truque de mestre

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sexta-feira, 27 de junho de 2014


Alguns diriam que o grande Prêmio Cesar de  Cinema (equivalente ao Oscar Francês) teria perdido o juízo também. Totalmente contracorrente, premiou em 2014 como melhor filme a paródia irônica da própria vida do também eleito melhor ator (além de ter dirigido e roteirizado), Guillaume Gallienne, por "Eu Mamãe e os garotos", e como melhor atriz Sandrine Kiberlain pela protagonista do filme que iniciou esta crítica. Os mais empertigados e existencialistas da Europa se renderam ao escapismo? Não sem uma boa dose de nonsense e apuro estético.

É engraçado contrapor os 2 títulos acima, pois ambos são divertidas sátiras aos costumes elitistas franceses sobre família. No humor negro e politicamente incorreto de "Uma Juíza sem Juízo", a personagem sacrificou sua vida social por retidão moral e legal por trás da toga na profissão, mas só com a bebedeira de uma festa de fim de ano é que descobre, meses depois, estar grávida e sem saber quem foi o pai! Sua vida vira de ponta-cabeça, assim como os processos que estava julgando. Até que um deles pode estar no epicentro de toda sua revolução de vida! Eis que surge a persona irreverente do próprio diretor como coadjuvante, Albert Dupontel, interpretando o acusado de crime hediondo que ele alega não haver cometido! Ele salva a vida dela (melhor não explicar mais nada para evitar spoilers!) e ela se sente em débito para ajudar em sua investigação.

O que acontece no fim das contas é um filme ligeiramente perdido em sua proposta inicial, sem necessariamente uma relevância existencialista a se esperar dos franceses, mas que é significativamente auxiliado pela indiscutível interpretação contida e ao mesmo tempo inversamente libertina de Kiberlain, que engole facilmente o roteiro com sua vasta experiência como com comédias à la "O Pequeno Nicolau" e "As Mulheres do 6º Andar" e dramas como "Chambon e Políssia". No demais, a entrada de Albert Dupontel, apesar de eficiente no papel, desfoca um pouco o domínio de Kiberlain, abrindo abas quase para outro filme inteiramente diferente dentro do filme – em parte bom para quebrar o gênero dramédia romântica e quase inserir um pouco policial..., mas em outra parte não tão bom, pois ele é a parte mais fanfarrona do filme, mais caricatural! – E, como diretor, Dupontel usa toda influência de conterrâneos que apreciam experimentações com cores fortes, como o próprio filme de Guillaume, "Eu Mamãe e os Meninos", e, diga-se de passagem, a comédia norteadora de toda uma geração maluque-te beleza: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain".  

Por Fillipo Pitanga

quinta-feira, 26 de junho de 2014

GRANDE HOTEL BUDAPESTE POR ALÊ SHCOLNIK

Um dos diretores mais criativos da atualidade oferece novamente um vislumbre sobre sua mente imaginativa!

Dono de uma estética única e singular, capaz de transportar o espectador para o seu mundo espetacular e excêntrico ao mesmo tempo, Wes Anderson é um gênio quando se trata de fazer obras-primas.

“Grande Hotel Budapeste” é um universo pintado com cores vibrantes, mobiliado com objetos curiosos milimetricamente posicionados em combinações perfeitas e povoado pelas figuras mais excêntricas e interessantes.

O filme conta as aventuras de Gustave H, um lendário concierge de um famoso hotel europeu durante o período entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial, e Zero Moustafa, o mensageiro que torna-se seu amigo.

A história é uma batalha encarniçada pela imensa fortuna de uma família e a delicada construção de um caso de amor, tudo isso tendo como pano de fundo um continente em mudança dramática e repentina. 

Como em toda obra do diretor, “Grande Hotel Budapeste” tem sua singularidade. A Direção de Arte minimalista e fascinante, a Fotografia imaculada, o Roteiro e a Direção impecável, além obviamente das atuações primorosas. Há beleza em tudo! A sintonia entre atores e o diretor é impecável!

