Baseado no best-seller assinado pelo jornalista e autor de romances policiais James Sallis, DRIVE tem um roteiro bastante intrigante.
Ao contrário
do livro que descreve com mais
detalhes a personalidade do protagonista, narrando até episódios de sua infância,
o filme conta a história de um protagonista sem passado. O filme se
quer dá dicas sobre sua vida e não revela seu nome.
Gosling surpreende o espectador com suas falas monossilábicas e seu olhar penetrante e
cabisbaixo.
A fotografia
do filme tem influência dos filmes de Martin Scorsese e dos filmes noir,
proporcionando ao espectador um estilo um pouco diferente apesar das influências
citadas.
Em alguns
momentos sentimos a presença de Scorsese também no roteiro. Mesmo sendo
simples, não há clichês nessa história, e a direção de Nicolas Winding usando a
câmera baixa é intrigante.
Melancolia, silêncio,
apatia são sentimentos vivos entre os personagens. Atraído pelo olhar carinhoso
e pacato de sua vizinha Irene, “Driver” encontra um propósito ao defendê-la. Apesar
de não ocorrer grandes diálogos entre os personagens, eles sem comunicam apenas
pelo olhar e pouquíssimas palavras.
É difícil
captar e entender suas metáforas. É um
filme difícil apesar de ter um roteiro e edição simples, mas que desenvolve
pequenas variações na linearidade da história.
A trilha
sonora não fica de fora! Cliff Martinez orquestrou bem essa obra com grande
estilo.
Definitivamente,
foi uma bola fora gigantesca do Oscar. Por essas e outras que há
muito tempo o Oscar deixou de ter valor artístico e passou a ser praticamente
só comercial.
Pois é, mas veja como um filme monossilábico mas que apresenta camadas profundas de seus personagens pode ser também um filme de gênero, e ainda mais um filme do gênero AÇÂO!
ResponderExcluirÉ um belo conto de fadas, onde o príncipe mata o dragão, vence o vilão, mas não fica com a mocinha e sangra ao cavalgar em direção ao por do sol. Genial.