Mais uma
vida de um escritor chega às telas. Muito similar a “De Amor e Trevas” com Natalie Portman, em “O Outro Lado do Paraíso”, vemos a
história da infância do escritor Luiz Fernando Emediato e o relacionamento com
seu pai, Antônio (Eduardo Moscovis). Sobre pais, filhos e Brasília, voltamos
para os anos 40 e vemos a família de Fernando seguindo o sonho da prosperidade
na capital do Brasil, mas tudo é interrompido pelo golpe militar e é quando o
pesadelo começa.
Mesmo como
Moscovis em um dos papéis principais, quem realmente brilha na tela é o
personagem Nando interpretado por Davi Galdeano.
O ator
mirim mostra o talento diversas vezes durante o longa se destacando ao lado de Moscovis,
que faz o seu pai no filme. Além deles, temos o retorno de Camila Márdila, que
ficou conhecida por interpretar Jéssica em “Que Horas Ela Volta”. Já conhecendo
a atriz e a sua atuação, parece que foi pouco aproveitada diante das câmeras.
O que
realmente se destaca é a direção de André Ristum, que aproveita o cenário árido
do interior de Minas Gerais, além das estradas desertas.
Em diversos
momentos, o visual do filme se torna muito mais interessante que a história em
si.Destaque para a direção de arte e o figurino.
“O Outro
Lado do Paraíso” é mais um dos filmes da leva nacional que agrada. Mesmo
desandando no final e correndo para terminar o que começou, se trata de um
documento histórico, cheio de curiosidades e também uso de imagens documentais “Brasília: Contradições de Uma Cidade Nova”, de 1967. No fim, está longe de ser
dispensável, mas também não é algo que irá se destacar.
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