truque de mestre

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014




"Os Cavaleiros do Zodíaco" marcaram época. O desenho, o animê, as HQs, os filmes, os bonecos (action figure para os colecionadores). E mereciam uma celebração por seus 20 anos de criação (e 40 anos dos estúdios de seu criador). Seya, Shiriu, Ioga, Shun e Iki, nomes que dominaram o imaginário infantil de infinitas batalhas e superações....ditames seculares para a própria vida do expectador (o crítico que vos escreve se acha o próprio Cavaleiro de Dragão, rsrs).

E com "Cavaleiros do Zodíaco - A Saga do Santuário" aportando nos cinemas em 2014, anos após a febre passar, os produtores decidiram revisitar a saga mais famosa da série, a dos cavaleiros de ouro representando os 12 signos do Zodíaco, e condensar mais de 100 capítulos em menos de 1h30 de filme. Para valer o intento, modernizaram o look de todos eles, além de usar da mais avançada técnica de animação em CGI usada em Final Fantasy Advent Children (mesmo estúdio). E só por isto já valeria uma revisita pelos fãs/colecionadores hardcore do ponto de vista nerd.

Já do ponto de vista cinematográfico, independente do fã mais xiita, até porque o público alvo cresceu junto com o desenho pela década de 90, infelizmente o foco desta produção foi capturar um novo contingente de espectadores, especialmente crianças. Ou seja, há todo um realce para o humor e na diminuição da violência, outrora uma das principais características do desenho. Um pouco do humor quase resvala no pastiche (uma faca de dois gumes, pois o quanto pode surpreender os fãs em termos de rir constrangido junto com as transformações, também pode gerar revolta na deturpação do original – vide uma das casas de ouro que foi completamente ridicularizada – pessoas deste signo terão vergonha ao final de ter nascido sob esta constelação, rsrsrsrs). No demais, há sim pontos curiosos tipo cata-piolho de homenagem à série, mas como cinema mesmo, a história ficou reducionista e rasa (inclusive seus protagonistas, resumidos em geral por apenas uma característica mais marcante). 

Por: Filippo Pitanga

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