Quando se
trata de Tim Burton, o mestre do Stop
Motion, Rei de trabalhos obscuros eu corro para o cinema imediatamente,
ainda mais quando se trata da oitava parceria do diretor com o ator Johnny
Depp. É impressionante, como o trabalho de ambos se encaixa como se fosse a
última peça de um quebra cabeça.
Mr. Burton,
como todo grande diretor tem suas peculiaridades.
As cores do
diretor sem dúvida estão lá! Seja na fotografia, no figurino, nos cenários e
até nas atuações. A grande novidade dessa película é a presença do roqueiro
Alice Cooper, uma presença um tanto ilustre e que complementa e alimenta seu
trabalho, ainda mais.
Sombras da Noite mesmo com a proposta de entretenimento tem diálogos
inteligentes e citações interessantes como a comparação do McDonalds e o Diabo,
um tanto politico, não?
O filme tem
algumas referências, mas que mais me chamou atenção foi a do filme “Quase
Famosos” na trilha sonora e na personagem adolescente, está nos diálogos e no
figurino.
A versatilidade
de Johnny Depp mais uma vez comprova o quão grandioso ele é! O ator se
glorifica em um novo personagem por sinal bem caricato como Capitão Jack Sparrow. Única palavra que
define ambos os personagens, porém bem diferentes.
Enquanto
Jack tem trejeitos que colocam em dúvida sua sexualidade além de ser alcoólatra, Barnabas chama atenção por ser
inspirado em um personagem já existente (o filme é baseado na série de televisão de 1966,
que leva o mesmo nome), o que não
dá tanta liberdade para se criar um personagem tão original como Sparrow. Barnabas é um vampiro amaldiçoado por conta de um amor não
correspondido, o que torna o personagem bastante humano. Poderia escrever um
texto sobre essa grande metáfora que é a obra, afinal a cada esquina da vida
existe amores não correspondidos, amaldiçoados por sentimentos alheios e culpas
constantes.
Como todo ator, Depp
teve suas fases, alguns personagens marcantes, mas nenhum esquecível. Quem não se
lembra de Anjos da Lei, Edward Mãos de
Tesoura, Gilbert Grape, O Libertino, Janela Secreta, Piratas do Caribe, Alice
no País das Maravilhas entre tantos outros.
Mesmo com produções como O turista
e Diário de um jornalista bêbado, Mr. Depp chama atenção em cada trabalho
que faz, por conta de suas escolhas.
Não acho que
seja pretensão de minha parte compara-lo com Marlon Brando (com quem teve a
honra de atuar em Don Juan de Marco –
outro trabalho belíssimo do ator), Johnny sem dúvida alguma é uma obra – prima
viva do cinema.