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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O DESTINO DE JÚPITER POR BRUNO DE SOUZA

Depois do grande sucesso de Matrix e suas duas sequências questionáveis, os irmãos Wachovsky vem colecionando fracassos. Seguiram em suas carreiras o subestimado "Speed Racer"  que possui um visual deslumbrante, e o sumo da pretensão  na bomba catastrófica "A Viagem".

Chegamos agora ao último lançamento dos irmãos: "Destino de Júpiter", largando um pouco as tramas rocambolescas da dupla, mas não deixando de abordar  superficialmente temáticas espiritas que já existiam em  "A Viagem", mas naquele caso em exagero e sem sentido, além de se assemelhar bastante com ficções cientificas dos anos 80 como " A Duna" ,  "Blade Runner "e  "O Vingador do futuro"

"Destino de Júpiter" tinha elementos para ser um simples entretenimento de ação/ficção com homenagem referências aos anos 80, mas os irmãos Wachovsky  parecem nitidamente não saber o que fazer e transformam o filme em um desastre . A referência  as obras dos anos 80 mais que pesam no visual do filme tanto no design de produção quanto na caracterização e figurinos, mas se ora a direção de arte é no mínimo interessante, a caracterização e maquiagem são péssimas , pesadas e falsas, principalmente as dos vilões, que frequentemente dependendo da cena aparecem até com erros de continuidade de maquiagem, mas o problema principal é o roteiro.  A trama em si já não empolga e nem mesmo se define como uma aventura ou um romance mal estruturado na tentativa de atrair o público jovem e feminino amante de obras como "Crepúsculo" e "Divergente" Não bastando tais problemas, além de uma construção previsível que mais se assemelham a fases de um vídeo game e a partir de metade da projeção soam repetitivas,  o roteiro carece de melhores resoluções e viradas mais desenvolvidas, tudo acontece muito rápido e sem sentido.

É absurdo o número de buracos e situações inconclusivas. Personagens somem, cenas gratuitas, explicações desnecessárias. Esses são apenas alguns dos graves erros da narrativa que nem mesmo a boa montagem consegue achar um ritmo.

Falando em montagem, o que por vezes parece é que muita coisa foi cortada na ilha de edição. Provavelmente até na montagem os diretores estavam perdidos sem saber o que fazer, talvez isso explique o enorme adiamento de estreia. O estúdio deve ter ficado insatisfeito com o resultado e pediu para remontarem.

As poucas coisas que salvam são os bons efeitos visuais que proporcionam  interessantes e acrobáticas  sequências de ação, a boa trilha musical que tenta emular a de Star Wars, e a presença de Channing Tatum, ator que anda se aprimorando e crescendo em Hollywood, mas seu personagem não tem muito desenvolvimento no roteiro para que possa trabalhar, mas tenta fazer uma figura a lá Harrison Ford que funciona. Já Mila Kunis até tenta, mas não é verossímil,  já que a atriz não se encaixa no papel de mocinha indefesa e soa forçada. Se Mila não chega a comprometer em sua atuação, não se pode dizer o mesmo do trio de vilões que parecem ter saído de uma peça infantil da pior qualidade, principalmente o interpretado pelo recém indicado ao Oscar, Eddie Remayne, que se joga no overacting fazendo caretas e forçando a voz.

"O Destino de Júpiter" já entra facilmente para listas de piores do ano e com fortes cotações para o prêmio de framboesa do ano. Não foi dessa vez que os irmãos Wachovsky mostraram sua redenção.


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