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quarta-feira, 1 de junho de 2016

CAMPO GRANDE POR ALÊ SHCOLNIK


Certa manhã, duas crianças são deixadas em frente à portaria de um prédio em Ipanema, sem nenhuma explicação a não ser um pedaço de papel com o nome e endereço de Regina, a dona da casa. Em nenhum momento as crianças duvidam que sua mãe voltará para buscá-las. Mas será que ela vai mesmo? A chegada dessas crianças no mundo de Regina – e suas tentativas de lidar com ela – transformará profundamente as vidas de cada uma delas.​

O novo filme de Sandra Kogut, “Campo Grande”, explora as disparidades entre classes sociais no Brasil por um caminho bastante sutil, destoando da chave argumentativa de grandes filmes recentes, como “O som ao redor”, “Casa Grande” e o mais recente “Que horas ela volta?”. 
A criação de laços afetivos não é responsável por apagar as distâncias, e, nesse sentido, é justamente um dos méritos do filme: as personagens, mesmo com vivências tão distintas, são igualadas no plano da humanidade, mas permanecem extremamente desiguais no plano do acesso aos bens materiais e aos privilégios do Estado e do consumo.
Em "Campo Grande" não há um vilões declarados, mas sim a construção de uma cidade estruturalmente marcada pela desigualdade e transformação


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