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domingo, 5 de outubro de 2014

David Bowie is por Alê Shcolnik



Em 2013, o Victoria and Albert Museum de Londres criou uma exposição dedicada ao camaleão da música pop mundial, David Bowie, que reunia fotos, figurinos de shows e outros itens raros do arquivo pessoal do cantor. Sucesso imediato por mais de cinco meses em Londres, o evento viajou o mundo, e continua a viajar , tendo passado inclusive pelo Brasil.

Partindo da exposição, este documentário é uma jornada alucinante pelo universo mágico de Bowie e conta com convidados especiais, como os curadores do evento, Victoria Broackes e Geoffrey Marsh, o estilista japonês Kansai Yamamoto e o vocalista do Pulp, Jarvis Cocker.

Dirigido por Hamish Hamilton (II) ,“David Bowie is” é a celebração  do ícone mundial, um homem criado por sua genialidade, que  teve um começo comum para alguém que se tornou extraordinário.

Inspirado por Little Richard e Elvis Presley, o jovem da periferia David Jones que se mudou para o boêmio Soho, já havia previsto seu sucesso quando se auto desenhava.

O processo fascinante do artista em enfatizar sua existência psicodélica, o tornou a perplexidade em pessoa com seus figurinos simbólicos ( inclusive, com inspiração no filme “Laranja Mecânica”, mas sem a violência, Bowie só queria cores alegres).

Como percorrer a mente de um homem comum que se tornou extraordinário e icônico?

Da colagem a construção, tanto do personagem quanto do documentário, percorremos sua carreira em 100 minutos, o que é pouco se tratando de David Bowie. 

Esse cidadão do mundo, a própria força subversiva, lutou e ainda luta pela liberdade de expressão. Suas palavras e poses sempre rebeldes, sua instabilidade o tornaram um mito à ser cultuado.

David Bowie nos inspirou a sermos diferentes, sermos notados no meio da multidão. Sermos únicos, impares, diante dos olhos da sociedade.

Seu individualismo radical, sua atitude subversiva e brincalhona, seu vício em trabalho (era um workaholic) o levou para um período em Berlim, Alemanha, onde passou por um novo processo experimental e criativo.

Seus papéis no cinema foram um reflexo da sua carreira musical. É a própria Obra de Arte personificada e camaleônica, essencial à vida que vivemos hoje.

David Bowie é muita mais do que  um momento, é uma experiência sensorial e crucial que influenciou e influenciará novas gerações. 


Em cartaz na mostra Midnight Música no Festival do Rio.

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