O humor característico do diretor nos lembra algumas de suas obras como “Moonrise Kingdom”, “Os excêntricos Tenenbaums” e “Rushmore”(Alias, recomendo assisti-los).

“Grande Hotel Budapeste” sem dúvida alguma é um filme de uma simetria absurda! Desde os diálogos as considerações finais onde Stefan Sweig é homenageado, declaradamente. 

Para quem não sabe Stefan tem um lugar especial na História da Literatura Universal. O escritor, que teve uma vida rica em viagens, obras e emoções, nasceu em Viena, em 28 de novembro de 1881, típico produto de uma burguesia judaica culta na Áustria do fim de século. Filho do bem-sucedido fabricante têxtil judeu Moritz Zweig e de sua mulher Ida, nascida Brettauer, desde cedo  soube que queria seguir a carreira literária, preparando-se cuidadosamente para ela. Passou o tempo do ginásio (que odiava) lendo, muitas vezes até de madrugada, e desde os 16 anos já publicava poemas. 

Baseado no musical original que foi um sucesso na Broadway (assim como em Londres, Escócia, Holanda e em outras cidades e países) finalmente chega as telas do cinema o musical Jersey Boys - Em Busca da Música (Jersey Boys, 2014) que conta a história da carreira do cantor Frankie Valli e do grupo Four Seasons que ficaram famosos ao lançarem na década de 60 músicas como "Sherrie", "Big Girls Don't Cry", "Walk Like a Man", "Can't Take My Eyes Of You", "Oh What a Night"entre outras.

O filme mostra como Frankie Valli (John Lloyd Young) foi descoberto pelo trambiqueiro Tommy DeVitto (Vincent Piazza), e trocou o trabalho em uma barbearia pelo estrelato nos palcos do mundo ao lado de Bob Gaudio (Erich Bergen) e Nick Massi  (Michael Lomenda) que completam o quarteto que foi do estrelato a decadência graças a DeVitto. 

Dirigido por Clint Eastwood (Menina de Ouro), o filme traz John Lloyd Young que reprisa o papel de Frankie Valli após ganhar o Tony Award de 2006 pela sua performance do personagem na Broadway. Young com certeza é o destaque do filme e faz por merecer ao encarnar a versão cinematográfica de Valli (que é um dos produtores do filme) mostrando que graças a sua voz de anjo conseguiu destaque no grupo como o cantor principal e que depois seguiu carreira solo depois que o Four Seasons se desfez. 

Outro ator que merece destaque no longa é Vicent Piazza que interpreta o trambiqueiro Tommy DeVitto e que mesmo com o sucesso da banda, continua aplicando golpes tanto nos companheiros como em outras pessoas e que foi o responsável pelo fim do quarteto como conhecemos. Piazza consegue arrancar gargalhadas da platéia graças ao humor que ele consegue transmitir através do seu personagem que assim como os outros personagens fala diretamente com o público quebrando a quarta parede com a platéia.

Christopher Walken volta a fazer outro musical depois do sucesso de Hairspray, dessa vez interpretando o mafioso Gyp DeCarlo e que apadrinha Frankie Valli graças a sua voz angelical e que se dispôs a ajudar o jovem cantor sempre que ele precisa. Walken está ótimo como sempre e consegue arrancar gargalhadas da platéia em algumas cenas. 

Clint Eastwood que agora está investindo bastante em sua carreira de diretor, mostra outro belíssimo trabalho, dessa fez no gênero musical que é até mais difícil por ainda contar com coreógrafos, ensaios e afins para que as músicas fiquem perfeitas.O roteiro coeso de Marshall Brickman que escreveu o roteiro baseado em seu próprio livro mostra os dramas e a carreira do grupo. 

Entre os produtores  executivos do longa temos Frankie Valli, Bob Gaudio, Tim Moore, Tim Headington, Brett Ratner, James Packer e Steven Mnuchin que ainda conta com a música de Bob Gaudio e letras de Bob Crewe. 

