truque de mestre

X MEN

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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

UMA NOITE NO MUSEU 3 POR ALÊ SHCOLNIK

Bem Stiller e sua turma estão de volta para resolver o mistério da Tumba! Depois de suas aventuras no Museu de História Natural, Larry se envolve em uma nova confusão, só que dessa vez em um museu de Londres. Lá, o vigia noturno se une a seus já conhecidos personagens com novas figuras ao embarcar em uma épica jornada para salvar a magia antes que ela esteja perdida para sempre.

A direção e um roteiro dialogam bem, o que leva as telas uma comédia hilária, sem sexismos, divertidíssima, com direito a grandes participações especiais, tudo na medida certa!

Todos estão bem em cena! A química entre os atores é ótima e isso transparece na tela, tudo parece uma grande brincadeira para eles.

O filme nos proporciona momentos fofos e emocionantes também, justamente  o mestre do humor, Robin Williams que carrega essa parte, suas falas, inclusive, remetem a um adeus ( “Uma noite no Museu 3” foi o último filme em que o ator atuou.).

É  um filme para todas as idades! Risada garantida e não esqueça a pipoca!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A FAMÍLIA BÉLIER POR ALÊ SHCOLNIK

Na família Bélier, todo mundo é surdo, com exceção de Paula, de 16 anos. Ela é uma intérprete essencial para seus pais no cotidiano, incluindo para a operação da fazenda da família. Um dia, impulsionada por seu professor de música que descobriu seu dom para cantar, ela decide se preparar para um concurso da Radio France - uma opção de vida que significaria, para ela, a distância da família e uma transição inevitável para a vida adulta

É interessante perceber o trabalho postural da atriz Louane Emera (que interpreta Paula). Sua postura mostra como ela, mesmo com tamanha responsabilidade, é uma garota insegura, cheia de  dilemas tipicos da adolescência.

A perspectiva do olhar do diretor ao transmitir para o espectador as cenas mais cruciais do filme (o dueto, o momento em que o pai de Paula escuta a filha cantar sentindo seu timbre através das mãos e audição em Paris) é de uma delicadeza absurda!

Impressionante como a música se comunica entre pais e filha, é emocionante!

“A Familia Belier” é bonito, gracioso e emocionante! O filme consegue balancear drama e comédia na medida certa, mesmo que o filme tem mais motivos para se chorar do que qualquer coisa.

Mesmo com toda a sua simplicidade do roteiro, “A Familia Belier” mostra que independente de deficiências, todos nós temos a nossa própria identidade.

Filme para rir e para chorar. Lindo!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

AS FÉRIAS DO PEQUENO NICOLAU

O diretor e crítico de cinema Laurent Tired  levou para as telas a história das férias em família do pequeno Nicolau e seus pensamentos e conclusões de forma divertida.

A continuação do filme "O Pequeno Nicolau"  leva Nicolau, seus pais e sua avó para o litoral para curtir as férias de verão. Além de novos amigos, ele conhece uma garota, Isabelle, que ele acredita ser sua futura esposa.

O elenco é bom e o ator mirim Mateo Boisseler que interpreta Nicolau se destaca e tem carisma.  O elenco parece se divertir com a brincadeira.

Com uma estética dos anos 60, filme é uma comédia bem divertida!

A fotografia trabalha o colorido, dá a sensação de estar na década de 60. O figurino é colorido e alegre. A trilha combina bem com cada cena e a montagem é outro ponto positivo.
Com certeza essa comédia francesa é diversão para toda família. 

OS CARA DE PAU POR ANDREA CURSINO

A dupla de seguranças Jorginho e Pedrão, interpretados por Leandro Hassum e Marcius Melhem, se envolvem em uma série de confusões na adaptação para as telonas do seriado homônimo da Rede Globo ( que contou com três temporadas).

