truque de mestre

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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

VAI QUE COLA - O FILME POR ALÊ SHCOLNIK


Valdomiro Lacerda é um tipo metido a malandro, que perdeu todo seu dinheiro ao ser envolvido em uma falcatrua da empresa, que era sócio. Para fugir da polícia, Valdo se muda para pensão de Dona Jô, no subúrbio do Rio de Janeiro, onde passa os dias reclamando da nova realidade e sonhando com um retorno à antiga vida de luxo. Quando um ex-sócio o procura com um plano para recuperar sua cobertura de frente para o mar, Valdo acha que suas preces foram atendidas. Assim, o trambiqueiro Valdomiro consegue recuperar seu apartamento de luxo no Leblon. Mas o problema é que a pensão sofre uma interdição da vigilância sanitária e toda a turma do Méier vai morar com ele.

“Vai Que Cola – O Filme” traz  segue o padrão do programa de tv, muita histeria e bullying com todo o elenco da série.

A interação entre os atores é boa, tudo é muito divertido em cena, embora o filme seja de extremo mal gosto no roteiro e nos diálogos muitos forçados. Alias, a forçação de barra durante toda a projeção é enorme, junto com a clichezada.

O filme tem referência clara ao filme “Priscila – A rainha do Deserto”, um dos poucos momentos divertidos junto com a interação de Paulo Gustavo com a câmera, em alguns momentos.

Não esqueça a pipoca! Bom filme!




PERDIDO EM MARTE POR ALÊ SHCOLNIK



Baseado no livro de Andy Weir, “Perdido em Marte” conta como Mark Watney sobreviveu durante quatro meses no planeta vermelho.

O astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte e, muito provavelmente, será a primeira a morrer por lá. Depois de uma forte tempestade de areia, na qual ele sofre um terrível acidente, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que ele morreu. 

Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate. Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico - e um senso de humor inabalável -, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. 

Com esse objetivo, ele usará muita fita adesiva para elaborar um plano e entrar em contato com a NASA.

Com um forte embasamento científico realista e moderno, “Perdido em Marte” é uma ficção científica memorável e divertida, impulsionada por uma trama que conta com  a linguagem  e estética de Ridley Scott.

A estrutura montada de “Perdido em Marte” é praticamente a mesma de “Prometheus”, cabendo à Direção de Arte e a Fotografia mudar sua textura.

Com um roteiro bem delineado, com bons pontos de virada e ótimas sacadas nos diálogos, o filme é cheio de referências cinematográficas, desde os mais geeks como “Senhor dos Anéis” e “Homem de Ferro”, que você pode encontrar nos diálogos, até a estética do filme, que lembra “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Gravidade” e “Interstelar”.

Matt Damon está espetacular em cena, assim como a trilha sonora, que tem um papel importante no filme e o pontua muito bem. É angustiante!

Com uma mistura de “Náufrago” e “Gravidade”, Ridley Scott volta aos cinemas com essa obra que, com certeza, será indicada ao Oscar de 2016 em várias categorias técnicas. 

Não perca! E não esqueça o seu combo!


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

UM SENHO ESTAGIÁRIO POR ANDREA CURSINO


A dona de um site de moda tem problemas para aceitar a contratação de uma nova estagiária e a volta à ativa de um senhor de 70 anos.

O filme de Nancy Meyers é simples, bonito e interessante. É desses filme que você assiste várias vezes e não cansa. 

A história é interessante e inverte a situação com uma realidade atual. Os aposentados que ainda podem fazer alguma atividade, a solidão e amizades, as relações humanas e como lidamos com isso. A troca entre os personagens nos localiza como é importante essa troca e esse contato entre as pessoas que vivem hoje mais em contato através das máquinas.

O elenco é ótimo e Robert De Niro está leve e nos mostra um Ben Withaker carismático, simpático, prestativo e é ele quem dá leveza ao filme. Ele tem ótimas cenas com Anne Hathaway e Rene Russo.

o filme é tecnicamente bom. A fotografia é simples e trabalha bem os contrastes entre claro e escuro. A direção de arte é bem feita e aproveita bem os espaços da história. A trilha sonora é boa.

Com certeza, "Um Senhor Estagiário" é um filme leve e divertido. 


A PELE DE VÊNUS POR ALÊ SHCOLNIK


Adaptação para o cinema da peça teatral homônima de David Ives, apresenta a história de Thomas, um jovem dramaturgo que se desespera no teste de elenco com Vanda, uma possível atriz principal para sua nova peça.