Por: Louise Duarte

quarta-feira, 25 de junho de 2014


James Bobin volta a cadeira de diretor na mais nova continuação dos Muppets. Caco, Miss Piggy, Gonzo, Animal e companhia estão de volta em uma nova aventura que envolve mistério e comédia na medida certa.

Dessa vez, homenageando a Era de Ouro de Hollywood, aliás, o filme é cheio de musicais e refêrencias de outros filmes, facilmente indentificáveis. Vemos a mistura de “A Pantera Cor de Rosa” e “Agente 86” na guerra de egos entre CIA e Interpol, “Armadilha” e “Missão Impossível” na cena dos lazers, além de “007”, “Embalos de sábado à noite”, “Grease”, “Billy Elliot” ( cenas impagáveis no filme)  e muitos outros.

A criançada vai adorar e os adultos também!

Melhor do que o primeiro, “Muppets 2-  Procurados e Amados” tem um roteiro bem amarrado e muitas participações especiais de Chloe Moretz, Celine Dion, Christoph Waltz, Danny Trejo, Frank Langella, Jemaine Clement, Lady Gaga, Peter Serafinowicz, Puff Daddy, Ray Liotta, Ricky Gervais, Ross Lynch, Salma Hayek, Til Schweiger, Tina Fey, Tom Hiddleston, Ty Burrell, Usher Raymond e Zach Galifianakis.

É claro que por ser um filme da Disney, a velha e boa mensagem de amizade e valores faz parte do roteiro, mas agora com uma boa alfinetada, (algo muito original inclusive), no começo do filme.

Não esqueça a pipoca e bom filme!
A diretora/roteirista alemã Sandra Nettelbeck já havia ficado conhecida pela ótima dramédia familiar "Simplesmente Martha", onde uma chef de cozinha cabeça dura e autossuficiente herda de repente a sobrinha cujos pais acabaram de falecer, e ainda enfrenta renovações no trabalho com um chef italiano por quem se apaixonara. Tanto que houve uma refilmagem americana com Catherine Zeta-Jones.

Agora ela vem com "O Último Amor de Mr. Morgan", um filme nem bipolar, e sim tripolar: elenco americano (encabeçado pelo sempre ótimo Michael Caine), diretora alemã e locação na França. Não que isso seja um lado negativo, porém com altos e baixos.

A parte européia do espírito do filme funciona muito bem, começando com a boa premissa de um idoso (Caine) sem mais elã de viver, que é defendido por jovem francesa (Clémence Poésy, de Harry Potter e o Cálice de Fogo) num ônibus cheio. Daí nasce uma fagulha entre os 2, a partir deste tímido clamor por justiça social. A moça lembra ao senhor a falecida esposa deste, e ele a lembra do falecido pai. Ele é professor de filosofia aposentado, quebrando o galho ensinando inglês a uma elegante senhora francesa que tem uma queda por ele (alheio a isso). E a jovem é professora de dança (chachacha). Só aí haveria inúmeros ricos fatores para explorar... (já explorados em outras obras sobre encontro de gerações como “Vênus” e “Minhas Tardes com Margueritte”).

Entretanto, é aí que entra o lado americano do roteiro, não só físico, pois os filhos do idoso aparecem (a eterna arquivo X, fazendo cada vez mais filmes europeus, Gillian Anderson; e Justin Kirk), mas também o conteúdo, pois o que antes era uma delicada relação platônica inominada entre o senhor e a jovem, agora é nomeada pelos filhos como "golpe do baú", acabando com a finesse. Além disso, americano tem o hábito de explicar demais as coisas, enquanto europeus deixam no ar, pra interpretação ou alusão. E até que o filme sustenta um pouco a falta de comunicação entre os familiares, mas é claro que depois virá tudo mastigadinho, inclusive as lições de vida.

