A
pior dor do mundo é obrigar a cabeça a esquecer aquilo que o coração
lembra a todo instante.
Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de auto-destruição, Cheryl
Strayed decide ir de encontro à natureza selvagem para repensar a sua
trajetória. Diante de seus traumas, Cheryl
se tornou uma especie de andarilha durante três meses em uma grande aventura interna e externa, em uma trilha de 1.770 quilômetros pela
Pacific Crest Trail, (trilha que atravessa vários estados norte-americanos).
Baseado em uma história real, “Livre” mostra como Strayed
inevitavelmente encontra a natureza durante sua caminhada, algo que não lhe é
familiar. pelo contrário. Ela se apavora com qualquer barulho no escuro, se
enoja quando acorda cercada de sapos, e fica feliz quando encontra algum humano
fazendo o mesmo caminho que o seu.
São quase duas horas de duração (apesar de ter cenas repetitivas), com uma estupenda fotografia junto a boa direção e uma das melhores atuações de Reese Whiterspoon (a melhor dela depois de “Johnny & June”), que conquistam o espectador.
Misteriosa, irrevogável, assim é a vida que nos promove questionamentos como solidão, orgulho, arrependimentos, pecados e até conquistas.
Não existe triunfo sem perda, não há vitoria sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício. “Livre” é uma emocionante viagem interna entre os lugares mais escusos dentro de nós.
Afinal, a gente nunca está preparado para a vida, não é.
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