Depois de 51 anos, Polanski volta a filmar em francês e rege essa obra, magistralmente! Uma obra-prima que conta como Vanda, uma jovem atriz, manipula milimetricamente, o diretor da peça, durante seu teste. Logo os dois se envolvem em uma relação de dominação e submissão, completamente perturbadora para o espectador.

As nuances dos personagens são inúmeras, além da boa química entre os atores que é extasiante e nos leva ao ápice! Mas cabe apenas, apenas a Emmanuelle Seigner  brilhar em cena.

Com uma trilha sonora instigante, diálogos deliciosos e um jogo cênico interessante, que surpreende pelo realismo ao mesmo tempo que tudo se explode com sons, cores, objetos e linguagem. 

O filme lembra e muito esteticamente “Birdman”, mas na verdade a “A Pele de Vênus” foi lançado em 2013, o que coloca a originalidade e criatividade de “Birdman” de lado. “ A Pele de Vênus” é completamente apaixonante, envolvente e inteligente!

Uma obra impecável de Polanski!



HOTEL TRANSILVÂNIA 2 POR ALÊ SHCOLNIK

Parece que tudo está melhorando no Hotel Transilvânia. Drácula finalmente relaxou sua rígida política de “somente monstros” e passou a permitir hóspedes humanos, mas ao descobrir que Mavis está grávida, o futuro vovô se preocupa com fato de se quer um dia, ele virará vampiro, realmente. E para ajudar nesta transformação o exibido Drácula levará seu neto para uma viagem para uma escola de monstros,enquanto Mavis está ocupada visitando seus novos parentes humanos com Johnny – e vivenciando seu próprio choque cultural. Para completar, o avô  dela, Vlad, o maior vampiro de todos os tempos é convidado para o aniversário do bisneto, assim ele descobre que seu bisneto não é um sangue-puro e que humanos agora são bem-vindos ao Hotel Transilvânia, ele fica maluco!

Com um roteiro mais dinâmico que o primeiro filme, “Hotel Transilvânia 2”  prende o espectador completamente.  O roteiro é engraçado e recheado de fofura! Os diálogos tem  ótimas tiradas e a trilha sonora é deliciosa!

Como toda animação infantil, o filme possui bonitas mensagens aqui, é: de aceitar as pessoas como elas são.

Cheio de referências tecnológicas (facebook, twitter, snapchat, youtube) o que torna o filme bem contemporâneo, “Hotel Transilvânia 2”  é diversão garantida para toda família

Bom filme e não esqueça o seu combo!


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

EVERESTE POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado em fatos reais, que originaram o  livro de John Krakauer, o filme é sobre a tragédia que ocorreu no Everest em 1996, quando três equipes de alpinismo tentavam chegar ao ponto mais alto do mundo no Monte Everest.

A situação se complica quando uma nevasca atinge o local, causando vários acidentes e colocando  a vida de todos em risco.

Dirigido por Baltasar Kormákur (“Contrabando” e “Dose Dupla”)  “Evereste" conta com um elenco de grande atores e um orçamento altíssimo, o que vende o filme como uma proposta de blockbuster. 

O filme esbarra em uma enorme avalanche na trama. Ele pode até contar com alguns momentos agonizantes e emocionantes, mas o grande problema é não apresentar os personagens e dramas pessoais, mesmo que reais.

“Evereste” falha em alcançar seu ápice, tornando o filme cansativo e desinteressante. Ainda assim, o elenco está de parabéns pelas boas atuações! Todos estão muito bem em cena!


DE CABEÇA ERGUIDA POR ALÊ SHCOLNIK


Desde os seis anos de idade, Malony comete pequenos delitos e tem problemas com a polícia. Durante toda a sua adolescência, um educador e uma juíza especializada na infância tentam salvá-lo.

Comovente do início ao fim, “De cabeça erguida” mostra os dois lados na vida de um jovem infrator. O filme nos faz pensar até onde os profissionais que atuam nas áreas da Justiça e da Educação  podem ir para ajudá-los. O roteiro é bastante eficiente e refinado, e trata de um tema delicado que, muito facilmente, poderia ter escorregado para uma discussão sobre a decadência do sistema judiciário.

