Qual sua maior motivação para um gesto
tão definitivo? Criar um propósito para sua existência? Ter a pessoa que ama ao seu lado? Impor justiça com as
próprias mãos? Compensar o sentimento de culpa por um acidente terrível do
passado? Ao espectador, cabe fazer seu
julgamento sobre a história desse jovem e seu destino.
Edgar é um jovem de classe média que vive
uma plena crise existencial por conta de seu passado.
Conduzido
por uma narrativa extremamente fragmentada, cheia de reviravoltas em ritmo
alucinante. Ágil e surpreendente,
o filme tem uma temática extremamente contemporânea.
Trama
policial, corrupção e política são os alicerces desse longa extremamente inovador
no mercado brasileiro. Sim, alguns momentos podemos até nos lembrar de Tropa de
elite por sua temática, mas em nada se parecem.
De um lado o
poder, representado por um estado corrupto, abusivo em seus tributos e ausente
perante suas obrigações. Do outro o crime, cada vez mais organizado com a
violência se tornando uma constante na vida dos cidadãos das grandes
metrópoles.
O
filme conta com uma edição frenética, bem ao estilo dos videoclipes e mistura
diversas linguagens e tecnologias, incluindo desenhos, gráficos, imagens
congeladas, aceleradas, flashbacks e flashforwards. Bem diferente do que
estamos acostumados, talvez por isso, considero o filme tanto de arte como
comercial.
Dois
coelhos é um projeto completamente autoral de Afonso Poyart
que assina a direção,
roteiro e produção do filme.
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