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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ENTREVISTA COM CAIO BLAT - FESTIVAL DO RIO

Sem fugir da raia - Caio Blat responde a perguntas de leitores e fala sobre cenas de sexo com sua própria mulher
Publicada em 03/10/2009 às 09h49mO Globo

RIO - Protagonista do longa de Paulo Halm, "Histórias de amor duram apenas 90 minutos", que estreia neste sábado na mostra competitiva da Première Brasil, Caio Blat vive Zeca, um jovem escritor casado com Julia, encarnada por Maria Ribeiro - casada com o ator na vida real. Nas telas, os dois enfrentam uma crise conjugal quando Zeca desconfia que está sendo trocado por outra. Em meio à polêmica por protagonizar cenas de sexo com sua própria mulher, Caio Blat respondeu às perguntas dos leitores de O GLOBO e não fugiu da curiosidade que despertou ao misturar ficção e realidade. Falando pelo casal, confidenciou: "estamos ansiosos com a recepção do filme". Leia a entrevista:

André Quadra - Como foi a experiência de trabalhar no primeiro filme dirigido por Paulo Halm, já consagrado no cinema brasileiro por seu trabalho como roteirista?

Foi bonito assistir ao voo solo de um artista que entende tanto de cinema, de narrativa. Espero que o Paulo dirija muitos filmes, com a mesma delicadeza.

Alessandra Shcolnik - O que te levou a encarar o desafio de fazer esse filme?

Acreditei no roteiro, no personagem. Considero o Zeca uma homenagem a todos os homens que já sofreram muito e que já se sentiram pequenos diante das mulheres. 

Alessandra Shcolnik - Como foi levar as telas à convivência do casal, já que você e a Maria Ribeiro são casados?
Sempre evitamos expor nossa intimidade, Maria e eu. Evitamos posar para fotos de casal, e trabalhamos em emissoras diferentes, o que é muito saudável. Mas achamos que o roteiro do Paulo merecia esta exposição, da intimidade do casal servindo a narrativa do filme. Nos espelhamos em casais que trabalharam juntos em obras marcantes, como Julia Lemmertz e Alexandre Borges em "Copo de cólera".

Alessandra Shcolnik - Levaram para os personagens muita bagagem da relação?
A relação do casal, o cotidiano, é muito crível, porque permeia o real. Dá textura ao filme.

Alessandra Shcolnik - Não tem medo da repercussão, em função de ter exposto um pouco da intimidade de vocês?
Estamos ansiosos com a recepção do filme. Queremos fazer um cinema popular, que fale com todos os publicos, e que seja contemporaneo, voltado para as relações humanas. Colocamos nossa relação em função disso.

Francisco Paulo de Azevedo - Contracenar com sua mulher na vida real o deixou mais a vontade para atuar?
Na verdade, torna tudo mais sensível, talvez até mais constrangedor, porque não se trata de ficção, mas de uma verdade sendo exposta.

Silvia Braga - Você e sua mulher levavam trabalho para casa? Discutiam uma melhor performance?
Muitas vezes, mas sem misturar realidade e ficção.

HISTÓRIAS DE AMOR DURAM APENAS 90 MINUTOS - 16 anos. SAB (3/10) 21:30 Odeon Petrobras. DOM (4/10) 13:00 Odeon Petrobras. SEG (5/10) 15:40 Est Vivo Gávea 3. SEG (5/10) 22:10 Est Vivo Gávea 3.

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