Quase por ironia paradigmática, quem permanece acertadamente sem explicações sobre seu passado é a personagem francesa, o que aumenta seu valor e intriga na fita. Não que a interpretação de Caine ainda não tente pegar o volante deste carro derrapando e retomar a direção, pois, afinal, ele por si só já valeria o ingresso, mas a diretora/roteirista teima em pender para o lado americano de drama indie no estilo laboratórios de roteiro Sundance – pois os ótimos silêncios europeus e falta de explicações viram típica lavagem de roupa suja familiar, acertando os pauzinhos com todos os membros, e até acertando os personagens como peças de um tabuleiro de xadrez onde ninguém poderia acabar sozinho, juntando pares improváveis e não satisfatórios. Sem falar que o próprio Caine é obrigado a aprender uma lição de vida para logo depois fazer algo (sem spoilers) que parece contradizer o aprendizado, em troca de um lirismo desnecessário naquele ponto.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Richard e Kate são um casal divorciado que começa a passar por problemas financeiros após o banco onde o ex-marido trabalha entrar em concordata. Agora, ambos planejam um plano para reaver suas aposentadorias.

Lendo essa sinopse, o filme parece até interessante, certo? Mas, infelizmente ele apenas consegue tirar risinhos meia pouca. É um filme morno e sem sal, além de entrar no velho clichê da comédia romântica. Nem Ema Thompson consegue elevar o filme!

Não vou entrar no mérito, Pierce Brosnan que só vêm decepcionando em seus últimos filmes.

"Um plano brilhante" até que entretém, mas não é nada demais, tem situações clichês e nada elaboradas. Contudo, dá pra dar uma risada ou outra. 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fox Film do Brasil divulga os trailers das novas animações da DreamWorks


“Pinguins de Madagascar” e “Cada Um Na Sua Casa” chegam aos cinemas em 2015

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Duas animações da DreamWorks chegam aos cinemas no primeiro semestre de 2015, e acabam de ganhar seus primeiros trailers: “Pinguins de Madagascar”, que estreia em janeiro, e “Cada Um Na Sua Casa”, com estreia prevista para março.

Spin off do sucesso “Madagascar”, os pinguins Capitão, Kowalski, Rico e Recruta ganham seu próprio longa. 




E em “Cada Um Na Sua Casa”, quando a Terra é invadida pelos confiantes Boov - uma raça alienígena em busca de um novo lar - todos os humanos são prontamente deslocados, enquanto os Boov se ocupam de organizar o planeta. Porém uma esperta garota chamada Tip (voz de Rihanna) consegue evitar ser capturada e acidentalmente transforma-se em cúmplice de um Boov exilado chamado Oh (voz de Jim Parsons). Os dois fugitivos percebem que há muito mais em risco que um simples dano às relações intergaláticas e embarcam na aventura de suas vidas. 





A continuação de “Albergue Espanhol” e “Bonecas Russas”, “O enigma chinês”, finaliza essa trilogia com um filme simples,  personagens cativantes e questionamentos convidativos.
O quarteto está de volta! Audrey Tautou, Cécile De France, Kelly Reilly e Romain Duris. Agora, em uma aventura mais madura, mas com os velhos dilemas amorosos.
Xavier e Wendy estão vivendo agora na capital multicultural do planeta e com filhos. Diferente do que se pensa, a idade só os deixa  mais inquietos no que diz respeito à vida amorosa, assim a ciranda novamente voltar a rodar entre eles.

Bem humorado, inteligente e carismático, o filme nos leva a uma realidade muito comum nos dias atuais! Separação, filhos entre amigos, rotina do casamento e obviamente, sexo.

O clima do filme é muito agradável, tanto na maneira com que o nó de relações vai se amarrando até o final, quanto no clima otimista do todo.