O filme de Felipe Joffily tem um roteiro à quatro mãos e uma proposta de ser uma comédia infantil. O mais importante é a brincadeira e não a história. Tem elementos das comédias dos Trapalhões e desenhos animados que trabalha com os exageros e absurdos.

O elenco já estava entrosado por ser o mesmo elenco da série de TV. A novidade é Christiane Fernandes que não era integrante da série. A Máfia Portuguesa é outro elemento da série que entrou  no filme.

Leandro Hassum e Marcius Melhem voltam a viver a dupla Jorginho e Pedrão. E continuam o mesmo sucesso dos personagens da TV. Mesmo não tendo uma grande história, o filme é divertido por conta das brincadeiras e de como o elenco se permitiu brincar. 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A NOITE DA VIRADA POR ALÊ SHCOLNIK

Na noite da virada do ano, tudo pode acontecer. Novas resoluções, novos projetos, novas paixões. Contado pela perspectiva do banheiro, “A Noite da Virada”  nos leva a uma festa de Ano Novo na cidade de São Paulo onde tudo pode acontecer. 

Baseado na peça "O Banheiro", de Pedro Vicente, o filme tem uma proposta é boa, mas  peca pelo roteiro fraco, cheio de clichês. Algumas piadas são até boas, mas ainda assim é um filme bem meia boca. 

Julia Rabello e João Vicente de Castro trazem a experiência do Porta dos Fundos,enquanto Marcos Palmeira e Luana Piovani representam o elenco global do filme. Ainda assim, é muita forçação de barra por metro quadrado,  uma pena!

BIG HERO POR LOUISE DUARTE

Inspirado nos quadrinhos da Marvel criados por Steven T. Seagle e Duncan Rouleau, "Operação Big Hero" é a primeira junção da Disney com a Marvel desde que as duas empresas se juntaram e o resultado final não poderia ser melhor. Dirigido por Don Hall e Chris Willians e roteirizado por Robert L. Baird,  Dan Gerson e Jordan Roberts, o filme que foi produzido pela mesma equipe de "Enrolados", "Detona Ralph" e "Frozen", conta a história do pequeno gênio  da robôtica Hiro Hamada que vive com o irmão mais velho Tadashi e a tia na fictícia cidade de San Fransokyo, uma mistura de San Francisco com Tokyo. Para a surpresa de Hiro, Tadashi criou um robô chamado Baymax que serve inicialmente para cuidar de qualquer efermidade. Quando um acidente acontece envolvendo um dos projetos robôticos de Hiro, ele se junta aos seus amigos tão inteligentes quanto ele e juntos criam um novo time de super heróis incluindo Baymax o que inicialmente torna-se uma tarefa quase impossível já que o robô desajeitado não foi projetado para ser um herói. 
Apesar de ter sofrido algumas modificações em relação aos quadrinhos da Marvel para se adequar mais ao estilo Disney, a animação agrada tanto aos adultos quanto as crianças e impossível não se apaixonar pelo robô BayMax que tudo indica vai ser a sensação de 2015 (vamos ver se a Disney consegue o mesmo feito conseguido com "Frozen" e "Guardiões das Galáxias" nesse ano!). Uma fórmula simples com uma história sofre família, lealdade, heroismo, amizade e amor.
Todos os personagens são carismáticos e divertidos, mas o foco da animação fica por conta de Hiro e seu irmão Tadashi (como aconteceu com 'Frozen" com as irmãas Elsa e Anna) e o adorável robô Baymax que fará qualquer um se derreter e se emocionar com a fofura dele.
O curta "O Banquete" (Feast), dirigido por Patrick Osbourne que passa antes do filme também é uma grata surpresa pois diverte e comove o público fazendo o combo perfeito com o filme.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

IDA POR ALÊ SHCOLNIK

Polônia, 1962. Anna é uma órfã criada por freiras. Ela vai visitar Wanda, o único parente vivo, antes que esta venha a falecer. Wanda diz a Anna que ela é judia, então as duas mulheres iniciam uma viagem, não só para encontrar a sua trágica história de família, mas para saber quem elas realmente são e aonde pertencem

Nada mais expressivo que um olhar. Num filme com poucos diálogos, o olhar é objetivo mais  rico e preenchido nessa obra.

passado traumático de Anna, manchado pelo legado e horrores do Holocausto, é desvendado de modo conciso e empolgante, numa  narrativa simples.

