Adaptação do livro de memórias de Jordan Belfort, sobre um jovem ambicioso que ganhou milhões na bolsa, mas entrou em decadência nos anos 90.
Jordan era um homem ansioso, louco, obsceno e viciado em drogas, que
trilhou o próprio caminho. No meio dele, ele até consegue demonstrar uma
pontinha da sua generosidade.
A forma que lidava com os
problemas era através do dinheiro, o que lhe atrapalhou e muito. Nem um pouco
meticuloso, precisou do pai e do advogado para lhe dar alguma direção, mas diante
de uma personalidade forte, agressiva, orgulhosa, sem integridade alguma e ainda
por cima completamente drogada, sua mente não tinha direção, o que o levou para
cadeia.
Diante das tendências
de Wall Street, o filme é implacável neste conceito. Muito além do pornográfico, mesmo com exibições de nudez por toda parte,
tem um enredo extremamente
dramático e visceral, o que poderia muito bem ser retratado como um drama comum,
mas nas mãos de Scorsese se torna uma obra genial!
Alias, a dupla Leonardo de DiCaprio e Scorsese é, no mínimo, sensacional! DiCaprio conduz o filme com uma
habilidade fantástica! Em um personagem completamente insano, o ator transforma
a cena junto com a direção certeira de Martin!
A
forma que o diretor dialoga com o espectador, é fora de série! Não é novidade,
mas cada vez que ele faz isso, parece se reinventar. Fala de submundo, num
humor ácido e inteligente, colocando em cheque uma vida amoral, sem julgamento
direto ou repetitivo, não é para qualquer um.
Não posso esquecer de comentar a trilha sonora e a montagem que são impecáveis!
A montagem está um primor. São 3 horas de filme,
com ritmo bem equilibrado, com cenas de desconforto propositais, mesmo assim
fluindo. Que belo trabalho! Já a trilha, muito bem composta, integra o filme
como o personagem protagonista. Um elemento essencial em um obra de Scorsese!
Sem dúvida
alguma, “O Lobo de Wall Street” tem tudo para ser um grande filme. Conta com um
elenco cheio de nomes consagrados e outros em franca ascensão. A direção, o roteiro
e a edição são magistrais, capazes de puxar o espectador pra dentro da trama.
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