Um dos diretores mais criativos da atualidade
oferece novamente um vislumbre sobre sua mente imaginativa!
Dono de uma estética única e singular, capaz de transportar
o espectador para o seu mundo espetacular e excêntrico ao mesmo tempo, Wes
Anderson é um gênio quando se trata de fazer obras-primas.
“Grande Hotel Budapeste” é um universo pintado com
cores vibrantes, mobiliado com objetos curiosos milimetricamente posicionados
em combinações perfeitas e povoado pelas figuras mais excêntricas e
interessantes.
O filme conta as aventuras de Gustave H, um lendário concierge
de um famoso hotel europeu durante o período entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial,
e Zero Moustafa, o mensageiro que torna-se seu amigo.
A história
é uma batalha encarniçada pela imensa fortuna de uma família e a delicada
construção de um caso de amor, tudo isso tendo como pano de fundo um continente
em mudança dramática e repentina.
Como em toda obra do diretor, “Grande Hotel
Budapeste” tem sua singularidade. A Direção de Arte minimalista e fascinante, a
Fotografia imaculada, o Roteiro e a Direção impecável, além obviamente das
atuações primorosas. Há beleza em tudo! A sintonia entre atores e o diretor é
impecável!
O humor característico do diretor nos lembra
algumas de suas obras como “Moonrise Kingdom”, “Os excêntricos Tenenbaums” e “Rushmore”(Alias,
recomendo assisti-los).
“Grande Hotel Budapeste” sem dúvida alguma é um
filme de uma simetria absurda! Desde os diálogos as considerações finais onde
Stefan Sweig é homenageado, declaradamente.
Para quem não sabe Stefan tem um lugar especial na História da Literatura
Universal. O escritor, que teve uma vida rica em viagens, obras e emoções, nasceu
em Viena, em 28 de novembro de 1881, típico produto de uma burguesia judaica
culta na Áustria do fim de século. Filho do bem-sucedido fabricante têxtil
judeu Moritz Zweig e de sua mulher Ida, nascida Brettauer, desde cedo soube que queria seguir a carreira literária,
preparando-se cuidadosamente para ela. Passou o tempo do ginásio (que odiava)
lendo, muitas vezes até de madrugada, e desde os 16 anos já publicava poemas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário