Dirigido por Antonio Carlos da
Fontoura (“Gatão
de Meia Idade”, “ Meu nome é Gal”) a história de um dos
maiores ídolos do rock brasileiro, Renato Russo, também conhecido como o Renato
Manfredini Jr, agora chega as telas de cinema.
É fato que o filme é uma das
grandes estreias nacionais do ano. O que gera uma expectativa enorme,
principalmente dos fãs, mas Antonio Carlos Fontoura não faz por menos e acerta
a mão na direção de “Somos tão Jovens”, já no roteiro.
Bonito, melancólico em alguns momentos,
forte e interessante, o filme agrada o espectador.
Aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases
mais difíceis de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos
submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia.
Duramente a enfermidade, Renato teve que ficar seis meses na
cama, quase sem movimentos. Foi durante o período de tratamento que Renato
teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música, iniciando sua extensa
coleção de discos dos mais variados estilos. Em entrevista, o cantor teria
alegado que este período fora determinante na formação de sua musicalidade.
Durante o filme vemos o processo
de transformação do adolescente ao ícone musical. Não, não é um filme sobre a
banda, é um filme sobre Renato Russo.
Morador de Brasilia, Renato era
um jovem inteligente e sonhador. Famoso por seu temperamento dificil, criou a banda
Aborto Elétrico (formada por integrantes da banda Capital Inicial) e
posteriomente Legião Urbana.
Após o fim do Aborto Elétrico, Renato começa a compor
e se apresentar sozinho, tornando-se o Trovador Solitário. A fase solo durou
poucos meses, até que o cantor se juntou a Marcelo Bonfá.
Dos dois projetos musicais cujos nomes eram tão opostos
quantos complementares, surgiu o trio: Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado
Villa-Lobos.
Vindos de uma juventude punk forjada sob o olhar da classe média
de Brasília, centro do poder no período militar, essa turma tinha muito para
dizer. Cultos, com formação em bons colégios, viajados, eles foram se encantar
logo pela anarquia punk. Foi nesse cenário
que a banda “Legião Urbana” surgiu.
Thiago Mendonça está muito bem no
papel. Com uma atuação na medida, sem ser caricato, conflituosa e expressiva
aos moldes do cantor, o ator também vai bem nas cenas em que canta
as músicas de Renato Russo. A produção do filme diz que a voz foi captada ao vivo
nas gravações, sem uso posterior de estúdio para os vocais.
E o elenco não faz por menos,
acompanha o crescimento do artista com boas atuações. A atriz Laila Zaid,
conhecida do público por suas atuações em novelas, emociona o público com a
personagem Ana Claudia.
Rodado em
Brasília e na cidade de Paulínia, “Somos tão jovens” estreia em circuito
nacional no dia 3 de Maio.
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