Livremente inspirado nas obras e correspondências de Paul Claudel,
nas correspondências de Camille Claudel e nos arquivos médicos de Camille
Claudel, o filme conta a história verídica da escultora que foi
levada para um hospício onde foi abandonada pela família e passou seus últimos
anos de vida (30 anos), sem nunca mais poder seguir com a sua Arte.
Em
vida, ela foi atormentada por um amor impossível, pelos preconceitos da
sociedade francesa do século 19 e pela doença que a levou ao isolamento. A
própria família a renegou. A sobrinha-neta de Camille, Reine-Marie Paris,
autora de uma tese sobre a vida da artista (Camille Claudel, de 1984), conta
que brincava entre as esculturas guardadas na casa do avô, Paul, irmão de
Camille. “Até pouco tempo atrás, a família tinha vergonha da escultora e o nome
de Camille sequer era pronunciado”, diz.
Mesmo tendo um tempo
arrastado, o filme merece ser visto pelo belíssimo trabalho de Juliette Binoche.
A presença da
ausência e da solidão no roteiro faz com que a interpretação de Binoche seja
angustiante e sufocante. O filme é praticamente dela!
Camille
descobriu cedo o gosto pela escultura para o desespero da mãe e orgulho do pai.
Começou moldando argila, quase como uma brincadeira. Eram figuras inspiradas em
Napoleão, Davi e Golias, além de membros da família. Na adolescência, um de
seus professores foi o escultor Alfred Boucher. Foi ele que sugeriu ao pai de
Camille, Luis-Prosper Claudel, que levasse a menina a Paris, onde ela poderia
participar de grandes salões de arte e conhecer a nata intelectual e artística
da época.
Com apenas 17 anos,
Camille chegou a Paris, onde conheceu um dos maiores artistas de seu tempo,
Auguste Rodin.
Convidada
por Rodin para trabalhar com ele em 1885, foi a única mulher no time de
escultores contratados para auxiliar o mestre a esculpir uma de suas obras mais
monumentais, “Os Burgueses de Calais”.
Com o tempo se tornou
assistente, musa e amante. A partir daí, seus destinos estariam para sempre
entrelaçados. Camille entra então em conflito com sua família caindo em
desgraça junto à sociedade parisiense.
Depois de quinze anos
de relacionamento com Rodin, Camille rompeu o romance e mergulhou cada
vez mais na solidão e na loucura. Em 1912 foi internada por seu irmão mais
novo, o escritor Paul Claudel.
Camille Claudel morreu em 1943, aos 79 anos de idade, sozinha numa cama de hospício. Mas por que suas obras ficaram escondidas e esquecidas por tanto anos?
Camille Claudel morreu em 1943, aos 79 anos de idade, sozinha numa cama de hospício. Mas por que suas obras ficaram escondidas e esquecidas por tanto anos?
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