Jean tem 17 anos e cresce
num bairro de elite do Rio, com suas escolas particulares, motoristas e
porteiros. Enquanto ele tenta escapar de seus pais super-protetores, eles
mantêm em segredo a iminente falência da família. Este filme de amadurecimento
fornece uma visão clara das diferenças de classe e racismo.
A
história é meio que autobiográfica e fala de muita coisa: divisão de classes, o
despertar da adolescência, o amor que consegue ultrapassar as barreiras das
ideologias.
O diretor
retrata seus personagens com um afeto que passa para o espectador. Não existem
julgamentos morais ali, nenhum personagem é retratado como vilão, todos são
extremamente humanizados, o que ainda foi mais potencializado pelo elenco muito
bem trabalhado, todos muito bem em cena.
Mesmo possuindo uma temática central definida,a mesmo de "O som ao redor", o longa faz críticas a outros assuntos, como o sistema de cotas e os programas sociais do governo, que recebem destaque e, inclusive, exercem influência sobre o desenrolar dos fatos. Pode se dizer que é uma análise ou um retrato da sociedade brasileira de hoje. Com um roteiro impecável, em que todos os personagens nos dão chance de conhecê-los e até compreender suas motivações, “Casa Grande” é um drama inteligente, com piadas afiadas.
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