Um filme sobre escolhas morais , simples e singelo, que conta
com a ótima atuação de Marion Cotillard vivendo um personagem tão real, em
busca de sua dignidade. A atriz está
excelente, intensa e graciosa.
Honesto, direto e silencioso, “Dois dias, uma noite”
coloca seus personagens em um dilema ético-moral o tempo todo (e você se coloca
na posição de todos eles ao mesmo tempo). É impossível não se colocar no lugar
daquelas pessoas, abrir mão de um bom bônus financeiro ou ajudar uma colega de
trabalho que tenta retomar a vida e o emprego? Qualquer um pode passar por um
dilema destes.
O tom crítico do roteiro faz de “Dois dias, uma noite” um
filme nenhum pouco simples, mesmo que tenha uma história que parece ser
simples, complicado né. Assim é a depressão, parece uma doença simples para
alguns, mas não é, pelo contrário, é muito complicado, a pessoa apenas
sobrevive, não come, não toma banho, não troca de roupa, um instrumento abordado
com uma certa sutileza no enredo.
A direção de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne é interessante e complexa, deixando a
narrativa do filme entre altos e baixos, o que pode acarretar com a saída do
espectador da sala, ainda assim por abordar um tema interessante, “Dois dias,
uma noite” parece viver um ciclo vicioso como a própria doença.
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