"Uma pessoa deve ser alguém, não vagar como um
fantasma. A adaptação do romance de Fiódor Dostoiévski, “ O duplo” é uma sucessão de conflitos internos entre ego e
a importância.
Simon é um homem solitário, perdido e invisível,
quase igual ao Pinóquio, rejeitado pela mãe e desprezado pela amada, Hannah., Ao
conhecer James, seu novo colega de trabalho, ele tem um choque. Fisicamente
idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade.
A criação da atmosfera agoniante é tão forte que
chega a incomodar o espectador, não chega a ser uma complexidade proposital, embora
tenha passagens cansativas, é um bom filme que levanta questionamentos sobre o
ego e o culto da personalidade forte, tema cada dia mais presente na sociedade
moderna que tanto cultua a imagem.
Com uma trilha sonora angustiante e fotografia impecável,
o filme cria um clima sufocante junto a uma atmosfera opressiva e triste.
A escolha dos atores foi certeira! Tanto Jesse como Mia tem faces mórbidas e um estilo um tanto quanto
misterioso. Alias, ambos em ótimas atuações.
Extremamente psicológico, “O Duplo” é um filme muito
interessante. A abordagem do medo de
sermos/tornarmos invisíveis é perturbadora. Ele esmiuça a o lado negro da alma humana, trata de culpas,
inseguranças, sentimentos capazes de inferiorizar o ser humano.
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