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domingo, 27 de maio de 2012

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS


O filme é antigo, de uma época que eu ainda não respirava a minha paixão pelo cinema, como hoje. Mesmo assim ele atravessa fronteiras e sempre será atual numa sociedade um tanto opressora dos nossos desejos.

Hoje eu escrevo a crítica de um grande filme, que marcou época, marcou gerações e marcará para sempre!

"Sociedade dos Poetas Mortos" é um filme libertador, um filme que acorda sentimentos adormecidos dentro de si. É a origem de Carpe Diem!

Tudo acontece em uma escola preparatória para meninos onde Mr. Keating ensina poesia. Em vez, de seguir a linha dura dá escola, o professor ensina o poder da escolha, incentivando seus alunos a pensarem por si mesmos.

Não há nada mais bonito como a forma com que o professor aborda seus alunos. Ele consegue extrair o melhor deles, além de conseguir fazer com que o personagem de Ethan Hawke se exponha pela primeira vez. O que é a leveza em seu olhar e seu sorriso, que sensação maravilhosa!

O filme aborda tantas questões do ser humano: o desejo, a convicção, a necessidade de expor sem querer se expor, a expectativas dos pais com relação ao nosso futuro, mas cabe a nós decidirmos em que e quem acreditamos, e qual são as nossas convicções.

Não existem poemas ordinários, existem dores e feridas dentro de nós. É um ritual de libertação, de purificação, de perturbação do espirito! 

Como Robert Frost disse: “Two roads diverged in a wood and I, I took the one less traveled by, and that has made all the diference”!

A direção de Peter Weir, o roteiro de Tom Schulman, e as atuações desses jovens atores, além de Robin Williams, obviamente, tornam esse filme uma obra-prima!

Não posso me esquecer de falar da importância dos pássaros em um filme onde a direção e o roteiro frisam a liberdade. O movimento de câmera junto ao voo é completamente representativo e importante na vida de todos aqueles alunos.

Dessa obra, retirei essa citação: "Quando a inspiração me tomar por inteiro e na minha pequenez eu for capaz de golpear os deuses, ainda que meu golpe não desvele mais que uma mera ferida, atingirei mais do que jamais seria possível se não estivesse disposto a morrer pelo que acredito”.

Um comentário:

  1. Alê, que bela crítica! Que olhar sensível!

    Sociedade dos Poetas Mortos é, sem dúvida, um dos filmes que mais marcou a minha vida! Vejo e revejo e cada vez me surpreendo e emociono diante de algum detalhe naõ percebido antes! Filme que será para sempre referencia do poder transformador da educação!

    Esse filme toca nas minhas grandes paixões: educação e literatura. E em como uma está - ou deveria e poderia estar - a serviço da outra.

    A educação como provocadora de desconforto e inquietude. Como dúvida e questionamento. Como provocação à passividade e convite à intensidade. Buscar novos caminhos, novos olhares. Permitir-se curiosidade permanente. Incentivar a ousadia, o inconformismo, a criatividade. Esse deveria ser o propósito – infelizmente pouco exercido - da educação. Instrumento de renovação.

    Do outro lado, surge a descoberta e o encantamento pela literatura. Literatura como expressão e tradução do que é realmente essencial. Palavras que se combinam em beleza e conteúdos múltiplos, surpreendentes e inusitados para falar de amor, amizade, dor, desilusão e demais sentimentos que nos definem e dão sentido à nossa vida. A literatura surge como complemento de qualquer formação prática. É o alimento da alma!

    E é dentro dessa dualidade – o professor como representante de princípios e idealismo x alunos como representantes da vitalidade do novo – que o filme nos envolve num universo de descobertas, superação, ideais e coragem!

    Não posso deixar de citar as referencias literárias, que, não coincidentemente, são também com as quais eu mais me identifico: Walt Whtiman (meu poeta preferido! Seu livro Leaves of Grass é literalmente o meu livro de cabeceira), Henry Thoreau ( seu ensaio Disobediencia Civil é um dos tratados ainda mais atuais sobre o papel dos governos) e Robert Frost (um dos poetas das palavras mais belas).

    Um lindíssimo filme sobre as nossas grandes questões!

    Um beijo.

    Alice

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