Somente uma palavra
pode definir essa refilmagem do filme coreano de 2003, violência. Nesse longa
dirigido por Spike Lee a refilmagem mantem a essência violenta, mas em outro
nível. Um desfile apoteótico de diversos tipos de violência aqui é demonstrada
em toda sua plenitude. Assassinatos,
lutas, mutilação, tortura física, tortura psicológica, vingança, requintes de
crueldade e violência moral recheiam os 104 minutos desse angustiante filme que
não identificamos a marca do diretor.
Fora a violência, tecnicamente o filme cumpre com sua missão. Tem um bom
trabalho de fotografia, efeitos, maquiagem e montagem. O ponto positivo do
filme é a atuação marcante de Josh Brolin.
O cinema americano sabe fazer filme de ação como ninguém, mas
quando tentar recriar algo de outro cinema nem sempre o resultado é
satisfatório. A violência desmedida faz parte do cinema coreano e seria melhor
não copiar ou recriar o que se tem de pior no cinema alheio. O Oldboy coreano
tem uma legião de fãs que vão continuar preferindo o primeiro, mas nada impede
de que goste dessa versão.
O roteiro não chega a ser ruim, mas peca no excesso de cenas de
mutilação nas lutas. A motivação também é algo que poderia ser melhor, mesmo
assim não justifica o percurso do vilão do filme.
Falando no vilão, o ator Sarlton Copley, desta vez não tem um desempenho tão
bom quanto em trabalhos anteriores. Samuel L Jackson faz uma participação, mas
um personagem que não vai fazer diferença alguma em sua brilhante carreira.
A versão 2014 de "Oldboy" não é um filme que faz bem para alma. É bem pesado e
revoltante. Recomendado só para quem tem nervos de aço e estômago de avestruz,
ou para quem muito fã de Josh Brolin.
Por: Andrea Cursino
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