A direção e roteiro se complementam nessa obra completamente autoral! IDA é um filme pontual, sem rodeios e com um grande contraste entre os  personagens principais.

Completamente em preto e branco, o filme tem uma relação estabelecida entre a vida e a morte, enquanto a trilha sonora se manifesta magistralmente.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ESPECIAL DE NATAL


Está chegando o Natal e nada melhor do que relembrar alguns clássicos do gênero, afinal o Bom Velhinho é capaz de nos proporcionar momentos lindos em família .

Abaixo você encontrará clássicos (praticamente da minha infância e adolescência),  que  até hoje fazem sucesso com a garotada. Divirta-se!

1.      Esqueceram de mim 1 e 2 – gênero comédia

Para abrir essa seleção, nada melhor que essa franquia que levou Macaulay Culkin ao estrelato.

No primeiro filme, a família resolve sair de férias na época do Natal, mas na confusão o caçula é esquecido dentro de casa, para piorar a situação dois ladrões resolvem assaltar as residências justamente nesse período em que não tem ninguém em casa.

Na sequência da franquia, a familia resolve viajar para Flórida , mas após uma confusão no aeroporto, Kevin entra no avião errado e vai parar em Nova York, onde tem a infelicidade de reencontrar os ladrões do primeiro filme.

2.      Milagre da Rua 34 – gênero  fofo
Em plena época do Natal, Suzan, uma garotinha muito inteligente e esperta, afirma que Papai Noel não existe. Porém, um senhor muito bondoso é contratado para trabalhar como Papai Noel na loja de brinquedos em que sua mãe trabalha. Porém, o que ninguém podia esperar é que o velhinho afirma ser o verdadeiro Papai Noel que está ali justamente para provar para a garotinha e para muitas pessoas que ele é real

3.      Um herói de brinquedo – gênero comédia
Arnold Schwarzenegger estrela essa divertidíssima comédia onde um homem de negócios fara de tudo para comprar o brinquedo sensação do momento e sonho de todas as criança: “Turbo Man”, que não se encontra mais nos estoques das lojas. 

4.      Férias frustadas de Natal – gênero comédia
Estrelado pelo comediante Chevy Chase como Clark Griswold, um pai de família que prometeu o mais tradicional e divertido Natal de todos os tempos. Antes que possam cantar Noite Feliz, há 25 mil luzes no teto, um peru explosivo na mesa de jantar, além de uma equipe da SWAT cercando o local.

5.      Simplesmente Amor – gênero comédia romântica
O diretor Richard Curtis mistura casais apaixonados em histórias interligadas com  diferentes tramas, abordando sempre o Amor e o Natal. Estrelados por atores de peso tem em sua trilha sonora, Christmas Is All Around, All You Need Is Love, Here With Me e All I Want For Christmas Is You.

6.      O Grinch– gênero animação
Um Grinch que odeia o Natal resolve criar um plano para impedir que os habitantes da pequena cidade de Quemlândia comemorem  a data festiva.