O filme sabe ser cru quando necessita, da mesma forma que cândido e tocante. É precioso porque também mostra a perspectiva dos profissionais que atuam nessa área e amplia nosso olhar sobre a questão da delinquência. Porém, ao longo das duas horas de projeção, um tanto da beleza se perde e dá lugar a um personagem que, apesar de representar muito bem o sistema falho, quanto ao problema do jovens transgressores (como também acontece no Brasil), soa repetitivo.

As atuações são belíssimas! O ator Rod Paradot é de extrema competência! Catherine Deneuve também está excepcional e a trilha sonora é impecável. 

Mais uma vez, a parceria entre Emmanuelle Bercot e a atriz rendeu bons frutos. E Deneuve, como sempre, continua magnífica e exuberante.

O filme esteve na seleção oficial do Festival de Cannes deste ano.


MAZE RUNNER POR ALÊ SHCOLNIK


Adaptação do livro de James Dashner, “Maze Runner: Prova de fogo” conta como Thomas e seus companheiros  enfrentam seu maior desafio até agora: buscar pistas sobre a misteriosa e poderosa organização conhecida como C.R.U.E.L., após descobrirem que não estão a salvo.

Neste segundo filme, a turma se junta com combatentes resistentes, que os ajudam a enfrentar as forças vastamente superiores de C.R.U.E.L. ao  descobrir os planos chocantes da Organização.

“Maze Runner” foge do contexto inicial do primeiro filme da franquia adolescente, tornando tudo muito mirabolante. Novos personagens, mal apresentados, inclusive,  e um roteiro pra lá de confuso: são muitos submundos mal explicados durante toda a projeção.

O filme deixa de lado a premissa do primeiro longa. Além disso, a quantidade de referências aos filmes de zumbis (“Resident Evil”, “Eu sou a lenda” e “Guerra Mundial Z”) é enorme. Sim, o filme tem zumbis, o que significa bons sustos (um bom motivo para agarrar o gato ou a gata do seu lado.)!

Esteticamente, “Maze Runner” é muito bom! A Fotografia, os Efeitos Especiais e as boas sacadas de câmera compensam, de alguma forma, os erros de roteiro e de continuidade das locações. O diretor consegue aproveitar todos os ângulos possíveis e filmar boas sequências de ação. A trilha sonora é outro ponto alto do filme, pontuando muito bem a trama.

São duas horas e dez minutos, que poderiam muito bem ser reduzidas, por tornarem o filme longo e cansativo. Enfim, mais nada à declarar!

Ah, não esqueçam o seu combo! Bom filme!


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

INFÂNCIA POR ALÊ SHCOLNIK




Baseado na peça “Do fundo do lago escuro”, de Domingos de Oliveira, (que também dirigiu e escreveu o roteiro do filme), “Infância” é um filme teatral ao extremo.

O longa narra um dia na infância de Rodriguinho num casarão localizado na cidade do Rio de Janeiro. O menino é filho de Conceição  e neto de Dona Mocinha, a matriarca da família. Tudo ocorre sob a expectativa do discurso de Carlos Lacerda, em meio às tensões que precederam a queda de Getúlio Vargas.

Com um roteiro datado,"Infância" utiliza-se da delicadeza e, particularmente, do humor para descrever o funcionamento autoritário de uma família tipicamente brasileira na década de 50. Sua intensa trama emocional é abordada explicitando os absurdos dos comportamentos dos personagens. 

Tecnicamente bem feito, a Direção de Arte, o Figurino e a Fotografia são impecáveis! O jogo cênico é bem interessante, mas a sensação é de que seus personagens e atuações são completamente superficiais, mesmo contendo grandes atores em cena. Fernanda Montenegro é quem leva naturalidade para o filme.

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Durante a coletiva de imprensa, a atriz afirma que "o filme é uma herança cultural e familiar do diretor", como já dito por ele, algumas vezes, sobre a peça. Além disso, o filme torna a memória  de “Do fundo do lago escuro”  conciliadora. 

"Infância" trata-se de um longa político, não panfletário, através da classe dominante, além de abordar o encontro de pessoas e os contrastes nesse reencontro.


LOVE POR BRUNO DE SOUZA


Mesmo em pleno século 21 a maior força da natureza é um grande tabu. Mascarado como uma era de amor livre e igualdade de gêneros o sexo é sim um motivo de discussões, preconceitos e choques.

