Em um pequeno vilarejo no sertão, três histórias de amor e desejo mudam a paisagem afetiva de seus moradores. Personagens de um mundo romanesco, no qual suas concepções de vida estão limitadas de um lado pelos instintos humanos, do outro por um destino cego e fatalista.
O filme pernambucano de Camilo Cavalcante mostra o serão nordestino através da história de três mulheres de gerações diferentes e a dura realidade de um lugarejo pequeno onde não tem desenvolvimento, nem sócio, nem econômico e nem cultural.
A história começa com Querência personagem de Marcélia Cartaxo que perde o filho ainda criança e logo em seguida o marido. O sanfoneiro cego movido pelo amor que sente por ela vai abrindo um novo horizonte para essa mulher que perdeu o gosto pela vida.
Em paralelo, D. das Dores é uma mãe dedicada e avó zelosa de Geraldo que aos poucos vai descobrindo quem é o neto de verdade.
E por fim a jovem Alfonsina que sonha em conhecer o mar. Com 17 anos, é ela quem cuida da casa, do pai, dos quatro irmãos e do tio. A trama está montada e desses três pilares que desenvolve essa história numa narrativa mais poética e simbólica.
O elenco é bom! O grande destaque é Irandhir Santos que protagoniza a melhor cena do filme em sua performance de Ney Matogrosso na época de “Secos e Molhados”. Irandhir faz o tio de Alfonsina e é ela a única pessoa da família em cuidar e falar com ele.
A técnica do filme é boa e eficiente. A fotografia, a montagem e direção de arte caminham juntas e a trilha sonora é ótima.
O roteiro é feito para deixar que o público crie possibilidades em sua cabeça. “A História da Eternidade” é um filme interessante vale a pena conferir.
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