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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Jia Zhang-ke, um homem de Fenyang por Alê Shcolnik




“Jia Zhang-ke, um homem de Fenyang” é a memória de um cineasta, através do olhar de Walter Salles, mas também de todo um país em convulsão, a China, que se desvenda pouco a pouco. Um país que não havia identidade cultural.

O documentário é um retrato afetivo sobre o jovem realizador chinês que, para muitos, se tornou um dos mais importantes cineastas de nosso tempo. A China é um oceano humano, onde os filmes do diretor, antes de “O mundo” foram proibidos na China.

O estilo da Câmera de Walter  nos leva a uma realidade na tela muito cultual que leva o diretor chinês de volta para os locais de rodagem de seus filmes, junto com seus atores, amigos e colaboradores mais próximos.

“Jia Zhang-ke, um homem de Fenyang” traça um panorama dos filmes do diretor. Jia relembra as fontes de inspiração de Plataforma”, “Em Busca da Vida” e “Um toque de Pecado”, entre outros. O diretor tem quê de Alfred Hitchcock, que aparecia rapidamente na maioria dos seus filmes. Jia Zhang-ke já fez pequenas participações em pelo menos dois longas seus: "Um Toque de Pecado", onde ele faz uma ponta como cliente de um bordel temático e em "Prazeres Desconhecidos", a sua presença é um pouco mais marcante: ele faz um cantor desafinado que repete, a plenos pulmões, um trecho de ópera italiana num imenso saguão vazio. Alias, seus filmes é uma forma de afirmar sua individualidade.

Se sente impedido de continuar na profissão, Jia ficou parado apenas seis meses, quando resolveu reeditar “Plataforma”.


O documentário foi rodado todo na China: em Fenyang, Pingyao, Hong Nan-che e outras cidades e vilarejos da região de Shanxi, em Pequim, em conversas na Academia de Cinema, na Academia de Belas-Artes e na produtora de Jia Zhang-ke, a Xstream Pictures.


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