Foi enraizado na sociedade uma distopia sexual em que tudo que fuja da relação para procriação seja algo contestável. Ainda é bastante comedido o discurso do sexo pelo bel prazer, e muito menos estabelecido como força transgressora e transformadora, afinal o sexo pode possuir diversos significados entre: o estabelecimento de um jogo de poder, um vício, uma autodescoberta , uma descoberta com relação ao outro e ao mundo. O sexo afinal tem poderes mais fortes que uma droga química aonde é incapaz de uma simples desintoxicação, marcando pelo contato da pele, do órgão e da irrefutável lembrança. Não por menos diversos transtornos psicológicos e psiquiátricos tem sempre um viés de estudo da sexualidade. O sexo tem a capacidade do ápice da felicidade em um orgasmo e ao mesmo tempo um linha tênue da auto destruição.

O novo e polêmico filme do diretor Gaspar Noé, conhecido por sempre tirar a plateia da zona de conforto em querer usar o choque e o asco de algo que existe, mas a sociedade deseja se cegar, é a prova máxima disso.

Se o sexo sempre foi um elemento vital nas obras de Noé como em “Irreversível” , agora com “Love” ele vira o tema e instrumento da tentativa de uma jornada sensorial de relacionamentos amorosos. O próprio protagonista que se trata de um cineasta frustrado diz querer fazer um filme com sexo, suor e lágrimas, já que esse seria o resumo da vida. Noé tenta então utilizar o recurso do sexo explícito para função imersiva de identificação das personagens, o que de todo é uma boa proposta se não se esgotasse em toda a obra e virasse um artificio apenas de choque.

O filme mostra a história de um homem que resgata o passado quando sabe do sumiço de sua ex namorada que foi sua grande paixão até engravidar uma outra mulher que participava de relações a três com o casal.

Noé tenta se aproximar de algo que Kubrick fez com maestria no subestimado “De olhos bem fechados”, aonde um personagem se depara com uma jornada sexual e incestuosa sem volta. Noé mostra a mutação do adentrar nas possibilidades sexuais, mas mais do que isso, o longa é sobre escolhas.
Boas tentativas cercam o filme, principalmente o fato de demonstrar que o amor e o sexo estão extremamente ligados, e não em relações sexuais pragmáticas ,e sim de vísceras, aonde sentimento pulsa tanto como um membro enrijecido. Não há divergências, o amor liberta a selvageria nesse caso.

Se de um lado a proposta do filme é mostrar como as memorias afetam aquele personagem, o ritmo uniforme não deixa a obra avançar. Nem quando em certo momento o personagem toma ópio para tentar ficar mais próximo daquela mulher e lembranças, o filme cresce. Não há ousadia na edição e nem mesmo por parte do diretor que revela o sexo da mesma forma de uma pornografia barata com planos estáticos e abertos. Noé parece não saber utilizar a linguagem cinematográfica em seu prol de intensificar as relações. Talvez a maior fragmentação de planos e oscilação de ritmos pudessem compor um certa elegância a composição das cenas. Não porque o sexo por sí só seja feio e sujo, e sim para intensificar e incorporar a pretensiosa proposta de Noé. Com mesma pretensão que está estabelecida nos diálogos, ou até o narcisismo do diretor de não só colocar sua marca autoral, como a sí, já que o  filho do protagonista se chama Gaspar, e o amante de sua ex se chama Noé. Não é preciso muita expertise para comprovar tal necessidade de se mostrar que o diretor tem, já aparecendo nu em cena no longa “Irreversível”.

O filme se alonga por demais com momentos e cenas desnecessárias que não concluem nada e o fraquíssimo elenco não é capaz de dar força e peso para o drama, parecendo que tudo fica em cargo das cenas de sexo explicito em 3D que não são propriamente ditas tão absurdas para uma plateia convencional, mas que pretendem ferir com o filme já iniciando em uma cena que realça os órgãos sexuais de um meio torpe de notificar ao espectador ao que ele verá em seguida pelas próximas quase 2 horas e meia.

Mesmo assim não se pode dizer que “Love” seja um fiasco e apenas um pornô com alguma história. É um filme sobre algo muito mais se você conseguir enxergar através de todos sons e fúrias que o diretor resolve incessantemente te jogar . Um bom filme escondido pelas pretensões e narcisismos.