É um encontro de fantasmas no futuro. A vida aparentemente seria simples, mas quando vivemos, percebemos, de fato, que muitas desafios irão surgir nos momentos mais impróprios. Seria óbvio dizer que uma das caraterísticas da vida é ser difícil? Ou será que a vida dispensa adjetivos, sendo que a dificuldade é elemento mais interessante dela.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dr. Will Caster é o mais notável pesquisador no campo da Inteligência Artificial. Ele trabalha no projeto de criação de uma máquina consciente, capaz de combinar a inteligência coletiva de tudo o que existe com todas as possibilidades de emoções humanas. Os experimentos altamente controversos trouxeram fama ao cientista, mas também o transformaram no alvo principal dos extremistas anti-tecnologia, que farão o que for necessário para destruí-lo.

Nem as atuações salvam o filme! Depp, em um atuação automática levará suas eternas fãs ao cinema, apenas por estrelar um novo filme. Nem Morgan Freeman, Paul Bettany e Cilian Murphy fazem do filme grandioso. Ambos estão bem em cena, mas nada demais.

O  fato que realmente tem relevância é a estreia de Wally Pfister como diretor, vencedor do Oscar pela fotografia de “A Origem” de Cristopher Nolan (que também assina a produção executiva de "Transcendence").

Previsível ao extremo, cansativo e chato, “Transcendence” é o tipo de filme que só terá público de quem gosta do gênero ficção cientifica e pelos fãs de Mr. Depp.
Baseado na obra de Saramago, “ O Homem Duplicado” brinca com o surrealismo e nos insere de maneira sombria dentro de uma trama no mínimo instigante!

Antes de mais nada, é importante esclarecer que esta história nada tenha a ver com experiências de clones humanos gerados em laboratório. É pura questão psicológica.

O cérebro humano é uma teia de aranhas capaz de criar o caos e a obsessão. Enquanto seu mundo parece ruir,  Adam Bell cria em sua mente uma vida dupla onde Anthony Claire é justamente o contrário do que ele  é.

As singularidades são irredutíveis, e quando um rouba a individualidade do outro, ainda que simbolicamente, ambos perdem a identidade, sem a qual ninguém vive. Um deles abriu a caixa de Pandora e agora um dos dois está sobrando.

Como toda ditadura tem uma obsessão, assim sua vida vira um caos. A ordem para decifra-lo está na trama que é confusa e de difícil assimilamento, justamente por isso torna o filme instigante.

fotografia e trilha sonora pontuam bem o filme: densas e tensas capazes deixar o espectador no limite.

Bem dirigido e construído, “O Homem Duplicado” é o tipo de filme que você não entende, mas te conquista.

Cheio de tensão e estranhamente sedutor, “O Homem Duplicado” traz o  talento de Villeneuve (“Incêndios” e “Os Suspeitos”) na direção que brilha junto com a atuação notável de  Gyllenhaal!

“O Homem Duplicado”  é uma trama magistralmente retratada, que merece ser vista!

Eles estão de volta. Soluço e Banguela voltaram para a mais nova animação da Dreamorks, "Como Treinar Seu Dragão 2" em uma aventura que conseguiu superar o primeiro filme da franquia baseado nos livros de Cressida Cowell. Cinco anos depois, Soluço se tornou um adolescente mais sábio com os anos de experiência que teve depois que adotou Banguela como seu dragão de estimação incluindo novas técnicas de como treinar o seu dragão. Enquanto o resto da ilha de Berk com os seus Vikings está ocupada com uma competição entre dragões, a dupla principal do filme acaba descobrindo sem querer uma ilha no estilo de "Jurrasic Park" mas somente com dragões alem de um domador de dragões que conhecia Soluço e que irá surpreendê-lo com a sua revelação.

Dirigido e roteirizado por Dean DeBlois ("Lilo & Stitch"), a nova animação da Dreamworks superou expectativas e até a primeira animação com um roteiro forte, coeso e muito mais interessante que a primeira história. Os personagens (tanto os Vikings humanos quanto os dragões) conseguem entreter a platéia e isso inclui os novos personagens apresentados nessa sequência. A animação em 3D está bem cuidadosa e merece um destaque especial o cuidado (para não dizer trabalho) que a equipe do filme teve com os cabelos e barbas dos Vikings mais velhos da história.  Enquanto que a versão adolescente de Soluço promete algumas transformações na história do personagem incluindo um romance com Astrid que mostra uma ótima química com o personagem, o companheirismo dele com Banguela continua o mesmo já que o dragão se comporta como um cachorro (ou um gato, dependendo do seu ponto de vista).

