Em 2013, o Victoria and Albert Museum de
Londres criou uma exposição dedicada ao camaleão da música pop mundial, David
Bowie, que reunia fotos, figurinos de shows e outros itens raros do arquivo
pessoal do cantor. Sucesso imediato por mais de cinco meses em Londres, o
evento viajou o mundo, e continua a viajar , tendo passado inclusive pelo
Brasil.
Partindo da
exposição, este documentário é uma jornada alucinante pelo universo mágico de
Bowie e conta com convidados especiais, como os curadores do evento, Victoria
Broackes e Geoffrey Marsh, o estilista japonês Kansai Yamamoto e o vocalista do
Pulp, Jarvis Cocker.
Dirigido por Hamish
Hamilton (II) ,“David Bowie is” é a celebração do ícone mundial, um
homem criado por sua genialidade, que teve um começo comum para alguém
que se tornou extraordinário.
Inspirado por Little Richard e Elvis Presley,
o jovem da periferia David Jones que se mudou para o boêmio Soho, já havia
previsto seu sucesso quando se auto desenhava.
O processo fascinante do artista em enfatizar
sua existência psicodélica, o tornou a perplexidade em pessoa com seus
figurinos simbólicos ( inclusive, com inspiração no filme “Laranja Mecânica”,
mas sem a violência, Bowie só queria cores alegres).
Como percorrer a mente de um homem comum que
se tornou extraordinário e icônico?
Da colagem a construção, tanto do personagem
quanto do documentário, percorremos sua carreira em 100 minutos, o que é pouco
se tratando de David Bowie.
Esse
cidadão do mundo, a própria força subversiva, lutou e ainda luta pela liberdade
de expressão. Suas palavras e poses sempre rebeldes, sua instabilidade o tornaram
um mito à ser cultuado.
David Bowie nos inspirou a sermos diferentes,
sermos notados no meio da multidão. Sermos únicos, impares, diante dos olhos da
sociedade.
Seu individualismo radical, sua atitude
subversiva e brincalhona, seu vício em trabalho (era um workaholic) o levou
para um período em Berlim, Alemanha, onde passou por um novo processo
experimental e criativo.
Seus papéis no cinema foram um reflexo da sua
carreira musical. É a própria Obra de Arte personificada e camaleônica, essencial
à vida que vivemos hoje.
David Bowie é muita mais do que um
momento, é uma experiência sensorial e crucial que influenciou e influenciará
novas gerações.
Em
cartaz na mostra Midnight Música no Festival do Rio.
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