NOCAUTE POR ALÊ SHCOLNIK




Todo mundo sabe exatamente do que Jake Gyllenhaal é capaz, ainda mais depois de seus ótimos trabalhos em “O Abutre” e “O Homem Duplicado”. Em “Nocaute” não poderia ser diferente. Novamente o ator apresenta uma performance avassaladora! O filme se resume basicamente ao seu personagem,  que ganha maior destaque pelo seu desempenho. 


Depois de um trágico acontecimento, Billy Hope entra em um mar de desmoronamento que é apresentado magistralmente por Gyllenhaal, em uma atuação visceral! ( prevejo indicação ao Oscar) ! Além de sua ótima atuação em cena, a pequena e desconhecida Oona Laurence mostra que tem grande potencial cênico!

O filme, em termos de boxe, não apresenta nada de inovador. Na verdade tudo na tela nós já vimos em filmes desse (sub-)gênero, como “Rocky” e “Touro Indomável”. Mesmo assim, o filme não faz feio, muito pelo contrário, ele capricha em todo o universo apresentado: do Pugilismo ao drama sobre redenção – que  nos mostra que família é tudo na vida.

Com a direção competente de Antoine Fuqua (“O Protetor”, “Dia de Treinamento”) e roteiro de Kurt Sutter (“Sons of Anarchy”), “Nocaute” se torna mais um ótimo exemplar desse gênero.  

O roteiro é simples, bem delineado, com bons diálogos e ótimas metáforas. “Nocaute” tem bons personagens e uma fotografia muito bem feita, que traduz muito bem as cores desse universo.

O filme é feito em memória do compositor James Horner.


PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO 2 POR ALÊ SHCOLNIK



Quando se trata do amor, você tem que jogar as coisas para o universo e deixar acontecer. Em “Pequeno Dicionário Amoroso 2” resgata a história de Luiza e Gabriel que se conheceram, se apaixonaram, se casaram e se separaram no primeiro filme.

Em um golpe do destino, eles voltam a se encontrar, 18 anos depois, no mesmo lugar onde se conheceram, um cemitério, no enterro do padrasto de Luiza.

Ela casou, teve a sonhada filha, separou, casou de novo e teve mais um filho. Além disso, ela é dona de uma galeria de arte e está realizada profissionalmente. Já Gabriel, continua trabalhando no seu laboratório de bichos peçonhentos, namora Jaqueline e tem uma filha com a sua ex-mulher, Bel. Mas essa nova história de amor  como qualquer outra, pode estar ameaçada, não só pelos velhos erros, como também por novos encontros.

Com uma trilha sonora gostosa, o filme segue o mesmo formato do primeiro, dividido por temas. Com um texto contemporâneo e bons diálogos, “Pequeno Dicionário Amoroso 2” mostra como o amor pode ser as vezes uma roda gigante ou um trem fantasma.

Com um elenco bem escalado e entrosado, os atores estão ótimos em cena! Tudo com muita naturalidade.


“Pequeno Dicionário Amoroso 2”  é um filme bonito, gostoso e leve para todos os casais!


FÉRIAS FRUSTRADAS POR ALÊ SHCOLNIK




Quando adolescente, Rusty e sua família atravessaram os Estados Unidos para conhecer o parque de diversões Walley World na Califórnia. Mais de 30 depois, Rusty  surpreende sua esposa, Debbie e seus dois filhos com uma viagem para o mesmo parque.

“Férias Frustradas” puxa a pegada dos clássicos, no estilo Road movie. É uma tentativa de homenagear o clássico, estrelado por Chevy Chase, mas que está longe de ser o que o original propõe.

Trata-se da mesma formula de sempre, abusando das situações cômicas que causam constrangimento dos protagonistas, explorando de forma rasa as diferenças culturais, sexuais e etárias.  O roteiro é simples, objetivo e com os velhos clichês do gênero, além disso, tem  algumas nojeiras à parte, o que é muito normal na comédia americana. Ou seja, é um filme que faz a plateia rir de nervoso, e não exatamente pela comicidade, pela astúcia e/ou criatividade da construção das situações cômicas

O elenco está bem entrosado e rende boas cenas engraçadas. Ed Helms (franquia Se beber, não case) está  bem em cena, como pai de família. Christina Applegate (a eterna Kelly Bundy) continua lindíssima, além de ter talento para comédias.

“Férias Frustradas” ainda conta com a participação de Chevy Chase, Beverly D’Angelo, Chris Hemsworth, Leslie Mann e Charlie Day. 

