truque de mestre

X MEN

X MEN

domingo, 4 de março de 2012



Baseado no best-seller assinado pelo jornalista e autor de romances policiais James Sallis, DRIVE tem um roteiro bastante intrigante.

Ao contrário do livro que descreve com mais detalhes a personalidade do protagonista, narrando até episódios de sua infância, o filme conta a história de um protagonista sem passado. O filme se quer dá dicas sobre sua vida e não revela  seu nome.

Gosling surpreende o espectador com suas falas monossilábicas e seu olhar penetrante e cabisbaixo.

A fotografia do filme tem influência dos filmes de Martin Scorsese e dos filmes noir, proporcionando ao espectador um estilo um pouco diferente apesar das influências citadas. 

Em alguns momentos sentimos a presença de Scorsese também no roteiro. Mesmo sendo simples, não há clichês nessa história, e a direção de Nicolas Winding usando a câmera baixa é intrigante.

Melancolia, silêncio, apatia são sentimentos vivos entre os personagens. Atraído pelo olhar carinhoso e pacato de sua vizinha Irene, “Driver” encontra um propósito ao defendê-la. Apesar de não ocorrer grandes diálogos entre os personagens, eles sem comunicam apenas pelo olhar e pouquíssimas palavras.

É difícil captar e entender suas metáforas.  É um filme difícil apesar de ter um roteiro e edição simples, mas que desenvolve pequenas variações na linearidade da história.

A trilha sonora não fica de fora! Cliff Martinez orquestrou bem essa obra com grande estilo.

Definitivamente, foi uma bola fora gigantesca do Oscar. Por essas e outras que há muito tempo o Oscar deixou de ter valor artístico e passou a ser praticamente só comercial.

Um comentário:

  1. Pois é, mas veja como um filme monossilábico mas que apresenta camadas profundas de seus personagens pode ser também um filme de gênero, e ainda mais um filme do gênero AÇÂO!

    É um belo conto de fadas, onde o príncipe mata o dragão, vence o vilão, mas não fica com a mocinha e sangra ao cavalgar em direção ao por do sol. Genial.

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