Com a fotografia impecável de Walter Carvalho
e a atuação de Rodrigo Santoro, o filme que conta a história do jogador de
futebol, Heleno de Freitas, não seria o mesmo sem eles!
Homem culto, elegante e formado em Direito,
Heleno tinha tudo para ser um grande homem, mas escolheu o futebol como
carreira em uma época, onde se envolver com jogadores não era nem um pouco glamouroso.
Famoso pelo seu charme, o jogador conquistava todas as
mulheres a sua volta, enquanto gerava atrito em campo com seus colegas de
trabalho. Agressivo, impetuoso, era considerado louco por muitos.
Inspirado no livro “Nunca houve um homem como
Heleno” do jornalista Eduardo Neves, O filme é muito bem feito, mas alguns
detalhes me incomodaram:
1 - O roteiro muda de época constantemente o que
leva a necessidade de datar os fatos. Quando foi que Heleno casou? Quando seu
filho nasceu? Quando a doença foi detectada? Como ele foi infectado?
2 - A mãe tão presente em sua vida, não foi personificada,
apenas aparece em telefonemas e cartas. Um
pouco estranho, não!
3 - Rodrigo Santoro treinou durante 3 meses com
Claudio Adão para apenas 1 take que mostra a famosa matada no peito de Heleno.
Talvez, eu tenha ido ver o filme esperando
demais, afinal se trata de uma biografia um tanto polêmica, e de um ator que
admiro muito.
É fato que o filme é de Santoro, vemos todas
as suas nuances como ator, e lembramos de alguns de seus personagens: A cena da
internação lembra Bicho de Sete Cabeças, durante a doença estão as feições de Carandiru
(filme que se caracterizou como um travesti com Aids) e O Golpista do Ano (filme
que atuou ao lado de Jim Carey), e a
cena em que pede Silvia em casamento é parecida com a cena de A Dona da História
(filme com que faz par romântico com a atriz Débora Falabella).
Para quem não sabe, Rodrigo além de atuar, produziu o filme também. O ator ficou encantado com a história desse polêmico
jogador, quando o diretor José Henrique Fonseca o chamou para trabalhar, logo no início do projeto.
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