O filme cumpre bem a função: divertir a família! Não esqueça o seu combo!


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

SHAUN, O CARNEIRO POR BRUNO DE SOUZA



Os estúdios Ardman, responsável por “Fuga das Galinhas” e “Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais”, ao lado do estúdio Laika (“Coraline” e “Boxtrolls”) são dos poucos estúdios em atividade que utilizam quase exclusivamente de animação da técnica de Stop Motion. Nessa técnica artesanal são usado moldes de diversos materiais maleáveis , a maioria das vezes massinha, que compõem o personagem e depois são fotografados para cada movimento, composto de cada segundo 24 frames.

A Ardman é atualmente o estúdio mais bem sucedido com animações stop motion que brindou o cinema com excelentes animações capazes de agradar ambos os públicos, até realizar sua primeira tentativa com animação em 3D  no mediano “Por água abaixo” que foi um fracasso, se seguindo com o ótimo “Operação Presente” , e retornando para o estilo de animação que tornou o estúdio reconhecido mundialmente, com “Piratas Pirados”. Infelizmente o péssimo longa foi um fracasso, não conseguindo dialogar bem com as crianças com uma trama mais adulta e confusa, mas ao mesmo tempo não conseguiu se comunicar com o público adulto.

Decidindo então retornar as suas origens, a Ardman resolve adaptar “ Shaun, o carneiro”, uma das suas séries animadas para televisão de grande sucesso para o cinema, e consegue fazer isso com grande êxito se tornando talvez o melhor filme do estúdio.

Assim como na série animada, a Ardman novamente aposta em uma narrativa sem diálogos, o que universaliza a trama e o filme. Além do visual colorido e do carisma dos já conhecidos personagens,  é usado com sabedoria o humor físico em um trama simples e objetiva muito bem desenvolvida.

Shaun é um carneiro que, um belo dia, resolve tirar um dia de folga com os outros animais, para sair da rotina da fazenda. Só que, acidentalmente, ele acaba mandando o carinhoso fazendeiro para a cidade grande, onde o homem perde a memória. Os animais, então, comandados por Shaun, vão aprontar altas confusões no caos urbano para trazer o dono de volta para casa.

É bem notável que a animação possui fortes referências de uma trupe muito conhecida da TV e do Cinema principalmente dos anos 80, os Muppets, personagens em fantoches criados por Jim Henson que até hoje recebem adaptações. No filme “Muppets conquistam Nova York” a trama muito se assemelha com a de “Shaun, o carneiro” que após o sumiço de Caco, o sapo/Kermit seus amigos o procuram, mas nem desconfiam que por um acidente ele perdeu a memoria e agora se passa por outra pessoa e com uma profissão bem sucedida.

Não apenas a trama é muito semelhante, mas como também a dinâmica dos personagens e o tipo de humor.Na verdade, “Shaun, o carneiro” preserva bastante a atmosfera do conteúdo infantil de décadas atrás com sua ingenuidade e graça, com mensagens para o público infantil.

“Shaun, o carneiro” foge da pretensão da maioria das animações atuais se destacando pela simplicidade e diversão garantida sendo um dos melhores filmes do ano e merecendo uma indicação ao Oscar de melhor animação. Simplesmente imperdível.




A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE POR ALÊ SHCOLNIK


Hortência é uma repórter que sonha em ser âncora do telejornal de sua cidade. Ao saber que a atual dona do cargo está de saída da emissora pelo seu editor-chefe, ela fará de tudo para conquistar a vaga, junto com todas as jornalistas da tv local.

Ela tem um furo de reportagem, que é roubado por Vanessa. Agora, ela fará de tudo, até inventar um falso serial killer, para conseguir realizar seu sonho. Para isso, contará com ajuda de dois amigos que trabalham no IML, Eric e Ramon.

“A esperança é a última que morre” até apresenta uma premissa interessante, que questiona a corrupção e  o poder. Porém o filme não consegue ter uma boa estrutura, que é mal executada,  junto com os diálogos sofríveis e das fraquíssimas atuações. O único que se salva é Rodrigo Santana que consegue arrancar, algumas poucas, risadas.

Com um quê de “Tudo por um furo”, estrelado por Will Ferrell, “A esperança é a última que morre” é o típico filme que agrada o espectador.

Bom filme e não esqueça a pipoca!