Num Brasil que estava descobrindo o samba, para uma Alemanha nazificada,
Aracy Moebius de Carvalho era dona da própria vida, uma mulher separada e destemida que resolveu ir para a Alemanha com vinte e seis anos levando o filho de apenas, cinco
anos.
Como intuito de reconstruir o período vivido por Dona Aracy Moebius de
Carvalho Guimarães Rosa em Hamburgo, quando se apaixona por João Guimarães
Rosa, o documentário “Esse viver ninguém me tira” nos apresenta grande parte da
memoria afetiva das pessoas que a conheceram.
Trabalhando como chefe do setor de passaportes do consulado brasileiro,
ela decide ajudar judeus a emigrarem para o Brasil, contrariando o regime
nazista e as circulares secretas emitidas pelo governo Getúlio Vargas.
Aracy tinha como filosofia de vida que todos somos irmãos, independente
de raça, gênero e cor. Foi uma heroína anônima que foi reconhecida na Avenida
dos Justos em Israel, anos mais tarde.
No olhar de quem a ilumina, somos agraciados com um documentário de um
grande salvadora, dirigido pelo ator Caco Ciocler.
Em cartaz na mostra: Première Brasil: Competição de Documentários -
longas.
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