Alias não tem como se encantar com o dragão Fúria da Noite que chega a roubar a cena em certas partes do filme se comportando como um bichinho de estimação na maior parte do filme, mas sabendo a hora de ser uma Furia da Noite quando deve. Alias, a química de Soluço com Banguela é outro destaque do filme. A química entre os amigos só cresceu e ganha bastante destaque na história não só nos momentos engraçados mas também nos momentos mais dramáticos também.
A animação promete entreter tanto adultos, quanto crianças fãs de histórias sobre Vikings e dragões, além de ser um prato cheio também para quem quer fugir da Copa do Mundo, que acontece na cidade no momento.

Por: Louise Duarte

terça-feira, 17 de junho de 2014



Mickey no Mundial


A torcida brasileira acaba de ganhar mais um reforço. Mickey estará de verde e amarelo, durante a maior competição de futebol do mundo, nas telas do Disney Channel e Disney XD, no curta-metragem "O Futebol Clássico". O filme mostra as peripécias de Mickey no estádio durante uma partida de futebol, que tem Pateta como juiz e Zé Carioca de narrador. Todo em português, "O Futebol Clássico" está na programação diária dos canais e será exibido durante todo o período do Mundial.


  


Para conferir o curta na íntegra, acesse:








Já não é a primeira vez que um romance clássico ganha adaptação moderninha e teen nas telonas. Vide Romeu+Julieta de Baz Luhrmann (proveniente do original de Shakespeare), ou Segundas Intenções (interpretação livre de Ligações Perigosas, o livro de Pierre Choderlos de Laclos e o filme de Stephen Frears)... Pois Amor Sem Fim (Endless Love – 2014, de Shana Feste) foi adaptado do romance homônimo do premiado Scott Spencer, outrora convertido em película em 1981 pelo mestre italiano da beleza de época e de sensuais amores eternos e shakespearianos: Franco Zeffirelli (e que contava com a musa daquele período Brooke Shields).


Esta nova versão também conta com rostos imberbes e bonitos, e, quase como se quisesse agradar o público cativo das várias adaptações contemporâneas do escritor pop Nicholas Spark, cria uma aura inocente e lúdica de moral abstrata e idílica... É, pois, que Sparks se especializou em romances mamão com açúcar, muitos deles protagonizados na tela grande pelo ícone eterno adolescente Zac Effron (dos High School Musical da Disney).

Não que todo romance do escritor seja ruim; há exceções, como Diário de Uma Paixão. Porém, ainda assim, comparar a pena sensual e emocionalmente dolorosa de Scott Spencer com o genérico Sparks é injusto, mas é nisso o que sem querer reduz o texto a diretora e aqui também roteirista (a quatro mãos com Joshua Saffron, proveniente de seriados). Na verdade, o filme em si seria inofensivo e romanticamente passável, não fosse a atuação dos pais da moça (a belamente insossa Gabriella Wilde), refletindo o desgaste de qualquer casal pelo passar dos anos e problemas, hipoteca, seguro social etc, na pele dos atores maturados Bruce Greenwood (ator fetiche do indie Atom Egoyan) e Joely Richardson (mais lembrada pela série Nip/Tuck, porém com pedigree como filha e sobrinha das oscarizadas Vanessa Redgrave e Lynn Redgrave, e irmã da ora saudosa Nathasha Richardson). É este casal que empresta credibilidade à oposição de gerações e crenças diferenciadas ou desgastadas no amor cego e temerário da adolescência, que pode despertar tanto admiração e inspiração quanto ódio e temor. – como antagonistas sem apelar para clichês, principalmente o pai a trabalhar uma patologia inerente ao tempo, eles desafiam a fraca direção teen e criam um diferencial para o entretenimento não ser esquecível e dão um banho nos corpos erotizados e mentes pueris...