7.      O Estranho Mundo de Jack  - gênero animação
A animação de Tim Burton toda feita em Stop Motion que teve origem em um poema escrito pelo próprio em 1982, traz  Jack Skellington, um ser fantástico que vive na Cidade do Halloween, um local cercado por criaturas fantásticas. Lá todos passam o ano organizando o Halloween do ano seguinte mas, após mais um Halloween, Jack se mostra cansado de fazer aquilo todos os anos. Assim ele deixa os limites da Cidade do Halloween e vagueia pela floresta. Por acaso acha alguns portais, sendo que cada um leva até um tipo festividade. Jack acaba atravessando o portal do Natal, onde vê demonstrações do espírito natalino. Ao retornar para a Cidade do Halloween, sem ter compreendido o que viu, ele começa a convencer os cidadãos a sequestrarem o Papai Noel  e fazerem seu próprio Natal. Apesar de argumentos fortes de sua leal namorada Sally contra o projeto, o Papai Noel é capturado. Mas os fatos mostrarão que Sally estava totalmente certa.

8.      Meu papai é Noel – gênero comédia
Papai Noel sofre um acidente no telhado da casa de um bem-sucedido vendedor de brinquedos. Como o bom velhinho não pode continuar seu trabalho, ele pede para que o vendedor entregue os presentes para as crianças naquela data e explica como fazê-lo. Ele começa a ajudar, mas percebe que está engordando e sua barba crescendo. E com o tempo se transformará no próprio Papai Noel.

9.      O maluco Natal de Ernest – gênero comédia
O atrapalhado, mas bem-intencionado, Ernest P. Worrell encontra Papai Noel desesperado na véspera do Natal. O bom velhinho já está muito cansado e procura um sucessor, mas parece que não existe ninguém interessado no cargo e Ernest decide ajudá-lo.

10.  Um duende em Nova York – gênero comédia

Buddy foi criado no Pólo Norte e, apesar de ser um humano, acaba se transformando em um elfo. Após ter problemas na comunidade em que vive, Buddy decide largar tudo e partir rumo a Nova York. Seu objetivo é encontrar Walter,seu pai, mas logo se decepciona ao saber que ele é um grande sovina e não acredita em Papai Noel.

sábado, 20 de dezembro de 2014

EXÔDO DEUSES E REIS POR ALÊ SHCOLNIK

Ridley Scott está de volta com o épico “Exôdo-Deuses e Reis”! Estamos diante da história do profeta Moíses/Moshé. Achado na beira do rio pela irmã do faraó, na época onde todos os judeus deveriam ser afogados pelas ordens do faraó. Moshé, então, é criado pela família real como um príncipe do Egito, até receber a missão divina de libertar os judeus, seu verdadeiro povo.
Visualmente impecável, o filme é demasiadamente longo, o tornando chato e cansativo (um problema do roteiro e da montagem), mas com a atuação competente de Christian Bale e a boa direção de Ridley Scott, “Exôdo-Deuses e Reis” consegue simbolicamente ficar vivo nas nossas mentes.
Assim, como aprendemos na escola, seu casamento, as pragas, a travessia do deserto,  Mar Vermelho, está tudo na tela, de forma bem grandiosa, (como deve ser), afinal é mais do que um épico, “Exôdo-Deuses e Reis” é a lembrança e a importância de estarmos aqui hoje. 
Como toda adaptação, licenças poéticas acontecem, o que geram interpretações diferentes do publico. Sem dúvida alguma, essa será uma produção que certamente será vítima de pessoas que são incapazes de aceitar termos óbvios como 'adaptação', 'baseado em', 'inspirado em', felizmente, O Velho Testamento não é protegido por direitos autorais exclusivos dos religiosos de mente literal.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

