Em meio a tantas
comédias pastelão nacionais existentes, eis que chega mais uma para fazer parte
do time já saturado: “Vestido Pra Casar”, dirigido por Gerson Sanginitto. No
longa – que não possui nenhuma similaridade com o americano “Vestida Para Casar”
a não ser pelo título – Leandro Hassum é Fernando, um homem que se mete em uma
enrascada bem no dia do casamento ao rasgar o vestido de uma ex-participante de
reality show (Renata Dominguez) que
está com o amante (Marcos Veras) e não pode ser descoberta pelo marido, ou
seja, precisa voltar com o vestido para casa. Justando-se à confusão, ainda há
um paparazzo desesperado por um furo
que está perseguindo Fernando e a celebridade instantânea com seu amante, além
do fato de seu exigente sogro (André Mattos), do tio (Tonico Pereira) e do
primo abusado (George Sauma) de sua noiva Nara (Fernanda Rodrigues) estarem
colados nele para fiscalizar o grande dia.
Resultado de um
roteiro difícil de engolir e de um humor limitadíssimo que subestima a
inteligência do espectador, “Vestido Pra Casar” é mais do mesmo com suas frases
repetitivas e nada engraçadas, que perdem o sentido e se tornam irritantes
depois de tantas vezes citadas pelas personagens durante toda a trama. Nem Leandro
Hassum consegue salvar o filme com seus clichês humorísticos de sempre, que
funcionam bem em “Até Que a Sorte Nos Separe”. O filme perde ainda mais força
quando tenta apelar para o sentimentalismo entre o casal protagonista (que é
ofuscado pelo casal de amantes, principalmente porque Renata Dominguez
permanece de lingerie sensual quase o
filme inteiro) e para lição de moral pelo fato de Fernando ser um mentiroso
compulsivo (quase como Jim Carrey no longa “O Mentiroso”). No final das contas,
“Vestido Pra Casar” se mostra um filme irrelevante, que tenta copiar uma
fórmula americana de sucessivos infortúnios que resultam numa solução feliz,
mas sem sucesso.
Por: Raissa Rossi.
Por: Raissa Rossi.
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