Cristina, interpretada por Scarlett Johansson, atual queridinha de Woody Allen.

Fazem parte do núcleo central dois personagens excêntricos: Juan Antonio, o pintor vivido por Javier Bardem e sua ex-mulher Maria Elena, interpretada por Penélope Cruz, que formam o principal triângulo amoroso do filme, junto à Scarlett Johansson.

A entrada da personagem de Penélope Cruz rouba a cena como à ex-mulher ciumenta e explosiva e garante boas risadas com sua personagem desequilibrada.

O jogo de câmera no diálogo em que Juan Antonio seduz Vicky, envolve o espectador de forma encantadora.

Allen se reinventa em Barcelona, recriando a sua “Manhattan” na sua geografia amorosa com uma dose maior de auto-ironia com longos diálogos de análise em um texto inteligente e no tom do cineasta, como faz em todos os filmes. Trilha sonora típica dos filmes de Woody Allen.

Escrito e dirigido pelo ganhador de 3 Oscars, VICKY CRISTINA BARCELONA foi o quarto filme realizado na Europa, por Woody Allen.

LEONERA

Terceiro candidato à Palma de Ouro em 2008, co-produzido por brasileiros e argentinos, "Leonera" acompanha o drama de Julia, interpretada por Martina Gusman,uma jovem que se torna presidiária, acusada pela morte do namorado.

No filme, Julia e Ramiro, personagem interpretado por Santoro, são presos acusados de assassinar Nahuel. A relação dos três não é desenvolvida no roteiro, indica apenas a evidência de um triângulo amoroso, e deixando o personagem vivido por Santoro em segundo plano, mesmo sendo uma peça crucial para seu desfecho. Aliás, Rodrigo Santoro prova o quanto amadureceu artisticamente na composição de seu personagem em nome dos próprios interesses.

O que mais interessa é a estrutura dramática do filme: a gravidez de Julia no momento de sua prisão. No começo, ela se depara com uma realidade diferente que a faz criar novos valores e aprender como lidar com a nova vida. Durante a gravidez, Julia rejeita o próprio filho, mas quando Thomas nasce Julia se apaixona, e se empenha a todo custo para mante-lo em sua posse.

A dor pela perda do filho além da reviravolta no enredo provoca em Julia uma atuação digna de premio.

Com uma escrita única e pessoal, Pablo Trapero e Walter Salles não julgam. O olhar por trás da câmera, além de mostrar, revela a realidade do cárcere. É o cinema como prolongamento da vida.
Martina Gusman é casada com Trapero e participou dos últimos dois filmes.

Eu, meu irmão e nossa namorada.

O que uma reunião anual de família é capaz de fazer com um homem! Mesmo em um papel deprimente, Carrel cativa o público em seus momentos.

'Eu, meu irmão e nossa namorada' é um filme cheio de lições de vida. Delicioso a sua maneira e muito real também. O filme conta com grande elenco: Dianne Wiest, (ganhadora do Oscar por Hannah e suas Irmãs e Tiros na Broadway de Woddy Allen.), John Mahoney, Steve Carell, Juliette Binoche e Emily Blunt.

Dirigido por Peter Hedges, conhecido pelo romance que inspirou 'Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador' e pelo roteiro de 'Um Grande Garoto'.

Reconhecido mundialmente, por personagens como Edward mãos de tesoura e Jack Sparrow. Famoso pela sua versatilidade e por interpretar personagens excêntricos. Depp, desde cedo mostra talento e vocação como ator.

Musical dirigido por John Waters, Cry-Baby é um filme estadunidense de 1990 estrelado por Johnny Depp como o protagonista Wade "Cry-Baby" Walker, um bad boy, que chora apenas por um olho e se apaixona por uma jovem rica.

‘Cry baby’ é um dos primeiros filmes de Johnny Depp e conta com a participação do cantor Iggy Pop como Belvedere. Para estrelar essa produção nomes como: Tom Cruise, Robert Downey Jr. e Jim Carrey foram considerados para o papel de Cry-Baby.

Última Parada 174

174 não é um filme sobre a violência, mas sim sobre suas conseqüências além de ser uma obra biográfica que retrata a complexidade dos tempos que vivemos. É um filme de causa e efeito social. É a realidade vista de outro ângulo, o que conta o drama humano de Alessandro, fazendo desaparecer a linha entre criminoso e vítima.

O diretor Bruno Barreto e o roteirista Braulio Mantovanni junto à direção de arte e direção de fotografia contam de forma romanceada, a biografia de um certo alguém que não se permitiu fazer boas escolhas, apenas sobrevive num Rio de Janeiro violento. Diálogos muito bem feitos dentro da realidade das favelas. A atuação do elenco de anônimos se destaca primorosamente!

OS DESAFINADOS

A Bossa Nova tem muitos motivos para ser reverenciado pelos 50 anos do gênero que revelou artistas como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Nara Leão. Dirigido por Walter Lima Jr. ‘Os desafinados’ é uma homenagem a um dos mais importantes movimentos musicais surgidos no Brasil no século XX.

Há muitas razões para se gostar do filme, a começar pelo grande elenco. A história é de uma integração, uma coreografia, entre forma e conteúdo, entre a estética e a história dos personagens que se entrelaçam completamente, no sonho dos quatro integrantes da banda: PC, Davi, Joaquim e Geraldo, de tocarem no Carnegie Hall, além do filme ter como pano de fundo a ditadura militar.

‘Os desafinados’ foi lançado apenas em agosto de 2008. O filme demorou a ser lançado no mercado, pois a produção demorou a ser finalizada.