UMA LONGA VIAGEM POR ANDREA CURSINO

Durante a Segunda Guerra Mundial, Eric Lomax (Colin Firth) é um oficial britânico que é capturado pelos japoneses em Singapura e enviado para um campo de prisioneiros, onde ele é forçado a trabalhar na Ferrovia da Birmânia. Durante seu tempo no acampamento, Lomax é torturado pelo Kempeitai principalmente para a construção de uma rádio.
Anos mais tarde, e ainda sofrendo o trauma psicológico de suas experiências de guerra, Lomax, com a ajuda de sua esposa, Patti, e melhor amigo Finlay (Skarsgård), decide encontrar e enfrentar um de seus captores. Lomax retorna à cena de sua tortura e consegue rastrear seu captor, diretor japonês Takashi Nagase (Sanada), a partir do campo de prisioneiros, "em uma tentativa de abrir mão de uma vida de amargura e ódio".
O filme de Jonathan Teplitzky fala de uma história real sobre os traumas que a 2ªGuerra  deixou em alguns soldados.  O roteiro adaptado da obra literária autobiográfica de Eric Lomax é bem escrito pelas mãos de Frank Cotrell Boyce e Andy Peterson. O elenco é ótimo, composto pelo quarteto Collin Firth, Nicole Kidman, Stellan Skarsgard e Hiriyuki Sanada. O elenco jovem que divide os personagens com o trio masculino, faz um trabalho muito coeso. Jeremy Irvine divide com Collin Firth o protagonista Eric Lomax. Enquanto Irvine vive o drama do jovem Lomax capturado e torturado, Collin Firth vive o personagem mais velho e cheio de traumas. Seus companheiros de confinamento no campo de prisioneiros mantém um voto de silencio entre eles. O melhor amigo de Lomax é Finlay que jovem é vivido por Sam Reid e anos depois vai para a talentosa interpretação de Stellan Skarsgard. Nicole Kidman é Patti a esposa de Eric e a motivação do marido querer se livrar dos traumas sofrido durante a guerra.

O soldado japonês Takeshi Nagase é vivido por Tanroh Ishida quando jovem e Hiroyuki Sanada mais velho. Ishida está muito bem, mas Sanada brilhou nas cenas com Collin Firth.

Tecnicamente o filme é ótimo. Tem uma bonita fotografia, uma direção de arte impecável, uma boa trilha sonora e boas tomadas. O que mais se destaca é a montagem.Quem assiste fica bem orientado em relação as cenas de presente e passado.

Essa é uma história real sobre lutas, dramas, traumas, culpas arrependimentos, redenção, perdão, amor, amizade e lealdade. Nas telas ganha a força da dramaticidade em uma história sensível e ao mesmo tempo forte. Uma história sobre seres humanos ao longo do tempo. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O ABUTRE POR ALÊ SHCOLNIK

Lou Bloom é um jovem determinado e desesperado por trabalho que descobre o mundo do jornalismo sensacionalista em Los Angeles. Ao encontrar equipes de filmagem freelancers à caça de acidentes, incêndios, assassinatos e outras desgraças, seu lado sádico entra no reino perigoso e predatório dos nightcrawlings (as minhocas que só saem da terra à noite), o que o levará a ultrapassar a linha entre o observador e o crime.

“O Abutre”  tira completamente o espectador da  zona de conforto, é um filme com um enfoque muito interessante, que nos presenteia com direção e  roteiro competentes, além da brilhante atuação de Jake Gyllenhaal (em um papel profundamente trabalhado).

Acima de tudo, esse filme é uma grande crítica, a cultura televisiva americana. Ele mostra como as coisas são conduzidas por trás das câmeras.

Uma obra-prima pulsante muito bem conduzida por Dan Gilroy e Jake Gyllenhaal.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

AS DUAS FACES DE JANEIRO POR ALÊ SHCOLNIK


Baseado no livro  de Patricia Highsmith, “As duas faces de Janeiro”  conta  sob a perspectiva de Chester (um guia turístico local), um  jogo de contornos arriscados, onde um possível triângulo amoroso se inicia numa fuga tortuosa por entre ruínas milenares, vielas escuras e hotéis decadentes. 

Considerado um dos romances mais simbólicos de Patricia Highsmith que reúne intriga policial, motivos psicanalíticos e referências mitológicas, a autora tece uma fábula tensa e sombria sobre os dilemas do ser humano, aprisionado nos labirintos indecifráveis entre a vida e a morte, já o filme não chega aos pés do livro, deixando de lado fatos importantes da trama, além de pecar no figurino, completamente fora de época.

