Baseado em fatos reais “Grandes Olhos” apresenta a história da
pintora Margaret Keane (uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos
1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores).
Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no
tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o
verdadeiro autor de suas obras.
A sobriedade e a realidade da história leva
o diretor a justamente seguir o caminho oposto na estética de seus filmes,
enquanto a maioria de suas obras abordam assuntos como amor (“Edward – mãos de
tesoura”, “A noiva cadáver”, “Sombras da noite”) Idolatria (“Vincent”, “Ed Wood”
, “Frankenwennie”) infância (As grandes aventuras de Pee-Wee) e relações familiares (“Os fantasmas
se divertem”, “Edward – mãos de tesoura”, “Peixe grande e suas histórias”), “Grandes
Olhos” também segue a estética de Tim Burton, só que em tons suaves.
A diferença crucial entre e o filme e suas
(outras) obras é que todas elas vivem na base da fantasia (segmento fantástico
que vive no olhar do diretor), enquanto em “Grandes Olhos” é completamente
baseado em uma história real.
A gênese de “Grandes Olhos” constrói uma
história real em 105 minutos, com naturalidade e simplicidade.
Desde a bela fotografia, que retrata bem a atmosfera dos anos 60, Tim Burton contrapõe muito bem o tom sombrio da história com cores suaves, mas não foge a sua estética, junto com uma certa superficialidade, como é retratada a relação do casal (provavelmente um toque do diretor para suavizar a violência praticada por Walter Keane).
Desde a bela fotografia, que retrata bem a atmosfera dos anos 60, Tim Burton contrapõe muito bem o tom sombrio da história com cores suaves, mas não foge a sua estética, junto com uma certa superficialidade, como é retratada a relação do casal (provavelmente um toque do diretor para suavizar a violência praticada por Walter Keane).
Presa na mentira que ela mesma ajudou a criar,
os olhos dos quadros de Keane são a
janela da alma de Margaret, demonstrando tamanha insegurança e o medo que tomam
conta de si.
Amy Adams está muito bem no papel, enquanto
Christoph Waltz está muito caricato (apenas mais um toque de Tim Burton), a
estética inicial do filme nos remete à “Edward –mãos de tesoura” (a rua onde
Margaret mora com a filha).
Dirigido e produzido por Tim Burton, o filme
agrada todas as idades!
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