Fazer uso do recurso de múltiplas narrativas é interessantíssimo, porém
muito perigoso. Às vezes dá muito certo (como é no caso de Crash), ou não. É perceptível que Paul Haggis teve boa
intenção ao criar este enredo que cruza histórias de perda e superação, mas o
produto final não soou bem encaixado, nem suficientemente interessante.
“Terceira pessoa” é um filme intrigante com uma proposta muito interessante, mas não é bem
desenvolvido, tornando o conjunto da obra, fraco, apesar da evidente destreza do
roteirista em criar bons diálogos, nenhuma história te convence de que ela é
tão boa quanto a sua pretensiosidade tenta demonstrar. O roteiro não é lá essas
coisas, mesmo tendo potencial e um bom
argumento. A narrativa perde seu brilho e o final é interessante
individualmente, mas é confuso em toda a sua complexidade.
Mesmo com um elenco de famosos, o filme não consegue tornar a obra menos
maçante, aborrecida e esticada.
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