O CHEIRO DO RALO

Realizado com apenas R$ 315 mil, reunidos entre sócios privados e pelos produtores executivos Baseado no livro de Lourenço Mutarelli "O cheiro do ralo" é um dos melhores filmes nacionais dos últimos tempos. Selton Mello além de atuar também co-produziu o filme.

Selton Mello interpreta Lourenço, dono de uma loja de objetos usados que se relaciona com as pessoas a sua volta como se fossem meros objetos que podem ser manipulados, explorando -os. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua sala, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com o mundo a sua volta. Selton Mello, um dos melhores atores da nova geração em sua melhor atuação! O filme conta a participação do autor do livro como segurança da loja.

AS DUAS FACES DA LEI

Protagonizado pela dupla de astros, Robert de Niro e Al Pacino, “As duas faces da lei” é um filme cheio de clichês, mas recheado de bons diálogos. A dupla que atuou em 'Fogo contra Fogo' e 'O Poderoso Chefão 2', desta vez contracena junto como uma dupla de policiais em busca de um serial killer.

A cena do confronto final é de destaque pelo jogo de luz e câmera. Al Pacino dá um banho como um policial dissimulado. O elenco conta com a participação de 50 Cent.

300

300 é um filme baseado na história em quadrinhos homônima de Frank Miller sobre a Batalha das Termópilas. Miller se inspirou quando criança ao assistir o filme "Os 300 de Esparta” de 1962 sobre a verdadeira batalha ocorrida na Grécia.

Produzido e dirigido por Zack Snyder, "300" passa a imagem da liberdade dos gregos antigos e de como era importante a união e a garra para que um pequeno exército pudesse enfrentar dezenas de milhares de guerreiros do escravocrata Império Persa. Filmado em 3D, teve um orçamento de 60 milhões de dólares.

Trata-se de um filme com vários estilos cinematográficos. Grande parte do filme foi feito em Chroma key. O cenário virtual e real se confundem, deixando o espectador impressionado com tamanho perfeccionismo. Com o final eletrizante, digno de se esperar uma continuação, será que teremos?

SEX AND THE CITY

Deliciosa comédia sobre o final da famosa série de tv "Sex and the city", protagonizada por 4 amigas inseparáveis. 

Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha chegam as telas do cinema em clima de comédia romântica, junto com todo glamour da série, ainda assim a Direção de Arte consegue exagerar no figurino. 

"Sex and the city" não deixa de passar a mensagem que toda mulher esperava ver, enfim Big se torna o príncipe encantado de Carrie, além de dar esperança a qualquer mulher a ir em busca do seu final feliz. Será que só nos filmes veremos finais felizes?

O LIBERTINO

Johnny Depp em umas das suas melhores performances no papel do intenso John Wilmot! Depp inicia o filme com um prólogo envolvente em seu sotaque britânico perfeito!

Com Direção de Laurence Dunmore e Roteiro de Stephen Jeffreys, o filme é baseado na peça teatral de Stephen Jeffreys e conta a história de John Wilmot, conhecido como Conde de Rochester, poeta boêmio do século XVII que ficou famoso por suas obras satíricas.

Direção de arte e figurino além de impecáveis são dignos da época!  E a trilha sonora digna de um bom filme de suspense dramático!

Starsky & Huntch – Justiça em Dobro

Melhor filme da dupla de amigos Owen Wilson e Ben Stiller, com a participação do rapper Snoop Dogg como o malandro Huggy Bear, uma figura excêntrica! Starsky & Huntch conta como a famosa dupla do seriado popular dos anos 70 se conheceu. Um filme divertidíssimo e cheio de mensagens bonitas.

O filme ainda conta com a participação especial da dupla original da série dos anos 70! Trilha sonora e figurinos dignos da época!

O PASSADO

Baseado na novela “El Pasado” de Alan Pauls, dirigido por Hector Banbenco, o filme retrata a vida de um homem, Rimini, interpretado por Bernal, ir do seu paraíso ao inferno por causa das loucuras da ex-mulher.

Objeto central do filme que sofre por amor, parece mais uma mulher atormentada pelo desejo de ter seu homem de volta. Obcecada com a idéia de possuí-lo novamente Sofia faz o grande amor da sua vida, ir do amor ao ódio por ela.

Direção de fotografia e trilha sonora impecável!

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Adaptação do livro de José Saramago feita pelo cineasta Fernando Meirelles retrata a natureza humana diante do súbito do vírus da cegueira, que atinge a toda população.

Julianne Moore, como sempre, mostra serenidade em seu papel, mesmo nos momentos mais tensos do filme. A atuação de Bernal é brilhante! Através do olhar transmite veracidade em sua atuação com o “Rei da Ala 3”. A direção de fotografia é digna de um filme de Fernando Meirelles! Grande diretor brasileiro capaz de dizer muita coisa apenas com o simples deslocamento do ponto de vista, a troca de narrador, a luz, o que acredito ser sua marca.

LINHA DE PASSE

Mesmo com todos os palavrões e a violência da cidade grande, Walter Salles mais uma vez mostra como é possível contar histórias de pessoas batalhadoras e guerreiras como a personagem Cleusa, interpretada por Sandra Corveloni, ela é a mãe e o pai de 4 filhos e trabalha duro para manter os filhos na linha.

Dentro da realidade em que vivemos, o filme além de contar a trajetória desta família fala de sonhos. Reginaldo é o filho menor que não mede esforços para conhecer o pai, mesmo com toda a ginga de malandro é possível ver que é apenas uma criança em busca de um sonho. Dario, o mais inseguro dos irmãos, sonha em ser jogador de futebol profissional um dia, Dinho é um frentista religioso que busca dentro da religião, além de refúgio, muitas respostas, enfim Denis, o filho mais velho de Cleusa e já é pai de um filho, ganha a vida como motoboy, o que nos leva a violência do trânsito.