Frustrado e deprimido, o vampiro Adam reencontra sua amante secular, Eve, para juntos se dedicarem a prazeres mundanos em uma romântica jornada, de Detroit a Tânger. A história de amor da dupla é interrompida pela chegada de Ava, a incontrolável irmã mais nova de Eve.

A proposta do filme foge dos clássicos do gênero que costumam tratar as criaturas (vampiros) como monstros ou vilões, além da temática da versão teen (franquia Crepúsculo). Os vampiros de Jarmusch carregam junto com peso da imortalidade, o conhecimento adquirido com o passar dos séculos. Toda a vivência acumulada desemboca em uma sociedade atual que tem os humanos gentilmente apelidados de “zumbis”.

Com personagens deprimidos, o filme utiliza do artifício das drogas delicadamente. O efeito do sangue no organismo vampiresco é similar das drogas no ser humano. São momentos inebriantes!

A montagem do filme junto com a trilha sonora se complementam perfeitamente. A Direção de Arte, psicodélica e underground, nos leva a uma viagem no tempo.

Implacável, brutal, excitante, “Amantes Eternos” tem um ritmo peculiar, roteiro e diálogos com ótimas tiradas, além de ser cheio de referências históricas, musicais inclusive.