Com personagens mal construídos, alguns (poucos) momentos de tensão, belas locações e pequenas homenagens ao mestre do suspense, a trama não consegue seduzir o espectador por muito tempo. O roteiro com alguns furos, que prejudicam a narrativa tornam o filme cansativo, chato e completamente previsível.

Bom filme!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O SENHOR DO LABIRINTO POR ANDREA CURSINO


A história de Arthur Bispo do Rosário, vítima de esquizofrenia, que viveu assombrado por misticismos e alucinações nas instituições psiquiátricas pelas quais passou, entre 1938 e 1989, ano de sua morte. Durante sua reclusão, ele produziu material artístico que hoje é reconhecido mundialmente como parte da arte pop contemporânea.

O Senhor dos Labirinto é um filme de ator. Sem dúvida que o ponto mais positivo do longa é a atuação de Flávio Bauraqui que está muito bem como o artista esquizofrênico.

A história da vida de um artista esquizofrênico é contada em torno da visão do diretor. Uma pena que o diretor Geraldo preferiu se ater a linha simplista de um homem que vivia preso e sua arte. Poderia ter desenvolvido mais a arte de Bispo assim como seu tratamento na instituição psiquiátrica.

A relação do personagem com seus cuidadores interpretados por Irandhir Santos e Maria Flor é ponto positivo. Mostra como o personagem era carismático.

Tecnicamente o filme tem muitos problemas a começar pelo som, passando pela maquiagem, trilha sonora e o ritmo que só começar a ficar interessante quase no meio do filme. As tomadas poderiam valorizar mais, mas a opção também foi econômica, sem contar que eram muito lineares e monótonas.

Caso ocorra curiosidade de ver,  é melhor considerar a atuação do elenco que está muito bem na fita.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O HOBBIT POR INGRID REIS

Um épico que tenta ser épico, esse é “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”. Infelizmente a produção peca em alguns aspectos e dependendo da expectativa do público, pode decepcionar ou não.

A qualidade técnica do filme é inegável e inquestionável, como sempre Peter Jackson esbanja resultados mais que satisfatórios no uso da tecnologia 3 D. A fotografia é impecável e os efeitos visuais são de tirar o fôlego.

O fim da trilogia recomeça exatamente onde o segundo filme parou, com a fúria do dragão Smaug direcionada a Cidade do Lago após ser expulso da montanha de Erebor, o que acaba atraindo os mais variados interessados nas riquezas que existem dentro da montanha. Entretanto, Thorin está disposto a tudo para impedir a entrada de elfos, anões e Orcs, ainda mais por ser tomado por uma obsessão crescente pela riqueza à sua volta. Paralelamente a estes eventos, Bilbo Bolseiro  e Gandalf ( tentam impedir a guerra.

Uma das falhas do longa é exatamente o início, muitos esperam que Smaug ganhe mais destaque no filme, o que não acontece, o dragão aparece pouco e logo depois sua história é abandonada para se contar outra. Logicamente que a nova trama é uma continuação da trilogia que se encaminha para seu desfecho, ainda assim o enredo parece meio perdido num primeiro momento, o que nos faz pensar se não era melhor que a história de Smaug fosse resolvida no segundo filme.

O ponto alto da produção é a transformação psicológica pela qual Thorin passa, que o leva a cometer atos impensados, desonrar sua própria palavra, desconfiar de sua família e muitas outras coisas. A atuação de Richard Armitage é perfeita, o público consegue captar no olhar do ator as mudanças de seu personagem, o que pode gerar até uma certa revolta em alguns momentos.

