Lançado no Toronto International Film Festival, o
novo filme de Noah Baumbach, "Enquanto somos jovens" é uma comédia de costumes transgeracional, que fala
sobre envelhecimento, ambição e sucesso, assim como faz um retrato em movimento
de um casamento testado pelas forças invasoras da juventude.
Josh e Cornelia Srebnick são um feliz casal da
classe criativa de Nova York, que se encontra em crise com a idade, sem
perceber. Enquanto Josh trabalha na enésima edição de seu novo documentário
cabeça, ele é abordado em sala de aula, por Jamie e sua jovem esposa Darbie.
A chegada desse casal de 20 poucos anos, com espírito livre, espontâneo
e libertário, vai trazer uma nova perspectiva para o casal, com sua aposta numa
vida vintage, sem Facebook. Esta nova inspiração será suficiente para
sustentar uma colaboração e uma amizade com um casal bem mais jovem que eles,
mas não se sabe por quanto tempo.
É como se uma porta de volta para a juventude
tivesse se aberto. Não demora muito até os inquietos quarentões Josh e Cornelia
deixarem de lado amigos da sua idade para ir atrás dos jovens hipsters que parecem
ser tão o desinibidos e descolados.
É interessante ver o contraste com a tecnologia, enquanto os mais velhos
estão cada vez mas dependente dela, os mais jovens vivem dentro de um universo
nostálgico.
Os diálogos traduzem as inquietações geracionais de seus protagonistas,
reféns dos deveres e dos rótulos da idade. No meio disso, ainda tem a relação
entre o genro e o sogro. Josh está às
voltas com o paladar amargo do fracasso, em sua submissão à figura de um sogro,
também documentarista, de grande prestígio: Leslie Breitbart.
A trilha sonora capaz de mesclar vários gêneros musicais desde Vivaldi à "Eye of the tiger", do Surviver, é
um dos pontos altos do filme.
Outro ponto alto é que o diretor de “Frances Ha”, “O Solteirão” e “A
lula e Baleia”, leva o ator Ben Stiller
a protagonizar um personagem maduro, algo novo em sua trajetória.
Vale a pena conferir!
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