Por: Filippo Pitanga

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Karim Aïnouz no IMS - RJ



 Conhecido por seus filmes de protagonistas fortes, sejam eles femininos ou masculinos , Aïnouz tenta entender em "Praia do Futuro" o que seria o comportamento masculino pós-feminismo, ao fazer um retrato da masculinidade contemporânea. Em suas palavras: “O patriarcalismo fez muito mal ao mundo. Eu tinha vontade de fazer um filme em que homem chora. E de acabar com essa visão estereotípica do que é ser homem, do que é o masculino. A questão da autoridade costuma excluir a vulnerabilidade. Eu tinha uma vontade de tornar as coisas mais complicadas, mais complexas. O Donato é um super-herói, mas também é um covarde. Todos somos um pouquinho.”

Sobre Karim Aïnouz:

Cineasta e artista visual, é um dos mais importantes nomes do cinema brasileiro contemporâneo. Nasceu em 1966 em Fortaleza e já passou por Brasília, Paris, Grenoble, Nova York, Londres, São Paulo, Rio de Janeiro e Berlim. Estudou arquitetura, flertou com a pintura, trabalhou na cena do cinema independente americano – onde foi assistente de casting e de montagem de Todd Haynes em Veneno (1991) –, até começar a fazer seus próprios trabalhos audiovisuais. Seu primeiro longa-metragem, Madame Satã(2002), foi selecionado para o Festival de Cannes, como parte da mostra Um certain régard. O filme revelou o ator Lázaro Ramos, recebeu mais de 20 prêmios em eventos internacionais e foi distribuído comercialmente em mais de 20 países. O céu de Suely(2006), primeiro trabalho no cinema de Hermila Guedes, e Viajo porque preciso, volto porque te amo (2010, codirigido com Marcelo Gomes) participaram da mostra Horizonte do Festival de Veneza. O abismo prateado (2011), com Alessandra Negrini, teve sua primeira exibição na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Na televisão, realizou para o canal HBO a série em 13 capítulos Alice (2008), em parceria com Sérgio Machado. Praia do Futuro é seu quinto longa-metragem.


PROGRAMAÇÃO
Quinta | 19 de junho
14h00, 16h00, 18h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)

Sexta | 20 de junho
14h00, 16h00, 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h30: O abismo prateado, de Karim Aïouz
(Brasil, 2011. 83’)

Sábado | 21 de junho

14h00, 16h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h30: Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz 
(Brasil, 2009. 75’)

Domingo | 22 de junho
14h00, 16h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h00: Madame Satã, de Karim Aïnouz
(França/Brasil/Holanda, 2002. 105’)

Terça | 24 de junho

14h00, 16h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h00: O céu de Suely, de Karim Aïnouz
(Brasil/França/Alemanha, 2006. 90’)

Quarta | 25 de junho

14h00, 16h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h00: O céu de Suely, de Karim Aïnouz
(Brasil/França/Alemanha, 2006. 90’)

Quinta | 26 de junho

14h00, 16h00 e 20h00:
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106’)
18h30: O abismo prateado, de Karim Aïnouz
(Brasil, 2011. 83’)

Sexta | 27 de junho
14h00: Madame Satã, de Karim Aïnouz
(França/Brasil/Holanda, 2002. 105’)

16h00: Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106‘)
18h00: Madame Satã, de Karim Aïnouz
(França/Brasil/Holanda, 2002. 105’)

20h00: Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106‘)

Sábado | 28 de junho
14h00: O céu de Suely, de Karim Aïnouz
(Brasil/França/Alemanha, 2006. 90’)

16h00: Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106‘)
18h00: O céu de Suely, de Karim Aïnouz
(Brasil/França/Alemanha, 2006. 90’)

20h00: Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106‘)

Domingo | 29 de junho
14h00: O abismo prateado, de Karim Aïnouz
(Brasil, 2011. 83’)