A trilogia de "O Hobbit" é encerrada com cenas interessantes, algumas coisas podem ser previstas pelo público, outras nem tanto. O quinto exército é pouco desenvolvido e deixa o público um pouco perdido quanto a vitória da guerra. Ainda assim é um bom desfecho e uma ótima forma de reencontrar o mundo mágico de Tolkien no cinema, principalmente quando é possível reconhecer em muitas cenas, principalmente as finais, os eventos que deram início e origem de "A Sociedade do Anel".

Para finalizar, algumas cenas cômicas garantirão boas risadas do público, principalmente as que envolvem Alfrid, um personagem egoísta e interesseiro, que rouba a cena!

Apesar da famosa expressão “encheção de linguiça” descrever muito bem “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”, o filme tem alguns pontos altos interessantes e sua história um pouco mais séria e até mesmo reflexiva vale a pena de se assistir. O ingresso já vale pela qualidade técnica. 

O MENSAGEIRO POR ALÊ SHCOLNIK




Baseado na história verídica do jornalista e ganhador do Pulitzer, Gary Webb, “O Mensageiro” conta como o jornalista Gary Webb se tornou o alvo de uma intensa campanha de difamação após denunciar o envolvimento da CIA com os rebeldes Contras da Nicarágua e o tráfico de cocaína.

O jornalista do San Jose Mercury News, Webb foi apresentado ao caso através da namorada de um traficante preso, que estava em busca de sua soltura. Ao se deparar com os fatos, seu faro jornalístico fala mais alto, colocando sua vida em risco, inclusive.

Mesmo que tenha sido avisado para que desistisse de sua investigação, Webb decide continuar e vai a público com as evidências. O jornalista se torna alvo de uma agressiva campanha de difamação comandada pela CIA e sua carreira, sua vida e a de sua família ficam em perigo.

Através de um roteiro linear, direção competente e boas atuações, “O Mensageiro” traz o retrato da vida de um jornalista investigativo.

O roteiro do filme, de Peter Landesman, foi inspirado no livro homônimo do próprio Gary Webb, ( “Dark Alliance: The CIA, the Contras, and the Crack Cocaine Explosion” lançado em 1999).

Já a direção é de Michael Cuesta, conhecido principalmente por sua promissora carreira na televisão, onde. Dirigiu e produziu diversos seriados televisivos de sucesso, como “A Sete Palmos”, “Dexter” e “Homeland”.

Gary webb morreu em 2004, seu corpo foi encontrado em seu apartamento com dois tiros na cabeça. A causa de sua morte foi oficialmente considerada um suicídio.

sábado, 6 de dezembro de 2014

CAÇADA MORTAL POR ALÊ SHCOLNIK

Baseado no livro "A Walk  among the tombstones" de Lawrence Block, conta como o ex-policial Matt Scudder, agora aposentado, se envolve com um traficante de heroína que está atrás do homem que sequestrou e matou sua esposa.

A bela abertura do filme é capaz de seduzir o espectador e engana-lo sobre a história inicialmente, mas se você se ater aos detalhes percebe que a montagem dela te seduz completamente a adentra-lo.


Ainda assim, a direção e o roteiro não sustentam o combo thriller + suspense, falta timing e ação de verdade, (não vemos uma boa cena de ação pra alegrar aos eternos fãs do Liam Neeson) ainda assim, é um bom suspense para se ver.


Quem acompanha a vasta carreira do ator, saberá que não verá mudanças nesse personagem que o ele vem vestindo ultimamente. Seguindo o gênero de seus últimos filmes, “Caçada Mortal” fica longe de ser um dos melhores em que atuou. O filme não tem todo aquele charme e ação que encontramos na franquia “Busca Implacável”, "Sem escalas", "Desconhecido" e "Perseguição".  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

MICHAEL KOHLHAAS POR ANDREA CURSINO

Épico de Arnaud des Pallières baseado na obra literária de Heinrich Von Kleist fala de justiça, injustiça e códigos de honra. Infelizmente um tema que se perpetua através dos séculos na história da humanidade.

O filme mostra que a máxima da natureza “ A Lei do Mais Forte” está presente com demonstração de poder. Um Barão resolve roubar os cavalos do pacato criador Michael Kohlhaas que é vítima de uma mentira com prejuízos materiais e morais.  Pedindo uma reparação que nunca vem, a revolta toma conta e é iniciada uma batalha por justiça que ganha adesões, inclusive de quem assiste pacificamente na poltrona do cinema.

O filme é belíssimo! Uma qualidade técnica impecável tanto no visual, quanto no áudio. Uma fotografia deslumbrante que valorizou as belíssimas locações, assim também como a caracterização do elenco e todos os adereços de personagens e cena.

Mads Mikkelsen mais uma vez valoriza uma obra com sua interpretação. Um ator que trabalha a estrutura do personagem graduando intensidades de emoções mostrando a firmeza de caráter de Michael Kohlhaas um marido apaixonado, um pai dedicado um patrão justo e adorado e um líder nato. Mikkelsen mostra a nobreza de seu personagem sem ser arrogante e com a dignidade de quem está com a razão.

Um filme imperdível pela qualidade tanto técnica, artística, em uma história que prende a atenção do início ao fim.

QUERO MATAR MEU CHEFE 2 POR ANDREA CURSINO

"Quero Matar Meu Chefe 2"  tem um ótimo  elenco  que trata o filme como  “a hora do recreio”. O filme segue a mesma linha do primeiro e é uma diversão despretensiosa.  Nomes como Jennifer Aniston, Jamie Foxx, Christophe Waltz, Kevin Spacey e Chris Pine brincam com o trio de protagonistas vivido por Jason Batterman, Charlie Bay e Jason Sudeikis.

Como não é um filme para ser levado a sério, a história em que os três são enganados por outro chefe mau caráter, o que leva o trio de boa fé a bolar um novo plano de vingança,  só poderia cair na comédia de erros.

O roteiro é levado por esse caminho, onde erros que são cometidos por pura ingenuidade conduz uma sucessão de novos erros e assim vai proporcionando cenas inacreditáveis e engraçadas. Muito mais por ser cada cena mais surreal que a outra.

Os personagens são bem definidos e para dar um ar um pouco mais de brincadeira, todos são caricatos. Charlie Bay interpreta Dale Arbus, o mais ingênuo, infantil e carismático do grupo que agora está casado e é pai de trigêmeas. Jason Sudeikis interpreta Kurt Buckerman  que se acha mais o mais esperto do grupo e está sempre em cima do muro. Como todo grupo tem que ter alguém que segure a onda de loucura dos demais, a missão fica com Nick Hendricks, vivido por Jason Batterman que interpreta sempre esse tipo de personagem mais certinho.

O filme cumpre com a missão a que se propõe, é puro entretenimento. Após os créditos tem cenas com erros das filmagens.

BRINCANTE POR ANDREA CURSINO

O filme tem uma linguagem muito particular. Walter Carvalho faz um documentário que está mais para um registro das apresentações de Antônio Nóbrega e sua companheira Rosane Almeida do que um documentário propriamente dito. O filme não tem entrevistas, depoimentos nem sequer uma linha jornalística para guiar o espectador na jornada do universo desse artista peculiar. O misto entre o popular e o erudito da arte de Tonheta acaba solta  sem um objetivo traçado.

O que poderia ter sido uma obra enriquecedora se perde nela mesma. Como não poderia ser diferente, a fotografia é o forte do filme. Não poderia ser menos, já que Walter Carvalho é um dos melhores diretores de fotografia do mundo.

A trilha sonora é um dos pontos mais fracos do elo. Em alguns momentos ela funciona, mas no conjunto acaba monótona.

Para quem não conhece a arte de Antônio Nóbrega vale a pena pesquisar um pouco sobre sua arte mambembe e itinerante, já que o filme não diz quem ele é, apenas mostra algumas das coisas que ele faz.