Os filmes de
007 são geniais acima de tudo por serem originais, e a franquia se tornou mais
irresistível porque depois de 50 anos e 23 filmes, ele consegue se reinventar a
cada nova história. O 23° filme de James Bond traz uma história bem
contemporânea e com boas tiradas de humor.
O vilão
bizarro, genial e exótico vivido magistralmente por Javier Bardem rouba a cena!
Em “Skyfall”, o mau caráter está em busca de vingança e, para isso, não vai
poupar maldades. Bardem, sem dúvida, faz um trabalho impressionante na interpretação. Seu
papel é ambíguo, estranho, cínico e controlador, além de estar com a sexualidade
a flor da pele.
Não são só
os gadgets e os ternos, casacos e roupas (todas desenhadas por Tom Ford!) que
faz o novo Bond ficar mais moderno. O filme tem uma história bem atual ao
abordar temas como cyber-terrorismo, recursos tecnológicos e como os governos estão tratando seus
serviços de inteligência. O roteiro é razoável e previsível, as perseguições e
adrenalina fazem até parte do filme, mas nada que nos faça se mexer na cadeira (para falar a verdade, em alguns momentos cheguei a bocejar).
Alguns erros
técnicos e de continuidade são fatais desde um óculos escuros que aparece do
nada, o agente 007 completamente seco após sair de um lago, e a fotografia
intimista da igreja para uma fotografia completamente estourada em Londres, são
apenas alguns detalhes.
O ator Daniel pode até se enquadrar nas descrições
físicas descritas por Ian Fleming nos anos 50, mas o botox dessa vez atrapalhou
algumas de suas falas.
A grande
cabeça da agência britânica de inteligência e espionagem é a peça central nesse
filme. Interpretada por Judi Dench, “M” mostra um lado afetuoso e vulnerável,
mesmo com as sacadas secas do típico humor britânico. Aliás, o personagem teve
um final digno, diante da sua importância em toda a história de 007.
Enfim, James Bond é entretenimento, belas mulheres, belas
locações, carros de luxo e enredos que prendem a audiência por ser envolvente,
afinal, são películas de investigação, mistério, mas nada que fere a história
político-social mundial e que muito menos entra em contato com pseudo-didática.
Perfeito!!!Javier Bardem rouba a cena!
ResponderExcluirIvete