16h00: O céu de Suely, de Karim Aïnouz
(Brasil/França/Alemanha, 2006. 90’)

18h00: Madame Satã, de Karim Aïnouz
(França/Brasil/Holanda, 2002. 105’)

20h00: Praia do Futuro, de Karim Aïnouz 
(Brasil/Alemanha, 2014. 106‘)


Sinopses:
O abismo prateado Brasil, 2011, cor, 84 min – exibição em DCP
Elenco: Alessandra Negrini, Milton Gonçalves, Thiago Martins

Violeta é uma dentista de 40 anos, casada e com um filho adolescente. Ela está pronta para começar mais um dia em sua rotina, quando recebe uma mensagem desconcertante no celular. O abismo prateado é a pequena odisseia de Violeta pelas ruas do Rio de Janeiro no dia em que seu marido a deixa pra trás. É a noite em que Violeta se dependura em um abismo escuro que se torna prateado. 
Não indicado para menores de 12 anos.

O céu de Suely Brasil/França/Alemanha, 2006, cor, 88 min – exibição em 35 mm
Elenco: Hermila Guedes, Georgina Castro, João Miguel, Marcélia Cartaxo

Dois anos atrás, Hermila partiu para São Paulo. Agora ela está de volta a Iguatu, no sertão cearense, com o filho e à espera do marido. Não demora muito e Hermila se dá conta de que precisa ir embora dali outra vez. Ela adota o nome de Suely e resolve rifar o próprio corpo com o objetivo de levantar dinheiro e ir embora o mais rápido possível. Enfrentando perdas doloridas, ela vê a possibilidade de um novo começo. 
Não indicado para menores de 16 anos

Madame Satã França/Brasil/Holanda, 2002, cor, 105 min – exibição em 35 mm 
Elenco: Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui, Fellipe Marques

Lapa anos 1930: o cotidiano e a intimidade de João Francisco dos Santos – malandro, artista, presidiário, pai adotivo, negro, pobre, homossexual – e seu círculo de amigos, antes de se transformar no mito Madame Satã, lendário personagem da boêmia carioca. 
Não indicado para menores de 16 anos

Praia do Futuro Brasil/Alemanha, 2014, cor, 106 min – exibição em DCP
Elenco: Wagner Moura, Jesuíta Barbosa, Clemens Schick

O salva-vidas Donato resgata Konrad, piloto alemão de motovelocidade, de um afogamento na praia do Futuro. Os dois se apaixonam, e Donato vai embora, deixando pra trás o irmão mais novo Ayrton e a família. Oito anos depois, Ayrton se aventura em Berlim na busca do irmão desaparecido, seu grande herói.
Não indicado para menores de 16 anos

Viajo porque preciso, volto porque te amo direção de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes
Brasil, 2010, cor, 75 min, exibição em cópia digital
Elenco: Irandhir Santos

José Renato, geólogo, 35 anos, é enviado para realizar uma pesquisa de campo durante a qual terá que atravessar todo o sertão nordestino. O desolamento da paisagem parece ecoar em José Renato, e a pesquisa geológica vai sendo contaminada pela sensação de desamparo, pela saudade incessante da ex-mulher, por uma vontade de voltar pra casa. Ele decide ir em frente, na esperança que a travessia transmute seus sentimentos. Assim como um astronauta depois de atravessar o espaço sideral, assim como um marinheiro depois de cruzar um oceano, para José Renato, nada mais será como antes. 
Não indicado para menores de 14 anos


Ingressos

Praia do Futuro
terça, quarta e quinta: R$ 22,00 (inteira) R$ 11,00 (meia)
Sexta, sábado, domingo e feriados: R$26,00 (inteira) e R$ 13,00 (meia)

Outros filmes da mostra:
Terça a domingo e feriados: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia)

Ingressos disponíveis também em www.ingresso.com
Sessões para escolas e agendamento de cabines pelo telefone (21) 3284 7417

Disponibilidade de ingressos sujeita à lotação da sala.
Capacidade da sala: 113 lugares