“As suas caras tinham largado a misteriosa fraqueza dos rostos humanos”, foi o filósofo Sartre quem disse isso. Conhecido
como representante do Existencialismo, acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um
papel ativo na sociedade, sem dúvida alguma não existe forma melhor de iniciar essa
critica, o citando.
Sua filosofia dizia que a existência precede a
essência, pois o homem primeiro existe, depois se define.
A afirmação
de liberdade e valores é impressa na tela em um filme poético, explícito,
delicado e ousado, onde a descoberta da própria sexualidade se torna o seu
maior dilema.
Adèle é uma
jovem de 17 anos ainda no colégio quando se depara com a paixão e o amor ao
conhecer Emma.
A linguagem
corporal das atrizes é delirante! O gestual entre elas ao mesmo tempo que choca
o espectador, ofusca o resto do filme. Sim, existe um contexto, uma razão para
tudo aquilo acontecer.
Adèle se
tortura diante da curiosidade sexual. Ela tem um lado misterioso que ainda não
descobriu. Seu personagem se constrói e desconstrói com
facilidade.
O
diretor foi corajoso em levar essa
história para o cinema. É tudo muito cru, uma realidade existente
em qualquer esquina.
O filme de subjetivo,
não tem nada, pelo contrário, chega a ser explicito até demais. Ele estigmatiza
o preconceito, o tabu ainda existente no mundo atual. Por mais que o casamento homo afetivo seja aceito em muitos lugares, a sociedade ainda demonstra um olhar
agressivo, portanto, é necessário chocar nas telas, para o outro entender que o
amor não tem raça, religião ou sexo. É tudo ou nada.
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o filme estreia na próxima sexta-feira, 06 de Dezembro.
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