Quem for ao cinema esperando ver
muitas cenas de sexo ou nudez como sugere o trailer e o título do filme vai se
decepcionar. Classificado com censura para maiores de 16 anos, “Sex tape” é
mais uma daquelas comédias medianas americanas que tem boas esquetes e momentos
divertidos, mas que no todo não pode ser considerada uma boa comédia de gênero,
até porque não se chega a uma conclusão: se o filme é uma comédia romântica ou
uma comédia para adultos propriamente dita.
O filme é dirigido por Jake
Kasdan e tem como protagonistas e chamarizes da trama Cameron Diaz e Jason
Segel na pele do casal em crise Annie e Jay. Após alguns anos e com a chegada
de dois filhos, o casamento esfria e eles se dão conta de que não têm mais
relações sexuais há meses. O casal então, decide então fazer algo para
apimentar a relação e gravam um vídeo caseiro do momento em que conseguem ter
uma noite de sexo (daí o título “Sex tape”, cujo subtítulo brasileiro é
totalmente dispensável). Por um acidente, o vídeo vai parar na “nuvem” dos
arquivos de Jay e todos os amigos do casal passam a ter o vídeo em seus iPads
cuja “nuvem” é compartilhada. A partir de então começa uma infindável gama de
situações em que o casal se mete para tentar apagar o tal vídeo. Nada muito
diferente do que o que já foi visto em tantos outros filmes desse estilo como
“Uma noite fora de série” (2010) ou “Uma noite no museu” (2006).
O roteiro, apesar de ralo e
previsível, é bem amarrado. Mas o ponto alto do filme fica por conta da
participação de Rob Lowe e sua casa cheia de referência a outros filmes que é
um deleite para os cinéfilos. Quando a melhor parte do filme fica a cargo de
uma personagem coadjuvante não é muito difícil prever que ele facilmente se
perderá no ostracismo. No entanto, para aqueles que gostam destas comédias em
que todas as coisas mais escabrosas e inimagináveis acontecem em uma única
noite, esse filme aqui é uma boa pedida. Mas não se engane, “Sex tape” não vai
além disso e não faz qualquer tipo de reflexão acerca de problemas nos
relacionamentos ou como usar as mídias virtuais.
Por: Samantha Brasil
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